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APOLITÉCNICA
ISEUNA
Docente:
1. Introdução.................................................................................................................................1
1.1. Metodologia......................................................................................................................1
3. Conclusão...............................................................................................................................12
4. Bibliografia.............................................................................................................................13
1. Introdução
A primeira infância é marcada pela entrada da criança na escola. Nesta fase, as crianças são
estimuladas, através de atividades lúdicas e jogos, a exercitar as suas capacidades motoras e
cognitivas, a fazer descobertas e a se prepararem para iniciar o processo de alfabetização.
Entretanto, o processo de ler e escrever exige muito mais do que boa coordenação visuomotora, é
extremamente necessário um nível mais alto de abstração e elaboração, é necessário que a
criança tenha a capacidade de pensar sobre a linguagem, a isso, dá-se o nome de consciência
fonológica.
1.1. Metodologia
Para atingir o objectivo do presente trabalho e a sua materialização foi feita uma leitura e
pesquisa bibliográfica, utilizando artigos científicos, dissertações, livros, e páginas de
instituições públicas e privadas, para assim compilar o resumo teórico deste trabalho.
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2. Desenvolvimento das habilidades de consciência fonológica
2.1. O desenvolvimento da consciência fonológica e desenvolvimento infantil
2.1.1. O desenvolvimento da consciência fonológica
O seu desenvolvimento processa-se praticamente desde que a criança nasce e depende de alguns
fatores (Fernandes & Rosado, 2022):
Nem sempre a consciência fonológica se processa da mesma forma em todas as crianças, mas
geralmente segue os seguintes passos (Fernandes & Rosado, 2022):
A partir dos 6 anos (após entrada no 1º ciclo) (Fernandes & Rosado, 2022): domina todos os
níveis da consciência fonológica.
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2.1.2. Desenvolvimento infantil
O desenvolvimento infantil acaba por ser um conjunto de aprendizados que, pouco a pouco, vai
tornando a criança cada vez mais independente e autônoma. O Desenvolvimento Infantil (DI) é
parte fundamental do desenvolvimento humano, destacando-se que, nos primeiros anos, é
moldada a arquitetura cerebral, a partir da interação entre herança genética e influências do meio
em que a criança vive (Souza & Veríssimo, 2015).
Durante o tempo em que trabalhava em uma escola, Piaget se interessou por observar o
raciocínio utilizado pelas crianças para responder as perguntas de seus professores.
Posteriormente, passou a observar também os seus filhos e desta forma, acabou por subdividir as
fases da infância.
A teoria de Piaget considera que o desenvolvimento infantil consiste em quatro fases no que diz
respeito à cognição: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório
formal.
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Sensório-motor: 0 a 2 anos
Nessa fase do desenvolvimento, a criança desenvolve a capacidade de se concentrar em
sensações e movimentos.
O bebê começa a ganhar consciência de movimentos que, anteriormente, eram involuntários. Ele
percebe, por exemplo, que ao esticar os braços pode alcançar determinados objetos.
Os bebês nessa faixa etária só têm consciência daquilo que podem ver e é por isso que choram
quando a mãe sai do seu campo de visão, mesmo que ela esteja muito perto.
Pré-operatório: 2 a 7 anos
Esse é o período onde ocorrem representações da realidade dos próprios pensamentos.
Nessa fase, algumas vezes a criança não tem a real percepção dos acontecimentos, mas sim a sua
própria interpretação.
Ao observar um copo fino e alto e um copo baixo e largo que comportam a mesma quantidade,
por exemplo, a criança acredita que o copo alto comporte uma quantidade maior.
Durante esse período também é possível notar uma fase bastante acentuada do egocentrismo e a
necessidade de dar vida às coisas.
A criança é capaz de entender, por exemplo, que um copo fino e alto e um copo baixo e grosso
podem comportar a mesma quantidade de líquido.
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Nessa faixa etária, o desenvolvimento da criança já contempla conhecimentos sobre regras
sociais e sobre o senso de justiça.
Mesmo que a própria criança jamais tenha vivido determinada experiência e nem mesmo nada
parecido, ela passa a ter a capacidade de compreender através de situações vividas por outros, ou
seja, a compreender situações abstratas.
A entrada na escola pode ser um fator atenuante da diferença, ou pelo contrário, um agente de
consolidação do hiato entre os alunos provenientes de meios socialmente marcados. Tudo
depende da atitude pedagógica assumida (…)” (Teixeira, 2011).
Quando a criança adquire a linguagem, ela apropria-se da língua do grupo de socialização onde
se encontra inserida, com todas as especificidades que refletem as diferenças que marcam a
origem geográfica ou social desse grupo. “A linguagem adquire-se e desenvolve-se através de
processos de interação com os falantes da língua usada no contexto social em que se cresce”.
(Sim-Sim, 1998, p.259 citado por Teixeira (2011))
É importante pontuar que a consciência fonológica passa por diferentes estágios que são
marcados por etapas determinantes (Brites, 2019). Todas elas são essenciais por estabelecer uma
fase de descobertas para a criança. Vejam quais são elas (Brites, 2019):
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Estágio 1 (não nascido – 1 ano): aprende a reconhecer, diferenciar e responder a sons de
fala e não fala, começa a reconhecer palavras, expressões faciais e gestos corporais. Faz
sons, imita padrões de fala e usa a linguagem corporal para expressar seus pensamentos.
