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PRISCILLA RIBEIRO CANDIDO


DIEGO MARÇAL COSTA MATUTINO

PARA
PSICOPEDAGOGA

MANUAL PRÁTICO

DISCALCULIA

Um recurso com a qualidade


Escola da Psicopedagoga
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© pedconsultoriaeducacional

Edição Independente
Avenida 85, n° 54, Edifício FreeShop, Sala Comercial 310
Setor Bueno - Goiânia/GO
CEP: 74223-010

Candido, Priscilla Ribeiro


Manual Prático para Psicopedagoga: Discalculia [livro
eletrônico] / Priscilla Ribeiro Candido, Diego Marçal Costa
Matutino. --
1. ed. -- Goiânia, GO: Ed. Própria, 2023.
PDF

Bibliografia.
ISBN 978-65-997551-5-6

1. Manual 2. Psicopedagogia 3. Discalculia -


Manuais, guias, etc. I. Título.
CDD-370.15

DIREITOS RESERVADOS
É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por
qualquer meio, sem a autorização prévia e por escrito da autora. A
violação dos Direitos Autorais (Lei n° 9610/98) é crime estabelecido pelo
artigo 184 do Código Penal.
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Um número é
uma pluralidade
composta de
unidades.

Euclides de Alexandria
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 04

CAPÍTULO 01 08

CAPÍTULO 02 23

CAPÍTULO 03 25

CAPÍTULO 04 30

CAPÍTULO 05 35

CAPÍTULO 06 44

ENCERRAMENTO 51

SOBRE OS AUTORES 57

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APRESENTAÇÃO
Uma visão profunda sobre a Discalculia

Seja bem-vinda ao Manual Prático para Psicopedagoga:


Discalculia!

Este Manual foi projetado com todo o carinho com a proposta


de fornecer a você profundas compreensões sobre a
Discalculia, desde o seu conceito à práticas eficazes para
contribuir com crianças, jovens e adultos que tanto necessitam
do nosso trabalho Psicopedagógico.

A Discalculia é um transtorno específico de aprendizagem que


afeta a habilidade de uma pessoa em compreender e trabalhar
com números e conceitos matemáticos. Indivíduos com
Discalculia podem ter dificuldades em realizar cálculos,
memorizar fatos matemáticos, compreender relações
numéricas e resolver problemas matemáticos.

Cabe destacar, já em nossas primeiras palavras, que pessoas


com Discalculia não são afetadas com menor inteligência ou
tão pouco demonstram dificuldades de aprendizagem
matemática por “não se esforçarem” ou “não prestarem
atenção”, frases que são fruto do senso comum e ainda
permanecem sendo muito utilizadas em famílias e escolas por
não compreender a dinâmica desse transtorno de
aprendizagem.

Para serem alcançados grandes resultados, um dos elementos


está na Intervenção Psicopedagógica, que é fundamental para
fornecer estratégias e suporte adequados, permitindo que os
indivíduos com Discalculia se desenvolvam e aprimorem

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APRESENTAÇÃO
Uma visão profunda sobre a Discalculia

habilidades para lidar com obstáculos comuns às dificuldades


proporcionadas pela Discalculia.

Este Manual é dividido em seis capítulos que abordam


diferentes aspectos da Discalculia, versando sobre suas
características, causas, como surge e sua manifestação
comum em cada grupo etário, técnicas e apontamentos sobre
a Avaliação e Intervenção Psicopedagógica e o estreitamento
de laços com a família, escola e equipe multiprofissional, como
forma de construir um ciclo colaborativo, compreendendo e
respeitando a singularidade do estudante.

Dessa forma, no primeiro capítulo, "O que é Discalculia?", será


abordado o conceito desse transtorno através de definições e
suas principais características, sobre quais fatores são
indicativos do surgimento da Discalculia e como esse processo
costuma acontecer na infância, na adolescência e na vida
adulta.

No segundo capítulo, de nome “Quem pode diagnosticar”,


vamos abordar a respeito de quais profissionais possuem a
habilitação e competência técnica para diagnosticar e qual é o
real papel da Psicopedagoga nesse processo.

Em seguida, no terceiro capítulo, “Avaliação Psicopedagógica”,


apresentaremos um passo a passo dos principais itens que são
necessários para uma avaliação coerente, na possibilidade de
serem identificados sinais de Discalculia.

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APRESENTAÇÃO
Uma visão profunda sobre a Discalculia

Em sequência, o quarto capítulo, “Intervenção


Psicopedagógica”, abordará técnicas interventivas,
contribuindo com um momento de reflexão sobre como o
atendimento Psicopedagógico deve ocorrer em cada etapa,
desde a definição de quais são os objetivos pretendidos até ao
compartilhamento de resultados e estimulação de parcerias
com a família, escola e equipe multiprofissional.

Como penúltimo capítulo deste Manual, o quinto capítulo,


“Parcerias Importantes” apresentará o quanto são essenciais
as ações colaborativas entre a Psicopedagoga, Escola, Família
e Equipe Multiprofissional que acompanha o aprendente,
desde a estimulação de seus pontos de dificuldade e promoção
de bem-estar até o acompanhamento sistemático de seu
desenvolvimento.

A última seção, o sexto capítulo, “Considerações Éticas”


abordará políticas inclusivas e alguns dos principais
fundamentos de direitos da pessoa com Discalculia,
especialmente no meio educacional, sendo importantes
diretrizes que toda Psicopedagoga deve dominar para orientar
famílias e a escola sobre questões inclusivas.

Assim, tendo cada eixo deste Manual apresentado, desejamos


que você tenha um excelente momento de leitura e reflexões!

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

A Discalculia é um transtorno de aprendizagem específico que


afeta a habilidade de uma pessoa em compreender e trabalhar
com números. É caracterizada por dificuldades persistentes e
significativas em várias áreas da Matemática, mesmo quando
outras habilidades cognitivas estão intactas.

As pessoas com Discalculia podem apresentar dificuldades em


várias áreas relacionadas à Matemática, tais como:

Reconhecimento e compreensão dos números: podem ter


dificuldade em reconhecer e entender a relação entre os
símbolos numéricos e suas quantidades correspondentes;

Habilidades de cálculo: podem ter dificuldade em realizar


operações básicas de Matemática, como adição, subtração,
multiplicação e divisão, sendo comuns erros na execução
de cálculos e grande dificuldade para memorizar a tabuada;

Sequenciamento e ordenação: podem ter dificuldade em


entender a relação de ordem crescente (1,2,3…) ou
decrescente (9,8,7…) entre os números, bem como em
entender e aplicar corretamente conceitos como
sequências e padrões numéricos;

Raciocínio lógico-matemático e resolução de problemas:


pessoas com Discalculia podem enfrentar desafios na
compreensão e aplicação de conceitos matemáticos mais
avançados, na resolução de problemas e na interpretação
lógica de uma situação.

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

Vale ressaltar diante de todo este cenário, que a Discalculia


não é uma questão de falta de esforço ou inteligência, mas sim,
um desafio específico no processamento de informações
numéricas.

Pessoas com Discalculia podem ter um bom desempenho em


outras áreas acadêmicas, assim como habilidades cognitivas
comuns ou mesmo acima da média em padrões diagnósticos,
mas enfrentam dificuldades específicas na Matemática.

DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

Como vimos no início deste capítulo, a Discalculia, se encontra


no fato de ser um transtorno de aprendizagem do contexto
matemático, em lidar com números, conceitos, raciocínio, uso
de símbolos e interpretação de elementos textuais que
envolvam compreensões matemáticas.

Diante desse cenário, por não haver cura, é essencial


desenvolver estratégias para que a pessoa com Discalculia
possa lidar com seu campo de dificuldades. Em maiores
detalhes, temos como características mais comuns:

Dificuldades com números e símbolos: podem ter


dificuldade em reconhecer e compreender os símbolos
numéricos, como números e sinais de operações
matemáticas. Podem confundir algarismos ou ter
dificuldade em associar números com quantidades, como
ter cinco balinhas e conseguir representar essa quantidade;

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

Habilidades de cálculo prejudicadas: as habilidades básicas


de cálculo, como adição, subtração, multiplicação e divisão,
podem ser um desafio para pessoas com Discalculia. São
comuns dificuldades em lidar com regras matemáticas e
procedimentos, como, por exemplo, descrever o passo a
passo de como uma subtração deve ser feita, qual símbolo
utilizar e como chegar ao resultado;

Dificuldades em compreender conceitos matemáticos: a


Matemática possui uma série de símbolos e ferramentas e
muitas das pessoas com Discalculia apresentam
dificuldades em lidar com conceitos matemáticos
abstratos, que não são algo que podem pegar ou ver, como
um caderno ou um lápis e, portanto, não conseguem
realizar conexões entre imaginar e trazer para a realidade.
Como exemplos, podemos considerar dificuldades em lidar
com frações, proporções, medidas, porcentagem,
diferenciar figuras geométricas e outros termos da
geometria que podem ser particularmente desafiadores;

Dificuldades na resolução de problemas: pessoas com


Discalculia podem ter dificuldade em interpretar e aplicar
conceitos matemáticos e cálculos necessários para
resolver problemas do mundo real. Como exemplo, ao
realizar uma compra e saber o valor suficiente para
pagamento, quanto receber de troco e outras percepções
de preços e moeda;

Dificuldades com sequenciamento e organização: a

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

ordenação correta de números e a compreensão de


sequências e padrões numéricos podem ser desafiadoras.
Elas podem ter dificuldade em identificar esquemas,
estabelecer uma sequência lógica e lembrar as etapas
corretas em problemas matemáticos.

Em todos os itens aqui apresentados, um ponto que deve ser


ressaltado para compreender os conceitos das próximas
páginas é que a Discalculia pode afetar diversas áreas da vida
da pessoa quando ela estiver em uma situação que envolva
lidar com cálculos, números, imaginar ou fazer relações com
aspectos matemáticos.

TIPOS DE DISCALCULIA

Ladislav Kosc (1974), um dos maiores estudiosos sobre o tema,


definiu seis tipos de Discalculia:

Discalculia verbal: afeta a habilidade de compreender e


expressar conceitos matemáticos através de palavras, seja
ao explicar processos matemáticos, compreender e seguir
instruções orais relacionadas à Matemática, como em
interpretar o uso de termos como “maior que”, “menor
que”, “dividir”, acrescentar”, “diminuir”;

Discalculia practognóstica: se encontra na dificuldade em


conseguir transmitir conceitos matemáticos abstratos em
situações reais, práticas, como refletir sobre algo e fazer
uma comparação com coisas do seu dia a dia, do contexto

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

em que vive, em enumerar ou realizar manipulações em


objetos e imagens;

Discalculia léxica: se encontra na dificuldade em


compreender símbolos matemáticos escritos, como
números, sinais de adição, subtração, multiplicação ou
divisão utilizados nas operações matemáticas, expressões
e equações matemáticas e termos gerais;

Discalculia gráfica: está relacionada a dificuldades em


compreender e escrever símbolos matemáticos, bem como
alinhar e organizar números e símbolos corretamente,
resultando em erros frequentes ao escrever problemas ou
cálculos;

Discalculia ideognóstica: são comuns situações em que a


pessoa não consiga realizar cálculos mentais e refletir
sobre conceitos matemáticos, mesmo que recentemente
apresentados na escola. Para realizar operações,
geralmente são utilizados meios concretos como fazer
“pauzinhos”, usar as mãos ou algum outro elemento visível,
não demonstrando o domínio de cálculos mentais e da
rápida associação entre os números e seus valores em
cálculos que envolvam lógica;

Discalculia operacional: neste último item, ainda que


semelhante ao anterior, mesmo que o indivíduo consiga
assimilar os números e a relação entre eles, implica na
dificuldade de realizar qualquer forma de cálculo devido à

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

dificuldade em usar números e símbolos matemáticos


para realizar cálculos numéricos.

É importante ressaltar que esses tipos de Discalculia podem se


sobrepor e variar em termos de intensidade e impacto em cada
indivíduo.

COMO A DISCALCULIA SURGE?

Os sinais de Discalculia podem começar a ser observados


especialmente em crianças em idade escolar, geralmente
durante os anos iniciais de aprendizado da Matemática, visto
que os números e outros elementos matemáticos passam a ser
frequentemente apresentados e utilizados com a entrada da
criança no Ensino Fundamental.

No entanto, é importante notar que a idade exata em que os


sinais aparecem pode variar de uma criança para outra, e nem
todas as crianças com Discalculia apresentarão os mesmos
sinais ou no mesmo momento.

A Discalculia é uma dificuldade persistente e significativa na


aquisição e no uso de habilidades matemáticas, que não pode
ser atribuída a fatores como falta de oportunidade de
aprendizado, deficiência intelectual ou condições médicas que
afetam a capacidade cognitiva geral.

A origem exata da Discalculia ainda não é totalmente


compreendida, mas existem várias teorias sobre como ela

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

pode surgir:

Fatores genéticos: estudos sugerem que pode haver uma


predisposição genética para o desenvolvimento da
Discalculia, afetando o hemisfério esquerdo cerebral, nos
lobos temporal, parietal e occipital, responsáveis pelo
raciocínio lógico e noções de espaço e tempo, sendo
também percebidas nesses locais, menos conexões
neuronais;

Processamento cognitivo atípico: estudos apontam que a


Discalculia pode estar relacionada a dificuldades no
processamento cognitivo específico para tarefas
matemáticas, como a reconhecer e manipular números,
compreender conceitos matemáticos abstratos ou
executar sequências em problemas matemáticos;

Influências ambientais: a falta de estímulos por parte da


família a experiências matemáticas adequadas, a qualidade
do ensino ou a presença de dificuldades emocionais podem
afetar o desenvolvimento das habilidades matemáticas e
contribuir para a manifestação da Discalculia.

É importante observar que a Discalculia pode variar na forma


como se manifesta em cada pessoa. Cabe considerar que
podem acontecer combinações de diferentes fatores
contribuintes para o desenvolvimento da Discalculia, como
uma predisposição genética associada a pouca estimulação
nos anos iniciais de vida.

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

O diagnóstico e a intervenção precoces são essenciais para


fornecer suporte adequado e ajudar as pessoas com
Discalculia a desenvolver estratégias de compensação e
superar as dificuldades matemáticas.

