Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Sumário
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 30
1
NOSSA HISTÓRIA
2
Epidemiologia Aplicada à Saúde Pública
3
A Epidemiologia tem como principais objetivos descrever a distribuição e a
magnitude dos problemas de saúde das populações humanas, proporcionar dados
essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção,
controle e tratamento das doenças, e estabelecer prioridades, identificar fatores
etiológicos no início das doenças. A epidemiologia trata de qualquer evento
relacionado à saúde (ou doença) da população.
4
Considerando a conformação histórica do sistema de serviços de saúde no
país, podem ser identificados modelos de atenção predominantes ou hegemônicos e
propostas alternativas. Os modelos assistenciais podem atender a lógica da
demanda ou das necessidades (PAIM, 2008). Assim, no Brasil, dois modelos
convivem historicamente de forma contraditória ou complementar: o modelo médico
assistencial hospitalocêntrico e o modelo sanitarista.
5
O modelo sanitarista desenvolveu-se a partir das iniciativas desencadeadas
com a intervenção do Estado sobre as condições de vida e saúde da população, em
uma lógica extremamente diferente da procura individual por cuidados médicos. Esse
modelo remete à ideia de campanha ou programa, sempre presente no imaginário
social diante de uma necessidade coletiva (PAIM, 2008). Busca atender às
necessidades de saúde da população a partir de campanhas (como as de vacinação),
adoção de programas especiais (como o de controle de tuberculose) e ações de
vigilância (especialmente sanitária e epidemiológica)
6
Pode-se constatar pelas informações citadas anteriormente que o modelo
hegemônico de atenção à saúde no Brasil é o modelo médico assistencial
hospitalocêntrico que subordina, inclusive, as ações e serviços que compõem o
modelo sanitarista implementado no âmbito do SUS. No entanto, esse modelo vem
apresentando sinais de crise, com presença de elevação dos gastos, redução da
efetividade diante da mudança do perfil epidemiológico da população, crescente
insatisfação dos sujeitos (trabalhadores e usuários), bem como falta de credibilidade
e confiança por parte da população.
7
A transformação dos perfis epidemiológicos no Brasil apresenta um caráter
peculiar que não se conforma necessariamente ao modelo de substituição de
doenças infecciosas e parasitárias por doenças crônico de generativas, acidentes e
violências. A avaliação do contexto brasileiro demonstra que a transição
epidemiológica não tem seguido o mesmo padrão verificado na grande maioria dos
países industrializados centrais do capitalismo Isso indica que no Brasil não ocorre
uma transição epidemiológica propriamente dita, mas uma superposição de
contextos epidemiológicos apresentados ao longo do tempo.
8
A complexidade do cenário epidemiológico atual, caracterizado pela tripla
carga de doenças na população (permanência de doenças agudas, aumento do peso
relativo às condições crônicas e às causas externas), é decorrente, também, da forma
de gestão das práticas sanitárias. Para o SUS, que pretende ser um sistema
integrador, é fundamental implementar arranjos e estruturas organizativas na direção
de seu fortalecimento. As práticas sanitárias, por exemplo, precisam de maior
organicidade para desencadear ações oportunas que auxiliem na redução ou
eliminação dos riscos à saúde e ampliem a capacidade de resposta do SUS.
a) Perfil de mortalidade.
9
d) Perfil de doenças emergentes e reemergentes (Aids, dengue, a
cólera pelo
vibrio cholerae El Tor, hantavirose, febre chikungunya, febre pelo zika vírus).
10
(ligadas ao organismo humano e suas funções) passando por aquelas ligadas à vida
dos indivíduos e à família, até as mais gerais vinculadas à estrutura da sociedade.
Baseia-se na suposição de que as causas das doenças estão em diferentes sistemas
de organização, desde o celular até o social, passando por níveis intermediários,
como órgãos e os indivíduos.
11
Os fatores determinantes e condicionantes do processo saúde-doença na
contemporaneidade incluem:
12
É importante ressaltar que a sociedade espera que o setor da saúde cuide das
pessoas e da população mediante ações individuais e coletivas, intervindo nos
determinantes e condicionantes dessa área. Na medida em que a saúde tem sido
reconhecida não apenas como a ausência de doença, o propósito almejado é que as
pessoas possam ter uma vida com qualidade.
13
territorial. Por exemplo: malária, febre amarela, doença de Chagas, esquistossomose
etc. (MEDRONHO; WERNECK; PEREZ, 2009).
O número de casos de uma epidemia vai variar de acordo com o agente, o tipo
e o tamanho da população exposta, além do período e do local de ocorrência. A
ocorrência de um único caso autóctone em uma região onde nunca tenha ocorrido ou
que esteja há muitos anos livre de uma determinada doença, representa uma
epidemia, pois demonstra uma alteração substantiva na estrutura epidemiológica
relacionada à doença (MEDRONHO; WERNECK; PEREZ, 2009).
14
As três primeiras etapas são fundamentais. Em geral, no início da investigação,
emprega-se uma definição de caso mais sensível, que envolve casos confirmados e
casos prováveis. A intenção é facilitar a identificação, a extensão do problema e os
grupos populacionais mais atingidos. Esse processo é fundamental, pois pode levar
a elaboração de hipóteses importantes.
