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Segunda Infância: duração e características

Psicanálise Clínica, Teoria Psicanalítica


Como deve imaginar, nós passamos por diversas etapas de desenvolvimento até a fase adulta. Por meio de cada fase,
construímos os pilares que precisamos para atingir o nosso ápice de crescimento. Então, neste texto, vamos conversar a
respeito da segunda infância e como ela é composta.

O que é a segunda infância?


A segunda infância se mostra como uma etapa do crescimento onde a criança passa por um florescimento social e
cognitivo. Iniciada aos três anos de idade, indica um reconhecimento do mundo onde vive. Sem contar a si mesma, já
que começam a absorver conceitos básicos de convivência.
Embora cresça em ritmo menos acelerado que o estágio anterior, isso não se aplica no seu desenvolvimento. Sua
coordenação motora e ações primárias são amplamente lapidadas e melhoradas. Assim, o seu pensar, falar, lembrar e
agir são executados de maneira mais desenvolvida e eficaz no tocante aos seus objetivos.
Por causa disso, que os cuidados devem ser adequados e nunca desleixados. Proporcionar tudo de agregador que ela
precisa deve ser elemento chave para que atinja o seu potencial. Afinal de contas, estamos falando do crescimento de
um indivíduo em formação.

Características da segunda infância


O processo da segunda infância é mais complexo pelo longo tempo que se inicia e termina, precisando de anos para tal.
Isso é suficiente para que as crianças aprendam tudo aquilo que é necessário para o desenvolvimento delas. Dentre as
infinidades nesse leque, podemos citar:
desenvolvimento da responsabilidade;
independência;

desejo de exploração.
Então, agora vamos saber mais sobre cada um desses aprendizados que as crianças têm durante a infância.
Desenvolvimento da responsabilidade
Mesmo com três anos de idade, uma criança pequena já começa a compreender o peso de suas ações. Em vez de
apenas assimilar os traços sonoros, começa a identificar as bases por trás daquele mandamento. Por exemplo, o ato de
guardar brinquedos, se manter mais limpa, comer quando sentir fome, entre outras coisas.

Independência
Muitos pais enlouquecem quando os filhos começam a correr soltos pela casa. Acontece que esse é um movimento
natural e necessário para que a criança possa se desenvolver como deve. Torná-la mais independente dará mais
autonomia para que possa tomar as próprias decisões quando for necessário.

Desejo de exploração
Além dos itens acima, a criança nesse período costuma ser bastante ativa e curiosa. Por meio dos seus sentidos, vai
explorar a natureza do mundo para tentar compreendê-lo. Assim, não se assuste caso ela queira se sujar, brincar na
chuva ou começar brincadeiras novas, pois está se testando e descobrindo.

Falar sozinha pode ser uma busca por solução


Certamente, você já deve ter encontrado seu filho conversando sozinho enquanto brincava, correto? Apesar da fala
parecer desconexa algumas vezes, isso se trata de um estudo pessoal dele sobre o mundo. Falar sozinho pode indicar
que o pequeno busca por uma solução em voz alta.
Com isso, é possível perceber que essa criança já anda alimentando os seus pensamentos de forma mais crítica. A
mesma já compreendeu que algumas coisas são mais difíceis e precisam de esforço para acontecer.
Os pais precisam ajudar nesse quesito como uma forma de exercício para a criança. Mais à frente, quando estiver
melhor formada, sentirá mais facilidade em resolver algumas questões do seu dia. Imagine onde essa criança pode
chegar se desenvolvendo plenamente?

Distúrbios
A segunda infância é marcada por alguns distúrbios que deixam os pais muito preocupados com os filhos. Embora
muitos não saibam, esse tipo de reação é natural e faz parte do processo. Se a criança não aprende a controlá-los, eles
passarão sozinhos à medida em que ela cresce.
Por exemplo, muitas crianças apresentam a enurese, que é o fazer xixi enquanto dormem. Embora algumas deixem isso
mais tardiamente, podem se afastar desse comportamento de forma natural e intuitiva. Neste caso, podem fazer xixi
antes de dormirem, não beberem tanta água à noite ou usarem fraldas, dependendo da idade.
Além disso, muitas têm pesadelos, sonambulismo, terror do sono ou dificuldades para dormir. Caso note que não
conseguem lidar com isso sozinhos, uma ajuda externa é mais que bem-vinda.

