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BATERIA DE TESTES PARA

DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO

Autora: Profa. Dra. Nadia Bossa


O objetivo deste manual é, através de exemplos e explicações sobre as pranchas, instruir
os profissionais, que utilizarão o material, sobre o modo de aplicação e avaliação das atividades,
além de responder dúvidas mais frequentes e as que podem surgir.
A Bateria de Testes para Diagnóstico Psicopedagógico é, resultado de mais de 25 anos de
estudos, pesquisas e experiências na Psicopedagogia e Neuropsicologia. Os testes foram pensados
de modo a permitir uma grande variedade na forma de aplicação para avaliar qualitativamente as
habilidades necessárias às aprendizagens acadêmicas. A faixa etária para aplicação desse material
é de 5 a 70.

Prancha pg. 10
Função Motora - Decodificação de símbolos gráficos - Rota fonológica

Material: Essa prancha não contém material adicional

Descrição: Essa prancha foi criada para avaliar as habilidades cognitivas como velocidade de
processamento, memória visual de curto prazo, coordenação visual e motora, flexibilidade
cognitiva, discriminação visual e concentração. Através de atividades que envolve a coordenação
de movimentos alternados e simultâneos, a destreza e o equilíbrio.
Decodificação não consiste somente em reconhecer a forma linguística utilizada, mas
compreendê-la num contexto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular.
Em suma, trata-se de perceber seu caráter de novidade e não somente sua conformidade à norma.
A decodificação de símbolos não é apenas decifrá-los, mas sim, interpretar e compreender seu
sentido. Essa habilidade é avaliada ao solicitar que em cada símbolo seja feito um movimento,
para realizá-la o sujeito precisa reconhecer e compreender (decodificar) a imagem (símbolo) para
fazer a ação que a representa.

Sugestão: Com a utilização de um lápis e a atividade em mãos, pede-se para a criança traçar
sobre cada coração uma linha, ou seja, assinalar os símbolos que ela identificou, na sequência da
esquerda para a direita. Essa atividade pode ser cronometrada, e o tempo que o avaliando utilizar
para concluir o teste servirá como base para, além da observação clínica, avaliar a velocidade de
processamento através da atenção visual seletiva, vigilância ou negligência visual.

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Prancha pg. 11
Praxia oral e ideatória - Coordenação e destreza - Linguagem receptiva

Material: Essa prancha não contém material adicional

Descrição: Essa prancha avalia as habilidades cognitivas, sendo a praxia oral, praxia ideatória,
coordenação, destreza e a linguagem receptiva.
A praxia oral é a capacidade de realizar movimentos com os músculos orais e da face. Esses
movimentos não são inatos e sim aprimorados ao longo do desenvolvimento, estando intimamente
relacionados com a produção da fala. A praxia ideatória, exige, não apenas a coordenação, mas
sobretudo, a capacidade de realizar um movimento que tem uma sequência, uma finalidade, o
qual obedece a ordem necessária, com harmonia, precisão e eficiência. Essas habilidades são
avaliadas com a tarefa de reproduzir o som dos instrumentos.
As habilidades de coordenação e destreza são verificadas com os movimentos dos músculos
esqueléticos, que resultam na dominação que as pessoas têm do corpo sobre o espaço. Sendo o
último visto na agilidade e facilidade que a pessoa executa o movimento. Ao pedir para reproduzir
como se toca os instrumentos podemos avaliar essas habilidades.
Contudo, podemos verificar que essas habilidades cognitivas só foram possíveis de serem
avaliadas através da linguagem receptiva, sendo que esta é a capacidade de compreensão da
leitura ou da fala.

Sugestão: Com um lápis e a atividade em mãos pede-se para o examinando escrever o nome dos
instrumentos, assim avaliará a linguagem expressiva, sendo esta a habilidade de se comunicar,
através da linguagem-verbal (fala) o não-verbal (escrita, gestos, mímicas, pintura e etc).

Prancha pg.12
Praxia Construtiva

Material: Uma folha em branco A4, um lápis preto 2b e três papéis para dobradura.

Descrição: Essa prancha avalia a praxia construtiva que reflete a capacidade de percepção visual
adequada para uma ação apropriada, implicando na habilidade de reproduzir ou construir figuras,
desenhando ou montando-as. O desenvolvimento da praxia construtiva tem grande importância
na habilidade que requer o uso do lápis, no desenho e na escrita, atividades comuns para a criança.
Essa habilidade envolve a síntese visual (discriminação dos detalhes ou das partes que constituem
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o todo), a elaboração de uma representação mental (integração do objeto em algo unificado que
pode ter um significado) e a reprodução (execução que demanda um planejamento e o controle
dos atos motores).
Nessa prancha podemos avaliar essa habilidade, ao pedir para o avaliando desenhar as
figuras geométricas e construir as formas geométricas do desenho, assim observando atentamente
os movimentos que ele executa.

Prancha pg.13
Função Motora - Relações Espaço-Temporais - Rota fonológica

Material: Uma bola, um lápis e uma folha em branco A4

Descrição: Com essa prancha, investiga-se algumas habilidades cognitivas como a coordenação
motora, relações espaço-temporais e rota fonológica.
A coordenação motora grossa diz respeito a capacidade de utilizar os músculos maiores do
corpo, resultando em movimentos maiores, como sentar, andar, chutar, entre outros. Pode-se
avaliar essa habilidade ao solicitar para o examinando repetir os movimentos das figuras presente
na prancha.
A organização espaço-temporal, é a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-
se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber
localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um
objeto em relação a outro. É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto. Assim quando
o avaliado realiza os movimentos com a bola pode-se averiguar se ele tem percepção adequada
sobre o espaço em que está executando os movimentos e o modo como ele se posiciona frente
ao objeto.
A rota fonológica é responsável pela decodificação do grafema/fonema, o leitor ao fazer a
leitura de uma pseudopalavra, apesar de desconhecer o seu significado, utiliza o conhecimento
fonológico. Por isso, a leitura de palavras tanto conhecidas quanto desconhecidas, podem ser
lidas pela rota fonológica, porém, na leitura de palavras irregulares, o leitor apresenta bastante
dificuldade pois a correspondência letra-som não obedece uma regra geral, ou seja, na leitura
da palavra táxi um leitor iniciante pode ler “tachi”, do mesmo modo ler “echercicio” ao invés
de “exercício”. Crianças que recém estão se alfabetizando, utilizam e muito a rota fonológica,
cujo esforço de decodificação faz com que a leitura seja mais lenta e segmentada e muitas vezes
quando perguntamos sobre o significado da leitura, ela poderá responder que não sabe. Pode-se

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avaliar essa função escrevendo uma história e pedindo para a criança ler e ao final perguntando o
que ela entendeu sobre a história. Com isso será avaliada a leitura e a interpretação do indivíduo.

Sugestão: Com um lápis e uma folha em branco A4, pede-se para o examinando escrever a história
do menino da prancha. Assim, pode-se avaliar a linguagem expressiva através da escrita, esta
refere-se ao modo como a criança se comunica, podendo ser através da linguagem-verbal (fala) o
não-verbal (escrita, gestos, mímicas, pintura etc.).

Prancha pg. 14
Praxia oral ideatória - Linguagem - Relações Espaço Temporais

Material: Uma bexiga.

