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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
PENSAMENTO E LINGUAGEM
PROFª ANA CLÁUDIA PEIXOTO

Alexis Gomes dos Santos Drumond


Eduarda Ferreira da Silva
Emanuelle Félix de Lira
Maria Julia Gomes Mendonça

Trabalho de campo sobre o processo de aquisição


e desenvolvimento da linguagem em crianças

Relatório de pesquisa

SEROPÉDICA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………….. 2
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………….…………………………….2
2.1 Comunicação não verbal e uso de gestos…………………………………...3
2.2 Teorias da linguagem………………………………………………………...4
3 MÉTODO…………..……………………………………………………….. 4
3.1 Tipo de pesquisa…….………………………………………………….…… 4
3.2 Participantes………………………………………………………………… 4
3.3 Procedimentos………………………………………………………………..5
3.4 Instrumentos utilizados…………………………………………………… 5
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO………………………………….…………5
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………...………………………….. 7
6 REFERÊNCIAS…………………………………………………………..... 8
7 APÊNDICE I……………………………………………………………….. 8

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1. INTRODUÇÃO
O presente relatório foi elaborado para uma atividade da disciplina Pensamento e
Linguagem, e tem como proposta a análise de um estudo de campo sobre o processo de
aquisição e uso da linguagem, tendo ciência que por volta dos 13 meses, a maioria das
crianças entende que uma palavra representa uma coisa ou evento específico, e pode aprender
rapidamente o significado de uma palavra nova (Woodward, Markman e Fitzsimmons, 1994).
O conteúdo a ser analisado é uma gravação de um momento de interação do cuidador
principal com a criança, onde será observado e averiguado o uso do maternalês na interação
verbal do adulto e da criança, e suas características, com a finalidade de verificar se a fase de
desenvolvimento linguístico da criança corresponde ao descrito na fundamentação teórica que
seja respectivo a idade dela, também será levado em consideração o aspecto sintático,
fonético e semântico da fala do adulto, a ocorrência de repetições com pequenas variações na
sua fala e o uso de fenômenos linguísticos na fala da criança.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Como afirmado por Célia Maria Giacheti: ‘‘O desenvolvimento da linguagem ocorre em um
ambiente social complexo no qual natureza e criação atuam de forma interdependente para
moldar o desenvolvimento de cada criança. Nesse contexto a singularidade também se impõe
em virtude de modificações determinadas por mecanismos epigenéticos na trajetória
individual de cada criança.’’ (Giacheti, 2020, p. 252).
Sendo assim, podemos afirmar o caráter constituinte e constituído da linguagem: quando a
mesma atravessa o indivíduo a partir das relações interpessoais e do ambiente e também é
construída a partir da elaboração dos pensamentos, nesse processo reside sua aprendizagem.
Nesse contexto, o papel do cuidador faz-se fundamental para um processo de aprendizagem
exitoso para a criança, a medida em que a partir da linguagem direcionada a ela, daí
extraem-se os modelos e esquemas.
Bebês de um ano e três meses encontram-se na transição entre a fase pré-linguística e a
linguística. Logo, o balbucio é rico, assim como a produção de ruídos com os lábios e língua.
Para além disso, destaca-se o processo de heteroimitação: a partir da imitação dos sons
emitidos pelos adultos, estes acabam por modelar o repertório fonético da criança, o que torna

