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Introdução ao Desenvolvimento

Nos primeiros anos de vida, uma criança aprende a linguagem, a andar, a correr e a saltar, a brincar,
a interagir socialmente e a formar um sentido de si próprio.
A compreensão do desenvolvimento das crianças permite- nos :
 compreender qual é a capacidade de aprendizagem de uma criança pequena.
 compreender algo sobre nós próprios.
Compreender o que uma criança necessitarà para se desenvolver adequadamente também requer
investigação.
 o que deve ser ensinado às crianças na escola?
 deve mesmo ser exigido a uma criança que vá à escola?
 quando, se alguma vez, devem ou não, os serviços de proteção à criança intervir para
melhorar a vida de uma criança?

Psicologia do Desenvolvimento:
Estuda as sequências do desenvolvimento físicas, cognitivas, sociais e emocionais pelas quais
o ser humano passa, desde o momento da concepção até à morte.
 Primeiro, pela descrição das mudanças nos comportamentos observáveis da criança
 Depois, pela revelação dos processos subjacentes a estas mudanças

Compreender os processos biológicos e culturais básicos que explicam a enorme


complexidade do desenvolvimento humano

Descrição – o quê; quando

Explicação – porquê; como

Intervenção – para quê

Períodos de desenvolvimento:

Pré-natal: concepção – nascimento

 concentração em substâncias que prejudicam os bebés


 como as experiências no útero, por exemplo, ouvir a voz de uma mãe, podem moldar a
infância

Infância: nascimento – ± 2 anos

 bebés são pré-verbais. Isto leva-nos a questionar o que os bebés sabem, na ausência de
linguagem e na ausência de muita experiência.
Idade pré-escolar: 2 – 6 anos

 as crianças estão a desenvolver rapidamente o conhecimento da língua, das competências


sociais, da memória e do raciocínio.

Idade escolar: 6 – ±12 anos (middle childhood)

 as crianças compreendem ideias complexas, frequentam a escolaridade formal, têm muita


experiência com pessoas extra-familiares e aprendem a adiar a gratificação.

Adolescência: > 12 – 20 anos

 efeitos da puberdade, controlo de impulsos, desenvolvimento social e sexual e o


desenvolvimento de um raciocínio mais complexo.

Idade adulta: > 20 anos

 Os jovens vêem uma redução da volatilidade, ganhando conhecimentos detalhados de


competências, e estabelecendo um papel na vida, através do emprego, relações, etc.

 A fase intermédia é difícil de classificar entre culturas, mas pode ser vista como envolvendo
um pico na carreira, constituição de família e depois a saída de casa dos filhos.

 No final da idade adulta, assiste-se ao declínio das capacidades físicas e mentais, mas
alguma melhoria na velhice em tarefas que requerem conhecimentos armazenados, e
depois, finalmente, a morte.

Desenvolvimento normativo: mudanças gerais e reorganizações no comportamento relacionadas


com a idade que virtualmente todas as crianças partilham à medida que crescem.

Desenvolvimento individual: variações individuais em relação ao curso do desenvolvimento


normativo. Continuidade no percurso de desenvolvimento de uma criança (coerência).

Questões centrais no desenvolvimento

1. Fontes de Desenvolvimento

 Inato / adquirido

2. Plasticidade

 Período crítico / Período sensível

3. Continuidade/Descontinuidade

 Quantidade / Qualidade

4. Contextos de desenvolvimento

5. Desenvolvimento individual
Fontes de desenvolvimento

Nature vs Nurture

Tema proeminente na Psicologia no Desenvolvimento e nas ciências sociais, como criminologia e


humanidades

 Em que medida as capacidades são incorporadas num organismo?

 Predisposições hereditárias dos indivíduos

 Influências do meio social e cultural

Nativistas acreditam que os bebés nascem com certas tendências de aprendizagem

 como a tendência para prestar atenção à quantidade numérica ou a tendência para tentar
analisar a fala de forma a aprender palavras.

Empiristas acreditam que todas estas coisas são aprendidas.

Plasticidade

O grau em que, as condições sob as quais o desenvolvimento está aberto à mudança e à


intervenção (deliberada ou experiência acidental)

 Período Crítico

período limitado em que uma parte do organismo está susceptível a influências que podem
conduzir a transformações específicas e permantentes.

idade durante a qual certas experiências são necessárias para que o desenvolvimento
normal prossiga.

