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O desenvolvimento infantil refere-se ao próprio desenvolvimento da criança, em seus aspectos motores,

sociais, cognitivos e emocionais. Para entender melhor como isso se aplica a cada faixa etária, existe o
conceito de fases do desenvolvimento infantil.

As fases do desenvolvimento cognitivo infantil compreendem todo o processo de transformação da


criança, pelo qual ela passa ao longo do tempo enquanto adquire e aprimora inúmeras capacidades
necessárias para a vida toda.

Estas capacidades são refletidas em ações, como começar a falar ou dar os primeiros passinhos,
esperadas nas diferentes idades das fases de desenvolvimento infantil. Atuando de forma cumulativa,
estas habilidades levam à independência e autonomia infantil.

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podemos ajudar seu filho a desenvolver todo seu potencial.

O que são as fases do desenvolvimento infantil?

As fases do desenvolvimento infantil são um conceito criado a partir de 1920 pelo psicólogo suíço Jean
Piaget. Mesmo se tratando de uma teoria com mais de 100 anos, ela permanece extremamente atual e
é adotada por várias escolas.

De acordo com o estudioso, o aprendizado da criança está ligado ao ambiente e estímulos aos quais ela
é exposta, e à sua capacidade intelectual de se adaptar ao meio. É esta adaptação que fornece meios
para a evolução da criança.

Jean Piaget ainda aponta que o desenvolvimento infantil, ou seja, o processo de aprendizado de
habilidades essenciais, acontece em 4 fases, que podem ser divididas de acordo com a idade das
crianças (mesmo que isso não aconteça necessariamente ao mesmo tempo para todas elas).

Quais são as etapas do desenvolvimento infantil?

Conforme dissemos, a Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget divide as fases do


desenvolvimento infantil em quatro etapas, que podem ser classificadas de acordo com a idade das
crianças.

Conhecer as fases do desenvolvimento cognitivo infantil é importante para pais, responsáveis e


educadores, já que este conhecimento permite, por meio de marcos, identificar precocemente possíveis
atrasos no desenvolvimento da criança.

Esta visão precoce e atenta permite agir o quanto antes, ajudando a criança a enfrentar seus problemas
de rendimento, dificuldades de aprendizagem ou mesmo proporcionando o tratamento mais adequado,
no caso de atrasos causados por transtornos neurobiológicos.

A seguir, veja como Jean Piaget classifica as quatro etapas e as relaciona com as idades das fases de
desenvolvimento infantil.
Fase 1 - Sensório-motor (nascimento até cerca de 2 anos)

A primeira das fases do desenvolvimento infantil vai do nascimento até cerca de 2 anos de idade. Nesta
etapa, chamada de período sensório-motor, a criança começa a criar consciência sobre o próprio corpo,
seus sentidos e movimentos.

É a fase da descoberta dos sabores, do sorriso, das primeiras palavras e de aprender a andar. O que
antes era feito de maneira involuntária ganha sentido, e o bebê compreende, por exemplo, que pode
alcançar objetos esticando os braços.

Fase 2 - Pré-operatório (2 a 7 anos de idade)

O período pré-operatório estende-se dos 2 aos 7 anos. Nesta fase, acontece a representação da
realidade dos próprios pensamentos. É aqui que surge o “faz de conta” e a exploração da imaginação,
além da famosa fase dos “porquês”.

Durante este período, a comunicação se desenvolve bastante, tornando-se mais clara e objetiva. Porém,
a criança ainda baseia sua visão de mundo na própria interpretação, em vez da real percepção dos fatos.

Isso explica, em parte, outra característica dessa fase: um grande viés ao egocentrismo e senso de
individualidade, em detrimento da coletividade.

Fase 3 - Operatório concreto (de 7 a 11 anos)

Dos 7 aos 11 anos, o senso de individualidade diminui e a criança passa a agir com mais empatia,
colocando-se no lugar do outro e compreendendo melhor conceitos morais de certo e errado, além de
tantas outras normas sociais.

Neste período, que vai até os 12 anos, o raciocínio lógico é aprimorado e a criança passa a ter um nível
de resolução de problemas mais ágil. Ou seja, passa a pensar em soluções mentais para os problemas
que encontra.