Estágio 2 (1 ano – 2 anos): começa a isolar palavras individuais em um fluxo de fala, a se
envolver em uma peça sonora e a reconhecer que as frases são constituídas de palavras
individuais.
Etapa 3 (2 anos – 4 anos): a consciência de rima irá emergir.
Estágio 4 (3 anos – 5 anos): começa a desenvolver uma compreensão de que as palavras
podem ser divididas em partes e que elas dão à palavra seu ritmo. Ela deve ser capazes de
misturar sílabas oralmente para formar palavras e segmentar palavras em sílabas.
Etapa 5 (4 anos – 5 anos): pode agrupar palavras por som, sem soletrar. Ela começará a
entender que as sílabas de uma palavra podem ser subdivididas em unidades de som
menores, chamadas de início e fim.
Estágio 6 (consciência fonêmica) – (4 anos – 6 anos): pode identificar oralmente os sons
iniciais e finais em palavras e o som medial em palavras monossílabas. É capaz de dividir
as palavras em seus sons individuais e misturar sons para formar palavras. Isso é
puramente verbal, e não na representação escrita da palavra.
Estágio 7 (5 anos – 7 anos): deve ser capaz de substituir sons em palavras para criar
novas e entender como a exclusão de um som de uma palavra pode alterá-la.
Estágio 8 (Phonics) – (4 anos – 7 anos ou mais): aprenderá fonema e grafema e
desenvolverá um entendimento de que alguns sons podem ser representados por mais de
uma letra. Ela aprenderá que as letras têm nomes e são usadas para representar sons em
palavras escritas.
Estágios 9 e 10 – (5 anos – 7 anos ou mais): aprende a usar fonética para ajudar a
decodificar palavras para leitura e auxiliar na codificação de palavras para escrita.
Para avaliar a consciência fonológica, foram utilizadas três tarefas (Marchetti, 2007): detecção de
rima, detecção de fonema e subtração de fonemas. Nas tarefas de detecção fonológica, a criança
escutava quatro palavras, uma palavra estímulo e três palavras-teste e devia identificar a palavra-
teste que rimava com a palavra estímulo (no caso da tarefa de detecção de rima) e a palavra-teste
que começava com a mesma consoante da palavra estímulo (no caso da tarefa de detecção de
fonema).
A consciência fonológica pode ser entendida como um conjunto de habilidades que vão desde a
simples percepção global do tamanho da palavra e de semelhanças fonológicas entre as palavras
até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas (Bryant & Bradley, 1985 citado por
Lopes, 2004). Fazendo parte do processamento fonológico, que se refere às operações mentais de
processamento de informação baseadas na estrutura fonológica da linguagem oral (Lopes, 2004).
Assim, a consciência fonológica refere-se tanto à consciência de que a fala pode ser segmentada
quanto à habilidade de manipular tais segmentos, e se desenvolve gradualmente à medida que a
criança vai tomando consciência do sistema sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e
fonemas como unidades identificáveis (Capovilla & Capovilla, 2000b citado por Lopes, 2004).
O desenvolvimento fonológico refere-se ao processo pelo qual a criança adquire e usa os padrões
sonoros de sua língua materna na comunicação. O pré-requisito para a consciência fonológica
são as habilidades básicas de escuta, a aquisição de um vocabulário de alguns milhares de
palavras, a capacidade de imitar e produzir estruturas de frases básicas, e o uso da linguagem
para expressar necessidades, reagir a outras pessoas, comentar sobre as próprias experiências e
de entender os outros (Forte & Bursztyn , 2010).
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A habilidade fonológica se desenvolve em uma progressão previsível. As habilidades básicas de
escuta e a consciência lexical (consciência da palavra) são precursores essenciais para o
desenvolvimento da consciência fonológica (Forte & Bursztyn , 2010).
A Tabela 1 apresenta uma escala das habilidades fonológicas relativa às tarefas de consciência
fonológica, da mais básica à mais avançada.
Habilidades Fonológicas Descrição
Consciência lexical Rastrear as palavras nas frases. Manipulação
(consciência das palavras) de palavras dentro das frases.
Nota: Esta habilidade não é exatamente uma
habilidade fonológica e sim uma habilidade
semântica de linguagem (significado de base).
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de sapato“; “Diga o som da vogal em sol“).
Consciência fonêmica Combinar os sons em palavras (ex.: “Escute:
/p/ /a/ /i/. Diga a palavra que formam”).
Segmentar os fonemas de palavras de dois ou
três sons, passando para palavras de quatro e
cinco sons (ex.: “Separe os sons de sapo“).
Manipular os fonemas removendo,
adicionando, ou substituindo sons (ex.:
“Diga vela sem o /v/”).
Supressão silábica
“Diga guarda-chuva. Fale novamente, mas
não fale guarda.”
3. Conclusão
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4. Bibliografia
Fernandes, I., & Rosado, S. (2022). Consciência Fonológica. Lisboa: Clínica de psicologia e
terapia da fala ITAD.
Forte, L. K., & Bursztyn , C. (2010). O desenvolvimento das habilidades fonológicas. Brasil.
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Lopes, F. (2004). O desenvolvimento da consciência fonológica e sua importância para o
processo de alfabetização. São Francisco: Universidade São Francisco.
Souza, J. M., & Veríssimo, M. (2015). Desenvolvimento infantil: análise de um novo conceito.
GO, Brasil: Universidade Federal de Goiás. D.
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