 Período Sensível

período no desenvolvimento de um organismo durante o qual uma determinada


experiência(s) (ou a sua ausência) tem um efeito mais pronunciado no organismo, do que se
esta ocorrer num outro momento temporal.

não é tão rígido como o período crítico.

Continuidade

Marcado por mudanças abruptas e descontínuas ou novos padrões de comportamentos que


emergem em momentos específicos do desenvolvimento.
Contextos de desenvolvimento

 Família
 Pares
 Escolas
 Comunidade
 Estatuto socioeconómico
 Contexto histórico e cultural

Desenvolvimento individual

Apesar de partilharmos características com todos os seres humanos, em muitos aspetos somos
únicos.

O desenvolvimento na infância e adolescência consiste em mudanças relacionadas com a idade.

Grandes Teorias do Desenvolvimento

Diferentes teorias focam-se em diferentes aspetos do desenvolvimento:

 domínios sob investigação


 questões centrais sobre o desenvolvimento
 diferentes métodos de investigação

Locke e Descartes:

- Tabua rasa vs Natureza/Biologia

- Nature vs Nurture

1. Behavorismo

 Os princípios da teoria da aprendizagem observados em adultos desempenham um papel


fundamental no desenvolvimento.
 As mudanças de comportamento são impulsionadas pelas experiências

2. Psicodinânicos

Visam descrever o desenvolvimento sócio-emocional normativo, assim como explicar experiências


individuais e desvios.

Freud

 Estruturas da personalidade
 Pulsões
 Id, Ego, Superego
 Estádios psicossexuais

3. Etologia

É o estudo de como certas características aumentam a aptidão de uma espécie.

4. Teorias de Aprendizagem Social

 Modelagem
 Padrões de comportamento
 Desenvolvimento gradual

5. Perspetiva Construtivista de Jean Piaget

 Estruturas de conhecimento
 Motor de desenvolvimento: desequilibrarão
 Objetivo de desenvolvimento: equilibração
 Períodos de desenvolvimento cognitivo (Sensório-motor, pré-operatório, operações
concretas, operações formais)

6. Teoria Sociocultural (co-contrutuvista)

 Lev Vygotsky
 Motor de desenvolvimento – interações sociais, o desenvolvimento ocorre quando a criança
interage com alguém mais experiente/competente

7. Teoria do processamento de informação

 Tentativa de compreender os processos mentais internos


 Explica o fluxo de informação através do sistema cognitivo
 Input/estímulo
 Output/resposta
 Aplicado à resolução de problemas

Capacidades precoces do bebé

Os recém-nascidos, para um observador casual, aparentam ser desprovidos de capacidades para


perceber e actuar sobre o mundo.

No entanto:

Estão “equipados” com capacidades que lhes permitem:


 adaptar-se ao meio

 aprender como funciona o mundo

 começar a construir relações com outras pessoas

- Bebés dormem ± 75% do tempo no 1º mês


- Flutuações frequentes nos estados dos bebés (diferentes respostas)
- Demasiado imaturos para darem a conhecer as suas experiências através de movimentos
coordenados ou da linguagem

Capacidades precoces do bebé

1. Reflexos
Respostas automáticas, inatas, desencadeadas por estímulos específicos.
Há reflexo que permanecem ao longo da vida

2. Aprendizagem
Habituação = Declínio da atenção perante a repetição de um estímulo (i.e., com que o bebé
se familiarizou).
Desabituação = Reemergência do interesse quando um novo estímulo é apresentado
Imitação
Condicionamento Clássico
Condicionamento Operante

3. Capacidades sensoriais
Visão
Audição
Olfato
Paladar
Tato

4. Temperamento

Repertório do bebé e da mãe

Interação mãe-bebé

0-2 meses: Regulação dos ciclos biológicos

- Os pais tentam “ajustar” os ciclos biológicos do bebé de modo que estes se adequem aos ritmos/
rotinas da família.

Respeitando neste processo ritmos e características da criança.

 Sono

 Alimentação

- A mãe (cuidador) e o bebé criam rotinas, que variam de dia para dia.

>2 meses: Início da reciprocidade


- Bebés estão acordados e alerta por períodos de tempo cada vez maiores.

- Maior controlo da atenção e olhar, de orientar-se para ou evitar a fonte de estímulos.