Descrição: Essa prancha investiga a praxia oral, a praxia ideatória, a linguagem e as relações espaço
temporais.
Praxia oral é a capacidade de realizar movimentos com os músculos orais e da face. Esses
movimentos não são inatos e sim aprimorados ao longo do desenvolvimento, estando intimamente
relacionados com a produção da fala. Em crianças pequenas podemos observar a falta de precisão
articulatória e uma maior variabilidade dos movimentos articulatórios. A precisão dos pontos
articulatórios, por sua vez, sofre influência da presença e posição dos dentes, da mobilidade de
lábios e de bochechas, da posição e mobilidade de língua e da posição de mandíbula.
Praxia é a capacidade de realizar um ato motor que requer planificação de uma atividade
motora, a capacidade intelectual e estimulação que levou ao aprendizado motor.
O movimento correto resulta do comportamento sensoriomotor, associado ao conhecimento
do esquema corporal e de sua ação no tempo e no espaço.
O ato motor depende de três etapas: planificação, execução e automatização. Para isso
é necessária a ação conjunta das áreas do lobo frontal: motora (responsável pela execução e
automatização. Para isso é necessária a ação conjunta das áreas do lobo frontal: motora
(responsável pela execução do movimento); pré-motora (responsável pela organização do ato
motor), composta motora suplementar (planejamento de sequências complexas de movimento)
e pré-motora (processo de preparação de certas atividades motoras); e a área pré-frontal
(responsável pelo planejamento de todos os atos motors e não motores).

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Em relação a praxia ideatória, esta exige, não apenas a coordenação, mas sobretudo, a
capacidade de realizar um movimento que tem uma sequência, uma finalidade, o qual obedece a
ordem necessária, com harmonia, precisão e eficiência.
As funções acima são avaliadas ao pedir para a examinado repetir as ações do menino com
a bexiga, assim podemos verificar os movimentos faciais e o modo como os realizou.
A organização espaço-temporal, é a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-
se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber
localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um
objeto em relação a outro. É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto.
Uma habilidade cognitiva bastante complexa é a linguagem, importante para a socialização
e a comunicação humana. Portanto, os distúrbios de linguagem adquiridos geralmente interferem
de forma significativa nas habilidades comunicativas, sociais, laborais e de (re) integração à
sociedade. A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de decodificação
do input linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no aspecto de
codificação expressiva e produção, que inclui fala, escrita e sinalização.
As capacidades de organização espacial- temporal e linguagem podem ser verificadas ao
pedir para o indivíduo contar a história na ordem correta.

Sugestão: Utilizando um lápis preto 2B e uma folha em branco A4, pede-se para a criança desenhar
as figuras na ordem correta dos acontecimentos. Com isso, pode-se avaliar a memória espacial
declarativa, ela tem o papel de estocar/acumular informações tanto do tipo espacial como do tipo
temporal.

Prancha pg.15
Função Motora - Percepção - Praxia Visuoconstrutiva - Relações Espaço-Temporais - Linguagem
receptiva e expressiva

Descrição: A percepção é vista como o processo pelo qual selecionamos, organizamos e


interpretamos estímulos, traduzindo-os em uma imagem significativa e coerente. Na essência, a
percepção é a forma como vemos o mundo ao nosso redor.
A habilidade visuoconstrutiva – reconhecida também como praxia construtiva – trata-se da
capacidade de juntar/manipular estímulos físicos ou de realizar certos movimentos, de forma a
organizá-los ou adaptá-los a determinado fim.

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Para execução de um ato existe as seguintes etapas: reconhecimento do objeto ou
instrumento que será empregado no ato; decisão sobre o uso do objeto; evocação de cada
movimento necessários para cumprir o ato e execução da série de movimentos elementares que
integram um ato (chamada fórmula cinética global do movimento).
As alterações das habilidades visuoconstrutivas podem ocorrer sem que prejuízos do
funcionamento visuoperceptivo estejam presentes de forma que os testes neuropsicológicos
devem ser empregados para distinguir entre alterações sensoriais, apraxias, desorientação
espacial e dificuldades atencionais e/ou resultantes da motivação.
A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de decodificação do input
linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no aspecto de codificação
expressiva e produção, que inclui fala, escrita e sinalização.
A organização espaço-temporal, é a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-
se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber
localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um
objeto em relação a outro. É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto.
As habilidades mencionadas acima, podem ser avaliadas através do relato da ordem correta
das cenas.
O comportamento motor é importante porque se trata do principal vetor de nossas ações,
sejam desportivas, artísticas, de comunicação, de deslocamento ou simplesmente de manipulação.

Sugestão: Para avaliar a função motora pede-se para a criança fingir que está passando manteiga
no pão.

Prancha pg. 16
Função Motora - Percepção - Praxia Visuoconstrutiva - Relações Espaço-Temporais - Linguagem
Receptiva e Expressiva

Material: Uma folha em branco A4, um lápis 2b preto e uma borracha

Descrição: A coordenação motora grossa diz respeito a capacidade de utilizar os músculos maiores
do corpo, resultando em movimentos maiores, como se sentar, andar, chutar, entre outros. Essa
habilidade pode ser avaliada ao pedir para o examinando fingir que está dando banho em um
cachorro (também pode-se conceder um cachorro de pelúcia para a criança). Ao pedir para o
indivíduo fingir que está dando banho no cachorro pode-se avaliar a função motora.
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A percepção é uma função cognitiva que se constitui de processos pelos quais o sujeito é
capaz de reconhecer, organizar e dar significado a um estímulo vindo do ambiente através dos
órgãos sensoriais.
A habilidade visuoconstrutiva (também referida como praxia construtiva) é a capacidade de
realizar atividades formativas ou construtivas. Refere-se a habilidade de juntar ou manejar partes
ou estímulos físicos organizadamente, de maneira que formem uma entidade única ou objeto.
A organização espaço-temporal, é a habilidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-
se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber
localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um
objeto em relação a outro. É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto.
As habilidades acima podem ser investigadas de acordo com as tarefas descritas na prancha,
como identificar a ordem correta (percepção e organização espaço-temporal), desenhar em uma
folha um elemento que não aparece na cena (praxia visuoconstrutiva e linguagem expressiva), e
desenhar em uma folha sulfite uma cena anterior e outra posterior (organização espaço-temporal,
linguagem expressiva e praxia visuoconstrutiva).
A linguagem é definida a partir de aspectos biológicos e sociais que exprimem seu caráter
essencial de favorecer a adaptação do indivíduo ao ambiente. O componente cognitivo refere-
se a transformação dos múltiplos inputs do ambiente em conhecimento, a organização, ao
armazenamento, a recuperação e a transformação. O componente linguístico diz respeito aos
aspectos fonológicos e sintáticos, organizados segundo regras, e aos aspectos semânticos e
pragmáticos; diz respeito ao conteúdo lexical (dicionário) e dos discursos. O uso da linguagem é
organizado segundo regras sociais (pragmáticas) que fornecem indicações sobre práticas sociais
da linguagem. O modo como as intenções comunicativas (atos de fala), são expressas e percebidas,
também decorre de construtos culturais. Observa-se a linguagem ao pedir para o avaliado contar
a história incluindo as cenas anteriores e posteriores incluídas por ele anteriormente.

Prancha pg. 17
Percepção - Atenção - Relações Espaço-Temporais - Eficiência Intelectual Verbal - Linguagem -
Praxia Visuo Construtiva

Material: Uma folha em branco A4.

Descrição: A percepção é vista como o processo pelo qual selecionamos, organizamos e


interpretamos estímulos, traduzindo-os em uma imagem significativa e coerente.

