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AS LINGUAGENS NA ‘332

EDUCAÇÃO INFANTIL

Roseane Dutra Rodrigues¹


Fernanda Ribeiro²

1. INTRODUÇÃO

Nesta pesquisa será abordado o tema linguagens na educação infantil. Uma importante
questão a ser pesquisada é a compreensão delimitada que o professor tem sobre a linguagem na
educação. Bem como as emoções, que podem influenciar na comunicação professor e aluno.
Quando escutamos a palavra linguagem, logo lembramos a linguagem verbal ou
linguagem escrita, e essas duas formas são as mais utilizadas e observadas pelos professores na
educação com as crianças. Através da suas emoções a criança, também poderá demonstrar suas
expressões e linguagens. E esta é uma atenção fundamental, que o educador deverá desenvolver
através do olhar crítico e sensível, atento as diversas informações que as crianças irão lhe
apresentar.
O educador não deve limitar-se a algumas formas de comunicação, pois o universo
infantil é muito mais amplo do que se pode imaginar. Para que as crianças tenham novas
vivências e experiências e ampliem seus conhecimentos, o professor também deverá ampliar a
sua percepção e conhecimento. Conforme Vigotski (2009) o homem é um ser social, e a criança
em seu meio deverá fortalecer vínculos, ambientar-se com colegas e professor. Por este motivo as
suas formas de linguagens são tão importantes.
Como analisar os conceitos na abordagem da linguagem em Reggio Emilia, será
observado à relevância do assunto em evidência. Aprofundando-se em no embasamento teórico
com os autores Edwards; Gandini; Forman, Piletti e Vigostski.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Linguagens e suas formas

Vigotski (2009) considerou o momento mais importante para o desenvolvimento do


pensamento da criança, por volta de dois anos, no instante em que o pensamento e fala se
cruzam dando inicio as suas curiosidades e novas descobertas. É um fator a ser observado pelo
educador com um olhar sensível. Assim não deixará passar nenhum momento, do
desenvolvimento e ou das descobertas das crianças despercebidos.

1 Nome dos acadêmicos


2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa
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O educador deve propiciar um ambiente para que as crianças desenvolvam todas as suas
formas de linguagens. O professor idealiza que o ambiente é somente o espaço físico. No entanto
deve-se refletir na atmosfera de aprendizagem também como ambiente. E assim o professor
deverá inserir a criança em situações de desafios, do lúdico, de forma a contribuir para seu
crescimento. Observando como a criança que está se desenvolvendo, e que ou quais
possibilidades que ela tem e terá para ampliar sua forma de compreensão de mundo. Conforme
podemos verificar em:

Um ambiente é um sistema vivo, em transformação. Mais do que o espaço físico, inclui o modo
como o tempo é estruturado e os papeis que devemos exercer, condicionando o modo como nos
sentimos, pensamos e nos comportamos, e afetando dramaticamente a qualidade de nossas vidas. O
ambiente funciona contra ou a nosso favor, enquanto conduzimos nossas vidas (GREENMAN,
1988,p.5 apud EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999, p.156).

É necessário que a criança possa ser inserida em diversos tipos de contextos e assim
desenvolver os diversos tipos de linguagens sejam elas artes, dramatização, musicalização entre
outras. A linguagem na educação infantil representa um diálogo e uma conexão com o mundo da
aprendizagem da criança. O educador enquanto facilitador de aprendizagem deve conduzir este
desenvolvimento.

O educador deverá ter um olhar perceptível ao mundo da criança, para que possa criar um
vínculo e assim compreende-la. Algumas vezes por não conseguir ter este olhar sensível a
comunicação falha.
As linguagens da criança também estão ligadas diretamente as emoções. Através dos
sentimentos a criança manifesta suas formas de linguagens. Assim criando a cada instante uma
nova comunicação com adulto. A criança desde pequena já estabelece suas relações
comunicativas através de demonstrações de emoções. Segundo Piletti (2013) a afetividade é vista
como uma linguagem, pois o ser humano se comunica com o outro desde sempre: é, pois,
geneticamente social.
Portanto o educador como facilitador de aprendizagem deve conscientizar-se de que a
cada abordagem relacionada à comunicação com a criança estará relacionada com seu lado
emocional e também social.
Quando o assunto é linguagem deve-se ter uma visão ampla e contínua, tendo em vista que
a mesma é ligada a diversos fatores. No entanto o educador deverá auto avaliar-se para
compreender estes fatores. Como também estar atento as falhas decorrentes que ocorrem na
comunicação, pois a criança se expressa de muitas formas.
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Assim o professor pode e deverá criar possibilidades para que a criança possa ultrapassar
suas próprias barreiras. De acordo com Edwards; Gandini; Forman, (1999) “[...] uma tarefa difícil
do professor é ajudar as crianças encontrarem problemas suficientemente grandes e difíceis para
engajarem sua maior energia e pensamento ao longo do tempo”.