Aspetos do repertório do bebé

Olhar

 +/- 6ª semana: é capaz de fixar os olhos da mãe (e de manter)

 Permite seguir a mãe; ajuda a regular a relação

 Alargamento da rede de comunicação e exploração

Posição da cabeça

 Geralmente coordenada com as mudanças do olhar

 Diferentes experiências sensoriais e motoras face à mãe

 Função de sinalização

Choro

 Sistema nervoso do bebé está sobre-excitado (e.g., fome, dor, demasiada estimulação).
Diferentes tipos de choro sinalizam diferentes necessidades (e.g., dor, fome).

 Adultos são capazes de distinguir entre os diferentes choros

Sorriso

 Sorriso endógeno ou reflexo (1as semanas)

Parece estar associado com flutuações fisiológicas (internas).

 Sorriso exógeno (+/- 2º mês)

Desencadeado por acontecimentos exteriores, como visões e sons, mas sobretudo pelo rosto/olhar
humano, o tom de voz e cócegas.

 Sorriso instrumental (+/- 3 meses)

Bebé sorri de modo a obter do outro uma reação (e.g., um sorriso ou uma palavra da mãe).

Aspetos do repertório da mãe

 Expressões faciais exageradas no espaço e no tempo, estereotipadas.


Iniciar ---------------- Surpresa fingida

Manter ---------------- Sorrir

Terminar ---------------- Desviar o olhar

Evitar ----------------- Neutra

 Necessário um número limitado de expressões para regular o fluir da interação.

Olhar mútuo e longo

Passam mais de 70% do tempo com o olhar fixo

Movimentos da cabeça

 Cu-cu”: série de aparecimentos e desaparecimentos do rosto

 Comportamentos individuais são, modo geral, apresentados em conjunto numa


unidade coordenada.

Vocalizações

Variações na entoação, tonalidade e ritmo

Baby talk

Discurso mais lento, com uma entoação e acentuação mais pronunciadas das palavras

Qualidade da Vinculação

Fases de construção da relação de vinculação

Constrói-se ao longo dos primeiros anos, no sentido do equilíbrio entre as necessidades de


proximidade/ proteção e de exploração do meio

Recurso a uma pessoa preferencial como BASE SEGURA a partir da qual se pode explorar o meio
Vinculação Segura

 Utilizam a mãe como base segura a partir da qual exploram o meio.

 Podem ou não chorar em resposta à separação. Demonstram sinais de perturbação (+


na 2ª separação). Não são reconfortadas pelo estranho.

 Nos momentos de reunião, saúdam activamente a mãe com um sorriso, vocalizações ou


gestos. Sinalizam ou procuram contacto com a mãe.

 Facilmente reconfortadas, regressando ao nível de exploração anterior à separação.

Vinculação Insegura - Evitante

 Permanecem mais ou menos indiferentes face à localização da mãe; exploram o meio.


Reduzida partilha afetiva.

 Podem ou não chorar quando as mães saem. É possível que o estranho as consiga
reconfortar. Comportamentos afiliativos.

Vinculação Insegura - Ambivalente

 Permanecem junto da mãe e aparentam alguma ansiedade (nova situação/estranho). Fraca


exploração do meio.

 Nos momentos de separação, demonstram grande perturbação.

 Nos momentos de reunião, podem alternar tentativas de contacto com a mãe e resistência

Vinculação Insegura – Desorganizada


 O comportamento das crianças parece não ter um objetivo claro, intenção ou explicação.
Estratégias conflituantes.

 Criança parece desorientada, confusa.

Comportamentos de vinculação

 Visam manter ou estabelecer a proximidade da criança com a figura de vinculação.

 Desenvolvem-se de um modo independente; progressivamente integrados e focalizados na


figura de vinculação, na segunda metade do 1º ano de vida.

- Sinalização: Chorar, Sorrir, Vocalizar

- Aproximação: Seguir, Agarrar, Trepar

Modelos internos dinâmicos (MID)

Os elementos centrais da relação de vinculação vão sendo representados internamente à medida


que a criança e a relação se desenvolvem.

 Primeiras organizações são sensorio-motoras


 Evoluem para representações mentais

Conjunto organizado de crenças e expectativas (rudimentares), activamente construídas pela


criança, com base nas suas experiências interativas diárias com a figura de vinculação:

 Acessibilidade
 Sensibilidade
 Responsividade

Esta informação está organizada por scripts, que são estruturas dinâmicas que contêm informação
tipo “esqueleto” acerca de quem, o quê, quando, onde, porquê e como dos acontecimentos.