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O modelo cognitivo do sistema atencional humano proposto e revisado por Posner (2012)
envolve três componentes dissociados: alerta, orientação e atenção-executiva (ou vigília, processos
atencionais automáticos e processos atencionais controlados), dependendo da tradução. Os
processos atencionais automáticos representam um sistema relacionado ao direcionamento do
foco atencional diante de estímulos ambientais. Envolvem a modulação dos recursos sensoriais
e de processamento com relação ao estímulo-alvo, além do uso de esquemas fortemente
consolidados pelo organismo, como a leitura e a contagem. Esse segundo aspecto da atenção é
muito associado a regiões posteriores do córtex cerebral, sobretudo os lobos occipitais e parietais.
Além disso, esse sistema apresenta também conexões com regiões dos lobos frontais relacionadas
aos movimentos oculares e manuais e à linguagem expressiva. O terceiro componente do
sistema atencional é composto pelos processos atencionais controlados, que envolvem recursos
de natureza executiva, permitindo ao sujeito a mudança voluntária de foco, a manutenção do
tônus atencional e a resolução de conflitos atencionais em situações que demandam inibição,
flexibilidade e alternância.
Os recursos atencionais são de extrema importância a todos os aspectos do funcionamento
cognitivo, sendo preditores importantes da aprendizagem e solução de problemas em diferentes
fases do desenvolvimento.
A organização espaço-temporal, é a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-
se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber
localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um
objeto em relação a outro. É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto.
A linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a socialização
e a comunicação humana. Portanto, os distúrbios de linguagem adquiridos geralmente interferem
de forma significativa nas habilidades comunicativas, sociais, laborais e de (re) integração à
sociedade. A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de decodificação
do input linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no aspecto de
codificação expressiva e produção, que inclu fala, escrita e sinalização.
A habilidade visuoconstrutiva permite executar ações voltadas a um fim no plano concreto,
através da atividade motora.
Os comportamentos construtivos são complexos e envolvem a conjugação de diferentes
processos. Em primeiro lugar, para ser capaz de realizar atividades desta natureza, um sujeito precisa
operar sobre dados visuoperceptivos e visuoespaciais, ou seja, as condições básicas para essas
atividades são às funções visuoperceptivas. Estas caracterizam o processamento cerebral ativo de
informações visuais que chegam aos nossos órgãos visuais periféricos. Envolvem muitos estágios
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que, embora sucessivos, estão em constante interação. Dentre as habilidades visuoperceptivas e
visuoespaciais encontram-se as capacidades de: discriminação visual, diferenciação figura e fundo,
síntese visual, reconhecimento de faces, percepção e associação de cores, localização de pontos
no espaço, julgamento de direção e distância, orientação topográfica, percepção de profundidade
e de distância.
Além disso, o sujeito necessita de planejamento dos passos e etapas necessários à execução
do projeto e à execução do plano através do comportamento motor.
Os comportamentos que pertencem a essa categoria são muitos variados e incluem desde
tarefas mais simples como copiar um desenho, até formas mais complexas de atividades, como
costurar, montar uma maquete e construir uma casa.

Prancha pg. 18
Praxia Oral - Praxia Visuo Construtiva - Relações Espaço-Temporal - Linguagem receptiva e
expressiva

Descrição: A praxia oral é a capacidade de realizar movimentos com os músculos orais e da face.
Esses movimentos não são inatos e sim aprimorados ao longo do desenvolvimento, estando
intimamente relacionados com a produção da fala.
A praxia visuo construtiva refere-se a atividade de juntar/manipular estímulos físicos
ou de realizar certos movimentos, de forma a organizá-los ou adaptá-los a determinado fim.
Essa capacidade requer algumas condições: percepção visual, raciocínio espacial, habilidade
para formular planos ou metas, comportamento motor e capacidade de monitorar o próprio
desempenho.
A realização de um ato, mesmo que habitual, envolve diversas operações mentais e motoras.
Os déficits dessa função são chamados dispraxias, sendo o grau mais elevado dessa disfunção
conhecido como apraxia, comum nas fases avançadas das demências.
A execução do ato envolve algumas fases como: Reconhecimento do objeto ou instrumento
que será empregado no ato; Decisão sobre o uso do objeto; Evocação de cada movimento
necessários para cumprir o ato e Execução da série de movimentos elementares que integram um
ato (chamada fórmula cinética global do movimento).
Alterações das habilidades visuoconstrutivas podem ocorrer sem que prejuízos do
funcionamento visuoperceptivo estejam presentes de forma que os testes neuropsicológicos

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devem ser empregados para distinguir entre alterações sensoriais, apraxias, desorientação
espacial e dificuldades atencionais e/ou resultantes da motivação.
No caso de apraxia, por exemplo, ocorre uma disfunção da motricidade que não pode ser
explicada por paralisia, fraqueza muscular ou prejuízo na compreensão sobre o que se deve fazer.
O declínio ocorre nas habilidades de planejamento, organização e execução da sequência correta
para concluir o ato desejado.
A organização espaço temporal, é a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-
se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber
localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um
objeto em relação a outro. É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto.
A linguagem é definida a partir de aspectos biológicos e sociais que exprimem seu caráter
essencial de favorecer a adaptação do indivíduo ao ambiente. No contexto da neuropsicologia, a
avaliação da linguagem não pode ser concebida de forma dissociada e componentes linguísticos,
cognitivos e sociais.
O componente cognitivo refere-se à transformação dos múltiplos inputs do ambiente em
conhecimento, à organização, ao armazenamento, à recuperação e à transformação.
O componente linguístico diz respeito aos aspectos fonológicos e sintáticos, organizados
segundo regras, e aos aspectos semântica e pragmáticos; diz respeito ao conteúdo lexical
(dicionário) e dos discursos.
O uso da linguagem é organizado segundo regras sociais (pragmáticas) que fornecem
indicações sobre práticas sociais da linguagem. O modo como intenções comunicativas (atos falas)
são expressas e percebidas, também decorre de construtos culturais.

Prancha pg. 19
Função Visual - Percepção de detalhes - Praxia Ideatória - Linguagem - Relações Espaço-
Temporais - Eficiência Intelectual

Descrição: O processamento visual tem uma importância significativa em nosso córtex cerebral,
assim a função visual permite que informações cheguem a nós sem precisar de muita proximidade
com o conteúdo, como no caso de odor ou sabor. A percepção visual é colocada como um
instrumento de acesso a outro sentido humano, a percepção temporal, ou seja, como os seres
humanos percebem o transcorrer do tempo. Essa capacidade pode ser verificada ao pedir para o
indivíduo observar as imagens e explicar as cenas.

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A praxia ideatória exige, não apenas a coordenação, mas sobretudo, a capacidade de realizar
um movimento que tem uma sequência, uma finalidade, o qual obedece a ordem necessária, com
harmonia, precisão e eficiência.
A linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a socialização
e a comunicação humana. Portanto, os distúrbios de linguagem adquiridos geralmente interferem
de forma significativa nas habilidades comunicativas, sociais, laborais e de (re) integração à
sociedade. A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de decodificação
do input linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no aspecto de
codificação expressiva e produção, que inclui fala, escrita e sinalização.
A organização espaço-temporal, é a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-
se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber
localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um
objeto em relação a outro. É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto.
Eficiência Intelectual é caracterizada pelo desempenho de funcionamento das habilidades
cognitivas como raciocínio, aprendizado, resolução de problemas, e pelo comportamento
adaptativo realizado através das habilidades sociais e atividades do dia a dia.

Prancha pg.20
Relações Espaço-Temporais - Aprendizagem - Praxia - Linguagem

Materiais: Uma folha em branco A4, lápis e uma borracha.

Descrição: O desenvolvimento neuropsicomotor da criança funciona como base de estruturação


de sua corporeidade; o esquema corporal e posteriormente sua auto imagem organizam-se através
das bases neuropsicológicas inatas da criança que passarão por um processo de desenvolvimento
e estimulação que irá resultar na percepção organizada do espaço, não só de seu corpo (suas
dimensões, limites e formas de utilização), como também na interação desse corpo com o espaço
externo. O eu físico estrutura-se então a partir das experiências objetivas e subjetivas da percepção
que a criança tem de seu corpo proporciona a ela, como esse corpo (percebido e dimensionado)
existe num espaço físico que é o seu meio de interação. A consciência corporal e espacial passa
a ser então incorporada pela criança e essa vai gradativamente sofisticando essas capacidades e
estabelecendo relações cada vez mais complexas que estarão sempre ligadas ao grau de estímulo
aprendizado a que é submetida.