A criança desenvolve-se através de estímulos, novas situações, e o professor deve propiciar


estas situações e momentos para que se concretizem novos conhecimentos.
Na concepção de Wallon, o desenvolvimento do pensamento infantil é marcado por
descontinuidade crises e conflitos – é dia-lético. Envolve mudanças que se dão por saltos,
provocando reestruturações do comportamento, sobre as quais interferem um fator biológico
(maturação do sistema nervoso, com novas possibilidades fisiológicas) e outro social (com arranjo
de novas possibilidades por meio dos estímulos e situações novas). Do conflito entre esses dois
aspectos, desencadeia-se a formação do pensamento e da inteligência. (PILLETTI, 2013, p. 103)

Ainda para Pilette (2013) a criança desenvolve através do conflito. Percebe-se por
exemplo, quando a criança encontra um obstáculo, observa e esforça-se para continuar, e caso não
consiga, utiliza-se de alguma expressão para pedir auxilio.

O educador deve ser capaz de estimular a criança, para que em situações de dificuldade a
mesma possa ultrapassar seus próprios limites. E desenvolver suas formas de linguagens. A
brincadeira como recurso lúdico é um meio que prepara a criança de uma forma saudável para
suas vivências. Pois é através das brincadeiras que a criança irá conectar-se com o mundo e suas
realidades.
Uma das coisas que aprendemos neste século com as pessoas que trabalham com as crianças é que
a brincadeira a não é apenas um meio de testar a realidade, mas é também uma forma de criá-la. A
liberdade das crianças de brincarem cooperativamente muda o mundo! Quando crescerem, ficarão
adultas e ensinarão outras crianças... se eles podem criar uma comunidade adulta, então isso terá um
efeito profundo sobre o modo como percebemos, mudamos e respeitamos o mundo real.
(EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999, p.304).

Há uma interação entre a criança-professor, e criança-criança, nestas relações são


estabelecidas as formas de linguagens. Como também seus relacionamentos, ambos não estão
sozinhos neste ambiente. Sob esta perspectiva percebe-se que as emoções e o relacionamento
social estão conectados a todas as formas de linguagens na educação infantil. Para Piletti(2013,
p.110):
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A emoção tem o papel de dar “pistas” sobre o aluno. As expressões de seu corpo, sua fala, sua
postura revelam seu posicionamento diante das exigências colocadas pelo professor, pela rotina
escolar: podendo o aluno demonstrar que está com medo, feliz, satisfeito, com raiva, tranqüilo,
preocupado, etc.; são conhecidos, com isso, seus estados mais íntimos-afetivos. (PILETTI,2013,
p.110).

Nesta dimensão o educador deve se reconhecer e compreender como e de que forma está
observando a criança. Acompanhando o desenvolvimento da criança.

Cabe ao professor auxiliar a criança, e a dar subsídios, como facilitador de aprendizagem.


Envolver a criança dentro do processo de aprendizagem. Assim a tornando confiante de sua própria
construção de aprendizagem.
O papel do adulto é acima de tudo o de ouvinte, de observador e de alguém que entende a estratégia que
as crianças usam em uma situação de aprendizagem. Tem, para nós, o papel de “distribuidor” de
oportunidades; e é muito importante que a criança sinta que ele não é um juiz, mas um recurso ao qual
pode recorrer quando precisa tomar emprestado um gesto, uma palavra. (EDWARDS; GANDINI;
FORMAN, 1999, p.160)

