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RESUMO
O presente artigo propõe uma discussão sobre a necessidade de transparência
e ética para as Organizações da Sociedade Civil, uma vez que tais entidades
dependem de recursos externos para existir e prestar seus serviços a
sociedade. As parcerias realizadas com pessoas jurídicas e físicas, envolvendo
recursos públicos ou privados requerem dos gestores um cuidado adicional
desde a captação desses recursos, sua aplicação e finalmente na prestação de
contas. Assim, processos e controles têm que ser utilizados no sentido de
sustentar a gestão, de acordo com a ética e valores estabelecidos, com o
objetivo de prestar serviços de relevância e qualidade nas áreas de defesa de
direitos, sáude, assistência social, educação e cultura, e coexistir junto aos
primeiro e segundo setores na busca de uma melhor qualidade de vida social.
A contabilidade e o compliance são ferramentas pioneiras no controle e na
conformidade dos processos e registros realizados pelas entidades, de forma
eficaz e eficiente. A utilização dos melhores recursos da melhor forma, uma vez
que são escassos para as organizações da sociedade civil, se torna essencial
na gestão das mesmas. Essa discussão produz informação sobre essas
organizações que compõe o Terceiro Setor, sua organização, as relações que
estabelece, além das ferramentas de controle e gestão promovidas pela
Contabilidade e pelo Compliance.
Tal situação gerou uma discussão entre os atores envolvidos, promovida pelo
Estado no sentido de criar uma agenda de soluções, iniciando pelo
aperfeiçoamento na Lei de Diretriz Orçamentária em 2011, promulgação de
Decretos de aprimoramento do chamamento público para as escolhas dos
participantes e da prestação de contas. Recentemente, em 2014 a criação da
Lei 13.019 e do Decreto 8.726 em 2016 para normatizar um novo regime
jurídico para as parcerias com a administração pública de âmbito nacional –
fomento e colaboração – em substituição aos convênios.
O debate sobre questões como essas ainda não resolvidas do dilema humano,
se oportunista ou altruísta, fornece elementos para o compliance, na promoção
do uso de instrumentos de controle, avaliação de sistemas que mesmo
involuntariamente incentivem comportamentos corruptos, aderência dos
valores pessoais e individuais aos coletivos e das organizações para se
adequar e estar em conformidade.
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
2.1. O que é Terceiro Setor?
Alguns autores entendem que o primeiro setor a surgir foi o Terceiro, pois a
sociedade civil primeiro se organiza e demanda suas necessidades, depois as
organizações públicas e o mercado se constitui no sentido de oferecer as
alternativas e soluções para as demandas instituídas.
Cooperativas
Associações
Sociais
Partidos
Fundações
Políticos
Organizações Entidades
Religiosas Sindicais
Percentual Decisão
74% Eu sempre busco informações sobre as instituições antes de doar para elas
Fonte: www.idis.org.br/pesquisadoacaobrasil
O Mapa das OSC´s traz uma pesquisa das áreas de atuação dessas
instituições, excetuando-se os partidos políticos e entidades sindicais, sendo:
28,5% Religiosas
https://www.coso.org/Pages/guidance.aspx
A responsabilidade final para gerenciamento de risco e estrutura de controle
de uma organização é realizada pelo presidente, diretoria executiva e gerentes
seniores. Estes atores devem garantir um ambiente interno positivo e cultura de
risco dentro da organização conhecida pela sigla em inglês “tone at the top”.
3.1 Processos
O conceito acadêmico de processos pode ser definido como:
Uma organização que gerencia seus processos pode permitir a otimização dos
recursos aplicados, controlando custos e gerando oportunidades.
RECURSOS HUMANOS
Processos de Admissão
Processos de Demissão
Processos de Capacitação e Treinamento
CONTABILIDADE
ADMINISTRATIVOS
Processos de Compras
Processos de Controle de Estoques
Processos de Manutenção Predial
Processos Jurídicos
FINANCEIRO
PROGRAMA SOCIAL
MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
Subprocesso - Pagamentos
Responsável: Contador
– Paradigma da Mudança;
Processos devem ser feitos com um objetivo de gerar valor ao seu final.
Excesso de processos levam a uma burocracia extensa que só gera problemas
à aqueles que se utilizam ou necessitam dela.
Além disto, processos que não são avaliados ou auditado tendem a serem
realizados de forma distante do que estão documentados.
Por estes motivos, não adianta apenas utilizar-se de processos e documentá-
los.
Mas a geração do conhecimento não é tão simples. Tudo se inicia com o dado
bruto. O registro único de algo. Este, em conjunto com outros dados brutos,
são agrupados, organizados, mensurados, comparados e apresentados em
diversos formatos, que, por sua vez, geram informações.
O mesmo caso pode ser observado na contabilidade. Pessoas que não tem o
conhecimento sobre a contabilidade não conseguem compreender as
informações contidas em um balanço patrimonial. Já um contador consegue
avaliar e tomar decisões analisando a mesma informação.
Com base em uma boa Gestão do Conhecimento, uma instituição pode criar
uma Gestão de Performance, com indicadores que são conhecidos e
compreendidos por todos, e os mesmos podem ser analisados e ações feitas
de correção em caso de não atingimento de metas.
Renato Almeida dos Santos; Arnoldo Jose de Hoyos Guevara; Maria Cristina
Sanches Amorim. Corrupção nas organizações privadas: análise da percepção
moral segundo gênero, idade e grau de instrução. Revista de Administração
(São Paulo) vol.48 no.1 São Paulo jan./mar. 2013.