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Num determinado ponto desse processo, as interpretações perceptivas, as vivências
aprendidas e memorizadas, os conceitos morais, culturais e as interações afetivas (primordiais)
da criança passam a dar forma também à noção de espaço psicológico, onde essa vai adquirindo
a capacidade de perceber e simbolizar seu lugar no mundo, nas diversas relações e sistemas que
está inserida e na própria relação consigo mesma.
A noção de tempo (mais subjetiva e sofisticada) começa igualmente ter lugar. Primeiro a
influência dos ciclos circadianos (de base neurológica) auxilia a criança a estabelecer uma relação
com o tempo físico de uma forma mais concreta (dia e noite por exemplo), aos poucos noções
simbolizadas por nossa cultura em relação ao tempo são passadas para a criança (manhã, tarde,
noite, horas dias, meses, anos, etc). Por serem conceitos mais subjetivos, eles ocorrem numa
velocidade menor que a da organização espacial. A criança gradativamente incorpora esses
conhecimentos e passa a ser capaz de simbolizar o Tempo Físico.
A aprendizagem é a principal atividade da escola, sua função é propiciar a assimilação
das formas de consciência social mais desenvolvidas - a ciência, a arte, a moralidade, a lei. A
aprendizagem deve promover a incorporação dos conhecimentos e desenvolver as habilidades
relacionadas as formas de consciência social e as capacidades construídas historicamente para
desenvolver o conhecimento teórico (conhecimento teórico = abstração substancial, generalização
e conceitos teóricos). O ser humano deve ser capaz de regular seus atos pelo pensamento,
projetar ação, idealizar, planejar o futuro e realizá-lo. Sendo que deve, portanto, promover um
bom funcionamento da função executiva.
A linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a socialização
e a comunicação humana. Portanto, os distúrbios de linguagem adquiridos geralmente interferem
de forma significativa nas habilidades comunicativas, sociais e laborais e de (re)integração à
sociedade. A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de decodificação
do input linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no aspecto de
codificação expressiva e produção, que inclui fala, escrita e sinalização.
Conforme Van Dijk (2006), a produção do discurso é um processo cognitivo consiste
na construção, alocação e atualização das representações mentais dos eventos e do contexto
de comunicação, incluindo a seleção de informação relevante dessas representações e do
conhecimento geral. No nível discursivo, ficam bastante evidentes às relações entre linguagem,
memória e funções executivas.
Portanto, ao pedir as atividades descritas na prancha correspondente, pode-se avaliar as
capacidades acima e distinguir quais encontram-se mais adequadas para a idade do individuo e
quais foram apresentadas com mais dificuldade.
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Prancha pg.21
Função Visual: Percepção de formas sobreposta – Linguagem

Materiais: Uma folha em branco A4, um lápis preto 2b, lápis coloridos e uma borracha.

Descrição: Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender os estímulos externo.


Habilidades cognitivas como consciência, memória e atenção, estão envolvidas no processo da
percepção.
A percepção visual serve para identificar, classificar, organizar, armazenar e lembrar a
informação apresentada visualmente. Através da percepção visual analisamos às diferentes
características de um estímulo visual como a forma, a cor, o tamanho, a textura ou o peso, e
damos um significado ao que vemos. Essa habilidade é utilizada para decifrar palavras, resolver
quebra-cabeças e compreender conceitos matemáticos. Ao pedir para a criança identificar as
figuras na prancha, a capacidade de percepção visual é investigada.
A linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a socialização
e a comunicação humana. Portanto, os distúrbios de linguagem adquiridos geralmente interferem
de forma significativa nas habilidades comunicativas, sociais e laborais e de (re)integração à
sociedade. A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de decodificação
do input linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no aspecto de
codificação expressiva e produção, que inclui fala, escrita e sinalização.
A produção do discurso é um processo cognitivo que consiste na construção, alocação e
atualização das representações mentais dos eventos e do contexto de comunicação, incluindo
a seleção de informação relevante dessas representações e do conhecimento geral. No nível
discursivo, ficam bastante evidentes às relações entre linguagem, memória e funções executivas.
Podemos avaliar esse processo ao pedir para a criança falar o nome e as cores das frutas assim
como ao desenhar e pintá-las.

Prancha pg.22
Percepção - Função Visual

Descrição: Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender os estímulos externo.


Habilidades cognitivas como consciência, memória e atenção, estão envolvidas no processo da
percepção. A percepção visual serve para identificar, classificar, organizar, armazenar e lembrar
a informação apresentada visualmente. Através da percepção visual analisamos às diferentes
características de um estímulo visual como a forma, a cor, o tamanho, a textura ou o peso, e
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lhe damos um significado ao que vemos. Essas habilidades são utilizadas para decifrar palavras,
resolver quebra-cabeças e compreender conceitos matemáticos.
O perfeito funcionamento dos olhos já é, por si só, um pré-requisito muito importante
para o aprendizado da leitura e da escrita. É de suma importância um treinamento específico
em percepção e discriminação de semelhanças e diferenças; percepção de formas e tamanhos
(diferentes grafias, por ex.); percepção de figura-fundo e memória visual.
A ocorrência de falhas na discriminação de figura-fundo e a atenção, prejudicarão a
decodificação e a memorização correta.
Ao pedir para o indivíduo falar as diferenças das cenas podemos avaliar essas habilidades
e, para além da tarefa, observar quais foram as dificuldades e facilidades encontradas durante a
realização da atividade.

Prancha pg.23
Rota fonológica - Relações Espaço-Temporais - Linguagem - Memória Imediata e Tardia

Descrição: A rota fonológica é responsável pela decodificação do grafema/fonema, por exemplo


para leitura da palavra: “plota”, que na verdade se trata de uma pseudopalavra, o leitor, embora
desconheça a palavra e seu significado, conseguirá ler fazendo uso dos conhecimentos fonológicos.
Por isso, a leitura de palavras tanto conhecidas quanto desconhecidas, podem ser lidas pela
rota fonológica, porém, na leitura de palavras irregulares, o leitor apresenta bastante dificuldade
pois a correspondência letra-som não obedece uma regra geral, ou seja, na leitura da palavra
“caça” um leitor iniciante pode ler “caca”, do mesmo modo ler “tachi” ao invés de “táxi”. Crianças
que recém estão se alfabetizando, utilizam e muito a rota fonológica, cujo esforço de decodificação
faz com que a leitura seja mais lenta e segmentada e muitas vezes quando perguntamos sobre
o significado da leitura, ela poderá responder que não sabe. Ao pedir para o examinado falar os
nomes dos animais avalia-se a aptidão da rota fonológica.
A orientação espacial é constituída pela relação entre o objeto e o observador. Crianças que
iniciam o processo de alfabetização sem possuírem as noções de posição e orientação espacial
podem apresentar confusão de letras que diferem; dificuldades em respeitar a ordem de sucessão
das letras nas palavras e das palavras nas frases; dificuldades para locomover os olhos durante a
leitura; não respeita a direção horizontal do traçado; não respeita os limites da folha; dificuldades
para se organizar, esbarra nos objetos ou pessoas quando se locomove e; indecisões quando tem
de se desviar de um obstáculo não sabendo para que lado ir.

