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Nome: Josicleide Ferreira Da Silva – Matricula: 20201640141

Professor Formado e Tutor (a): Hertha Cristina Carneiro Pessoa

Polo: Picuí - PB

Aquisição da Linguagem

Com base na leitura dos textos sobre as correntes teóricas que foram discutidas até a aula 04,
apresente para o grupo como a aquisição da linguagem é concebida em cada uma dessas teorias.
Além da sua resposta, você também poderá comentar ou ampliar a resposta de algum/a colega.

A perspectiva behaviorista para a aquisição da linguagem se deu entre o século XIX


e início do século XX, não havia pesquisas sistemáticas acerca do tema da aquisição. Tanto
linguistas quanto psicólogos, seja por interesses profissionais ou pessoais, observavam,
geralmente, o processo de aquisição da linguagem de seus próprios filhos. Somente no século
XX, avanços maiores ocorreram nos estudos de como a criança adquire sua língua materna.
Parte desses avanços é quase sempre atribuída ao desenvolvimento das pesquisas sobre
linguagem e comportamento, que teve lugar na corrente Behaviorista da Psicologia,
representada, por B.F. Skinner.
A perspectiva behaviorista teve grande impacto no avanço dos estudos em aquisição
da linguagem. Por muito tempo os estudos da aquisição da linguagem fundamentaram-se em
vertentes do Empirismo: o conhecimento linguístico é derivado da experiência. Preocupavam-
se, tais estudos, em conceber como as ideias e o conhecimento linguísticos eram adquiridos.
Nessa concepção, inata é a capacidade de formar associações entre estímulos, e entre estes e
respostas, à base da similaridade. Uma dessas hipóteses, o Behaviorismo, afirmava que a
linguagem era a origem física de todo pensamento (Cf. ALBANO, 1990).
O Behaviorismo deriva da fase associacionista dos estudos estruturalistas. Prevê que o
aprendizado de comportamentos não-linguísticos e linguísticos ocorre por meio de estímulos,
reforços e privações. O comportamento verbal seria passível de controle e previsibilidade
segundo variáveis comportamentais (e.g. estímulo e resposta) que interagiriam entre si na
produção de respostas linguísticas específicas a um dado estímulo ou privação. O estímulo
externo provocaria uma resposta externa do organismo que, através do reforço positivo,
produziria um comportamento constante. Ex. O choro do bebê, quando provocado pela fome,
pela dor, etc.
Em oposição ao behaviorismo de Skinner, encontramos na teoria inatista de Chomsky
(1957- 1965) o postulado de que as crianças já nascem biologicamente preparadas para falar.
Para Chomsky, a linguagem desenvolve-se no infante da mesma maneira que qualquer outro
aparato biológico presente no ser humano. Chomsky via a linguagem como uma faculdade
inata ao homem, uma dotação genética e não um conjunto de comportamentos. Para o autor, o
ser humano possui um dispositivo biológico em sua mente que permite a aquisição de uma
linguagem.
No gerativismo e aquisição da linguagem Pinker e Chomsky, vem dizer que a
linguagem humana só existe graças a um mecanismo denominado Gramática Universal. Tal
gramática estaria inscrita na espécie humana, o que confirma que, na perspectiva gerativista, a
linguagem é considerada uma espécie de instinto, uma faculdade disponível em todos os
membros da espécie humana. A Gramática Universal (doravante GU) consiste em “um
mecanismo inato responsável pela aquisição da linguagem” (QUADROS, 2008, p. 45).
Para Chomsky, a criança possui um dispositivo de aquisição da linguagem chamado de
DAL, que lhe permite adquirir a linguagem, que é acionado através de fala ou frases, IMPUT,
de adultos, ajudará no desenvolvimento da língua a que a criança está inserida. Chomsky diz,
que é nesse processo de desenvolvimento da língua a criança irá conhecer muitas regras, mas
escolherá somente aquelas que usará no contexto da língua em que está inserida e que eliminará
as outras.
Pela ótica do Gerativismo, a aquisição da linguagem acontece porque já nascemos
predispostos para essa habilidade. Essa é a diferença fundamental em relação ao Behaviorismo,
que pressupunha uma aprendizagem para a linguagem, via estímulo-resposta. Na visão inatista,
a Gramática Universal é apenas um dos conceitos que auxiliam a compreensão dessa entrada
da criança no universo da linguagem. A teoria gerativista passou por muitas mudanças, muitos
aperfeiçoamentos que se dedicavam a explicar, da melhor maneira possível, como se dá a
aquisição da linguagem