A seguir, apresentaremos sinais que contribuem para uma


melhor compreensão da Discalculia a cada grupo etário,
facilitando identificar o que mais costuma acontecer com
pessoas que estão em determinado grupo.

Vale destacar que é comum falarmos sobre “sinais” (não


diagnósticos, mas sim, sinais), ou seja, pistas que nos auxiliam a
levantar mais informações das dificuldades que estão sendo
apresentadas.

Há sempre a necessidade de uma profunda avaliação para não


realizarmos interpretações incorretas.

SINAIS DE DISCALCULIA NA INFÂNCIA

A infância é o período em que a Discalculia mais tende a ser


identificada. Os sinais de Discalculia na infância podem incluir:

Dificuldade com números e contagem: a criança pode ter


dificuldade em entender e memorizar sequências
numéricas, contar de forma precisa e compreender os
conceitos básicos de quantidade;

Dificuldade em realizar cálculos básicos: a criança pode ter

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

dificuldade em adicionar, subtrair, multiplicar e dividir;

Desafios com fatos aritméticos básicos: a criança pode ter


dificuldade em memorizar e recuperar rapidamente fatos
numéricos básicos, como as tabelas de multiplicação;

Dificuldade em compreender conceitos matemáticos: a


criança pode ter dificuldade perceber a função de valores
posicionais, como ao usar o número 1 como unidade (01) ou
como uma dezena (10), não conseguindo distinguir o valor
que ocupa em cada situação. Além disso, são também
observadas dificuldades com frações, números decimais,
geometria e medidas;

Problemas com raciocínio lógico-matemático: a criança


pode ter dificuldade em resolver problemas matemáticos,
identificar padrões, estabelecer relações e aplicar
estratégias de resolução de problemas;

Desafios com habilidades de organização e


sequenciamento: a criança pode ter dificuldade em
organizar informações matemáticas, como ao perceber
que em um enunciado estão sendo apresentados números
e valores que vão compor uma operação, em seguir etapas
e sequências e lembrar as estratégias corretas para
resolver problemas;

Dificuldade em entender informações visuais e espaciais: a


criança pode ter dificuldade em interpretar gráficos,

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

mapas, diagramas e outras representações visuais


utilizadas na Matemática;

Baixo desempenho acadêmico em Matemática: com esse


somatório de fatores, a criança pode apresentar
constantes situações de baixo desempenho em
Matemática, o que carece de um olhar especial da escola
com adaptações curriculares, avaliativas, pedido de apoio
da família e recomendação de suporte de profissionais.

É importante observar que a presença de alguns desses sinais


não indica necessariamente a Discalculia, mas pode ser um
indicativo de que a criança está enfrentando dificuldades no
aprendizado matemático.

SINAIS DE DISCALCULIA NA ADOLESCÊNCIA

Na adolescência, os sinais de Discalculia podem se manifestar


de maneira semelhante aos da infância, visto ser um transtorno
que não possui cura e que, caso não haja o devido
acompanhamento, aquelas dificuldades de base que foram
apresentadas no tópico anterior poderão persistir até mesmo
em estudantes já ao final do Ensino Fundamental ou
matriculados no Ensino Médio.

Além disso, devido à Matemática a cada série possuir maior


complexidade, especialmente com abordagens mais abstratas,
pessoas com Discalculia também podem apresentar
dificuldades de temas e habilidades que são mais comuns na

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

adolescência. Alguns sinais podem incluir:

Dificuldade persistente em compreender conceitos


matemáticos complexos: o adolescente pode ter
dificuldade em compreender conceitos mais avançados,
como álgebra, geometria, trigonometria e cálculo;

Dificuldade em lidar com problemas matemáticos com


várias etapas ou de cálculos muito extensos: o adolescente
pode ter dificuldade em realizar e solucionar problemas
matemáticos complexos, não concluindo a tarefa feita ou
até mesmo criando o hábito de evitar determinados
exercícios durante as aulas e questões em avaliações;

Dificuldade em aplicar habilidades matemáticas a situações


do mundo real: o adolescente pode ter dificuldade em
transferir as habilidades matemáticas aprendidas para
situações práticas, como lidar com finanças pessoais,
medir ingredientes em uma receita ou resolver problemas
de tempo e distância;

Baixo desempenho em avaliações e testes matemáticos: o


adolescente pode obter pontuações abaixo da média em
testes que envolvam elementos matemáticos, como da
própria Matemática, e ainda, Química, Física e outras áreas
afins;

Desânimo ou evitação em relação à Matemática: o


adolescente pode desenvolver uma aversão ou falta de

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

interesse pela Matemática devido às dificuldades


enfrentadas, resultando em desânimo, baixa autoestima,
irritabilidade, depressão e recorrentes faltas escolares;

Dificuldade em interpretar e usar gráficos e tabelas: o


adolescente pode ter dificuldade em interpretar
informações apresentadas visualmente, como gráficos,
tabelas e diagramas;

Problemas com habilidades de organização do tempo: o


adolescente pode ter dificuldade em organizar informações
matemáticas, planejar o seu dia e gerenciar o tempo
necessário para concluir atividades, entregar trabalhos
escolares e conciliar a escola com a sua vida pessoal.

É importante lembrar que esses sinais podem variar de uma


pessoa para outra, e a presença de alguns desses sinais não
significa necessariamente que a adolescente tenha Discalculia.

A DISCALCULIA NA VIDA ADULTA

A Discalculia pode persistir na vida adulta, mesmo que não


tenha sido diagnosticada ou abordada durante a infância ou
adolescência. Nesse contexto, cabe destacar que é um cenário
comum, visto que somente em anos mais recentes é que
estudos e pesquisas se intensificaram em torno da
compreensão de vários dos transtornos de aprendizagem.

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

Alguns sinais de Discalculia na vida adulta podem incluir:

Dificuldade em lidar com tarefas financeiras: adultos com


Discalculia podem ter dificuldade em gerenciar
orçamentos, calcular despesas, entender taxas de juros e
lidar com questões relacionadas a finanças pessoais;

Dificuldade em estimar e fazer cálculos rapidamente:


realizar cálculos mentais básicos ou estimar quantidades
pode ser um desafio para adultos com Discalculia;

Dificuldade em seguir instruções que envolvem números:


adultos com Discalculia podem ter dificuldade em seguir
uma receita de cozinha, diferenciar itens ou peças de
instruções para montar móveis, bem como ao realizar
cursos de base técnica fortemente matemática;

Desafios com cronogramas e planejamento: a Discalculia


pode afetar a capacidade de organizar e planejar eventos,
como chegar a compromissos no horário correto ou
gerenciar eficientemente o tempo para atividades diversas;

Dificuldade em lidar com medidas e unidades: converter


unidades de medida, como quilogramas para gramas, horas
em minutos, ou metros para centímetros também se
encontram entre dificuldades para adultos com Discalculia;

Problemas em entender gráficos e estatísticas: interpretar


informações apresentadas visualmente, como uma notícia

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CAPÍTULO 01
O que é Discalculia?

apresentando um gráfico em um jornal, leitura e análise de


dados, tabelas e estatísticas;

Baixa aceitação com a Matemática: podem ser comuns


situações em que a pessoa busque evitar situações que
envolvam a Matemática ou ao ser exposta, apresente
desânimo, irritabilidade, ansiedade ou faça comentários
depreciativos sobre si mesma e suas habilidades, como
"não consigo", "nunca fui bom nisso".