O professor deve agir como um facilitador da aprendizagem, assim a criança buscará o


educador como recurso em sala, vivenciando com autonomia.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Figura – 1 As crianças e suas linguagens

https://razoesparaacreditar.com/humor/fotos-apaixonantes-de-criancas-interagindo-
inocentemente-com-esculturas/. Acesso em 09/06/19 ás 20:18.
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Pode-se observar na imagem que assim como o educador a criança também recorre à
observação, assim acontecendo à linguagem em seu meio social.
Vigotski (2009) “[...] o contato social relativamente complexo e rico da criança leva a um
desenvolvimento sumamente precoce dos “meios de comunicação”. A criança reage de forma
satisfatória quando a relação social acontece, e assim pode-se observar o seu desenvolvimento. E o
educador como facilitador de aprendizagem deverá contribuir para que todas estas relações
aconteçam.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O conhecimento só é relevante quando observamos na prática. O educador é um


facilitador de aprendizagem, em qual nível da educação que se encontra este tem que estar em
constante busca de aprendizado.
No momento da rodinha quando uma criança canta, e coloca uma emoção na música
cantada, é sua expressão, sua linguagem, sua forma de conectar ao mundo. Socializando com os
colegas, ambiente, é neste momento que o educador poderá perceber e observar sua participação
dentro daquele ambiente, avaliando e conhecendo a criança.
As linguagens na educação infantil apresentam-se através de diversas formas como se
podem estudar entre elas emoções, comportamentos, e outras manifestações. Cabe ao professor
acompanhar e observar todos estes momentos da criança e manter esforços para compreendê-la.
Assim podemos exemplificar em Reggio Emilia conforme Edwards; Gandini; Forman
(1999) “[...] em alguns momentos o professor deve sentar-se e ouvir e observar comentários
instigantes ou plenos insights que irão motivar questões e atividade do grupo”. Por tanto se
compreende que o professor é parte integrante deste processo. Assim acompanhando todas as
linguagens da criança.
Na educação infantil as linguagens e o professor qual foi o objetivo desta pesquisa, as
crianças estão em constantes mudanças, mas ainda necessita-se resgatar informações para
compreender as mesmas. Como renovando as pesquisas, vivenciando a prática e com um olhar
sensível que permitirá ir além do simples conteúdo. Por isso é fundamental analisar as diversas
formas de linguagens.

5. CONCLUSÃO
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5. CONCLUSÃO

No decorrer da pesquisa foi apresentado um breve estudo sobre o tema as linguagens na


educação infantil. A pesquisa baseia-se nos autores os autores Edwards; Gandini; Forman, Pillete e
Vygotski que vão de encontro com o tema estudado. Assim os considerando referência para os
estudos.
A pesquisa buscou estudar as linguagens na educação infantil, em que muitas vezes é
somente observada pelo professor através da oralidade na criança. No entanto cabe ao educador
averiguar as outras as formas de linguagens que é utilizada pelas crianças, e que os sentimentos que
também fazem parte da expressão como uma das linguagens.
Constatou-se que a observação do professor é de extrema importância para compreender a
criança. Assim para que a comunicação e a relação professor-aluno se integrem de forma positiva.
O professor deverá estar envolvido no processo evolutivo educacional da criança, acompanhando,
observando e, atento a sua prática com um olhar sensível.
A pesquisa permite uma reflexão global sobre o tema, e deve-se aprofundar nas linguagens
por ser uma questão que muitas vezes passa despercebida pelo educador. A conscientização e o
estudo profundo darão um novo significado as metodologias de ensino. Não deve limitar-se ao
superficial já, que os autores apresentam o conhecimento de que a linguagem na educação infantil
não é limitada.
Portanto é no ensino de educação infantil que o professor deverá ter este compromisso com
as formas de linguagens, apresentando suas múltiplas formas de expressões.
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REFERÊNCIAS

EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As Cem Linguagens Da Criança: A


Abordagem de Reggio Emilia na Educação da Primeira Infância. Reggio Emilia: Artemed,1999.

PILETTI, Nelson; ROSSATO, Solange marques. Psicologia da Aprendizagem da teoria do


condicionamento do construtivismo. São Paulo: Contexto, 2013.

VIGOTSKY, Lev Semenovich. A construção do pensamento e da Linguagem; Tradução Paulo


Bezerra. 2ª Ed –São Paulo: WMF Martins Fontes,2009.

https://razoesparaacreditar.com/humor/fotos-apaixonantes-de-criancas-interagindo-inocentemente-
com-esculturas/. Acesso em 09/06/19 ás 20:18.

Atualizado

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