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A orientação temporal é o domínio de conceitos como ontem, hoje, amanhã, dia, mês, ano,
horas, estações do ano etc., que permite a orientação no tempo durante a realização de atividades.
A ausência da orientação temporal pode causar: dificuldades na pronúncia e na escrita de palavras,
trocando a ordem ou invertendo letras; dificuldades na retenção de uma série de palavras dentro
da sentença; dificuldades na utilização dos tempos verbais; problemas na correspondência dos
sons com as respectivas letras que os representam (ditado).
A consciência fonológica é uma estrutura importante para a linguagem oral, pois ela envolve
a capacidade de identificar, isolar, manipular, combinar e segmentar mentalmente, e de forma
deliberada, os segmentos fonológicos da língua (Alves,Freitas & Costa, 2007; Nascimento, 2009).
Esta competência compreende dois níveis, sendo a consciência de que a língua falada pode ser
segmentada em unidades distintas: a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras em
sílabas e as sílabas em fonemas, e a consciência de que estas unidades se podem repetir em
diferentes palavras; (Byrne & Fielding-Barnsley, 1989 cit. por Nascimento, 2009).
As relações espaço-temporais e a linguagem podem ser investigadas ao pedir para o
indivíduo falar os animais que começam com a sílaba “CA”.
A memória é uma capacidade funcional do sistema nervoso responsável por selecionar,
arquivar e evocar os estímulos do meio. Ela é fundamental para o pensamento e aprendizagem,
pois nos primeiros meses de vida a memória possui características sensoriais e afetivas, e a
partir da experiência repetida o elemento será constituinte e organizador. Posteriormente, com
informações mais sofisticadas, vai se constituir no componente essencial da arquitetura cognitiva
das Funções Executivas.
A memória também requer um bom sistema atencional e estado emocional favorável.
Com essa prancha, pode-se avaliar dois tipos de memória a imediata e a tardia. Sendo
que a memória de curto prazo (Imediata), mantém na mente, de forma acessível, uma pequena
quantidade de informações por pouco tempo, antes de ser armazenada ou esquecida. Ela é
utilizada para tarefas corriqueiras. Assim ao pedir para a criança falar ou escrever os animais que
acabou de observar, pode avaliar a memória imediata.
A memória de trabalho dura apenas o suficiente para a execução de uma tarefa (questão de
segundos). Associa as informações novas com as antigas e resolve problemas. Foca no estímulo
novo ou que considere importante. Essa memória pode ser avaliada ao pedir para a criança, após
20 minutos falar novamente os nomes dos animais da prancha.

Sugestão: Para investigar a discalculia, entregue para o avaliando um lápis e uma borracha. A
discalculia é a dificuldade em realizar tarefas relacionadas a matemática. Percebe-se essa
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alteração quando se tem dificuldade em distinguir a quantidade e os termos, por exemplo,
maior e menor ou que o número 5 é o mesmo que a palavra cinco. Indivíduos com discalculia
também têm problemas com a mecânica de fazer matemática, como ser capaz de recordar fatos
de matemática. Eles podem entender a lógica por trás da matemática, mas não como ou quando
aplicar o que sabem para resolver problemas de matemática. Eles também lutam com a memória
de trabalho. Por exemplo, eles podem ter dificuldade em manter os números em mente ao fazer
problemas de matemática com várias etapas. Pede-se para a criança escrever o total de animais
que tem na prancha, depois solicita-se para escrever a quantidade de animais que começam com
a sílaba “CA”. Pergunte: Quantos animais restam se tirarmos todos que começam com a sílaba
“CA”? Como você chegou nesse resultado?

Prancha pg. 24
Memória - Linguagem - Relações Espaço - Temporais

Descrição: A memória é uma capacidade funcional do sistema nervoso responsável por selecionar,
arquivar e evocar os estímulos do meio. Ela é fundamental para o pensamento e aprendizagem,
pois nos primeiros meses de vida a memória possui características sensoriais e afetivas, e a
partir da experiência repetida o elemento será constituinte e organizador. Posteriormente, com
informações mais sofisticadas, vai se constituir no componente essencial da arquitetura cognitiva
das funções executivas. A memória também requer um bom sistema atencional e estado emocional
favorável. Essa habilidade é avaliada ao pedir para o examinando pronunciar o nome dos animais
e mostrar os animais que também estão na prancha anterior.
A consciência fonológica é uma estrutura importante para a linguagem oral, pois ela envolve
a capacidade de identificar, isolar, manipular, combinar e segmentar mentalmente, e de forma
deliberada, os segmentos fonológicos da língua (Alves,Freitas & Costa, 2007; Nascimento, 2009).
Esta competência compreende dois níveis, sendo a consciência de que a língua falada pode ser
segmentada em unidades distintas: a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras em
sílabas e as sílabas em fonemas, e a consciência de que estas unidades se podem repetir em
diferentes palavras (Byrne & Fielding-Barnsley, 1989 cit. por Nascimento, 2009). Essa função pode
ser avaliada ao pedir para a criança falar o nome dos animais que terminam com a silaba “TO”.
Quando se tem êxito na organização espaço-temporal o indivíduo consegue ter domínio
sobre atividades que exigem essa habilidade, como atividades de comandos e orientações,
percepção e discriminação visual (forma, comprimento, quantidade, tamanho, fazer diferenciação
entre objetos), orientação gráfica, percepção e memória (antes, durante, agora), ordem e sucessão,
classificação lógica ou cronológica (o que vem primeiro?), ritmos como associação de ordem,
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sucessão, duração, alternância, ritmos internos: ritmo respiratório, hormonal, batimentos por
minuto etc., ritmos externos: das estações, dos dias, dos minutos etc. Essa capacidade é avaliada
ao pedir para o indivíduo falar quais animais se repetem nessa prancha em relação a prancha
anterior. Com essa solicitação, ele precisará estruturar mentalmente as posições que os animais
se encontram na prancha anterior.

Sugestão: Para investigar a discalculia qualitativamente, entregue uma folha A4, um lápis 2b e
uma borracha para o avaliado.
A discalculia é a dificuldade em realizar tarefas relacionadas a matemática. Percebe-se essa
alteração quando se tem dificuldade em distinguir a quantidade e os termos, por exemplo, maior
e menor ou que o número 5 é o mesmo que a palavra cinco. Pessoas com discalculia também têm
problemas com a mecânica de fazer matemática, como ser capaz de recordar fatos de matemática.
Elas podem entender a lógica por trás da matemática, mas não como ou quando aplicar o que
sabem para resolver problemas de matemática. Elas também lutam com a memória de trabalho.
Por exemplo, elas podem ter dificuldade em manter os números em mente ao fazer problemas de
matemática com várias etapas.
Pede-se para o indivíduo escrever o total de animais que têm na prancha, depois solicita-
se para ele escrever a quantidade de animais que não começam com a sílaba “TO”. Quantos
animais restam se tirarmos todos que não começam com a sílaba “TO”? Como você chegou nesse
resultado?

Prancha pg.25
Gnosia Auditiva - Linguagem - Rota Lexical

Materiais: Uma folha em branco A4 e um lápis 2B preto.

Descrição: Gnosia é o reconhecimento dos estímulos externos através dos órgãos de sentidos.
Temos a gnosia visual, auditiva e tátil, a gnosia auditiva é o reconhecimento dos ruídos e sons
correspondente a identificação do objeto correto.
A linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a socialização
e a comunicação humana. Portanto, os distúrbios de linguagem adquiridos geralmente interferem
de forma significativa nas habilidades comunicativas, sociais, laborais e de (re) integração à
sociedade (Hills, 2007). A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de

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decodificação do input linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no
aspecto de codificação expressiva e produção, que inclui fala, escrita e sinalização.
A consciência lexical é a capacidade de segmentar a linguagem oral em palavras,
considerando tanto aquelas com função semântica (substantivos, adjetivos, verbos), cujos
significados independem do contexto, quanto aquelas com função sintático-relacional (conjunções,
preposições, artigos), nas quais a construção do significado depende da sua inserção no contexto,
no interior de sentenças.
A rota lexical é a leitura via significado, em que ocorre a mediação da representação
semântica. A pessoa que utiliza essa rota tem pouca dificuldade em pronunciar palavras familiares,
porém apresenta dificuldades com palavras não-familiares e pseudopalavras.

