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Brasília
2010
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Orientadora: Professora Mestre Helena Roriz Taveira
Brasília
2010
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RESUMO
Este estudo descreve as principais fases vivenciadas pelo bebê até tornar-se um adulto falante. Com
base nos conceitos psicolinguísticos, discorre sobre os diversos modelos científicos que identificam
como ocorre a aquisição da linguagem. Descreve esse processo, em suas diferentes fases e conclui
que a criança não inventa a linguagem e sim a constrói, diante de sua inserção num meio onde tem
contato com estímulos e torna-se capaz de desenvolver, de forma individualizada, sua linguagem
oral.
RESUMÉN
Este estudio describe las principales etapas experimentadas por el niño para convertirse en un
hablante adulto. Sobre la base de conceptos psicolinguisticos, analiza los diferentes modelos
científicos que identifican cómo se produce la adquisición del lenguaje. Describe este proceso en sus
diferentes etapas y concluye que el niño no inventa la lengua, pero la constroe, en un médio donde
tienen contacto con los estímulos y tornase capaz de desarrollar, de forma individual, su lenguaje oral.
1 INTRODUÇÃO
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Psicóloga graduada pelo UniCeub em 2002. Servidora pública da Secretaria de Desenvolvimento
Social do Governo do Distrito Federal desde 2006.
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objetivo relatar o processo de aquisição da linguagem oral pelo qual a criança evolui
na aquisição de sua primeira língua, bem como realizar uma revisão de literatura
dentro do contexto da aquisição da oralidade na criança, salientando a importância
de uma estimulação adequada para uma correta aquisição da linguagem oral.
O presente artigo revisa teorias sobre a aquisição da linguagem oral e que
maneira essa aprendizagem pode ser facilitada pelos pais ou educadores. Foi
conduzida uma pesquisa no sentido da discussão do tema, descrevendo as diversas
fases pelas quais a criança passa, durante seu processo de aquisição da linguagem
oral.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica a obras que abranjam
teorias e pesquisa na área da aquisição da oralidade na criança. O aporte teórico
contou com pesquisa a sites especializados no ensino de língua portuguesa.
ambiente externo, ela cria hipóteses, organiza os fatos e vai estruturando suas
concepções sobre a língua.
2 – A imitação e a combinação de elementos isolados não são responsáveis
pelo desenvolvimento da linguagem. A aquisição da linguagem ocorre “pela
formação progressiva de sistemas de significados nos quais o valor das partes se
define em função do conjunto” (Golbert, 2002, p.13).
Segundo Ré (2009, prefácio) as pesquisas na área de aquisição da linguagem
oral têm ganhado maior importância e surgido em maior quantidade durante os
últimos 20 anos, e sugere-se que o motivo seja uma necessidade crescente de
interdisciplinariedade na compreensão do processo global de aquisição da oralidade
no que diz respeito à linguística, psicologia, neurologia, dentre outras.
A aquisição da linguagem tem sido contemplada pela Linguística, pela
Psicologia e pela Psicolinguística, configurando, de acordo com Scarpa (2001), uma
área híbrida ou multidisciplinar. Dentre seus campos de estudo ou subáreas,
destacam-se: aquisição da língua materna (normal e com desvios); aquisição de
segunda língua (também no bilinguismo) e aquisição da escrita (processos de
alfabetização, letramento, relação entre fala e escrita / entre sujeito e escrita).
O estudo da aquisição da linguagem trata de diversos processos, tanto
referentes à expressão verbal quanto não-verbal, pois tem como objetivo o estudo
das diversas formas de se comunicar que o homem adquire, desde o nascimento e
sobre a interação entre os indivíduos. Este campo de atuação, dentro da
Psicolinguística, tenta, sobretudo, explicar como uma criança por volta dos 3 anos
de idade já é capaz de utilizar-se da língua materna para comunicar-se de forma
eficaz.
3.1 Empirismo
3.2 Racionalismo
Este modelo foi proposto por Chomsky, que conforme descrito em Chevrie-
Muller e Narbona (2005, pag. 52), afirmava que o desenvolvimento da linguagem na
criança não pode ser comparado com o comportamento condicionado do rato, pois
implicaria processos distintos dos da imitação e reforço. Realmente, a criança só
executa determinadas operações se possuir uma compreensão adequada da
estrutura interna da frase a ser tratada.
Tal teoria fundamenta-se na observação de que a criança, simplesmente por
viver num meio em que se fala uma determinada língua, começa a produzir sons
dessa língua, a desenvolver e a adquiri-la, e aos 3/4 anos já está com sua gramática
quase completa. Assim, pressupondo que a aquisição de uma língua não se baseia
em memorização, Chomsky, in Del Ré (2009, pág. 20), afirma que as propriedades
da língua são transmitidas geneticamente, de forma biologicamente determinada, e
portanto, as crianças já as conheceriam antes de terem contato com sua língua.
Aimard (1986, pag. 16) afirma que, segundo Chomsky, cada indivíduo tem um
conhecimento pessoal, infinito, que é sua competência linguística. Seria um
somatório de todas as estruturas elementares e das regras que o ser humano tem
acumuladas e seria capaz de mobilizar quando necessário.
Segundo Nóbrega (2008, p.21) Chomsky, considera a linguagem humana
uma faculdade comum a todos, portanto, universal, sendo geneticamente
determinada e, por isso, inata ao indivíduo. O mesmo autor relata ser a faculdade
humana da linguagem uma “propriedade da espécie”, cuja habilidade de usar signos
linguísticos para expressar os pensamentos marca diferenciação entre o homem, o
animal e a máquina.
Para Chomsky (1983, apud Nóbrega, 2008), a gramática é a representação
da “competência intrínseca” ou “propriedades do estado cognitivo inicial”. É como
um “sistema que especifica propriedades fonéticas, fonológicas, sintáticas e
semânticas de uma classe infinita de frases possíveis”. Sendo assim, existem
princípios gerais universais das línguas que não precisam ser aprendidos porque já
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3.5 Interacionismo
4 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
5 CONCLUSÃO
metalinguísticas, para que seja capaz de adquirir uma linguagem oral, de acordo
com sua língua materna.
6 REFERÊNCIAS