Vale destacar que a Discalculia na vida adulta pode afetar


diferentes áreas da vida, incluindo trabalho, vida pessoal e
atividades cotidianas.

Assim como vimos nas fases anteriores, esses sinais podem


variar de uma pessoa para outra e a presença de um ou mais
sinais não significa necessariamente que o adulto tenha
Discalculia, sendo necessária uma investigação aprofundada.

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CAPÍTULO 02
Quem pode diagnosticar

A AVALIAÇÃO É SEMPRE MULTIPROFISSIONAL

A afirmação do tópico acima nos traz um princípio


fundamental. A Discalculia não pode ser diagnosticada
mediante a avaliação de apenas um profissional.

São necessárias evidências de profissionais de áreas


diferentes, em que cada um, através de suas ferramentas de
análise, buscam perceber se aqueles sinais identificados
realmente configuram um caso de Discalculia.

Essa Avaliação geralmente é realizada envolvendo


Psicopedagogos, Médicos Neurologistas ou Neuropediatras e
Neuropsicólogos.

É importante ter em mente que o processo de diagnóstico é


personalizado, uma vez que cada indivíduo pode apresentar
sintomas e desafios únicos. Obter um diagnóstico preciso é
essencial para implementar estratégias de apoio e
intervenções eficazes, visando ajudar a pessoa a lidar com as
dificuldades matemáticas e aprimorar seu potencial.

Assim, a avaliação da Discalculia envolve uma abordagem


abrangente e sempre multidisciplinar, não cabendo à
Psicopedagoga "diagnosticar".

É preciso o olhar de vários profissionais, pois não temos


habilitação técnica para elaborar laudos e apontar
diagnósticos. Essa ação cabe a Médicos e Neuropsicólogos.

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CAPÍTULO 03
Avaliação Psicopedagógica

PASSO A PASSO DA AVALIAÇÃO

Após compreender que a Avaliação para o levantamento de


informações e possível diagnóstico da Discalculia necessita do
envolvimento de um grupo de profissionais de áreas distintas,
não cabendo à Psicopedagoga ou qualquer outro uma
avaliação individualizada que já determine um diagnóstico,
torna-se necessário visualizarmos o que é o papel real da
Psicopedagoga nesse processo.

Em primeiro passo, precisamos analisar a finalidade da


Avaliação Psicopedagógica que cumpre a tarefa de não apenas
identificar sinais de Discalculia, mas também de descartar
outros fatores que podem gerar dificuldades no raciocínio e
aprendizagem matemática.

A seguir, elaboramos um passo a passo com cada item que


torna a Avaliação Psicopedagógica robusta e pode auxiliar a
Psicopedagoga a formular uma hipótese diagnóstica:

Anamnese e entrevista: a Psicopedagoga deve realizar uma


entrevista com a pessoa (ou com os pais, no caso de
crianças) para obter informações sobre o histórico de
desenvolvimento, desempenho acadêmico, sintomas e
preocupações relacionadas às habilidades matemáticas;

Observação: cabe também à Psicopedagoga observar a


pessoa em diferentes contextos, como sala de aula e
momentos recreativos, para identificar possíveis

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CAPÍTULO 03
Avaliação Psicopedagógica

dificuldades no desempenho matemático;

Testes e avaliações padronizadas: a Psicopedagoga pode


utilizar testes específicos para avaliar habilidades
matemáticas, como testes voltados à resolução de
problemas, cálculo, memória numérica e de compreensão
de conceitos matemáticos. Esses testes fornecem
informações objetivas sobre as habilidades matemáticas e
podem ajudar a identificar a presença de Discalculia;

Avaliação cognitiva: além de materiais específicos para


avaliar a Discalculia, a Psicopedagoga pode avaliar outras
habilidades cognitivas, como memória, atenção, raciocínio
lógico e habilidades visuais-espaciais. Esses elementos
contribuem para entender melhor o perfil cognitivo da
pessoa e descartar outras causas potenciais das
dificuldades matemáticas;

Avaliação educacional: o histórico educacional do


aprendente é um elemento que também fornece
importantes informações, incluindo avaliações anteriores,
registros acadêmicos, propostas de ensino utilizadas e a
eficácia dessas estratégias;

Elaboração do Parecer Psicopedagógico: após a conclusão


da Avaliação, a Psicopedagoga precisa escrever um
Parecer Psicopedagógico, apresentando o histórico do
aprendente, áreas de desenvolvimento e dificuldades,
métodos avaliativos utilizados e os resultados

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CAPÍTULO 03
Avaliação Psicopedagógica

identificados, tendo ainda, um enfoque em levantar ou não


a hipótese de ser um caso de Discalculia e quais são os
próximos passos necessários, desde sugestões à família e
escola, indicação de outros profissionais e da continuidade
da Intervenção Psicopedagógica.

Com a conclusão do Parecer Psicopedagógico, a


Psicopedagoga estende a sua hipótese diagnóstica aos
profissionais de outras áreas que também estão avaliando a
possibilidade de Discalculia.

Havendo realmente o diagnóstico, ele é apontado em laudo


por Médicos e Neuropsicólogos, no que consta em critérios
dos manuais DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais) ou CID-11 (Classificação Internacional de
Doenças).

Como mencionamos acima, os Testes Psicopedagógicos são


ferramentas que compõem a avaliação e ao selecionar quais
serão utilizados para investigar a Discalculia, é essencial que a
Psicopedagoga considere alguns aspectos importantes.

Primeiramente, é necessário ter um bom entendimento das


características do que definitivamente é a Discalculia e como
ela se manifesta. Além disso, é fundamental levar em conta a
faixa etária da pessoa que será avaliada, pois existem testes
específicos para diferentes faixas etárias, não correndo o risco
de avaliar uma habilidade que naturalmente o aprendente, por
sua idade, ainda não teria desenvolvido.

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CAPÍTULO 03
Avaliação Psicopedagógica

A Psicopedagoga também deve analisar se as queixas,


entrevistas e observações realizadas são compatíveis com os
sinais da Discalculia. Por fim, é necessário listar e analisar quais
habilidades específicas precisam ser investigadas durante a
avaliação.

Tendo reunido este passo a passo, a abordagem estratégica do


caso se torna completa, facilitando com que a Psicopedagoga
tenha uma boa visão do que verdadeiramente precisa ser
avaliado em seu aprendente, escolhendo os testes mais
apropriados para uma avaliação precisa da Discalculia.

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CAPÍTULO 04
Intervenção Psicopedagógica

TÉCNICAS INTERVENTIVAS

A Intervenção Psicopedagógica para pessoas com Discalculia


tem como princípio proporcionar suporte para o aprendente
lidar com suas dificuldades matemáticas, desenvolvendo
estratégias de aprendizagem adequadas. Com esse intuito,
serão listadas algumas das técnicas e abordagens mais
assertivas.