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clarificado um outro ganho: a compreensão. Nesta etapa, a criança compreende aqueles que
interagem com ela e utiliza de gestos para o estabelecimento da comunicação, seja brincar,
comer, etc. Estes configuram-se como de suma importância e também geram uma boa
expectativa quanto ao seu desenvolvimento, já que “aprender gestos parece ajudar o bebê a
aprender a falar. Os primeiros gestos são um bom indicador do tamanho do vocabulário
futuro.” (PAPALIA, 2013, p. 196).
O repertório verbal ainda se mostra limitado a “...mamã” ou “dada”. Ou poderá ser uma única
sílaba que possui mais de um significado, dependendo do contexto em que a criança a
pronuncia. “Da” pode significar “eu quero aquilo”,“eu quero sair” ou “onde está o papai?”.
Uma palavra como essa, que expressa um pensamento completo, é chamada de holófrase.’’
(Papalia, 2013, p. 196).
No âmbito do desenvolvimento até os três anos de idade ocorre o período crítico, ou seja,
uma explosão de aprendizagem possibilitada pelas mudanças cerebrais constantes. Aos
poucos, o vocabulário passa a se expandir e surgem as construções mais complexas,
marcadas por repetições de palavras familiares e pela compreensão, além das generalizações,
combinações de palavras e primórdios de narrativa.
Tais fundamentações permitem a conclusão de que o desenvolvimento da linguagem
constitui-se como forma de comunicação e organização do pensamento, o qual segue seu
próprio ritmo a partir dos estímulos oferecidos à criança, os quais podem acabar por
potencializar ou abafar tal processo.

2.1 Comunicação não verbal e o uso de gestos


Os bebês passam por diversas fases de aquisição da linguagem, onde existe uma certa
expectativa do nível de desenvolvimento que seja correspondente a sua idade. Os bebês de
um ano e meio se encontram no início da transição da fase pré-linguística para a fase
linguística, onde ainda é muito marcante o uso de gestos significativos para estabelecer uma
comunicação de qualidade e tendo uma boa expectativa do desenvolvimento para a fase
linguística.
Além disso, existe um método de comunicação para bebês ouvintes e surdos, que é
possível ser aplicado a partir do sexto mês de vida, que se dá por meio da linguagem de
sinais, com o objetivo do bebê se comunicar melhor antes mesmo dele começar a falar.
Existem várias correntes dessa teoria e não foi possível identificar quem foi o precursor,
porém o método é basicamente o mesmo, usar um gesto específico ao mesmo tempo que falar
a palavra/verbo que representa ele e realizar a ação. O bebê tem mais facilidade e domínio

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das mãos para gesticular do que para falar a palavra em si, dessa forma, desenvolvendo uma
linguagem de forma não verbal.

2.2 Teorias sobre a linguagem


Dentro deste relatório não foi adotado uma visão integral de nenhuma das teorias, mas sim
estudos dentro delas que permitiram uma melhor compreensão da linguagem:

Teoria ambientalista
Esta teoria fundamentada por Frederic Skinner entende a linguagem enquanto
comportamento verbal que necessita de um mediador para o processo de modelagem
(aprendizagem gradual). Conta com operantes verbais para entendimento da linguagem.

Teoria inatista
O Precursor Noam Chomsky foi o fundador da linguística computacional na qual um
conjunto de regras básicas, ao sofrerem combinação, gera uma possibilidade infinita de
sentenças. Defende-se então uma gramática gerativa, básica e universal, capaz de ser
compreendida por todas as crianças através do Dispositivo de Aquisição da Linguagem -
DAL. É um dispositivo que é ativado e processo a partir das sentenças, chamadas de IMPUT,
que resultam na língua a qual a criança é exposta.

Teoria Construtivista - Jean Piaget e Vygotsky


Aqui, tem-se o entendimento da linguagem enquanto um conhecimento construído.
Com Piaget, a linguagem desempenha papel importante, porém está subordinada ao
pensamento. Também em seus estudos, integrou a noção de que a criança não pensa como
adulto e precisa primeiramente passar por estágios de desenvolvimento para então aprender,
em um processo de equilibração. O trabalho de Vigotski, pelo contrário, deu prioridade à
linguagem, compreendendo que ela é fundamental para o pensamento e desenvolvimento.
Para ele o contato com o mundo se dá através de mediação, ganhando destaque a mediação
simbólica.

3. MÉTODO
Essa pesquisa foi realizada através de um trabalho de campo, em que houve a participação da
Isabelle Oliveira, de 25 anos, e de sua filha, Olívia, de 1 ano e três meses.

