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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA

APOLITÉCNICA

INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE NAMPULA

ISEUNA

Desenvolvimento das habilidades de consciência fonológica

Docente:

Nampula, Junho de 2022


Eliseu Mário Alberto Ferro

Desenvolvimento das habilidades de consciência fonológica

Este trabalho é em grupo e de carácter


avaliativo apresentado ao ISEUNA
pertencente a cadeira de Psicologia
Transcultural leccionado pelo Docente:
Dr. Castiano

Nampula, Junho de 2022


Índice

1. Introdução.................................................................................................................................1

1.1. Metodologia......................................................................................................................1

2. Desenvolvimento das habilidades de consciência fonológica..................................................2

2.1. O desenvolvimento da consciência fonológica e desenvolvimento infantil.....................2

2.1.1. O desenvolvimento da consciência fonológica..........................................................2

2.1.2. Desenvolvimento infantil...........................................................................................3

2.1.2.1. Fases do desenvolvimento infantil (segundo Jean Piaget).....................................3

2.1.2.1.1. Sensório-motor: 0 a 2 anos.....................................................................................4

2.1.2.1.2. Pré-operatório: 2 a 7 anos......................................................................................4

2.1.2.1.3. Operatório concreto: 8 a 12 anos...........................................................................4

2.1.2.1.4. Operatório formal: a partir dos 12 anos.................................................................5

2.2. Processos envolvidos desde a aquisição à elaboração dessa habilidade...........................5

2.3. Estágios de desenvolvimento da consciência fonológica.................................................7

2.4. Habilidades de consciência fonológica.............................................................................8

3. Conclusão...............................................................................................................................12

4. Bibliografia.............................................................................................................................13
1. Introdução

A primeira infância é marcada pela entrada da criança na escola. Nesta fase, as crianças são
estimuladas, através de atividades lúdicas e jogos, a exercitar as suas capacidades motoras e
cognitivas, a fazer descobertas e a se prepararem para iniciar o processo de alfabetização.

Entretanto, o processo de ler e escrever exige muito mais do que boa coordenação visuomotora, é
extremamente necessário um nível mais alto de abstração e elaboração, é necessário que a
criança tenha a capacidade de pensar sobre a linguagem, a isso, dá-se o nome de consciência
fonológica.

1.1. Metodologia
Para atingir o objectivo do presente trabalho e a sua materialização foi feita uma leitura e
pesquisa bibliográfica, utilizando artigos científicos, dissertações, livros, e páginas de
instituições públicas e privadas, para assim compilar o resumo teórico deste trabalho.

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2. Desenvolvimento das habilidades de consciência fonológica
2.1. O desenvolvimento da consciência fonológica e desenvolvimento infantil
2.1.1. O desenvolvimento da consciência fonológica

O seu desenvolvimento processa-se praticamente desde que a criança nasce e depende de alguns
fatores (Fernandes & Rosado, 2022):

 Desenvolvimento cognitivo e intelectual da criança


 Exposição a experiências linguísticas
 Aprendizagem da leitura e escrita

Nem sempre a consciência fonológica se processa da mesma forma em todas as crianças, mas
geralmente segue os seguintes passos (Fernandes & Rosado, 2022):

 1 – 3 Meses: a criança consegue detetar o som da voz materna.


 3 – 6 Meses: orienta a cabeça em direção de uma fonte sonora.
 9 – 13 Meses: a criança começa a perceber o processo de produção de fala consiste
numasequência de sons da voz humana, tentando imitar o adulto. É neste período que a
criança começa a dizer as primeiras palavras.
 30 – 36 Meses: distingue todos os sons da sua língua, faz autocorreções aquando a
produção do seu discurso, percebendo o encadeamento sonoro correto
 3 – 4 Anos: divide palavras simples em sílabas. Identifica rimas.
 5 Anos: identifica sons em palavras
 6 Anos: adquiriu as capacidades anteriores mas apresenta lacunas na consciência
fonémica (capacidade adquirida que consiste na manipulação e substituição de unidades
sonoras que constituem as palavras), uma vez que ainda não iniciou o processo de
aprendizagem da leitura e escrita.

A partir dos 6 anos (após entrada no 1º ciclo) (Fernandes & Rosado, 2022): domina todos os
níveis da consciência fonológica.