Prancha pg.26
Rota Fonológica: Consciência Fonológica - Identificando sons

Descrição: Para uma leitura eficaz de palavras impressas acionamos o nosso léxico mental, este
reúne dois processos distintos: rota fonológica e rota lexical, por isso são conhecidos como modelo
cognitivo de “dupla rota”.
A rota fonológica é responsável pela decodificação do grafema/fonema, o leitor, embora
desconheça a palavra e seu significado, conseguirá ler fazendo uso dos conhecimentos fonológicos.
Por isso, a leitura de palavras tanto conhecidas quanto desconhecidas, podem ser lidas pela rota
fonológica, porém, na leitura de palavras irregulares, o leitor apresenta bastante dificuldade pois
a correspondência letra-som não obedece a uma regra geral.
A consciência fonológica é uma estrutura importante para a linguagem oral, pois ela envolve
a capacidade de identificar, isolar, manipular, combinar e segmentar mentalmente, e de forma
deliberada, os segmentos fonológicos da língua (Alves,Freitas & Costa, 2007; Nascimento, 2009).
Esta competência compreende dois níveis, sendo a consciência de que a língua falada pode ser
segmentada em unidades distintas: a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras em
sílabas e as sílabas em fonemas, e a consciência de que estas unidades se podem repetir em
diferentes palavras; (Byrne & Fielding-Barnsley, 1989 cit. por Nascimento, 2009).
Essas habilidades podem ser avaliadas qualitativamente, de acordo com as instruções da
prancha correspondente, com isso pode-se verificar a dificuldade e facilidade que o sujeito realiza
as tarefas.

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Prancha pg.27
Linguagem - Rota Fonológica: Consciência Fonológica - Identificando sons iguais

Descrição: A linguagem é definida a partir de aspectos biológicos e sociais que exprimem seu
caráter essencial de favorecer a adaptação do indivíduo ao ambiente. O componente cognitivo
refere-se à transformação dos múltiplos inputs do ambiente em conhecimento, à organização,
ao armazenamento, à recuperação e à transformação. O componente linguístico diz respeito
aos aspectos fonológicos e sintáticos, organizados segundo regras, e aos aspectos semânticos e
pragmáticos; diz respeito ao conteúdo lexical (dicionário) e dos discursos. O uso da linguagem é
organizado segundo regras sociais (pragmáticas) que fornecem indicações sobre práticas sociais
da linguagem. O modo como as intenções comunicativas (atos de fala), são expressas e percebidas,
também decorre de construtos culturais.
A consciência fonológica é uma estrutura importante para a linguagem oral, pois ela envolve
a capacidade de identificar, isolar, manipular, combinar e segmentar mentalmente, e de forma
deliberada, os segmentos fonológicos da língua (Alves,Freitas & Costa, 2007; Nascimento, 2009).
Esta competência compreende dois níveis, sendo a consciência de que a língua falada pode ser
segmentada em unidades distintas: a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras em
sílabas e as sílabas em fonemas, e a consciência de que estas unidades se podem repetir em
diferentes palavras; (Byrne & Fielding-Barnsley, 1989 cit. por Nascimento, 2009).
Portanto, a capacidade de identificar sons finais das palavras é um nível natural e espontâneo
da consciência fonológica, que integra precocemente as vivências das crianças através de músicas,
histórias e brincadeiras. O indivíduo passa a ter noção de rima.
Essas habilidades são avaliadas ao pedir para o examinando identificar as palavras que
terminam com o mesmo som do animal representado na prancha.

Prancha pg.28
Consciência Fonológica – Percepção auditiva – Praxia oral – Linguagem: fluência e leitura

Descrição: A consciência fonológica é uma estrutura importante para a linguagem oral, pois ela
envolve a capacidade de identificar, isolar, manipular, combinar e segmentar mentalmente, e de
forma deliberada, os segmentos fonológicos da língua (Alves,Freitas & Costa, 2007; Nascimento,
2009). Esta competência compreende dois níveis, sendo a consciência de que a língua falada pode
ser segmentada em unidades distintas: a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras

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em sílabas e as sílabas em fonemas, e a consciência de que estas unidades se podem repetir em
diferentes palavras; (Byrne & Fielding-Barnsley, 1989 cit. por Nascimento, 2009).
A percepção auditiva é a habilidade responsável por receber e conduzir informações auditivas
ao cérebro para análise e comparação com outras informações armazenadas na memória. Não
captar de forma adequada as estimulações ambientais faz com que o cérebro lide com informações
distorcidas, não havendo possibilidade de criar padrões fixos de respostas para as estimulações
que são recebidas. É necessário que haja uma estimulação no nível de discriminação de sons, de
figura-fundo e memória auditiva.
Praxia oral é a capacidade de realizar movimentos com os músculos orais e da face. Esses
movimentos não são inatos e sim aprimorados ao longo do desenvolvimento, estando intimamente
relacionados com a produção da fala.
A leitura envolve componentes de decodificação e compreensão. A decodificação se refere
aos processos de reconhecimento das palavras escritas, com isso permite transformar os signos
ortográficos das palavras escritas em linguagem. A compreensão é o processo em que as palavras,
sentenças ou textos são interpretados.
A fluência na leitura se refere à habilidade em ler um texto com precisão, velocidade e
expressividade adequada. A dificuldade de fluência na leitura pode influenciar a dificuldade
compreensão. No entanto, cabe ressaltar que, apesar da fluência na leitura ser uma habilidade
necessária, a compreensão do sentido de um texto não depende exclusivamente dela.
Quando o examinado faz a leitura do texto presente na prancha, verifica-se a qualidade de
cada função mencionada acima, portanto é importante estar atento as destrezas e complicações
desempenhadas por ele.

Prancha pg.29
Rota Fonológica: Consciência Fonológica – Identificando fonemas

Descrição: A rota fonológica é responsável pela decodificação do grafema/fonema, o leitor,


embora desconheça a palavra e seu significado, conseguirá ler fazendo uso dos conhecimentos
fonológicos. Por isso, a leitura de palavras tanto conhecidas quanto desconhecidas, podem ser
lidas pela rota fonológica, porém, na leitura de palavras irregulares, o leitor apresenta bastante
dificuldade pois a correspondência letra-som não obedece a uma regra geral.
A consciência fonológica é uma estrutura importante para a linguagem oral, pois ela envolve
a capacidade de identificar, isolar, manipular, combinar e segmentar mentalmente, e de forma

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deliberada, os segmentos fonológicos da língua (Alves,Freitas & Costa, 2007; Nascimento, 2009).
Esta competência compreende dois níveis, sendo a consciência de que a língua falada pode ser
segmentada em unidades distintas: a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras em
sílabas e as sílabas em fonemas, e a consciência de que estas unidades se podem repetir em
diferentes palavras; (Byrne & Fielding-Barnsley, 1989 cit. por Nascimento, 2009).
A identificação de fonemas refere-se à consciência fonêmica, ou seja, é a capacidade de
manipular e isolar as unidades sonoras que constituem a palavra. Habilidade de segmentar, omitir
ou substituir fonemas em palavras, bem como de evocar palavras com base no fonema inicial.
A tarefa descrita na prancha, auxilia na verificação dessas funções que implicam na linguagem
do indivíduo. Portanto, é importante avaliar qualitativamente o desempenho do avaliado ao
realizar a atividade.