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A Isabelle é uma mãe muito interessada pelo assunto da maternidade e o desenvolvimento
infantil em todos os seus aspectos, então quando uma das participantes do grupo entrou em
contato com ela e explicou a finalidade do trabalho de forma que contasse com a coleta de
dados e a análise do processo de aquisição da linguagem de sua filha, ela se propôs a
participar de bom grado com a pesquisa.
O procedimento foi realizado na casa das participantes, prezando por um ambiente natural,
para que pudéssemos obter uma comunicação verbal e não verbal sem nenhuma interferência
externa que gerasse uma intercorrência na interação das duas, levando em consideração que a
Olívia fica tímida e incomodada na presença de pessoas de fora do seu convívio diário. E por
conta disso, a responsável pela coleta dos dados foi a mãe, Isabelle, que gravou com o seu
celular pessoal 2 vídeos e 4 áudios, totalizando 28 minutos de gravação, que foram
produzidos de acordo com sua disponibilidade ao longo do dia 21 de julho, contando com
alguns momentos diversos da sua rotina com a Olívia e enviou para uma participante do
grupo para que pudéssemos realizar a análise.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados analisados correspondem aos aspectos linguísticos utilizados pelo adulto e
também pela criança, onde a média de sentenças foi:
a) Média do adulto (mãe): 3,8 (sentenças: 313, palavras: 1,204)
b) Média da criança: 1,2 (sentenças: 185, palavras: 239)

Contagem do tamanho das sentenças: palavras por sentença

Participantes Sentenças Palavras Média do tamanho


das sentenças

Mãe 313 1.204 3,8

Criança 185 239 1,2

A partir dos resultados, é possível afirmar enfaticamente que a criança apresenta nível
linguístico esperado para a idade: a criança ultrapassa o marco dos um ano de idade e está
enfrentando a transição da fase pré linguística para a linguística. Quanto aos fenômenos
linguísticos utilizados, foi possível constatar que Olívia (criança) apresenta características da
fase pré-linguística e intermediária. O marco da compreensão é presente, sendo a média de
palavras pela criança um indício de boa expectativa do desenvolvimento esperado para a

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idade, além do uso de inflexões. Fazem-se presentes processos como os de heteroimitação,
reprodução de onomatopeias que auxiliam na atribuição de significado a objetos e animais,
observação, imitação e reforço por parte da mãe até que o comportamento linguístico se
adeque às circunstâncias específicas.

Quanto à relação adulto e criança, o apego presente na relação e a disposição do adulto para
incentivar o uso de gestos e palavras faz-se fundamental para um âmbito de aprendizagem
sadio e estimulante.

Foram feitas análises dos elementos da linguagem, os quais incluem sintaxe, semântica,
fonética, fenômenos linguísticos e outros que constituem a fala.

Quanto ao aspecto sintático das falas do adulto (mãe), foi possível constatar: construções
simples e com variações que, para além da articulação de frases dentro da norma padrão da
língua portuguesa, ou seja, com os elementos do sujeito, verbo e predicado, possuem inversão
ou omissão de algum termo da frase. Os usos do maternalês e de inflexões (tons) também
foram marcantes.

Quanto ao aspecto semântico, ou seja, que diz respeito aos significados das falas do adulto
(mãe), foi possível constatar: o uso de palavras simples e de fácil compreensão dado o
contexto familiar, como ‘‘mama’’ e ‘‘papai’’; foram prevalentes ainda os substantivos
concretos, apesar do uso pontual dos abstratos no ato de expressar sensações através da
caracterização dos concretos, como na expressão ‘‘beijo bom’’. Nesta, o ‘‘beijo’’ é
substantivo concreto, enquanto que o ‘‘bom’’ caracteriza o beijo a partir da sensação gerada
por ele.

Quanto ao aspecto fonético, foi possível constatar: a comunicação entre adulto e criança é
enriquecida pelo afeto presente. O uso do maternalês, tons de voz infantilizados e sorrisos da
mãe direcionados a criança agrega ao processo de desenvolvimento da criança, tendo como
consequência o estímulo à atenção e engajamento em diálogos e atividades.