O primeiro enfoque é saber que antes de qualquer método


interventivo está a Avaliação Psicopedagógica. Em outras
palavras, precisamos compreender que sempre existe um
processo e não há como agir sem um planejamento prévio.

Assim como uma árvore não cresce sem raízes,


Psicopedagogas também não garantem um bom trabalho sem
ter o princípio de avaliar e entender os mecanismos de
aprendizagem de uma pessoa.

É importante realizar uma avaliação detalhada das habilidades


matemáticas e identificar as áreas específicas de dificuldade
da pessoa com Discalculia.

Em resumo, faça a Avaliação Psicopedagógica antes de


realizar a Intervenção Psicopedagógica, pois avaliar contribui
para nortear todo o acompanhamento.

Em seguida, outro elemento ainda de fundamentação da


Intervenção Psicopedagógica está no fato de ser uma ação

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CAPÍTULO 04
Intervenção Psicopedagógica

individualizada. A Psicopedagoga tem a liberdade de adaptar


as estratégias de intervenção de acordo com as necessidades
de cada aprendente com Discalculia. Ao mesmo passo
compreender essa singularidade contribui para que seja
desenvolvido o Plano Individual de Intervenção.

Este Plano se trata de quais estratégias serão utilizadas, assim


como ocorreu anteriormente na Avaliação, identificando áreas
de habilidade e de dificuldade no aprendente e, após esse
levantamento, traçados os procedimentos e objetivos que se
pretende alcançar.

Estando definidas essas bases iniciais, a Psicopedagoga passa


a atuar com segurança, pois está sobre uma fundamentação
sólida. Assim, o próximo passo está em um treinamento de
habilidades básicas, com o intuito de preencher lacunas que se
disseminaram na formação escolar.

Assim, se encontram elementos como do reconhecimento e


contagem de números, noção de quantidade, compreensão
dos símbolos matemáticos e sequência numérica. Jogos,
atividades práticas e materiais manipulativos podem ser
utilizados para tornar o aprendizado mais concreto e
envolvente.

Além disso, é extremamente importante desenvolver


estratégias de resolução de problemas, com foco em abordar
problemas matemáticos, como identificação de informações
relevantes, quebra de problemas complexos em etapas

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CAPÍTULO 04
Intervenção Psicopedagógica

menores, uso de modelos visuais e simbólicos, e verificação de


respostas.

Para facilitar a compreensão do aprendente, a criatividade no


uso de recursos visuais e materiais concretos é fundamental,
pois como vimos ao longo deste Manual, é comum que várias
pessoas com Discalculia tenham dificuldades em associar
conceitos abstratos com contextos reais.

Dessa forma, a depender do perfil do aprendente, o uso de


representações visuais pode facilitar a compreensão e a
organização das informações matemáticas. Materiais
manipulativos, como blocos, ábacos ou jogos, também podem
auxiliar na visualização e na compreensão de conceitos
matemáticos.

Ao mesmo tempo, não se pode utilizar técnicas sem o aporte


do Reforço Positivo e em estimular a autoconfiança,
fornecendo um ambiente de apoio, incentivando o esforço e
cada progresso, elementos essenciais para a motivação e o
engajamento no aprendizado.

Somadas às estratégias anteriores, não há nenhum


impedimento que a Psicopedagoga também forneça
elementos de compensação que serão, inclusive, muito
importantes para dinamizar a vida adulta de seu aprendente
para lidar com as demandas da vida em sociedade.

Essas estratégias de compensação estão no uso de anotações

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CAPÍTULO 04
Intervenção Psicopedagógica

em tópicos, mapas mentais ou outras formas dinâmicas de


organização de informações. Estes são alguns dos elementos
que auxiliam a pessoa com Discalculia a automatizar processos
e facilitar com que realizem suas tarefas diárias e alcancem
resultados com maior assertividade.

Como elemento que estende o trabalho da Psicopedagoga e já


como uma prévia do que veremos no próximo capítulo, estão
as Parcerias.

Elas são muito importantes, pois apenas o trabalho da


Psicopedagoga não garante que o desenvolvimento do
indivíduo aconteça, mas sim, a ação conjunta dos atores que
estão ao seu redor, como as práticas inclusivas na Escola, o
acompanhamento da rotina escolar, incentivos e compromisso
da Família e a constante comunicação e ações estratégicas do
grupo de profissionais que o acompanham.

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CAPÍTULO 05
Parcerias Importantes

PARCERIA COM A FAMÍLIA

A parceria com a família é de extrema importância no processo


de intervenção para pessoas com Discalculia. Os pais ou
responsáveis devem estar cientes e agir proativamente em
favor do aprendente, acompanhando sua rotina escolar
verificando a aprendizagem, resultados alcançados,
requerendo ações inclusivas da escola e atendendo
solicitações dos profissionais que acompanham o aprendente.

Tendo este ponto de partida, destacamos a seguir


fundamentos importantes dessa parceria entre a
Psicopedagoga e a Família que são necessários para promover
bons resultados no desenvolvimento do aprendente:

Apoio emocional: a Discalculia pode ter um impacto


significativo no bem-estar emocional da pessoa. A família
desempenha um papel crucial no fornecimento de apoio
emocional, compreensão e incentivo. Eles podem a partir
do diálogo e da compreensão, auxiliar a pessoa a lidar com
a frustração, a desenvolver uma atitude positiva em relação
à Matemática e a manter a motivação para enfrentar os
desafios;

Consistência e continuidade: ao trabalhar em parceria com


a escola e outros profissionais envolvidos na intervenção, a
família pode ajudar a garantir que as estratégias e técnicas
utilizadas sejam aplicadas de maneira consistente. Essa
ação garante que o processo não seja interrompido

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CAPÍTULO 05
Parcerias Importantes

bruscamente e contribui em ações consistentes e mais


duradouras;

Prática e reforço: a família pode auxiliar a pessoa com


Discalculia na prática de habilidades matemáticas em
situações cotidianas. Eles podem fornecer oportunidades
para a aplicação das estratégias aprendidas, por exemplo,
ao fazer compras, cozinhar, contar dinheiro ou medir
ingredientes. Essas atividades práticas e cotidianas, e o
reforço positivo dado pela família ajudam a fortalecer as
habilidades matemáticas e a construir confiança;

Comunicação com a escola: a família pode desempenhar


um papel ativo na comunicação com a escola,
compartilhando informações sobre o progresso,
preocupações e estratégias que funcionam bem em casa.
Essa colaboração é fundamental para garantir que a
intervenção seja consistente e alinhada entre os ambientes
escolar e familiar;

Participação nas reuniões e planos educacionais: a família


pode participar de reuniões com a equipe da escola, como
em momentos de Reuniões de Pais e na entrega de
boletins escolares para alinhar ações, compreender
progressos, pontos de dificuldade e firmar novos
compromissos;

Políticas inclusivas e defesa de direitos: a família deve estar


munida de informações sobre os direitos do aprendente e

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CAPÍTULO 05
Parcerias Importantes

quais são os deveres das instituições diante das questões


da Discalculia, acompanhando, monitorando e, se
necessário, buscando vias judiciais para garantir que a
pessoa com Discalculia receba o suporte adequado e os
recursos necessários na escola e em outros contextos.