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2.1.2. Desenvolvimento infantil

O desenvolvimento infantil é um processo de aprendizado pelo qual as crianças passam para


adquirir e aprimorar diversas capacidades de âmbito cognitivo, motor, emocional e social.

Ao conquistar determinadas capacidades, a criança passa a apresentar certos comportamentos e


ações (como, por exemplo, dizer a primeira palavra, dar os primeiros passos, etc.) que são
esperados a partir de determinada idade.

O desenvolvimento infantil acaba por ser um conjunto de aprendizados que, pouco a pouco, vai
tornando a criança cada vez mais independente e autônoma. O Desenvolvimento Infantil (DI) é
parte fundamental do desenvolvimento humano, destacando-se que, nos primeiros anos, é
moldada a arquitetura cerebral, a partir da interação entre herança genética e influências do meio
em que a criança vive (Souza & Veríssimo, 2015).

Para promoção da saúde da criança, é indispensável a compreensão de suas peculiaridades, assim


como, condições ambientais favoráveis ao seu desenvolvimento. O entendimento dos cuidadores
sobre as características e necessidades próprias da infância, decorrentes do processo de
desenvolvimento, favorece o desenvolvimento integral, pois os cuidados diários são os espaços
de promoção do DI (Souza & Veríssimo, 2015).

Fases do desenvolvimento infantil (segundo Jean Piaget)


As etapas do desenvolvimento infantil foram o principal tema de estudo do psicólogo suíço Jean
Piaget.

Durante o tempo em que trabalhava em uma escola, Piaget se interessou por observar o
raciocínio utilizado pelas crianças para responder as perguntas de seus professores.

Posteriormente, passou a observar também os seus filhos e desta forma, acabou por subdividir as
fases da infância.

A teoria de Piaget considera que o desenvolvimento infantil consiste em quatro fases no que diz
respeito à cognição: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório
formal.
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Sensório-motor: 0 a 2 anos
Nessa fase do desenvolvimento, a criança desenvolve a capacidade de se concentrar em
sensações e movimentos.

O bebê começa a ganhar consciência de movimentos que, anteriormente, eram involuntários. Ele
percebe, por exemplo, que ao esticar os braços pode alcançar determinados objetos.

Durante esse período, ocorre o desenvolvimento da coordenação motora.

Os bebês nessa faixa etária só têm consciência daquilo que podem ver e é por isso que choram
quando a mãe sai do seu campo de visão, mesmo que ela esteja muito perto.

Pré-operatório: 2 a 7 anos
Esse é o período onde ocorrem representações da realidade dos próprios pensamentos.

Nessa fase, algumas vezes a criança não tem a real percepção dos acontecimentos, mas sim a sua
própria interpretação.

Ao observar um copo fino e alto e um copo baixo e largo que comportam a mesma quantidade,
por exemplo, a criança acredita que o copo alto comporte uma quantidade maior.

Durante esse período também é possível notar uma fase bastante acentuada do egocentrismo e a
necessidade de dar vida às coisas.

É a fase dos “porquês” e da exploração da imaginação, ou seja, do dito "faz de conta".

Operatório concreto: 8 a 12 anos


Nessa fase começa a ser demonstrado o início do pensamento lógico concreto e as normas
sociais já começam a fazer sentido para a criança.

A criança é capaz de entender, por exemplo, que um copo fino e alto e um copo baixo e grosso
podem comportar a mesma quantidade de líquido.

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Nessa faixa etária, o desenvolvimento da criança já contempla conhecimentos sobre regras
sociais e sobre o senso de justiça.

Operatório formal: a partir dos 12 anos


Aos 12 anos a criança já possui a capacidade de compreender situações
abstratas e experiências de outras pessoas.

Mesmo que a própria criança jamais tenha vivido determinada experiência e nem mesmo nada
parecido, ela passa a ter a capacidade de compreender através de situações vividas por outros, ou
seja, a compreender situações abstratas.

O pré-adolescente também já é capaz de criar situações hipotéticas, teorias e possibilidades e de


começar a se tornar um ser autônomo.