O papel da alimentação
Nós devemos manter um cardápio saudável em qualquer época da vida e isso não se discute. Para muitos, fazer isso se
torna uma tarefa exaustiva e difícil porque não foram ensinados no momento propício. A segunda infância é o ponto ideal
para que implemente na criança ideias sadias sobre a sua alimentação diária.
Neste processo, se a alimentação da criança for ruim, o seu corpo vai se desenvolver de forma inadequada. Muitos
casos de obesidade ficam evidentes logo nos primeiros anos de vida por causa da constituição física e psicológica da
criança. Acostumada pelos pais, a criança só vai preferir gordura, açúcar e outros alimentos saturados em sal.
A fim de evitar isso, a ensine a logo cedo preferir por alimentos nutritivos e ricos em vitaminas e minerais. Não faça isso
pensando que está apenas ajudando na saúde dela, mas em seu crescimento corporal e mental. É justamente por causa
da alimentação positiva que muitas crianças são mais dispostas, inteligentes e até felizes.

Cognição
A cognição também é peça chave no desenvolvimento da segunda infância. A criança se mostra capaz de expandir a sua
forma de pensar para lidar melhor com o mundo ao redor. Nesse caminho, compreende a relação de causa e
consequência de ações e como isso acontece.
Sem contar que já podem fazer uso de símbolos nesta época sem precisarem estar perto do objeto. É como se
pudessem entender a referência mental disso e imaginar ao seu modo como colocá-lo em prática. Isso inclui ceder a
esse objeto mais características do que ele aparenta ou realmente possui.
Por fim, se mostram capazes de organizar pessoas, objetos e momentos em categorias próprias. Desse modo, se
mostram mais próximas de entenderem a ideia de superficialidade. A mudança de algo superficialmente não muda o
conjunto como um todo.

Habilidades motoras em desenvolvimento


O desenvolvimento da segunda infância acontece por etapas e ao longo do tempo. Iniciada aos 3 anos de idade e se
completando aos 6, as crianças têm um tempo hábil para se aperfeiçoarem. Isso fica melhor visto olhando de forma
categórica aos:

Três anos
Nesta idade ela ainda não se mostra capaz de girar rapidamente ou parar de forma abrupta. Os seus saltos se limitam
entre 35 e 60 cm. Porém, já consegue subir degraus sem ajuda de alguém fazendo a alternância dos pés no processo.

Quatro anos
Aqui fica mais fácil da criança parar com mais autonomia, entender como arrancar coisas e girar o corpo. Seus saltos
aumentam para uma distância de 60 a 80 cm.

Cinco anos
Neste ponto ela já tem total controle das habilidades citadas acima. Isso fica evidente numa efetividade em exercê-las
em jogos e fazer saltos de até 90 cm. Com tudo isso, se mostram aptas a descer uma escada sem ajuda de um adulto.

Considerações finais sobre segunda infância


Em suma, a segunda infância traz verdadeiras revoluções no processo evolutivo da criança. É por meio desta que o
pequeno consegue expandir suas habilidades latentes para que possa compreender o mundo.
Por causa disso, que a intervenção positiva dos pais para ajudar nisso é tão necessária. Dê espaço, assistência e
alimento quando for preciso para que a criança aprenda de forma espetacular.
Por fim, essa ajuda pode ser obtida através do nosso curso de Psicanálise Clínica online. Compreenda essa formação
extra como uma forma de abrir o seu autoconhecimento e potencial, bem como um molde de fazer o mesmo pelos seus
filhos. O estágio da segunda infância será incrivelmente incrementado pelos seus conhecimentos sobre a mente humana

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