A parceria com a família é uma parte essencial do processo de


intervenção para pessoas com Discalculia. A colaboração entre
profissionais, escola e família cria um ambiente de apoio
abrangente, em que a pessoa com Discalculia pode receber
suporte consistente, incentivo e oportunidades para
desenvolver suas habilidades matemáticas e alcançar grandes
resultados.

PARCERIA COM A ESCOLA

Após o ambiente familiar, a Escola é o local pelo qual mais


passamos momentos da vida. Ao compreender essa
importante relação, ressalta-se o quanto a parceria com a
escola é fundamental no processo de intervenção para
pessoas com Discalculia.

Entre os principais elementos de ações conjuntas entre a


Psicopedagoga e a Escola estão:

Identificação precoce: a escola desempenha um papel


crucial na identificação precoce da Discalculia. Os
professores podem observar os sinais de dificuldades
matemáticas já nas primeiras semanas de aula,

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CAPÍTULO 05
Parcerias Importantes

encaminhando a criança para avaliação e suporte


adequados. Quanto mais cedo a Discalculia for
identificada, mais rapidamente acontece o acesso da
pessoa à Avaliação e Intervenção, o que aumenta as
chances de sucesso no desenvolvimento das habilidades
matemáticas;

Adaptações e acomodações: como veremos em mais


detalhes no próximo capítulo, por força de lei, a escola é
responsável por fornecer adaptações e acomodações
adequadas para atender às necessidades da pessoa com
Discalculia. Essas ações se estendem desde adaptações
curriculares e estruturais a recursos humanos, como na
contratação de professor de apoio, uso de materiais e
aplicação de avaliações adaptadas. Além desses
elementos, também se insere tempo extra para a
realização de atividades que envolvam habilidades
matemáticas em quaisquer disciplinas, acesso a
calculadoras ou softwares de apoio, entre outros;

Plano Educacional Individualizado (PEI): em muitos casos, a


pessoa com Discalculia pode se beneficiar de um PEI (o
documento poderá ter nomenclatura diferente a depender
da instituição de ensino), que é um documento que
descreve as necessidades e objetivos específicos da
pessoa , além das estratégias e recursos a serem utilizados
para apoiar sua aprendizagem. A parceria com a escola é
essencial na criação e implementação do PEI, garantindo
que ele seja atualizado regularmente e que as estratégias

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CAPÍTULO 05
Parcerias Importantes

sejam adaptadas às necessidades individuais da pessoa;

Treinamento e capacitação dos professores: a escola


desempenha um papel importante na capacitação dos
professores para compreenderem a Discalculia e adotarem
estratégias de ensino adequadas. Através de treinamentos
e desenvolvimento profissional, inclusive, se necessário,
em reuniões da Psicopedagoga com a equipe de
professores, são destinados momentos para abordar as
características da Discalculia, as melhores práticas de
ensino e as estratégias de apoio específicas para auxiliar os
alunos com Discalculia;

Monitoramento e acompanhamento do progresso: a


parceria com a escola permite o monitoramento e
acompanhamento contínuos do progresso da pessoa com
Discalculia. Através de avaliações regulares e discussões
com os professores, é possível avaliar o desenvolvimento
das habilidades matemáticas, identificar áreas que
requerem maior suporte e fazer ajustes nas estratégias de
intervenção, se necessário;

Ambiente de apoio e inclusão: a escola desempenha um


papel fundamental na criação de um ambiente de apoio e
inclusão para a pessoa com Discalculia. Assim, podem ser
incluídas esferas como a promoção de uma cultura de
respeito e compreensão em relação às dificuldades
matemáticas e a sensibilização de outros alunos para evitar
estigmatização, bullying e discriminação.

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CAPÍTULO 05
Parcerias Importantes

A parceria entre a família, os profissionais de intervenção e a


escola é essencial para garantir um suporte abrangente e
consistente para a pessoa com Discalculia. Trabalhar em
conjunto permite que informações e estratégias sejam
compartilhadas tão logo situações aconteçam, de modo que o
suporte seja alinhado entre os diferentes ambientes.

PARCERIA COM A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

Assim como anteriormente destacamos, da importância da


parceria entre os profissionais para analisar avaliações de
áreas distintas como forma de ter uma visão consistente para
fundamentar um possível diagnóstico de Discalculia, essa
parceria deve ter continuidade, pois cada área atua em um
aspecto diferente e juntas, auxiliam no desenvolvimento global
do aprendente também na intervenção.

Como alguns dos itens primordiais da parceria entre a


Psicopedagoga e a Equipe Multiprofissional podemos
destacar:

Expertise e conhecimento especializado: os profissionais


que trabalham diretamente com pessoas com Discalculia,
possuem experiência e a competência na identificação,
avaliação e intervenção adequada para ajudar a pessoa a
lidar com suas dificuldades matemáticas. A parceria da
Psicopedagoga com esses profissionais permite que cada
um, dentro de sua abordagem, contribua no
desenvolvimento de estratégias eficazes e adaptadas às

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CAPÍTULO 05
Parcerias Importantes

necessidades individuais da pessoa com Discalculia;

Desenvolvimento de um plano de intervenção


individualizado: com base na avaliação, os profissionais
podem desenvolver um plano de intervenção
individualizado para a pessoa com Discalculia. Esse plano
considera as habilidades, necessidades e metas individuais,
estabelecendo estratégias específicas para sobrepor
barreiras em dificuldades matemáticas. A parceria com os
profissionais permite que a família e a escola tenham
acesso a informações desse plano e trabalhem em
conjunto para implementar as estratégias recomendadas;

Orientação e suporte contínuo: os profissionais que


acompanham a pessoa com Discalculia oferecem
orientação e suporte contínuos durante todo o processo de
intervenção. Eles podem fornecer informações, propor
sugestões e adaptar as estratégias conforme necessário.
Essa parceria contínua ajuda a pessoa e sua família a se
sentirem apoiadas, fortalecendo sua confiança e motivação
para enfrentar as dificuldades matemáticas;

Acompanhamento e monitoramento do progresso: os


profissionais podem realizar, juntamente com a
Psicopedagoga, o acompanhamento e monitoramento
contínuos do progresso da pessoa com Discalculia. Eles
podem avaliar o impacto das intervenções, fazer ajustes
conforme necessário e fornecer informações sobre o que
tem sido realizado e identificado.

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CAPÍTULO 05
Parcerias Importantes

A parceria com os profissionais que acompanham a pessoa


com Discalculia é essencial para fornecer um suporte
especializado, adaptado e contínuo. Essa colaboração
fortalece a intervenção, promove melhores resultados e ajuda
a pessoa a desenvolver suas habilidades matemáticas e
enfrentar os desafios relacionados à Discalculia.

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CAPÍTULO 06
Considerações Éticas

ASPECTOS ÉTICOS SOBRE A INTERVENÇÃO

As ações diante de uma pessoa com Discalculia envolvem para


além de estratégias bem planejadas e parcerias fortalecidas,
um trabalho ético. Entre aspectos fundamentais, destacamos
itens que precisam fazer parte da rotina da Psicopedagoga e
que a seguir, serão detalhados:

Competência Profissional;

Confidencialidade;

Consentimento dos Responsáveis;

Respeito à Autonomia e Diversidade;

Acompanhamento e Monitoramento Contínuos.