Quanto a ocorrência de repetições nas falas do adulto (mãe), fenômeno linguístico, ocorreram
por volta de 30 vezes dentro da interação mãe-criança. A mãe as utiliza como recurso
linguístico para chamar a atenção da criança, principalmente para os comandos. Além disso, é

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notável o esforço do adulto para repetir as palavras como modo de incentivo à repetição por
parte da criança, o que gera interesse e engajamento em brincadeiras, histórias infantis
contadas e outras ferramentas de aprendizagem.

Finalmente, quanto ao uso da LSA, Língua de Sinais Americana, a qual a mãe optou por
ensinar e utilizar como um meio de facilitação da comunicação com a criança, mostrou-se
importante nessa função e estabeleceu-se como uma forma da criança comunicar suas
necessidades e desejos para além da forma oral, já que ainda não domina a fala.

As repetições com pequenas variações ocorreram cerca de 30 vezes durante toda a interação
entre a mãe e a criança. A mãe costuma fazer uso dessas repetições para chamar a atenção da
criança para certo objeto (por exemplo, quando pede para a filha pegar a mochila). A maioria
dessas repetições ocorrem quando a mãe está lendo um livro infantil para a filha, onde a
história chama a atenção da criança, e a mãe repete algumas palavras para que a criança se
sinta mais incentivada a repetir também. Esse tipo de repetição, envolvendo a leitura da
história, contribui para Olívia repetir algumas palavras e identificar, no livro infantil, o nome
de alguns objetos e coisas já conhecidas. Após a mãe repetir, Olivia demonstra interesse e
costuma repetir a mesma palavra que a mãe; quando isso não ocorre, a criança parece prestar
mais atenção no que é dito pela mãe, apesar de não emitir os sons propostos.
Exemplo:
Mãe: Olha a bola de neve, que legal o boneco de neve! O boneco de neve! Quer trocar de
página?
Criança: Não, ó.

Com a noção do maternalês e sua potencialidade no relacionamento com a criança, podemos


concluir que o uso deste, durante o diálogo entre mãe e filha, é essencial para uma
comunicação entre ambas. A criação de vínculo entre Olívia e sua mãe se mostra ativa, as
interações entre as duas (através de sons, sorrisos, tom de voz mais "infantilizado", com um
"jeitinho de mãe") marca um grande apego entre cuidador e cria. É possível notar que o jeito
que a mãe de Olívia fala com ela acrescenta muito, estimulando a atenção da criança para se
comunicar; por exemplo: quando Olívia insiste em repetir as palavras do livro infantil porque
sua mãe está falando de um jeito carinhoso, imitando sons de bichos e do vento, o qual a
criança também imita logo após. Exemplo:
Mãe: Olha a pipa!

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Criança: Pipi (risos)
Mãe: Pipa. O vento sopra as folhas que saem voando, vuuuu!
Criança: Vuuuuu!

Um exemplo de generalização na fala de Olívia ocorre quando, durante a leitura do livro


infantil, a criança reproduz a onomatopeia "au au" ao identificar um bico de quatro patas, o
porco. Olívia continua reproduzindo o som até a mãe indicar que aquele é um porco,
brincando com a criança ao imitar os sons do animal.
Olivia demonstra características da fase de comunicação pré linguística e fase intermediária.
A criança apresenta bom entendimento do maternalês, e sua mãe faz o uso deste algumas
vezes durante os diálogos com a filha. O processo de observação, imitação e reforço também
está presente durante a interação (quando a mãe pede para ela pegar a mochila e a criança
aponta para o objeto, ou quando a mãe reforça para ela falar alô no telefone e repete a palavra
algumas vezes até a criança repetir). Ao apontar para a mochila, o ato também pode ser
entendido como um processo de comunicação estabelecido. Tendo como base a gravação
entre mãe e filha, e as características destas duas fases sendo demonstradas algumas vezes
durante tal interação, podemos concluir que Olívia está na fase linguística. Considerando a
idade da criança—um ano e três meses—e a idade dita como média para esta fase—doze
meses adiante—podemos usar das características dessa fase para a inclusão da criança nesta.
A heteroimitação está presente quando, ao falar "au au" a mãe reforça a criança, explicando
que aquela pelúcia é um cachorro. Esse processo de modelação do repertório fonético
também se repete quando Olívia diz "ah" e a mãe entende que ela se refere a água,
perguntando: "água? Você quer água?".
Nessa fase, o apego com o cuidador principal também estabelece relação com o
desenvolvimento da linguagem. Olívia e sua mãe brincam juntas durante a gravação,
imitando sons, repetindo palavras, estabelecendo comunicação e até realizando pedidos uma
da outra (por exemplo, quando a mãe pede um beijo e a Olívia realiza a ação, ou quando a
criança pede para a mãe ler a história novamente e a mãe o faz); isso demonstra um apego
entre cuidador e criança, o que se torna indispensável para o desenvolvimento da linguagem
de Olívia.
A utilização de gestos, neste caso, vai além. A mãe de Olívia ensina para a criança algumas
palavras em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), deixando a comunicação por gestos mais
dinâmica e de fácil entendimento. Dessa forma, a linguagem se torna muito mais receptiva
para a criança e entre a criança e seus receptores.

