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sociais, cognitivos e emocionais. Para entender melhor como isso se aplica a cada faixa etária, existe o
conceito de fases do desenvolvimento infantil.
Estas capacidades são refletidas em ações, como começar a falar ou dar os primeiros passinhos,
esperadas nas diferentes idades das fases de desenvolvimento infantil. Atuando de forma cumulativa,
estas habilidades levam à independência e autonomia infantil.
Autonomia e independência têm tudo a ver com o método Kumon. Visite uma unidade e saiba como
podemos ajudar seu filho a desenvolver todo seu potencial.
As fases do desenvolvimento infantil são um conceito criado a partir de 1920 pelo psicólogo suíço Jean
Piaget. Mesmo se tratando de uma teoria com mais de 100 anos, ela permanece extremamente atual e
é adotada por várias escolas.
De acordo com o estudioso, o aprendizado da criança está ligado ao ambiente e estímulos aos quais ela
é exposta, e à sua capacidade intelectual de se adaptar ao meio. É esta adaptação que fornece meios
para a evolução da criança.
Jean Piaget ainda aponta que o desenvolvimento infantil, ou seja, o processo de aprendizado de
habilidades essenciais, acontece em 4 fases, que podem ser divididas de acordo com a idade das
crianças (mesmo que isso não aconteça necessariamente ao mesmo tempo para todas elas).
Esta visão precoce e atenta permite agir o quanto antes, ajudando a criança a enfrentar seus problemas
de rendimento, dificuldades de aprendizagem ou mesmo proporcionando o tratamento mais adequado,
no caso de atrasos causados por transtornos neurobiológicos.
A seguir, veja como Jean Piaget classifica as quatro etapas e as relaciona com as idades das fases de
desenvolvimento infantil.
Fase 1 - Sensório-motor (nascimento até cerca de 2 anos)
A primeira das fases do desenvolvimento infantil vai do nascimento até cerca de 2 anos de idade. Nesta
etapa, chamada de período sensório-motor, a criança começa a criar consciência sobre o próprio corpo,
seus sentidos e movimentos.
É a fase da descoberta dos sabores, do sorriso, das primeiras palavras e de aprender a andar. O que
antes era feito de maneira involuntária ganha sentido, e o bebê compreende, por exemplo, que pode
alcançar objetos esticando os braços.
O período pré-operatório estende-se dos 2 aos 7 anos. Nesta fase, acontece a representação da
realidade dos próprios pensamentos. É aqui que surge o “faz de conta” e a exploração da imaginação,
além da famosa fase dos “porquês”.
Durante este período, a comunicação se desenvolve bastante, tornando-se mais clara e objetiva. Porém,
a criança ainda baseia sua visão de mundo na própria interpretação, em vez da real percepção dos fatos.
Isso explica, em parte, outra característica dessa fase: um grande viés ao egocentrismo e senso de
individualidade, em detrimento da coletividade.
Dos 7 aos 11 anos, o senso de individualidade diminui e a criança passa a agir com mais empatia,
colocando-se no lugar do outro e compreendendo melhor conceitos morais de certo e errado, além de
tantas outras normas sociais.
Neste período, que vai até os 12 anos, o raciocínio lógico é aprimorado e a criança passa a ter um nível
de resolução de problemas mais ágil. Ou seja, passa a pensar em soluções mentais para os problemas
que encontra.
A partir dos 11 anos de idade, a criança passa pela última das fases do desenvolvimento infantil, o
estágio operatório formal. Nele, a capacidade cognitiva do adolescente já é bem parecida com a de um
adulto, trabalhando com deduções, hipóteses e pensamento crítico.
Ao entender como observar o mundo ao seu redor de forma mais crítica, o adolescente passa a se
posicionar diante de assuntos e do mundo, assumindo pontos de vista de maneira independente e
desejando cada vez mais ter autonomia.
Para entender melhor como funcionam as fases do desenvolvimento infantil, ajuda muito saber o que é
esperado que ela consiga fazer em cada idade. Estes pontos são definidos como marcos de
desenvolvimento infantil.
Além de ajudar a compreender as fases do desenvolvimento infantil, indicando para os pais se por acaso
pode haver algum atraso na aquisição de habilidades da criança, os marcos de desenvolvimento infantil
ajudam você a escolher os estímulos mais adequados para oferecer ao seu filho.
3 meses: a criança abre e fecha as mãos, fica com a cabeça firme quando está sentada, estica os
bracinhos para alcançar objetos e balbucia alguns sons.
6 meses: o bebê reconhece pessoas, consegue ficar sentado com apoio e exprime alegria com gritinhos.
1 ano: a criança dá alguns passinhos sem apoio, dá tchau, bate palmas e começa a falar as primeiras
palavrinhas.
2 anos: a criança já consegue correr, virar páginas de um livrinho, formar pequenas frases e subir e
descer escadas sem apoio.
3 anos: a criança faz muitas perguntas, consegue ir ao banheiro sem ajuda, conta até 10, conhece
algumas cores e palavras no plural.
4 anos: a criança consegue lavar as mãos e o rosto, arremessa bolas e pula em um pé só.
5 anos: a criança consegue receber uma bola arremessada por alguém, pula, desenha pessoas, põe e tira
a própria roupa.
6 anos: a criança escreve o próprio nome, usa pronomes e tempos verbais corretamente e começa a
aprender a compartilhar os brinquedos.
