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RELEMBRANDO
A OSCIP diferencia-se da Organização Social. A Organização Social administra coisa
pública, como hospitais e museus, e busca resultados para a sociedade, inclusive com
prestação de contas. A OSCIP também prestará contas, mas possui um caráter social. A
OS é gestão para a sociedade; a OSCIP busca trazer melhorias, avanços, benefícios para
a sociedade.
Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de
Parceria, e dá outras providências.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Organizações na Administração Pública II
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Obs.: Isso significa a qualificação de uma organização qualquer, que tenha como objetivo,
por exemplo, o cuidado de idosos, de estudantes, de eventos ou de caráter literário,
ou seja, atendendo-se ao fim definido na norma estatutária.
Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de
direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros,
diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou
líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, aufe-
ridos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na conse-
cução do respectivo objeto social.
Obs.: O lucro é investido em prol da sociedade, semelhante à OS. A OSCIP foi idealizada
sem fins lucrativos e o recurso é reinvestido no cliente, na sociedade, no seu bene-
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ficiário. Sua origem é no setor privado e sem fins lucrativos.
Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as
pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se
encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos
objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.
A outorga da qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao cumprimento dos
requisitos instituídos por esta Lei.
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Obs.: Em síntese, todos que tenham fins lucrativos ou que representem classes organiza-
das não são passíveis de qualificação.
Obs.: Organização Social é para gestão. Se houver qualificação como OS, não será possí-
vel qualificar-se como OSCIP.
XI – as fundações públicas;
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por
órgão público; ou por fundações públicas;
XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sis-
tema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
ATENÇÃO
Constituição Federal
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equili-
brado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abran-
gendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive,
sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.
Obs.: É necessário compreender que instituições com fins lucrativos, organizações sociais,
fundações de direito público ou privado que defendam categorias ou grupo não po-
dem ser qualificadas como OSCIP.
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ATENÇÃO
Ou se qualifica como OS, ou como OSCIP. Não é possível qualificar-se como os dois.
A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da univer-
salização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será
conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais
tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
I – promoção da assistência social;
II – promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participa-
ção das organizações de que trata esta Lei;
IV – promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação
das organizações de que trata esta Lei;
V – promoção da segurança alimentar e nutricional;
Obs.: Exemplo: Uma escola que cuida de crianças carentes pode qualificar-se como OSCIP.
É possível ter nutricionista, ou seja, apresentar também fins nutricionais. A OSCIP se
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relaciona com o social.
Obs.: Inclui-se orientação a empresas e a pessoas que desejam abrir um comércio. A orga-
nização é qualificada e seu trabalho é financiado com verba pública, mas a prestação
de assessoria ao público é gratuita. Exemplo: O professor Bruno abre uma con-
sultoria para microempreendedores, financiada por recursos públicos. A prestação
de consultoria inclui realização de projeto e orientação. É possível também utilizar
recursos do SEBRAE e o valor cobrado para os clientes é simbólico, porque a Ad-
ministração Pública já está financiando. O valor simbólico é investido, por exemplo,
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no custo do papel, tinta de impressora, mas o salário e infraestrutura são pagos pela
Administração. Isso é a OSCIP, cujo caráter é mais humano, inclusive fomentando
o comércio.
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Obs.: Uma empresa que presta consultoria para microempresas deverá ter a pessoa técni-
ca capaz de executar o serviço. Por exemplo, se for um trabalho educacional, a equi-
pe terá, além do gestor, um pedagogo, um nutricionista, um psicólogo, um assistente
social. O administrador executa a gestão e os demais atuam na atividade finalística.
III – a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência
para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações
patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade;
IV – a previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio
líquido será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta Lei, preferencial-
mente que tenha o mesmo objeto social da extinta;
Obs.: Se a organização é sem fins lucrativos, caso haja sua dissolução, transfere-se o
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patrimônio à outra organização, que tenha o mesmo objeto. Objetiva-se manter a
mesma finalidade.
Obs.: Não existe trabalho de graça. Existe trabalho remunerado sem fins lucrativos.
VII – as normas de prestação de contas a serem observadas pela entidade, que deter-
minarão, no mínimo:
a. a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasilei-
ras de Contabilidade;
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ATENÇÃO
Constituição Federal
Art. 70. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
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Obs.: O servidor público não pode ser administrador, mas pode participar do Conselho, de
acordo com a Lei n. 8.112/1990, se for servidor federal. Caso não seja, cada Estado
e Munícipio tem sua norma.
Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes,
para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no artigo 3º desta
Lei.
Obs.: O termo de parceria é uma espécie de convênio. O convênio, de acordo com a legis-
lação federal, pode ser entre União e Estados, DF e Municípios ou entre a União e o
setor privado, que é qualificado como OS ou OSCIP. A OS é contratada para gerir o
negócio. Já em relação à OSCIP, há uma parceria para executar ações sociais.
O Termo de Parceria firmado de comum acordo entre o Poder Público e as Organiza-
ções da Sociedade Civil de Interesse Público discriminará direitos, responsabilidades e obri-
gações das partes signatárias.
A celebração do Termo de Parceria será precedida de consulta aos Conselhos
de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, nos respecti-
vos níveis de governo.
Obs.: A consulta objetiva saber se há política pública para a área, ou programas, ou proje-
tos, ou, ainda, qual ministério é responsável pela administração.
São cláusulas essenciais do Termo de Parceria:
I – a do objeto, que conterá a especificação do programa de trabalho proposto pela
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público;
II – a de estipulação das metas e dos resultados a serem atingidos e os respectivos
prazos de execução ou cronograma;
III – a de previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de desempenho a
serem utilizados, mediante indicadores de resultado;
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Obs.: Se há cronograma de execução, deverá existir previsão dos custos que serão de-
sembolsados a cada período. O trabalho não será de graça. Será pago o valor de
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mercado pela prestação do serviço à sociedade.
V – a que estabelece as obrigações da Sociedade Civil de Interesse Público, entre
as quais a de apresentar ao Poder Público, ao término de cada exercício, relatório sobre a
execução do objeto do Termo de Parceria, contendo comparativo específico das metas pro-
postas com os resultados alcançados, acompanhado de prestação de contas dos gastos e
receitas efetivamente realizados, independente das previsões mencionadas no inciso IV;
VI – a de publicação, na imprensa oficial do Município, do Estado ou da União, confor-
me o alcance das atividades celebradas entre o órgão parceiro e a Organização da Socieda-
de Civil de Interesse Público, de extrato do Termo de Parceria e de demonstrativo da sua exe-
cução física e financeira, conforme modelo simplificado estabelecido no regulamento desta
Lei, contendo os dados principais da documentação obrigatória do inciso V, sob pena de não
liberação dos recursos previstos no Termo de Parceria.
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ATENÇÃO
A legislação de convênio determina o processo de prestar contas, ou seja, como será
executado o cronograma físico-financeiro, quais as parcelas necessárias para cada mês.
Por exemplo, para receber a segunda parcela, é necessário prestar contas da primeira e
assim sucessivamente. Tal legislação é aplicável à OSCIP, ou seja, no termo de parceria, há
prestação de contas dos resultados conforme recebimento dos recursos. Essa prestação
é feita ao órgão concedente.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
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