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A partir dos resultados obtidos, constatam-se pontos fundamentais acerca do processo de
aprendizagem da linguagem:
● O ambiente no qual a criança vive influencia significativamente no desenvolvimento
da linguagem;
Dentro do chamado período crítico do desenvolvimento, um ambiente que utilize ricamente
de ferramentas auxiliares, como brincadeiras, livros, canções e o próprio uso do maternalês
pelo adulto. Estes elementos proporcionam uma rica exposição a estímulos como o repertório
fonético, sintático, semântico que são fundamentais para que ocorram assimilações e
imitações dos conteúdos que emergem no cotidiano. No caso de Olivia, a mãe desempenha
esse papel, o que torna a comunicação e interação cotidiana que possibilita a estimulação de
seu desenvolvimento linguístico.

● Os marcos de desenvolvimento da linguagem, como a evolução do balbucio exclusivo


para o surgimento de palavras simples demonstra uma boa expectativa para o
desenvolvimento infantil;
Quando estas características surgem, podemos concluir que as marcas da fase pré-linguística
e da fase intermediária já foram demonstradas e, portanto, representam uma grande
importância à medida em que constroem base para uma fala mais complexa.

● Ainda com um ano e três meses, é nítida a notável capacidade de aprender novas
palavras;
Como sabemos, o período crítico que vai até os três anos permite uma assimilação enorme de
palavras de modo a construir um vocabulário cada vez mais complexo e abundante.

Finalmente, tais discussões corroboram os resultados apresentados e apontam para as


necessidades que os bebês possuem no período de aprendizagem e como podem ser
atendidas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de campo demandou grande tempo e esforço dos alunos tendo em vista a idade
da criança e suas necessidades, tais como se alimentar e trocar fralda, e a pouca quantidade de

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palavras que ela pronuncia devido sua idade. No entanto, a menina se encontra no padrão
esperado para seu estágio de desenvolvimento, segundo as bases teóricas utilizadas.
Identificou-se presença marcante do maternalês, objetivo alvo do trabalho, e também demais
características linguísticas de sua faixa etária, como supracitado.
Ademais, foi uma experiência rica na qual o grupo pôde ver na prática os conceitos
aprendidos em aula e como estes se articulam ao cotidiano cuidador-bebê. Foi eficiente no
sentido de vislumbrar a realidade por detrás dos aprendizados teóricos, trazendo uma nova
perspectiva para os assuntos abordados.
Em conclusão, apesar das dificuldades e árduo trabalho, o grupo se encontra satisfeito com a
realidade observada e o quanto esta se correlacionou aos conteúdos aprendidos.

6. REFERÊNCIAS

PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth Duskin (Colab.). Desenvolvimento Humano. 12ª ed.
Porto Alegre: AMGH Editora, 2013;
GIACHETI, Célia Maria. Avaliação da fala e da linguagem: perspectivas interdisciplinares
em Fonoaudiologia. [S. l.]: Cultura Acadêmica, 2020. 424 p. ISBN 978-65-86546-87-3;

Apêndice
TRANSCRIÇÃO — P&L, AV1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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