O primeiro item, Competência Profissional é estrategicamente


assim posicionado, pois envolve o fato de que para atuar com
Psicopedagogia, a pessoa precisa estar devidamente
habilitada.

A Psicopedagoga deve possuir a formação adequada, ao


mesmo passo que não se recomenda atuar com a Discalculia
sem possuir o conhecimento necessário e estar atualizada
sobre práticas à ela relacionadas. É essencial agir dentro dos
limites de sua competência profissional e buscar apoio de
outros profissionais especializados quando necessário.

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CAPÍTULO 06
Considerações Éticas

Como segundo elemento, temos a Confidencialidade, em que,


devido a ser estabelecida uma relação de confiança desde a
Anamnese, a Psicopedagoga deve garantir todo o sigilo das
informações compartilhadas pela pessoa com Discalculia e sua
família.

Esse fato inclui manter em segurança os dados pessoais,


resultados de avaliações e quaisquer outras informações
sensíveis relacionadas ao processo de intervenção.

O terceiro ponto está no Consentimento dos Responsáveis.


Antes de iniciar qualquer intervenção, é importante explicar
com clareza aos pais ou responsáveis sobre o que precisa ser
feito e, diante da informação, ter o consentimento ou seja, a
autorização para a continuidade do trabalho.

Essa autorização precisa ser expressa em documento para


garantir todo o suporte legal das responsabilidades da
Psicopedagoga e das responsabilidades da Família.

Em seguida, também é necessário abordar o Respeito à


Autonomia e à Diversidade. Primeiramente, é necessário
envolver o aprendente ativamente no processo de Intervenção
Psicopedagógica.

Atitudes como buscar a opinião do aprendente, ouvir suas


necessidades e preferências, e envolvê-lo em decisões não
apenas fortalece vínculos de aprendizagem, mas também
promove a autoconfiança e autonomia.

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CAPÍTULO 06
Considerações Éticas

Além disso, A Intervenção Psicopedagógica deve ser sensível


e respeitar a diversidade cultural, étnica, religiosa e social da
pessoa com Discalculia.

A Psicopedagoga deve estar consciente de suas próprias


crenças e preconceitos, evitando qualquer palavra ou
expressão que, de alguma forma, possa agir contra valores e
crenças do que é importante para o aprendente e sua família.

Como expressamos no capítulo anterior, o Acompanhamento e


Monitoramento devem ser contínuos. Durante a intervenção, a
Psicopedagoga deve realizar um acompanhamento contínuo
do progresso da pessoa com Discalculia.

Essa questão envolve avaliar regularmente a eficácia das


estratégias utilizadas, acompanhar resultados e buscar
informações da escola, família e equipe multiprofissional, fazer
ajustes, conforme necessário, e fornecer um retorno de
informações construtivo.

Um outro eixo em que é necessário ainda destacar está na


guarda de documentos, conforme previsto pelo Código de
Ética da Psicopedagogia.

Todos os registros feitos, desde entrevistas com a família,


escola e equipe multiprofissional, Anamnese, resultados de
Testes Psicopedagógicos, relatos dos responsáveis e do
aprendente necessitam ser tratados com total sigilo.

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CAPÍTULO 06
Considerações Éticas

Conforme o documento, essas informações devem ser


arquivadas em posse da Psicopedagoga por um período
mínimo de 05 anos após a conclusão de todo o atendimento.

Esses aspectos éticos são fundamentais para garantir uma


Intervenção Psicopedagógica adequada e respeitosa para
pessoas com Discalculia.

A Psicopedagoga deve sempre agir com responsabilidade,


integridade e em conformidade com os princípios do Código de
Ética da Psicopedagogia.

POLÍTICAS INCLUSIVAS E DIREITOS DA PESSOA COM


DISCALCULIA

A pessoa com Discalculia possui direitos específicos que


devem ser respeitados e cumpridos pelas instituições e
disseminados pela sociedade, como forma não apenas de que
políticas inclusivas sejam atendidas, mas com o intuito de
promover seu acesso com autonomia e valorizar sua
singularidade de forma humanizada.

Alguns dos documentos legais aqui abordados se centram no


âmbito educacional, pertinente à nossa atuação
Psicopedagógica, considerando o capítulo específico da
Educação Especial na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(Lei nº 9394, de 1996), o documento da Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
formulado em 2008 e o Estatuto da Pessoa com Deficiência

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CAPÍTULO 06
Considerações Éticas

(Lei nº 13,146, de 2015).

Existem várias políticas de inclusão para pessoas com


necessidades educacionais que visam garantir o acesso
igualitário à educação e promover uma aprendizagem de
qualidade para todos os alunos.

Entre uma das mais conhecidas está a Política de Educação


Inclusiva, que tem como objetivo promover a inclusão de todos
os alunos, independentemente de suas condições físicas,
intelectuais, sociais ou emocionais.

Ela busca assegurar que todos os alunos sejam matriculados


em escolas regulares e recebam o suporte necessário para
participar plenamente do currículo e da vida escolar.

Essa ação inclui ainda, o fato de que as escolas não podem


recusar matrículas tendo como justificativa a Discalculia, ou
mesmo cobrar valor adicional da mensalidade pela
necessidade de contratar pessoal ou fazer adaptações
curriculares, avaliativas ou de aquisição de materiais.

Outro aspecto importante e promulgado por lei (Decreto Nº


6.571/08) é o Atendimento Educacional Especializado (AEE). O
AEE é uma política que visa oferecer apoio especializado e
recursos adicionais para alunos com necessidades
educacionais específicas. O objetivo é garantir que esses
alunos recebam o suporte necessário para superar suas
dificuldades e alcançar seu pleno potencial acadêmico.

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CAPÍTULO 06
Considerações Éticas

Nesse contexto, cabe à escola promover adaptações, partindo


do princípio de que não é a pessoa com Discalculia que se
adapta à instituição, mas sim, a instituição que se adapta às
necessidades da pessoa com Discalculia.

Essas políticas buscam garantir que pessoas com


necessidades educacionais tenham acesso a recursos e
estratégias adequadas para sua aprendizagem, podendo incluir
adaptação de materiais didáticos, uso de tecnologias
assistivas, tempo extra para tarefas e provas, adaptações nos
métodos avaliativos, entre outros recursos que auxiliem na
participação plena do estudante em sala de aula.

Mas para alcançar essa transformação, um elemento


fundamental está na Capacitação de Professores e de toda a
Equipe Escolar. As políticas de formação de professores têm
como objetivo fomentar os educadores para trabalhar de
forma inclusiva, atendendo às necessidades diversificadas dos
alunos em sala de aula.

Essas políticas incentivam a formação continuada dos


professores, promovendo o desenvolvimento de habilidades e
conhecimentos relacionados à educação inclusiva e ao suporte
às necessidades educacionais dos alunos.

Como objetivo geral das Políticas Inclusivas está garantir que


todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade,
respeitando suas necessidades individuais e promovendo a
equidade no ambiente escolar.

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ENCERRAMENTO
Agora estamos de mãos dadas!