Fase 4 - Operatório formal (a partir de 11 anos)

A partir dos 11 anos de idade, a criança passa pela última das fases do desenvolvimento infantil, o
estágio operatório formal. Nele, a capacidade cognitiva do adolescente já é bem parecida com a de um
adulto, trabalhando com deduções, hipóteses e pensamento crítico.

Ao entender como observar o mundo ao seu redor de forma mais crítica, o adolescente passa a se
posicionar diante de assuntos e do mundo, assumindo pontos de vista de maneira independente e
desejando cada vez mais ter autonomia.

O que é possível identificar durante as fases do desenvolvimento infantil?

Para entender melhor como funcionam as fases do desenvolvimento infantil, ajuda muito saber o que é
esperado que ela consiga fazer em cada idade. Estes pontos são definidos como marcos de
desenvolvimento infantil.
Além de ajudar a compreender as fases do desenvolvimento infantil, indicando para os pais se por acaso
pode haver algum atraso na aquisição de habilidades da criança, os marcos de desenvolvimento infantil
ajudam você a escolher os estímulos mais adequados para oferecer ao seu filho.

Veja a seguir alguns dos marcos principais:

3 meses: a criança abre e fecha as mãos, fica com a cabeça firme quando está sentada, estica os
bracinhos para alcançar objetos e balbucia alguns sons.

6 meses: o bebê reconhece pessoas, consegue ficar sentado com apoio e exprime alegria com gritinhos.

1 ano: a criança dá alguns passinhos sem apoio, dá tchau, bate palmas e começa a falar as primeiras
palavrinhas.

2 anos: a criança já consegue correr, virar páginas de um livrinho, formar pequenas frases e subir e
descer escadas sem apoio.

3 anos: a criança faz muitas perguntas, consegue ir ao banheiro sem ajuda, conta até 10, conhece
algumas cores e palavras no plural.

4 anos: a criança consegue lavar as mãos e o rosto, arremessa bolas e pula em um pé só.

5 anos: a criança consegue receber uma bola arremessada por alguém, pula, desenha pessoas, põe e tira
a própria roupa.

6 anos: a criança escreve o próprio nome, usa pronomes e tempos verbais corretamente e começa a
aprender a compartilhar os brinquedos.

Mas, atenção: estes marcos funcionam como pontos de referência. Ou seja, algumas crianças podem
chegar até eles antes ou depois, de acordo com suas características próprias, estímulos recebidos e
habilidades próprias.

Assim, nada de se preocupar se seu filho demorar um pouco mais que o esperado para falar, ficar de pé
ou desfraldar. Agora, se a variação de tempo for muito grande, recomendamos buscar apoio do pediatra
para entender se existe algum distúrbio no desenvolvimento.

Como a escola contribui com as fases do desenvolvimento da criança?

Quando falamos em fases do desenvolvimento infantil, é importante observar que isto ocorre em
diversas esferas. Afinal, crianças são seres humanos complexos como os de qualquer outra idade, com
diferentes aspectos relacionados à sua formação individual.

Ou seja, a evolução da criança vai muito além do que apenas o aspecto físico ou comportamental,
abrangendo também o campo cognitivo, afetivo e social. Sabendo disso, a escola possui mais recursos
para atuar em cada fase do desenvolvimento da criança.

Desenvolvimento cognitivo
As habilidades cognitivas estão relacionadas com aspectos intelectuais e com a forma como a criança
interpreta o mundo ao seu redor. Alguns exemplos são a memória, a capacidade de focar, a atenção e o
raciocínio.

Desenvolvimento afetivo

O desenvolvimento afetivo relaciona-se com os sentimentos e emoções da criança, e é uma das


primeiras habilidades que ela aprende a identificar. Compreender o amor e sua importância na vida de
outras pessoas, criando laços afetivos, é essencial para o desenvolvimento socioemocional no futuro.

Desenvolvimento físico

O desenvolvimento físico está relacionado à coordenação motora, tanto grossa quanto fina.
Basicamente, é a capacidade de engatinhar, depois ficar de pé, depois andar, correr, pular e realizar
outros tipos de atividades.