A perspectiva do olhar inatista da aquisição da linguagem parte da ideia de que o
homem nasce predisposto a falar, faculdade possível graças a uma Gramática Universal. Essa
gramática diz respeito ao conhecimento internalizado com o qual nascemos e que, mediante
exposição às frases de uma dada língua, torna-se específica, resultando na língua materna do
indivíduo. Além disso, a aquisição da linguagem ocorre em um intervalo especial, denominado
de período crítico, que começa nos primeiros dias de vida e se prolonga até a puberdade.
Durante esse período, a criança passa por estágios, que envolvem o balbucio, as primeiras
combinações silábicas e, finalmente, a combinação de palavras em sentenças.
Na aquisição da linguagem na abordagem epigenética Para Piaget, a aquisição da
linguagem vem ocorre, sobretudo, graças ao momento em que a criança passa a simbolizar, ou
seja, a usar um elemento (uma palavra) para representar uma coisa que está ausente. Podemos
dizer que a perspectiva de Piaget, em geral, se preocupa em entender como a criança passa a
conhecer as coisas, como ela chega a desenvolver habilidades sofisticadas como a inteligência.
O Construtivismo, não é à toa que também chamamos o quadro teórico piagetiano de
Cognitivismo Construtivista. Afinal de contas, concebe-se a criança como um ser responsável
pela construção de seu conhecimento (leia-se cognição como conhecimento, inteligência,
forma de conhecer as coisas). Portanto, a criança constrói sua cognição, edifica seu raciocínio.
Outro aspecto importante na teoria de Piaget é a noção de estágio. Scarpa (2004, p.
210) explica que, na concepção do epistemólogo Jean Piaget, “o aparecimento da linguagem
se dá na superação do estágio sensório-motor, por volta dos 18 meses”. É nesse momento
que a criança passa a desenvolver a função simbólica, sendo possível utilizar um significante
para representar um objeto significado. Em suas pesquisas Piaget concluir que as aptidões
para o raciocínio evoluem segundo estágios sucessivos ao longo do desenvolvimento físico da
criança.
Estágio Sensório-Motor (0-2 Anos)
Conhecimento de mundo baseado nos sentidos e habilidades motoras. Inteligência
empírica, exploratória, não verbal. A criança aprende pela experiência, examinando e
experimentando com os objetos ao seu alcance, somando conhecimentos. No final do período,
a criança já começa a fazer representações mentais. É nessa fase que a criança se mostra
envolvida pelo egocentrismo, ou seja, não haveria “uma indiferenciação entre sujeito e objeto
ao ponto em que o primeiro não se conhece nem mesmo como fonte de suas ações”.
Pensamento Pré-Operatório (2 a 6)
• Os objetos da percepção ganham a representação por palavras, as quais a criança
maneja experimentalmente em sua mente assim como havia previamente
experimentado com objetos concretos.
• Uso de símbolos, palavras, números para representar aspectos do mundo. Mas
relaciona-se apenas por meio de sua perspectiva individual. O mundo é fruto de sua
percepção imediata.
(SANTOS, 2012, p. 223). Nessa linha de desenvolvimento, a criança desprende-se do
símbolo individual e assimila o signo social. Além disso, a linguagem não acompanha
mais as ações, os atos em curso, mas passam a reconstituir a ação passada. Com isso,
emerge, na criança, a habilidade de uso pleno da linguagem como fenômeno
representacional.
Pensamento Operatório-Concreto (7 a 11 Anos)
• Aplicação de operações lógicas a experiências centradas no aqui e agora. Início da
verificação das operações mentais, revertendo-as e atendendo a mais de um aspecto.
• As primeiras operações lógicas ocorrem e o indivíduo é capaz de classificar objetos
conforme suas semelhanças ou diferenças.

Pensamento Operatório Formal (Adolescência em Diante)


Pensamento abstrato, especulação sobre situações hipotéticas, raciocínio dedutivo,
planejamento e inovação.

• No quarto estágio, dos doze anos até a idade adulta, o indivíduo realiza normalmente
as operações lógicas próprias do raciocínio.
• Os estágios têm caráter integrativo. As estruturas construídas são integradas nas
estruturas do nível seguinte.
Referências:
Aula 1 https://ava2021.ead.ifpb.edu.br/mod/resource/view.php?id=11707
Aula 2 https://ava2021.ead.ifpb.edu.br/mod/resource/view.php?id=11715
Aula 3 https://ava2021.ead.ifpb.edu.br/mod/resource/view.php?id=11721

SLIDES https://ava2021.ead.ifpb.edu.br/mod/folder/view.php?id=11726

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