Prancha pg.30
Atenção – Memória Episódica – Consciência Lexical

Descrição: O conceito de atenção é definido pela seleção e manutenção de um foco, seja de um


estímulo ou informação, entre as inúmeras que obtemos através de nossos sentidos, memórias
armazenadas e outros processos cognitivos. Em outras palavras, dirigimos nossa atenção para
o estímulo que julgamos ser importante num exato momento. Os outros estímulos que não os
principais, passam a fazer parte do “fundo” não sendo mais os focos na atenção.
A memória é uma capacidade funcional do sistema nervoso responsável por selecionar,
arquivar e evocar os estímulos do meio. Ela é fundamental para o pensamento e aprendizagem,
pois nos primeiros meses de vida a memória possui características sensoriais e afetivas, e a
partir da experiência repetida o elemento será constituinte e organizador. Posteriormente, com
informações mais sofisticadas, vai se constituir no componente essencial da arquitetura cognitiva
das funções executivas. A memória também requer um bom sistema atencional e estado emocional
favorável. Existe diferentes tipos de memórias, memória de curto prazo, memória de trabalho e
memória de longo prazo, esta última pode ser dividida em memória explícita e memória implícita.
Nessa prancha avalia-se a memória episódica, ou seja, a memória de longo prazo que pode ser
acessada de forma consciente, referente a fatos vivenciados pela pessoa.
A consciência lexical é a capacidade de segmentar a linguagem oral em palavras,
considerando tanto aquelas com função semântica (substantivos, adjetivos, verbos), cujos
significados independem do contexto, quanto aquelas com função sintático-relacional (conjunções,

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preposições, artigos), nas quais a construção do significado depende da sua inserção no contexto,
no interior de sentenças.

Prancha pg.31
Aprendizagem – Memória episódica de longo prazo – Atenção – Linguagem receptiva e expressiva

Materiais: Uma folha A4, um lápis preto 2B e um borracha.

Descrição: A aprendizagem é a principal atividade da escola, sua função é propiciar a assimilação


das formas de consciência social mais desenvolvidas - a ciência, a arte, a moralidade, a lei. A
aprendizagem deve promover a incorporação dos conhecimentos e desenvolver as habilidades
relacionadas as formas de consciência social e as capacidades construídas historicamente para
desenvolver o conhecimento teórico (conhecimento teórico = abstração substancial, generalização
e conceitos teóricos). O ser humano deve ser capaz de regular seus atos pelo pensamento,
projetar ação, idealizar, planejar o futuro e realizá-lo. Sendo que deve, portanto, promover um
bom funcionamento da função executiva.
A memória de longo prazo refere-se ao armazenamento relativamente permanente das
informações e um de seus tipos é a memória episódica (declarativa), na qual o indivíduo tem
recordações de suas experiências de vida pessoal.
A atenção pode ser conceituada pela seleção e manutenção de um foco, seja de um
estímulo ou informação, entre as inúmeras que obtemos através de nossos sentidos, memórias
armazenadas e outros processos cognitivos. Em outras palavras, dirigimos nossa atenção para
o estímulo que julgamos ser importante num exato momento. Os outros estímulos que não os
principais, passam a fazer parte do “fundo” não sendo mais os focos na atenção.
A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de decodificação do input
linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no aspecto de codificação
expressiva e produção, que inclui fala, escrita e sinalização.

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Prancha pg.32
Atenção – Memória – Linguagem

Materiais: Uma folha em branco A4, um lápis e uma borracha.

Descrição: A atenção pode ser conceituada pela seleção e manutenção de um foco, seja de um
estímulo ou informação, entre as inúmeras que obtemos através de nossos sentidos, memórias
armazenadas e outros processos cognitivos. Em outras palavras, dirigimos nossa atenção para
o estímulo que julgamos ser importante num exato momento. Os outros estímulos que não os
principais, passam a fazer parte do “fundo” não sendo mais os focos na atenção.
A memória é uma capacidade funcional do sistema nervoso responsável por selecionar,
arquivar e evocar os estímulos do meio. Esta é fundamental para o pensamento e aprendizagem,
pois nos primeiros meses de vida a memória possui características sensoriais e afetivas, e a partir da
experiência repetida o elemento será constituinte e organizador. Posteriormente, com informações
mais sofisticadas, vai se constituir no componente essencial da arquitetura cognitiva das funções
executivas. A memória também requer um bom sistema atencional e estado emocional favorável.
A linguagem manifesta-se na forma de “compreensão” receptiva e de decodificação do input
linguístico (“compreensão verbal”), que inclui a audição e a leitura, ou no aspecto de codificação
expressiva e produção, que inclui fala, escrita e sinalização.
TESTE DE MEMÓRIA PARA CENAS pg. 33

Descrição: A memória é uma capacidade funcional do sistema nervoso responsável por selecionar,
arquivar e evocar os estímulos do meio. Esta é fundamental para o pensamento e aprendizagem,
pois nos primeiros meses de vida a memória possui características sensoriais e afetivas, e a
partir da experiência repetida o elemento será constituinte e organizador. Posteriormente, com
informações mais sofisticadas, vai se constituir no componente essencial da arquitetura cognitiva
das funções executivas. Portanto, a memória também requer um bom sistema atencional e estado
emocional favorável.
A memória semântica foi definida como nossa enciclopédia mental, sendo responsável pela
memória necessária para a linguagem. É caracterizada pela perda de dados contextuais temporais
e espaciais. Por exemplo, o significado da palavra coqueiro é conhecido em uma comunidade
linguística, mas o episódio real em que tal informação foi adquirida, isto é, quando exatamente e
onde, geralmente se perdeu na memória.
A memória semântica (ou conhecimento conceitual) também envolve relação com
percepção e ação. Por exemplo, o conhecimento que temos sobre determinado animal envolve
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suas características visuais, seu movimento, número de patas, presença de pelos etc., enquanto
o conhecimento de uma ferramenta envolve o uso que se faz dela, o material de que é feita etc.
A atenção concentrada caracteriza-se pela concentração do cérebro em apenas uma
atividade, excluindo todos os estímulos ao redor. Essa atenção é usada quando focamos a atenção
em um único objeto de trabalho. Já a atenção dividida é a capacidade de lembrar de informações
e manter o foco em alguma coisa enquanto realiza uma outra tarefa.
O indivíduo utiliza essas duas capacidades, memória semântica e atenção, ao observar as
cenas 1 e 2 para fazer a atividade posterior.
A memória visual imediata é a habilidade de reter uma pequena quantidade de informação
visual durante um período curto. Faz parte da memória de curto prazo e pode vir a fazer parte
da memória de longo prazo. Essa memória é investigada ao pedir para o examinando falar as
diferenças observadas nas cenas sem os respectivos estímulos.
A percepção visual serve para identificar, classificar, organizar, armazenar e lembrar a
informação apresentada visualmente. Através da percepção visual analisamos às diferentes
características de um estímulo visual como a forma, a cor, o tamanho, a textura ou o peso, e damos
um significado ao que vemos. Essa habilidade é investigada ao solicitar para o sujeito indicar as
diferenças entre as imagens na presença delas.
A memória de reconhecimento pode ter a participação de dois aspectos distintos, porém
relacionados: lembrança (resgate consciente e contextualizado de um evento) e familiaridade
(ideia de exposição prévia sem contextualização). É possível hipotetizar um papel importante
da familiaridade para tentativas de lembrança, o que poderia explicar, ao menos parcialmente,
a melhoria de desempenho em tarefas de reconhecimento em indivíduos com certo grau de
dificuldade de memória. Já a memória visual é a habilidade de reter e evocar informações, de
acordo com a função visual. Essas habilidades podem ser avaliadas ao mostrar para o indivíduo
as figuras presentes na página 37 e pedir para que ele mostre quais das figuras também estão
presentes nas cenas anteriores.
A memória de longo prazo, ou tardia, é responsável pelo armazenamento relativamente
permanente das informações, em longo prazo, estímulos concretos visuais, como objetos, cenas
e sons, podem alcançar um grande volume de informação armazenada, e contribuem para a
formação da semântica e episódica. Ela pode ser dividida em dois tipos: memória explícita, sendo
esta acessada de forma consciente, pois são conteúdos da nossa história pessoal, e memória
implícita, a qual não temos acesso consciente, são procedimentos, hábitos e condicionamentos.