Desenvolvimento social

O desenvolvimento social está ligado à forma como a criança se relaciona com as outras pessoas,
interagindo em sociedade. Esta troca de informações é essencial para seu desenvolvimento, já que é
através dela que a criança adquire novos conhecimentos, visões de mundo e aprende as regras sociais.

Como estimular o desenvolvimento infantil?

Agora que você já conhece as fases do desenvolvimento infantil e os marcos de desenvolvimento, que
tal aproveitar a parceria entre família e escola para estimular o desenvolvimento do seu filho?

De acordo com cada faixa etária, você pode oferecer inúmeros tipos de estímulos, dos mais simples aos
mais elaborados, que ajudem a enriquecer as experiências de aprendizagem vivenciadas durante todas
as fases do desenvolvimento cognitivo infantil.

De 0 a 1 ano e 6 meses

Durante os primeiros 18 meses de vida, quando a criança está no estágio sensório-motor, as atividades
que trabalham com sensações e movimentos estimulam bastante o desenvolvimento. Brincadeiras com
dança, música e movimentação corporal são recomendadas neste período.

Além disso, por estar muito ligada aos sentidos, é fundamental que na primeira das fases do
desenvolvimento infantil os responsáveis usem os sentidos de forma afetiva, olhando nos olhos da
criança, falando com ela e, claro, abraçando e beijando muito!

De 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses

Este é um período de transição entre as duas fases do desenvolvimento infantil iniciais, o sensório-
motor e o pré-operatório. Nesta idade há um desenvolvimento mais preciso na coordenação motora,
tornando jogos de encaixe uma excelente opção para a criança.
Chegando ao final deste período, perto dos 4 anos de idade, os responsáveis já conseguem aproveitar a
comunicação mais desenvolvida da criança para instruí-la quanto ao seu comportamento.

De 4 anos a 5 anos e 11 meses

Nesta fase, a forma de interagir e brincar com as outras crianças passa por uma mudança significativa,
tornando-se mais concreta. Nesta etapa tão importante de socialização, as ações e conversas tornam-se
aos poucos mais lógicas e coerentes.

Ensino Fundamental

A partir dos 6 anos, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a criança deve estar matriculada
em uma escola e pronta para iniciar sua jornada de estudos no Ensino Fundamental. Isto inclui aprender
a fazer contas básicas e começar o processo de alfabetização.

Este é um ponto que levanta muitas dúvidas. Portanto, se você quiser se aprofundar no tema de qual é a
idade indicada para começar o processo de alfabetização infantil, não deixe de ler o post que fizemos
especialmente sobre este assunto.

Quais autores falam sobre as fases do desenvolvimento infantil?

Além da Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget, existem outros autores que falam sobre
fases do desenvolvimento infantil.

Um dos mais importantes é o psicólogo russo Lev Vygotsky, pioneiro no conceito de interacionismo, ou
seja, a ideia de que o desenvolvimento das crianças é resultado de suas interações sociais e condições
de vida.

Esta é uma ideia que hoje é totalmente aceita, de forma que nem questionamos o que ela quer dizer.
Porém, quando Vygotsky desenvolveu sua Teoria Sociointeracionista, ela foi realmente impactante
diante do pensamento vigente na época: o de que as crianças simplesmente não tinham capacidade
cognitiva até certa idade!

Como você pode ver, ambos os estudiosos abriram as portas para uma revolução educacional, que até
os dias atuais é amplamente utilizada como modelo pedagógico em milhares de escolas no Brasil e no
mundo.

O estudo autodidata aumenta a capacidade de aprendizagem da criança e estimula o prazer de


aprender. Saiba como o Kumon pode ajudar seu filho!

Conclusão

Neste artigo você viu como as quatro fases do desenvolvimento infantil, conforme a Teoria do
Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget, relacionam-se com cada idade e de que forma isso influencia
os estímulos que devem ser oferecidos ao seu filho.
Por mais que esta teoria trace aspectos comuns ou ações esperadas em cada faixa etária, é fundamental
não esquecer que cada pessoa possui suas próprias características individuais. Algumas podem ter mais
facilidade em determinados assuntos, outras menos.

Esta é justamente a base do método Kumon: adaptar o método de estudos a cada aluno, de acordo com
sua capacidade e suas características próprias. Para saber como isto funciona na prática, acesse no site
ou visite uma unidade!

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