São criados pela repetição de experiências de natureza semelhante.

São mobilizados sempre que uma determinada experiência se aproxima do script existente.
Construção da noção do self no contexto das relações de vinculação

Impacto

Regulação emocional e compreensão emocional

As crenças e sentimentos sobre o próprio têm um papel fulcral no desenvolvimento dos indivíduos.

Relação segura

 > probabilidade de desenvolver uma representação positiva de si próprio.


 Self surge como valorizado e merecedor de cuidados.

Relação insegura

 Self será visto como não desejado e sem valor.


 Os outros são perspectivados como indisponíveis, rejeitantes ou maltratantes.

Outras figuras de vinculação

Maioria das crianças, no final do 1º ano, encontra-se vinculada a outras figuras (além da mãe),
nomeadamente ao pai.

Pai tradicionalmente visto como:

 Companheiro de brincadeira (estimulante/imprevisível)


 Importante papel de suporte financeiro e de apoio emocional à mãe

Estudos com famílias nucleares portuguesas:

 Não existem diferenças nos valores de segurança observados nas criança/mãe e criança/pai
 Tendência a manter > proximidade e contacto físico com a mãe
 Pais que participavam mais nas atividades de cuidados tinham crianças com valores mais
elevados de segurança

A família

Os pais são habitualmente a mais importante fonte de influência no desenvolvimento de uma criança
— particularmente, nos primeiros anos

 Os pais influenciam e direcionam as crianças


 As crianças também influenciam os pais
 E têm um papel ativo na sua socialização e desenvolvimento

Objetivos parentais

- Sobrevivência das crianças (cuidados de saúde, segurança)

- Bem-estar económico

- Aquisição de diversos valores culturais do grupo

Comportamentos parentais

- Os pais acariciam as crianças, elogiando-as pelas aquisições que consideram desejáveis (usar a
colher, nomear objetos, etc)

- Impõem regras para garantir que as crianças se comportam de acordo com as normas sociais e
morais (reforço, modelagem)

Padrões e estilos parentais

Estilos parentais: Constelação de atitudes face à criança que lhe são comunicadas e que criam um
clima emocional no qual os comportamentos dos pais são expressos.

Contexto no qual operam os esforços dos pais para socializar os seus filhos, de acordo com suas
crenças e valores.

Práticas parentais: comportamentos (conteúdos) específicos orientados por objectivos, pelos quais
os pais cumprem as suas responsabilidades parentais em determinados contextos.

 Maccoby e Martin e modelo bi-dimensional


1. Afecto

 Pais podem ser calorosos, responsivos e terem uma abordagem centrada na criança
 Ou podem ser rejeitantes, não responsivos , não envolvidos e mais focados nas suas
próprias necessidades e desejos

2. Controlo

 Podem ser muito exigentes, restringirem o comportamento


 Ou podem ser mais permissivos e pouco exigentes, permitindo à criança fazer o que quiser

Estilo Autoritário

- Estilo mais duro e severo

- Pais demonstram pouco afeto

- Tendem a usar métodos de controlo coercivos, baseados no exercício do poder

Estilo Permissivo

- Estilo relaxado, mas afetuoso

- Pais exercem a disciplina de modo inconsistente

- Encorajam as crianças a expressar os seus impulsos livremente

- Tendem a comunicar de modo ineficaz

Estilo Negligente

- Estilo não responsivo, pouco envolvido

- Fraca monotorização

- Podem ser depressivos, ansiosos, carentes emocionalmente

Estilo Democrático

- Crianças energéticas e amigáveis

- Autoconfiantes, alegres e autoestima elevada

- Socialmente competentes

- Cooperantes com adultos


Desenvolvimento cognitivo – Piaget

Antes da teoria de desenvolvimento cognitivo de Piaget, as crianças eram muitas vezes vistas como
mini adultos.

Esta teoria é uma alternativa à perspetiva behavorista dominante

- Esta considerava desenvolvimento infantil uma extensão dos processos de aprendizagem adultos.