Chegando ao final deste Manual, esperamos ter fornecido a


você vários insights e pontos de reflexão sobre a prática
Psicopedagógica reforçando a importância de conhecermos
em profundidade as necessidades de nossos aprendentes e
nos tornarmos um ponto de referência em defesa da
compreensão humanizada da Discalculia.

Como extensão do nosso trabalho, também precisamos


dominar temas, como dos direitos da pessoa com Discalculia,
dos deveres das instituições, em especial, a Escola e de como
podemos desenvolver o nosso trabalho, contribuindo para o
levantamento de informações diagnósticas seguindo
parâmetros éticos.

Cabe destacar que ao longo deste Manual, versamos


constantemente sobre a Matemática e ,sobre o tema, é
necessário realizar aqui uma breve pausa para refletir um
contexto social que é marcante e que também deve compor
nosso campo de análise e avaliação.

Precisamos de um olhar especial de análise diante de uma


construção história e social sobre a visão que as pessoas
possuem sobre “ouvir falar de Matemática”, ou seja, são
comuns os relatos de que seja uma disciplina de difícil
compreensão, que “não se aprende, apenas decora” e uma
série de outros comentários negativos que várias pessoas
fazem sobre a Matemática ao longo dos anos.

Nesse sentido, cabe a nós também investigar os vínculos do

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ENCERRAMENTO
Agora estamos de mãos dadas!

aprendente com a Matemática, sobre como ela é percebida


pela família, pela criança e seus pares, inclusive, como meio de
descartar a possibilidade de que fatores para além da
Discalculia possam estar afetando a aprendizagem, pois
certamente é também um elemento a se trabalhar, da busca
pela proximidade e o prazer em aprender a Matemática,
mesmo caso venha a ser evidenciado o diagnóstico.

Ao longo deste trabalho, exploramos o tema da Discalculia e a


importância da Intervenção Psicopedagógica nesse contexto.
A Discalculia pode representar um desafio significativo para as
pessoas que possuem esse diagnóstico, afetando sua
habilidade de compreender e trabalhar com números e
conceitos matemáticos.

Como profissionais dedicadas à promoção da aprendizagem e


ao suporte emocional dos nossos alunos, temos a
responsabilidade de abraçar a diversidade de habilidades e
necessidades que encontramos em nossa rotina.

A Discalculia é uma dessas necessidades específicas, e é


fundamental que estejamos preparadas para identificar,
compreender, avaliar e intervir de forma eficaz.

Nesse sentido, nossa Intervenção Psicopedagógica deve ser


pautada nos princípios éticos que regem nossa profissão.
Devemos respeitar a autonomia e dignidade das pessoas com
Discalculia, envolvendo-as ativamente em seu próprio
processo de aprendizagem e tomando decisões conjuntas

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ENCERRAMENTO
Agora estamos de mãos dadas!

sobre as estratégias utilizadas. Além disso, devemos garantir a


confidencialidade das informações compartilhadas,
respeitando a diversidade cultural e buscando a colaboração
com outros profissionais e famílias.

É essencial que nos mantenhamos atualizadas sobre as


pesquisas e práticas mais recentes no campo da Discalculia,
aprimorando constantemente nossos conhecimentos e
habilidades.

Esperamos que este Manual contribua significativamente em


sua formação e auxilie você diante de cada aprendente com
Discalculia a aprimorar habilidades e alcançar o pleno
potencial. Que, com o nosso trabalho, possamos proporcionar
às pessoas experiências educacionais ainda mais positivas,
construindo uma base sólida para seu futuro acadêmico e
pessoal.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNARDI, Jussara; STOBAUS, Claus Dieter. Discalculia:


conhecer para incluir. Revista Educação Especial. Santa Maria,
nº39, fev.2011. Disponível em:<
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/238
6/1715>. Acesso em maio 2023.

GUEDES, Danieli Ferreira; BLANCO, Marilia Bazan; NETO, Joao


Coelho. Discalculia: uma revisão sistemática de literatura nas
produções brasileiras. Revista Educação Especial, Santa Maria
- RS. v. 32. 2019.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por


quê? como fazer? São Paulo: Moderna , 2003.

MASSARO, Tania Cristina. A Contribuição da Psicopedagogia


em Crianças com Discalculia. Disponível em:
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-
content/uploads/sites/10001/2018/06/037_discalculia.pdf.
Acesso em maio de 2023.

PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de


aprendizagem. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

SILVA, Gisele Ruiz; HENNING, Paula Corrêa. Entre leis,


decretos e resoluções... a inclusão escolar no jogo neoliberal.
Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 14, n. 43, p. 843-864,
set./dez. 2014.

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SOBRE OS AUTORES
PRISCILLA RIBEIRO CANDIDO
ABPp GO 13.0951/19

Honrosamente conhecida como Psicopedagoga Realizada,


Priscilla é Mestra, Psicopedagoga Clínica Infantil e Especialista
em Testes Psicopedagógicos. Respira diariamente a
Psicopedagogia Clínica e vem ganhando destaque por seu
perfil de empreendedora e comunicadora, transmitindo de
forma leve conteúdos diversos sobre como atuar com
segurança na Clínica Psicopedagógica, colecionando histórias
emocionantes e transformando a vida profissional de
Psicopedagogas em todo o país.

É Fundadora e Proprietária das empresas PeD Consultoria


Educacional, PeD Editora e de seu mais recente projeto que já
tem se consolidado como referência na formação de mais de
1000 alunas, a Escola da Psicopedagoga.

Priscilla realiza atendimentos Psicopedagógicos Clínicos tendo


como foco o público infantil. É Mentora e Supervisora de
Psicopedagogas, sendo também Autora de dezenas de
materiais e mais de 30 cursos para a capacitação e oferta de
recursos para a Prática Clínica Psicopedagógica, em Testes
como PADAC e Pro-SHM.

Acredita que não há como ser uma Psicopedagoga Realizada


sem estudar e investir constantemente em uma boa formação.
Seu lema é: “A Psicopedagogia deve ser praticada com
Técnica, Amor e Pertencimento”.

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SOBRE OS AUTORES
DIEGO MARÇAL COSTA MATUTINO
CRP 09/10415

Diego é Psicólogo, Especialista em Psicologia Escolar e


Educacional, Psicopedagogo e concluinte em Neuropsicologia.

Atua como Psicólogo Clínico na PeD Consultoria Educacional,


onde realiza atendimentos com o público infanto-juvenil em
questões voltadas ao desenvolvimento global, aprendizagem e
habilidades socioemocionais.

É um grande entusiasta da transformação que a aprendizagem


possibilita na vida das pessoas de forma didática, leve,
contextualizada e atual. Como professor na Escola da
Psicopedagoga, adota esses valores ministrando aulas sobre
Testes Psicopedagógicos e temas pertinentes à
Psicopedagogia.

Além desse repertório, é coautor de uma série de livros e-


books que instrumentalizam a prática, contemplando desde
transtornos de aprendizagem a técnicas de Avaliação e
Intervenção Psicopedagógica.

Acredita que, como princípio, a Psicopedagogia deve ser


pautada na afetividade, precedendo todas as formas de
aprendizagem e na abordagem Clínica, a criança e a família
devem, antes de qualquer técnica, ser compreendidas em sua
essência.

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PRISCILLA RIBEIRO CANDIDO,
aPsicopedagoga Realizada.
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