Mas, atenção: estes marcos funcionam como pontos de referência. Ou seja, algumas crianças podem
chegar até eles antes ou depois, de acordo com suas características próprias, estímulos recebidos e
habilidades próprias.
Assim, nada de se preocupar se seu filho demorar um pouco mais que o esperado para falar, ficar de pé
ou desfraldar. Agora, se a variação de tempo for muito grande, recomendamos buscar apoio do pediatra
para entender se existe algum distúrbio no desenvolvimento.
Quando falamos em fases do desenvolvimento infantil, é importante observar que isto ocorre em
diversas esferas. Afinal, crianças são seres humanos complexos como os de qualquer outra idade, com
diferentes aspectos relacionados à sua formação individual.
Ou seja, a evolução da criança vai muito além do que apenas o aspecto físico ou comportamental,
abrangendo também o campo cognitivo, afetivo e social. Sabendo disso, a escola possui mais recursos
para atuar em cada fase do desenvolvimento da criança.
Desenvolvimento cognitivo
As habilidades cognitivas estão relacionadas com aspectos intelectuais e com a forma como a criança
interpreta o mundo ao seu redor. Alguns exemplos são a memória, a capacidade de focar, a atenção e o
raciocínio.
Desenvolvimento afetivo
Desenvolvimento físico
O desenvolvimento físico está relacionado à coordenação motora, tanto grossa quanto fina.
Basicamente, é a capacidade de engatinhar, depois ficar de pé, depois andar, correr, pular e realizar
outros tipos de atividades.
Desenvolvimento social
O desenvolvimento social está ligado à forma como a criança se relaciona com as outras pessoas,
interagindo em sociedade. Esta troca de informações é essencial para seu desenvolvimento, já que é
através dela que a criança adquire novos conhecimentos, visões de mundo e aprende as regras sociais.
Agora que você já conhece as fases do desenvolvimento infantil e os marcos de desenvolvimento, que
tal aproveitar a parceria entre família e escola para estimular o desenvolvimento do seu filho?
De acordo com cada faixa etária, você pode oferecer inúmeros tipos de estímulos, dos mais simples aos
mais elaborados, que ajudem a enriquecer as experiências de aprendizagem vivenciadas durante todas
as fases do desenvolvimento cognitivo infantil.
De 0 a 1 ano e 6 meses
Durante os primeiros 18 meses de vida, quando a criança está no estágio sensório-motor, as atividades
que trabalham com sensações e movimentos estimulam bastante o desenvolvimento. Brincadeiras com
dança, música e movimentação corporal são recomendadas neste período.
Além disso, por estar muito ligada aos sentidos, é fundamental que na primeira das fases do
desenvolvimento infantil os responsáveis usem os sentidos de forma afetiva, olhando nos olhos da
criança, falando com ela e, claro, abraçando e beijando muito!
Este é um período de transição entre as duas fases do desenvolvimento infantil iniciais, o sensório-
motor e o pré-operatório. Nesta idade há um desenvolvimento mais preciso na coordenação motora,
tornando jogos de encaixe uma excelente opção para a criança.
Chegando ao final deste período, perto dos 4 anos de idade, os responsáveis já conseguem aproveitar a
comunicação mais desenvolvida da criança para instruí-la quanto ao seu comportamento.
Nesta fase, a forma de interagir e brincar com as outras crianças passa por uma mudança significativa,
tornando-se mais concreta. Nesta etapa tão importante de socialização, as ações e conversas tornam-se
aos poucos mais lógicas e coerentes.
Ensino Fundamental
A partir dos 6 anos, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a criança deve estar matriculada
em uma escola e pronta para iniciar sua jornada de estudos no Ensino Fundamental. Isto inclui aprender
a fazer contas básicas e começar o processo de alfabetização.
Este é um ponto que levanta muitas dúvidas. Portanto, se você quiser se aprofundar no tema de qual é a
idade indicada para começar o processo de alfabetização infantil, não deixe de ler o post que fizemos
especialmente sobre este assunto.
Além da Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget, existem outros autores que falam sobre
fases do desenvolvimento infantil.
Um dos mais importantes é o psicólogo russo Lev Vygotsky, pioneiro no conceito de interacionismo, ou
seja, a ideia de que o desenvolvimento das crianças é resultado de suas interações sociais e condições
de vida.
Esta é uma ideia que hoje é totalmente aceita, de forma que nem questionamos o que ela quer dizer.
Porém, quando Vygotsky desenvolveu sua Teoria Sociointeracionista, ela foi realmente impactante
diante do pensamento vigente na época: o de que as crianças simplesmente não tinham capacidade
cognitiva até certa idade!
Como você pode ver, ambos os estudiosos abriram as portas para uma revolução educacional, que até
os dias atuais é amplamente utilizada como modelo pedagógico em milhares de escolas no Brasil e no
mundo.
Conclusão
Neste artigo você viu como as quatro fases do desenvolvimento infantil, conforme a Teoria do
Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget, relacionam-se com cada idade e de que forma isso influencia
os estímulos que devem ser oferecidos ao seu filho.
Por mais que esta teoria trace aspectos comuns ou ações esperadas em cada faixa etária, é fundamental
não esquecer que cada pessoa possui suas próprias características individuais. Algumas podem ter mais
facilidade em determinados assuntos, outras menos.
Esta é justamente a base do método Kumon: adaptar o método de estudos a cada aluno, de acordo com
sua capacidade e suas características próprias. Para saber como isto funciona na prática, acesse no site
ou visite uma unidade!