2.2. Processos envolvidos desde a aquisição à elaboração dessa habilidade


De acordo com Fiori (2009) citado por Teixeira (2011), refere que o magnífico desenvolvimento
e complexidade da organização do cérebro humano, em particular, do seu neocórtex “«faz a
diferença» e permite ao ser humano produzir e compreender a linguagem”. Existem no cérebro
humano áreas específicas para algumas funções da linguagem e, segundo os autores, o
hemisfério esquerdo é o mais envolvido neste processo que nos distingue dos restantes animais.
Segundo Obler (2002) citado por Teixeira (2011), embora o hemisfério direito não pareça ter
muita responsabilidade nos processos linguísticos, lesões nesta área podem também levar a
desadequações da linguagem, fazendo este hemisfério parte de alguns processos linguísticos,
como a entoação e a pragmática. Para o autor referido

Memória de trabalho é a “capacidade de reter na consciência as várias informações provenientes


das diferentes áreas do cérebro, durante o tempo suficiente para a sua conjugação na elaboração
dos pensamentos e planeamento das ações.” (Teixeira, 2011).

No processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, as diferentes memórias são


fundamentais. A memória é determinante nas habilidades linguísticas, sendo encarada como um
sistema unitário ou como um conjunto de vários sistemas (Nunes, 2008 citado por Teixeira,
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2011). Vários são os autores que estudam e descrevem a memória, como Atkinson e Schiffrin
(1968), Craik e Lockhart (1972) citado por Teixeira (2011) e, mais recentemente, Baddeley
sugeriu um modelo integrativo da memória que privilegia a noção de memória de trabalho
(Nunes, 2008 citado por Teixeira, 2011).

A memória de trabalho, é responsável pelo armazenamento temporário e processamento das


informações para a realização de tarefas cognitivas como raciocínio, compreensão e resolução de
problemas. Segundo Cassio (2001) citado por Teixeira (2011) definiu-a como um sistema
complexo de manutenção temporária e manipulação de informações durante a realização de
diversas operações cognitivas, sendo capaz de reter e manipular informação por curtos períodos
de tempo, enquanto ocorrem outras operações mentais.

A entrada na escola pode ser um fator atenuante da diferença, ou pelo contrário, um agente de
consolidação do hiato entre os alunos provenientes de meios socialmente marcados. Tudo
depende da atitude pedagógica assumida (…)” (Teixeira, 2011).

Quando a criança adquire a linguagem, ela apropria-se da língua do grupo de socialização onde
se encontra inserida, com todas as especificidades que refletem as diferenças que marcam a
origem geográfica ou social desse grupo. “A linguagem adquire-se e desenvolve-se através de
processos de interação com os falantes da língua usada no contexto social em que se cresce”.
(Sim-Sim, 1998, p.259 citado por Teixeira (2011))

Na medida em que as crianças adquirem a língua usada na comunidade em que crescem, o


respetivo comportamento linguístico reflete as diferenças e especificidades do sistema do meio
envolvente. Ao chegar à escola, a criança apresenta a marca linguística do grupo de socialização
em que cresceu. “As diferenças entre a variedade falada na escola e a do grupo de pertença são,
frequentemente, fontes de conflito para a criança, sendo muitas vezes pedagogicamente mal
abordadas pela escola e, por isso, origem de futuros problemas na aprendizagem”. (Sim-Sim,
1998, p.263 citado por Teixeira, 2011).