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A memória de longo prazo é averiguada ao comentar sobre os estímulos e pedir para o avaliando
mencionar as diferenças que observou, após 20 minutos em relação a atividade anterior.
TESTE DE MEMÓRIA SEMÂNTICA E EPISÓDICA PARA CRIANÇAS DE 5 A 12 ANOS pg. 38

Memória Imediata
Quando falamos da memória de curto prazo, ou imediata, estamos discutindo a recuperação
da informação, dentro de poucos segundos após a exposição e limitada a cerca de quatro itens.
Essa memória necessita de reverberação de conteúdo ou de uma aglutinação de seus elementos
para sua ampliação (capacidade). Após contar a história com as informações de cada personagem,
entrega-se o material aberto nos desenhos para o indivíduo nomear a profissão dos personagens
e os instrumentos, com essa tarefa avalia-se a memória imediata.

Memória Tardia (30 minutos)


A memória de longo prazo, ou tardia, permite a conservação durável das informações, graças
a uma codificação, seguida de um estocagem organizada numa trama associativa multimodal
(semântica, espacial, temporal, afetiva); essa memória permite a aprendizagem, e às informações
armazenadas são objeto de uma consolidação variável em função da importância emocional e
da repetição. Após 30 minutos, da tarefa realizada referente a memória imediata, pede-se para o
avaliando as mesmas informações profissão e instrumento.

Evocação
A evocação refere-se às informações selecionadas e arquivadas pelo indivíduo, assim, antes
de ler a história, pede-se para o examinando prestar atenção, pois ao final será solicitadas algumas
tarefas, nesse momento ele irá selecionar tais informações. Após apurar as informações ele
arquiva, de modo que posteriormente ele conseguirá evocá-las quando necessárias. A evocação
pode ser investigada ao pedir para o examinando, ao final dos exercícios, falar os nomes dos
profissionais.
Após cada tarefa realizada, anota-se as respostas do avaliado para ao final obter um total de
acertos e erros. Esses totais auxiliarão na análise qualitativa, pois complementarão as observações
realizadas durante a aplicação do teste.
Avaliação das Funções Executivas pg. 58

Tomada de decisão
A tomada de decisão é um processo que envolve a escolha de uma entre várias alternativas
em situações que incluam algum nível de incerteza (risco). Nesse processo, o sujeito deve analisar
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as alternativas considerando diversos elementos, como análise custo/benefício (considerado as
repercussões da decisão em curto, médio e longo prazo), aspectos sociais e morais (repercussão da
decisão para si e para outras pessoas) e autoconsciência (possibilidades pessoais para arcar com a
escolha). Durante o processo de tomada de decisão, outros processos cognitivos são envolvidos,
como memória de trabalho, flexibilidade cognitiva, controle inibitório e planejamento.
Essa habilidade é avaliada ao solicitar para o indivíduo respostas de situações conflituosas,
tais como a situação explicita na prancha.

Planejamento
O planejamento consiste na capacidade de, a partir de um objetivo definido, estabelecer a
melhor maneira de alcançá-lo, levando em consideração a hierarquização de passos e a utilização
de instrumentos necessários para a conquista da meta. Essa capacidade é avaliada ao perguntar
para o sujeito como ele planejaria uma aula de redação se fosse professor.

Flexibilidade Cognitiva
A flexibilidade cognitiva implica na capacidade de mudar (alternar) o curso de ações/
Pensamentos de acordo com as exigências do ambiente. Esta pode ser avaliada ao pedir para o
examinando alterar uma situação específica.

Memória operacional
A memória operacional é um sistema temporário de armazenamento de informações que
permite a monitoração e o manejo desses dados. Esse componente das funções executivas é
responsável por manter ativado um delimitado período, fornecendo, inclusive, base para outros
processos cognitivos. A memória operacional se faz notar em diversas tarefas comuns do dia a
dia, como, por exemplo, a resolução mental de contas matemáticas ou a manutenção temporária
de um número do telefone para em seguida efetuar uma ligação. Nessa prancha podemos avaliar
a memória operacional pedindo para o avaliando, de acordo com a situação relatada, evocar os
sintomas que o paciente apresenta.

Raciocínio
É a capacidade de resolver problemas novos, para os quais não há informações memorizadas
prontamente disponíveis, sendo, portanto, necessário formular novo conhecimento. Essa função
é investigada ao solicitar para o indivíduo falar hipóteses que evidenciam as causas sintomáticas
do paciente.

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Controle Inibitório
O controle inibitório consiste na capacidade de inibir respostas prepotentes (para as quais o
indivíduo apresenta uma forte tendência) ou reações a estímulos distratores que interrompam o
curso eficaz de uma ação, bem como interromper respostas que estejam em curso. Dificuldades
relacionadas ao controle inibitório são geralmente associadas à impulsividade. Essa capacidade
pode ser avaliada quando solicitamos as tarefas para o examinando e ele demora para responder,
ou então se distrai com algo do ambiente externo, ou enquanto está emitindo sua fala interrompe
de forma abrupta.

Sistema atencional
O modelo cognitivo do sistema atencional humano proposto e revisado por Posner (2012)
envolve três componentes dissociados: alerta, orientação e atenção-executiva (ou vigília,
processos atencionais automáticos e processos atencionais automáticos e processos atencionais
controlados, dependendo da tradução). Os processos atencionais automáticos representam
um sistema relacionado ao direcionamento do foco atencional diante de estímulos ambientais.
Envolvem a modulação dos recursos sensoriais e de processamento com relação ao estímulo-alvo,
além do uso de esquemas fortemente consolidados pelo organismo, como a leitura e a contagem.
Esse segundo aspecto da atenção é muito associado a regiões posteriores do córtex cerebral,
sobretudo os lobos occipitais e parietais. Além disso, esse sistema apresenta também conexões
com regiões dos lobos frontais relacionadas aos movimentos oculares e manuais e à linguagem
expressiva. O terceiro componente do sistema atencional é composto pelos processos atencionais
controlados, que envolvem recursos de natureza executiva, permitindo ao sujeito a mudança
voluntária de foco, a manutenção do tônus atencional e a resolução de conflitos atencionais em
situações que demandam inibição, flexibilidade e alternância.
Ao realizar o teste recursos atencionais são de extrema importância a todos os aspectos do
funcionamento cognitivo, sendo preditores importantes da aprendizagem e solução de problemas
em diferentes fases do desenvolvimento. Essa capacidade é avaliada ao longo do teste, sendo
assim, as outras habilidades podem sofrer alterações, portanto deve-se avaliar quais são os fatores
que estão implicando na realização da tarefa.

Fluência
A fluência consiste na capacidade de emitir comportamentos (verbais e/ou não verbais) em
sequência, obedecendo a regras preestabelecidas, sejam estas explícitas ou implícitas. A avaliação
da fluência envolve provas verbais e não verbais. Entre os testes de fluência verbal, existem os
que avaliam o componente semântico e os que avaliam os componentes fonológico. Em ambos
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os formatos, o sujeito deve produzir o máximo de elementos a partir de um critério instruído pelo
examinador.
As funções como o controle inibitório, o sistema atencional e a fluência do avaliando, podem
ser avaliadas, através da observação realizada durante a aplicação do teste e das respostas do
examinando.

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