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Desenvolvimento Infantil

Karine Martins
Psicóloga
CRP 11/05917
TEORIA DE PIAGET
• 1. Sensório-motor de 0 a 2 anos: Nesta fase do desenvolvimento infantil, as crianças
desenvolvem a capacidade de se concentrar em sensações e movimentos. Começa a
interagir com o mundo exterior, interessando-se pelos estímulos que ele proporciona;
Durante esse período se desenvolve a coordenação motora. Os bebês nessa faixa etária
só têm consciência daquilo que podem ver e é por isso que choram quando a mãe sai
do seu campo de visão.

• 2. Pré-operatório de 2 a 7 anos: Essa etapa do desenvolvimento cognitivo é


caracterizada pela entrada da criança no sistema educacional formal, envolve
o desenvolvimento da lógica e o uso de categorias para classificar os objetos e a
realidade. Nessa fase, algumas vezes a criança não tem a real percepção dos
acontecimentos, mas sim a sua própria interpretação; Durante esse período a empatia
se desenvolve, mas também é possível notar uma fase bastante acentuada
do egocentrismo. É a fase dos “porquês”, da exploração da imaginação.
TEORIA DE PIAGET
• 3. Operatório concreto de 8 a 12 anos: Nessa fase começa a ser demonstrado o início do
pensamento lógico concreto e as normas sociais já começam a fazer sentido para a criança.
Nesta fase de desenvolvimento, as crianças começam a aprender e praticar operações
matemáticas simples. A criança consegue entender que um copo fino e alto ou um copo baixo e
grosso podem comportar a mesma quantidade de líquido; Nessa faixa etária, o desenvolvimento
da criança já contempla conhecimentos sobre regras sociais e sobre o senso de justiça.

• 4. Operatório formal a partir dos 12 anos: a criança já possui a capacidade de


compreender situações abstratas e experiências de outras pessoas. Nesta fase é possível notar
uma maior capacidade de gerar conclusões abstratas a partir do pensamento lógico;
Compreensão da existência de modos de pensar diferentes dos seus, principalmente nos
primeiros anos da adolescência; A partir desse estágio de desenvolvimento, as crianças começam
a formular hipóteses para si mesmas, até mesmo sobre aspectos da realidade que ainda não
conhecem.
TEORIA DE FREUD
I – A fase oral (0 – 1 ano): Desde o nascimento, Freud afirma que a primeira fase de desenvolvimento
de uma criança se concentra na região oral. Tendo como exemplo principal foco a amamentação da
mãe, a criança obtém prazer no momento da sucção e sente satisfação com a nutrição proporcionada
pelo ato. Com duração de um ano a um ano e meio, a fase oral termina com a época do desmame.
II – A fase anal (1 – 3 anos): Após receber orientações sobre higiene íntima, a criança desenvolve uma
obsessão para com a região anal e o ato de brincar com as próprias fezes. Freud afirmava que a criança
vê esta fase como uma forma de se orgulhar das suas "criações", o que levaria à personalidade "anal
expulsiva". A criança poderia também propositadamente reter seu sistema digestivo como forma de
confrontar os pais. Esta fase tem duração de um a dois anos.
III – A fase fálica (3 – 5 anos): De acordo com o psicanalista, a fase fálica é a mais crucial para o
desenvolvimento sexual na vida de uma criança. Ela se concentra nos órgãos genitais - ou a falta deles,
se a criança for do sexo feminino - e os complexos de Édipo surgiriam. Para um homem, a energia
sexual é canalizada no amor por sua mãe, levando a sentimentos de inveja (às vezes violentos) contra o
pai. Geralmente, no entanto, o menino aprenderá a se identificar com o pai, em termos de órgãos
genitais correspondentes, reprimindo assim o complexo de Édipo. Esta fase dura de três a quatro anos.
TEORIA DE FREUD
IV – O período de latência (5 anos – puberdade): Freud dizia que o período de latência no
desenvolvimento da criança não é um período psicossexual, mas sim uma fase de desejos
inconscientes reprimidos. Neste período, a criança já superou o complexo da fase fálica e,
embora desejos e impulsos sexuais possam ainda existir, eles são expressos de forma
assexuada em atividades como amizades, estudos ou esportes, até o começo da
puberdade.
V- A fase genital (puberdade e vida adulta): Segundo Freud, na fase genital, a criança mais
uma vez volta a sua energia sexual para seus órgãos genitais e, portanto, em direção às
relações amorosas. Ele diz que esta é a primeira vez que uma criança quer agir de acordo
com seu instinto de procriar. Os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem aqui
uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite
enfrentar os desafios da idade adulta. Neste momento, meninos e meninas estão ambos
conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer
suas necessidades eróticas e interpessoais.
Informações Complementares
Do nascimento a 1 ano de idade
• O bebê se desenvolve intensamente do nascimento aos 12 meses. Ao nascer, o
pequeno ou pequena já é capaz de reconhecer a voz de quem o cerca e se recordar dos
sons que ouvia na vida intrauterina, como a voz materna. Já a sua visão é desenvolvida
ao longo dos meses, se tornando nítida apenas por volta do oitavo mês de vida.
• Os movimentos, inicialmente desordenados, aos poucos se tornam mais elaborados,
finos. E o bebê passa a demonstrar cada vez mais interesse e intenção. Por fim, o
desenvolvimento do tônus postural já possibilita o sustento da cabeça por volta dos três
meses. Isso permite que a criança comece a se sentar:
• Com apoio aos 6 meses;
• Sem apoio aos 9 meses;
• Manter-se em pé quando apoiada aos 11 meses.
Informações Complementares
De 1 a 2 anos de idade
• Em média, os bebês começam a andar com 1 ano e 3 meses. Esse progresso das habilidades
motoras permite que a criança consiga subir em móveis, por exemplo, até 1 ano e 6 meses. Além
disso, ela já poderá correr e descer escadas até completar 2 anos.
• Ainda, entre 1 e 2 anos de idade, a criança adquire maior vocabulário, conseguindo arriscar
alguns sons mais parecidos com palavras. Isso poderá ocorrer logo aos 12 meses, evoluindo até
aos 24 meses, quando o pequeno ou pequena começa a falar poucas palavras pontuais. Em
seguida, a criança já poderá começar a formar pequenas frases.
• Entre o primeiro e o segundo ano de vida, costuma ocorrer também o desmame. Para finalizar,
nessa segunda etapa do desenvolvimento infantil, a criança mostra-se mais sociável e poderá
realizar pequenas atividades com ajuda dos adultos, tais como:
• Vestir-se;
• Escovar os dentes;
• Desenhar.
Desenvolvimento Infantil
Quando falamos de desenvolvimento infantil, não podemos deixar de ressaltar aspectos
importantes, tais como:

• A criança não se desenvolve de forma linear, muitas vezes ocorrem avanços e


retrocessos.
• O desenvolvimento infantil é um processo gradativo e ele possui várias fases.
• Cada criança é um ser único, por isso é preciso respeitar o seu tempo e suas
necessidades.
• O excesso ou a falta de estímulos pode interferir nesse processo, levando a
dificuldades futuras.
• Se cada criança é um ser único, não devemos fazer comparações entre elas, mesmo
que tenham a mesma idade.
Desenvolvimento Infantil
• Podemos observar quatro áreas no desenvolvimento de uma criança, as quais
são: a física, a cognitiva, a emocional e a social.
• Essas áreas necessitam estar sintonizadas e precisam se desenvolver na mesma
proporção. Uma criança que no dia a dia tem contato com livros, com a internet,
com jogos de construção, mas que, ao mesmo tempo, não tem o hábito de
frequentar playgrounds, praticar esportes e ter pequenas responsabilidades,
como tomar banho ou vestir-se sozinha, indiscutivelmente terá uma área
cognitiva prevalecendo sobre as outras.
Desenvolvimento Infantil
A primeira infância é uma fase muito importante e deve ser tratada como tal, pois é
a base para o desenvolvimento do indivíduo como um todo. A curiosidade é nata
nas crianças, o que faz com que elas constantemente busquem respostas.

À medida que elas desenvolvem as competências linguísticas, elas começam a se


expressar de outras formas, nesse momento, as competências físicas, emocionais e
sociais se integram, propiciando o desenvolvimento cognitivo.
Desenvolvimento Infantil
• A Educação Infantil é fundamental, pois o espaço escolar oferece condições,
meios e oportunidades para que a criança utilize seus conhecimentos prévios e
construa novas aprendizagens.
• A criança aprende através de desafios, em um ambiente atrativo e organizado. Ao
ser desafiada, ela adquire novas formas de pensar, provocando a imaginação, o
desenvolvimento da sensibilidade e a construção do conhecimento.
• O convívio com outras pessoas é outro aspecto fundamental, pois ele
proporcionará a aprendizagem da diversidade, como também o aprendizado de
regras sociais e de convivência.
• A parceria entre escola e família é o que vai consagrar todo o trabalho realizado
na Educação Infantil, e o respeito e a confiança são as bases que garantirão o
sucesso dele.

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