2.3. Estágios de desenvolvimento da consciência fonológica

É importante pontuar que a consciência fonológica passa por diferentes estágios que são
marcados por etapas determinantes (Brites, 2019). Todas elas são essenciais por estabelecer uma
fase de descobertas para a criança. Vejam quais são elas (Brites, 2019):
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 Estágio 1 (não nascido – 1 ano): aprende a reconhecer, diferenciar e responder a sons de
fala e não fala, começa a reconhecer palavras, expressões faciais e gestos corporais. Faz
sons, imita padrões de fala e usa a linguagem corporal para expressar seus pensamentos.
 Estágio 2 (1 ano – 2 anos): começa a isolar palavras individuais em um fluxo de fala, a se
envolver em uma peça sonora e a reconhecer que as frases são constituídas de palavras
individuais.
 Etapa 3 (2 anos – 4 anos): a consciência de rima irá emergir.
 Estágio 4 (3 anos – 5 anos): começa a desenvolver uma compreensão de que as palavras
podem ser divididas em partes e que elas dão à palavra seu ritmo. Ela deve ser capazes de
misturar sílabas oralmente para formar palavras e segmentar palavras em sílabas.
 Etapa 5 (4 anos – 5 anos): pode agrupar palavras por som, sem soletrar. Ela começará a
entender que as sílabas de uma palavra podem ser subdivididas em unidades de som
menores, chamadas de início e fim.
 Estágio 6 (consciência fonêmica) – (4 anos – 6 anos): pode identificar oralmente os sons
iniciais e finais em palavras e o som medial em palavras monossílabas. É capaz de dividir
as palavras em seus sons individuais e misturar sons para formar palavras. Isso é
puramente verbal, e não na representação escrita da palavra.
 Estágio 7 (5 anos – 7 anos): deve ser capaz de substituir sons em palavras para criar
novas e entender como a exclusão de um som de uma palavra pode alterá-la.
 Estágio 8 (Phonics) – (4 anos – 7 anos ou mais): aprenderá fonema e grafema e
desenvolverá um entendimento de que alguns sons podem ser representados por mais de
uma letra. Ela aprenderá que as letras têm nomes e são usadas para representar sons em
palavras escritas.
 Estágios 9 e 10 – (5 anos – 7 anos ou mais): aprende a usar fonética para ajudar a
decodificar palavras para leitura e auxiliar na codificação de palavras para escrita.

2.4. Habilidades de consciência fonológica


Uma das habilidades fonológicas mais importantes para a aprendizagem da leitura e da escrita é
a consciência fonológica, ou seja, a habilidade de refletir sobre os sons da fala. Segundo Barrera
e Maluf (2003) citado por Marchetti (2007), a consciência fonológica se refere à “habilidade de
analisar as palavras da linguagem oral de acordo com as diferentes unidades sonoras que as
compõem”. É essa habilidade que nos permite detectar e manipular sílabas, rimas e fonemas.
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Assim, ela abrange não apenas a capacidade de identificar as unidades sonoras, mas também a
capacidade de as manipular (segmentar, aglutinar, substituir, etc.) (Marchetti, 2007).

Acredita-se que exista uma relação de reciprocidade entre a consciência fonológica e a


aprendizagem da leitura e da escrita (Navas, 1997 citado por Marchetti, 2007). Em outras
palavras, tanto a consciência fonológica contribui para a aprendizagem da leitura e da escrita
(uma vez que é necessário um mínimo de capacidade de reflexão sobre a fala para que criança
tenha sucesso no processo de alfabetização) quanto a aprendizagem da leitura contribui para o
desenvolvimento da consciência fonológica.

Para avaliar a consciência fonológica, foram utilizadas três tarefas (Marchetti, 2007): detecção de
rima, detecção de fonema e subtração de fonemas. Nas tarefas de detecção fonológica, a criança
escutava quatro palavras, uma palavra estímulo e três palavras-teste e devia identificar a palavra-
teste que rimava com a palavra estímulo (no caso da tarefa de detecção de rima) e a palavra-teste
que começava com a mesma consoante da palavra estímulo (no caso da tarefa de detecção de
fonema).

A consciência fonológica pode ser entendida como um conjunto de habilidades que vão desde a
simples percepção global do tamanho da palavra e de semelhanças fonológicas entre as palavras
até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas (Bryant & Bradley, 1985 citado por
Lopes, 2004). Fazendo parte do processamento fonológico, que se refere às operações mentais de
processamento de informação baseadas na estrutura fonológica da linguagem oral (Lopes, 2004).
Assim, a consciência fonológica refere-se tanto à consciência de que a fala pode ser segmentada
quanto à habilidade de manipular tais segmentos, e se desenvolve gradualmente à medida que a
criança vai tomando consciência do sistema sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e
fonemas como unidades identificáveis (Capovilla & Capovilla, 2000b citado por Lopes, 2004).

O desenvolvimento fonológico refere-se ao processo pelo qual a criança adquire e usa os padrões
sonoros de sua língua materna na comunicação. O pré-requisito para a consciência fonológica
são as habilidades básicas de escuta, a aquisição de um vocabulário de alguns milhares de
palavras, a capacidade de imitar e produzir estruturas de frases básicas, e o uso da linguagem
para expressar necessidades, reagir a outras pessoas, comentar sobre as próprias experiências e
de entender os outros (Forte & Bursztyn , 2010).