- Piaget focou-se no modo como os bebés, as crianças e adultos têm constrangimentos


desenvolvimentais muito diferentes

 Três mecanismos primários de desenvolvimento de desenvolvimento cognitivo

Esquemas: unidades organizadas de conhecimento que a criança usa para tentar


compreender uma situação

Adaptação: Assimilação- aplicar a capacidade existente, sem modificação, a diferentes


situações

Acomodação- modificação de um esquema existente para que possa ser aplicado, ou


responder às novas exigências do meio

Equilibração: quando os comportamentos do sujeito respondem às exigências do ambiente:


equilíbrio

Etapas do desenvolvimento cognitivo

 Sensório-motor (2 anos)

Compreendem o mundo através da informação sensorial e das respostas motoras

 Pré-operatório (2-6 anos)

Utilizam representações mentais para raciocinar sobre o mundo

 Operações concretas (7-11 anos)

Realizam operações lógicas sobre objetos concretos

 Operações formais (12... anos)

Pensam de modo lógico acerca de questões abstratas e de situações hipotéticas

Inteligência sensória-motora
Ações executadas ao nível sensório-motor, não ao nível mental

Inteligência pré-operatória

Inteligência deixa de ser prática, para passar a ser representativa, reforço da imitação,
desenho, jogo, linguagem...

Pré-operatória

 Centração
 Egocentrismo
 Pensamento animista
 Confusão entre aparência e realidade
 Raciocínio pré-causal
 Irreversibilidade

Operatória concreta

 Descentração
 Reversibilidade
 Compensação
 Identidade
 Necessidade lógica

Centração

Criança foca a sua atenção num aspeto, sobre o qual procura raciocinar

Egocentrismo intelectual

Tendência da criança se focar em si própria, de considerar o mundo em termos do seu próprio ponto
de vista

Pensamento animista

Tendência para atribuir vida a objetos inanimados

Irreversibilidade

Dificuldade em compreender que uma ação, depois de realizada, pode ser mentalmente anulada por
outra

Ex:
— Tens um irmão?

— Sim.

— Como se chama?

— Jim

— O Jim tem um irmão?

— Não.

Inteligência operatória formal

Características
 Proposicional
É capaz de operar sobre enunciados verbais ou proposições que toma como V ou F, e opera sobre
eles independentemente da sua V ou F material.
 Hipotético-dedutivo
Admite certos enunciados ou proposições como hipóteses formais, e deduz a partir da sua aceitação
ou negação conclusões logicamente necessárias.
 Combinatório
Capacidade de pensar sistematicamente acerca de todas as relações lógicas de um problema.
Esgota o universo dos possíveis

Perspetiva sociocultural
Co-construtivista – Lev Vygotsky
Salientam o papel das interações sociais e das práticas culturais específicas no desenvolvimento
Desenvolvimento cognitivo: interação entre a herança biológica e o social, sendo a experiência
mediada pela cultura.

A criança começa por aprender as competências cognitivas no contexto social e só depois as
interioriza
Importância de estudar os processos culturais e sociais
Internalização das competências cognitivas

Zona de desenvolvimento proximal


- Distância entre os níveis de: capacidades independentes da criança; capacidades da criança
quando ajudada e ensinada por um adulto

-Criança internaliza (gradualmente) competências que, inicialmente, apenas conseguia utilizar em


contexto social: só posteriormente capaz de as utilizar de modo independente
Inter  Intrapsíquico
Reconstrução interna, subjectiva šNovo nível de adaptação
-Scaffolding: Processo pelo qual o parceiro mais experiente molda o apoio dado, ou responde
contingentemente aos comportamentos da criança em situações de aprendizagem, de modo a que
esta vá adquirindo mais conhecimentos sobre o problema.
Linguagem
-Veículo através do qual os adultos transmitem às crianças modelos culturalmente significativos de
modos de pensar e resolver problemas.
-Ferramenta fundamental de adaptação intelectual.
Discurso Privado  Discurso Interno
-As crianças começam por produzir diretrizes, num discurso audível e dirigido a elas próprias, que
regulam e guiam o seu comportamento. (comunicativo “para si”)

Variabilidade cultural
 Existem culturas onde as crianças não aprendem num contexto formal de escola.
 Participação nas atividades culturais relevantes para a comunidade

Impacto na educação
 Importância da descoberta
 Participação orientada, com estruturação de atividades adequadas às competências das
crianças
 Monitorização dos progressos

Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)


-Distância entre os níveis de: Desenvolvimento actual - capacidades independentes da criança
-Desenvolvimento potencial: capacidades da criança quando ajudada e ensinada por um adulto

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