O relatório final deverá ser enviado aos profissionais que prestaram assistência
médica aos casos e aos participantes da investigação clínica e epidemiológica,
representantes da comunidade, autoridades locais, administração central dos órgãos
responsáveis pela investigação e controle do evento (BRASIL, 2009).
Vale ressaltar que as epidemias podem ser classificadas didaticamente quanto
à origem e quanto à duração. Quanto à origem, elas podem ser de fonte comum
pontual ou fonte comum persistente (ou propagada). Quanto à duração, as epidemias
podem ser classificadas como explosivas ou lentas.
15
Pode-se destacar uma lista de apontamentos que refletem a relevância dos
conhecimentos apresentados até aqui, considerando especialmente a finalidade
central de prover as bases técnicas para subsidiar os profissionais de saúde na
elaboração e implementação de ações e programas de saúde. Especialmente no
tocante à epidemiologia, temos:
16
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE)
17
A intenção da vigilância epidemiológica é fornecer orientação técnica
constante para os profissionais de saúde que têm a responsabilidade de decidir sobre
a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, para
esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos,
bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou população
definida (BRASIL, 2009).
❖ Coleta de dados;
❖ Processamento dos dados coletados;
❖ Análise e interpretação dos dados processados;
❖ Recomendação das medidas de controle apropriadas;
❖ Promoção das ações de controle indicadas;
❖ Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
❖ Divulgação de informações pertinentes (BRASIL, 2009)
18
As notificações são úteis em pelo menos quatro situações (BRASIL, 2009):
A notificação deve ser sigilosa, não podendo ser divulgada fora do âmbito
médico-sanitário – em caso de risco para a comunidade –, sendo respeitado o direito
de anonimato dos cidadãos. Assim, quando não forem registrados casos de doenças
notificáveis no decorrer do período, deve-se proceder à notificação negativa (BRASIL,
2009).
19
É dever de todo cidadão comunicar, à autoridade sanitária local, a ocorrência
de fato, comprovado ou suspeito, de caso de doença transmissível; sendo obrigatória
a médicos e outros profissionais de saúde, no exercício da profissão, bem como aos
responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde
e ensino, a notificação de casos suspeitos ou confirmados de doenças e agravos
(BRASIL, 2005).
20
Sistemas de Informação em Epidemiologia
21
maior de registros do que o publicado pelo IBGE com base nos dados de Cartório de
Registro Civil (BRASIL, 2014).
22
O SINASC contempla variáveis importantes, como: idade da mãe, sexo do
recém-nascido, peso ao nascer, duração da gestação, grau de instrução da mãe,
índice de Apgar, tipo de parto, paridade, estabelecimento onde ocorreu o parto e
município de origem da mãe (ROMERO, 2007).
23
O SIM funciona como fonte de dados e de informação que subsidiam a tomada
de decisão em diversas áreas da assistência à saúde. Como exemplo, alguns
indicadores específicos de mortalidade que podem ser construídos a partir do SIM
(BRASIL, 2014): Em relação à Mortalidade Infantil: taxa de mortalidade infantil; taxa
de mortalidade neonatal precoce; taxa de mortalidade neonatal tardia; taxa de
mortalidade pós-neonatal e taxa de mortalidade perinatal. Em relação à Mortalidade
Específica: taxa de mortalidade materna; taxa de mortalidade proporcional por grupo
de causas; taxa de mortalidade proporcional por causas mal definidas; taxa de
mortalidade proporcional por doenças diarreicas agudas em menores de 5 anos; taxa
de mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório; taxa de mortalidade
proporcional por causas externas; taxa de mortalidade proporcional por neoplasias
malignas; taxa de mortalidade proporcional por acidente de trabalho; taxa de
mortalidade proporcional por diabetes mellitus; taxa de mortalidade proporcional por
cirrose hepática; taxa de mortalidade proporcional por AIDS e taxa de mortalidade
proporcional por afecções originadas do período perinatal.
24
sua captação pelo sistema e a transferência para o Ministério da Saúde são
indicadores que revelam resultados inequívocos de qualidade do sistema (BRASIL,
2014).
25
❖ Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão - PAIS.
Permite realizar o gerenciamento das doses utilizadas e das perdas físicas para
calcular as perdas técnicas a partir das doses aplicadas. Desenvolvido para a gestão
federal, estadual, regional e municipal.
26
estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo. (BRASIL, 2014).
O fluxo das informações do SINAN está representado na figura abaixo.
27
decisão e execução de ações de saúde relacionadas à água para consumo humano
(Brasil, 2014). A abrangência da Portaria MS nº 2914/2011 está representado na
figura abaixo.
28
Sistema de Informação em Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN
29
REFERÊNCIAS
30
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Redução da
Morbimortalidade por Acidentes e Violências. Portaria MS/GM nº 737 de 16/05/01
publicada no DOU nº 96 seção IE, de 18/05/01. Série E. Legislação de Saúde; n. 8.
Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: http://matriz.sipia.
gov.br/images/acervo/portaria737.pdf.
31
GUSMÃO, Josianne Dias. FILHO, Walcir Mendes Da Silva. Epidemiologia
Aplicada à Saúde Pública. Montes Claros-MG : Instituto Federal do Norte de Minas
Gerais, 2014.
32