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A habilidade fonológica se desenvolve em uma progressão previsível. As habilidades básicas de
escuta e a consciência lexical (consciência da palavra) são precursores essenciais para o
desenvolvimento da consciência fonológica (Forte & Bursztyn , 2010).

A Tabela 1 apresenta uma escala das habilidades fonológicas relativa às tarefas de consciência
fonológica, da mais básica à mais avançada.

Habilidades Fonológicas Descrição
Consciência lexical Rastrear as palavras nas frases. Manipulação
(consciência das palavras) de palavras dentro das frases.
Nota: Esta habilidade não é exatamente uma
habilidade fonológica e sim uma habilidade
semântica de linguagem (significado de base).

Capacidade de resposta à rima e à aliteração, Recitar palavras rimadas ou frases com


durante jogo de palavras aliteração de livros de histórias ou de poesias
rimadas.
Consciência silábica Contar, bater palmas, misturar sílabas, ou
segmentar uma palavra em sílabas.
Manipulação de rimas A capacidade de produzir uma palavra rimada
depende da compreensão de que as palavras
rimadas têm a mesma rima.
Identificar e combinar os sons iniciais das
palavras, em seguida os sons finais e os
mediais. (ex.: “Que figura começa com /s/?”;
“Encontre outra figura que termine com /r/”).
Segmentar e produzir o som inicial, depois o
sons finais e mediais (ex.: “Com que
som foca começa?”; “Diga o último som

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de sapato“; “Diga o som da vogal em sol“).
Consciência fonêmica Combinar os sons em palavras (ex.: “Escute:
/p/ /a/ /i/. Diga a palavra que formam”).
Segmentar os fonemas de palavras de dois ou
três sons, passando para palavras de quatro e
cinco sons (ex.: “Separe os sons de sapo“).
Manipular os fonemas removendo,
adicionando, ou substituindo sons (ex.:
“Diga vela sem o /v/”).

Fonte: (Forte & Bursztyn , 2010)

A Tabela 2 relaciona as idades específicas para a realização de tarefas típicas de consciência


fonológica.

Idade Habilidade Exemplos de actividades


4 Imitar e brincar com rimas e pato, mato, gato
aliterações “O rato roeu a roupa do rei de Roma.”
Reconhecimento de rimas, qual “Quais as palavras que rimam:
palavra não combina escada, chapéu, tomada?”
Reconhecimento de mudanças “Atirei o pau no mato. Isto não está certo!”
fonêmicas em palavras
Bater palmas, contar sílabas
5 chão (1 sílaba
jantar (2 sílabas)
mel (1 sílaba)
sabonete (4 sílabas)

Perceber e lembrar fonemas em uma Mostrar sequências de fonemas com blocos


série coloridos: /s/ /s/ /f/; /z/ /ch/ /z/.
Síntese silábica “Qual é a palavra?
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p-ato
b-ola
m-edo
Produzir uma rima “Fale uma palavra que rime com carro.”
(barro)
Combinar sons iniciais; isolar um som “Diga o primeiro som
5½ inicial de rede (/r/); meia (/m/); fita (/f/).”

Supressão de palavras compostas


“Diga guarda-chuva. Fale novamente, mas
não fale guarda.”

Supressão silábica
“Diga guarda-chuva. Fale novamente, mas
não fale guarda.”

Fonte: (Forte & Bursztyn , 2010)

3. Conclusão

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4. Bibliografia

Brites, L. (2019). Consciência fonológica: manual teórico e prático. Arapongas: Neurosaber.

Fernandes, I., & Rosado, S. (2022). Consciência Fonológica. Lisboa: Clínica de psicologia e
terapia da fala ITAD.

Forte, L. K., & Bursztyn , C. (2010). O desenvolvimento das habilidades fonológicas. Brasil.
12
Lopes, F. (2004). O desenvolvimento da consciência fonológica e sua importância para o
processo de alfabetização. São Francisco: Universidade São Francisco.

Marchetti, P. M. (2007). O desenvolvimento da consciência fonológica no início da pré-escola .


Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais.

Souza, J. M., & Veríssimo, M. (2015). Desenvolvimento infantil: análise de um novo conceito.
GO, Brasil: Universidade Federal de Goiás. D.

Teixeira, A. F. (2011). Investigando a Linguagem: Consciência Fonológica Desenvolvimento de


competências em idade pré-escolar. Portugal.

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