Você está na página 1de 10

UnISCED

Universidade Aberta ISCED

Regime político Moçambicano

Nampula, Maio 2023

1
UnISCED
Universidade Aberta ISCED

Regime político Moçambicano

Nome: Natália Celestino Martinho


Curso: Administração Publica
Disciplina: Ciência política
Ano: 1o

O presente trabalho é de carácter avaliativo a


ser entregue no Departamento de Direito e na
cadeira de Introdução ao Direito, Leccionada
pela:

Nampula, Maio 2023

2
Índice
1. Introdução....................................................................................................................3

1.1. Objetivo geral.........................................................................................................3

1.2. Objetivos específicos..............................................................................................3

1.3. Metodologia............................................................................................................3

2. Regime político Moçambicano...................................................................................4

2.1. Órgãos de soberania................................................................................................4

2.2. Presidente da República..........................................................................................4

2.3. Assembleia da República........................................................................................5

2.4. O Governo...............................................................................................................5

2.5. Tribunais.................................................................................................................5

2.6. Conselho Constitucional.........................................................................................6

3. Órgãos locais do Estado..............................................................................................6

3.1. Província.................................................................................................................6

3.2. Distrito....................................................................................................................7

3.3. Posto Administrativo..............................................................................................7

3.4. Localidade...............................................................................................................7

4. Conclusão.....................................................................................................................8

5. Referências bibliográficas...........................................................................................9

3
1. Introdução

Moçambique é uma democracia parlamentar multipartidária com uma forma


republicana de governo eleito livremente. A competição partidária, em Moçambique,
remonta da adopção da nova constituição multipartidária de 1990 e a assinatura do
Acordo Geral de Paz de Roma em 1992. Estes processos marcaram o começo de um
pacto fundamental, para um processo de mudanças institucionais no sistema político
moçambicano. Como resultado da introdução do sistema democrático foram realizadas
sete eleições, das quais quatro foram gerais – 1994, 1999, 2004 e 2009 – e três foram
autárquicas, as de 1998, 2003 e 2008.

1.1. Objetivo geral


 Falar do regime político moçambicano;
1.2. Objetivos específicos
 Indicar os órgãos de soberania da republica de Moçambique;
 Descrever os órgãos locais de estado.
 Falar dos organismos que regem o regime político moçambicano.
1.3. Metodologia

Para a realização deste trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica, artigos e o manual


oferecido pela instituição

4
2. Regime político Moçambicano

O Estado existe para facilitar a vida dos cidadãos que vivem dentro dele. Para executar a
vontade do povo dentro da democracia em Moçambique, o Estado precisa de órgãos,
que trabalham para ele e implementam aquilo que o povo através dos seus
representantes decidiu. Assim como o nosso corpo humano tem órgãos para lhe servir, o
Estado tem órgãos para interagir com terceiros, para actuar para fora. Portanto, são os
órgãos, que vão aos encontros e reuniões, escrevem e respondem cartas etc. Mas sempre
em coordenação com o "corpo", neste caso o povo moçambicano, porque os órgãos só
têm a sua legitimidade da sua existência para facilitar as actividades do Estado, que têm
como elemento mais importante o povo. Assim, os órgãos não podem ultrapassar os
limites da autorização deles. (Florêncio, 2003).

Ao mesmo tempo, o povo deve admitir a responsabilidade de dar directivos e controlar


os órgãos, porque isto não é só direito, mas também dever. Se acontecer uma situação
ilegal, a pessoa responsável deve responder no tribunal. O poder político em
Moçambique está sendo organizado em órgãos de soberania e órgãos locais do Estado
(arts. 133º e 262º da Constituição da República). Os órgãos da soberania respondem ao
nível central, os órgãos locais ao nível local. (Florêncio, 2003).

2.1. Órgãos de soberania

São órgãos da soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o


Governo, os Tribunais e o Conselho Constitucional (art. 133º da Constituição da
República de Moçambique).

2.2. Presidente da República

O Presidente da República é o chefe do Estado de Moçambique. Ele representa


Moçambique internamente e no estrangeiro. Ele tem a tarefa de controlar o
funcionamento correcto dos órgãos do Estado (art. 146º da Constituição da República
de Moçambique). O Presidente da República deve zelar que as garantias da constituição
serão cumpridas.

O Presidente da República é eleito pelo povo. A eleição deve ser directo, igual, secreto,
pessoal e periódico. Eleições têm lugar de cinco em cinco anos. O Presidente da

5
República só pode ser eleito de novo uma vez (art. 147º da Constituição da República
de Moçambique).

2.3. Assembleia da República

A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos


moçambicanos (art. 168º da Constituição da República de Moçambique). A Assembleia
da República é o mais alto órgão legislativo na República de Moçambique. Ela
determina as normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social
através de leis e deliberações (art. 169º da Constituição da República de Moçambique).

A Assembleia da República é constituída por 250 deputados. Esses são eleitos em


eleições directas, iguais, secretos, pessoais e periódicos (art. 170º da Constituição da
República de Moçambique). Os deputados são os representantes do povo moçambicano.
Eles devem exprimir a vontade dos cidadãos nas deliberações da Assembleia da
República. As leis aprovadas pela Assembleia da República espelham aquilo que o povo
quer. As leis são implementadas pelo governo e pela administração pública. Pelo
cumprimento das leis velam os tribunais. Deste modo, a constituição consta o controle
mútuo dos poderes dos órgãos da soberania. (Ribeiro, 2005).

2.4. O Governo

O Governo de Moçambique é o Conselho de Ministros (art. 200º da Constituição da


República). Esse é composto pelo Presidente da República, Primeiro/a Ministro/a e
pelos Ministros (art. 201º da Constituição da República de Moçambique). Certamente já
ouvimos falar do Primeiro/a Ministro/a, do Ministro/a da Educação, da Agricultura, das
Obras Públicas e Habitação, do Trabalho, do Interior, da Justiça, e outros. Estes
compõem o governo de Moçambique chefiados pelo Presidente da República.

A função principal do Conselho de Ministros é assegurar a administração do país. O


Conselho de Ministros observa as decisões do Presidente da República e as deliberações
da Assembleia da República (art. 202º da Constituição da República de Moçambique).

2.5. Tribunais

Os tribunais têm como objectivo garantir e reforçar a legalidade como factor da


estabilidade jurídica. Eles devem garantir o respeito pelas leis, asseguram os direitos e
liberdades dos cidadãos, punem as violações da lei e decidem os problemas de acordo

6
como está escrito na lei (art. 212º n.º 2 da Constituição da República de Moçambique).
As decisões dos Tribunais são do cumprimento obrigatório para todos os cidadãos e
demais pessoas jurídicas e prevalecem sobre as decisões de outras entidades (art. 215º
da Constituição da República de Moçambique). Quando alguém sente que os seus
direitos foram violados ou tenha qualquer outro problema, deve recorrer ao tribunal.

2.6. Conselho Constitucional

Ao Conselho Constitucional compete administrar a justiça em matérias de natureza


jurídica-constitucional (art. 241º da Constituição da República de Moçambique). Bem
como os tribunais velam sobre o cumprimento das leis, o Conselho Constitucional zela
sobre o cumprimento da Constituição da República de Moçambique. Uma das tarefas do
Conselho Constitucional é apreciar, se leis violam a constituição (art. 244 n.º 1 lit. a da
Constituição da República). Cabe ainda ao Conselho Constitucional – entro outras
atribuições – validar e proclamar os resultados eleitorais.

3. Órgãos locais do Estado

Os órgãos locais do Estado têm como função à representação do Estado ao nível local
para a administração e o desenvolvimento do respectivo território. Ao mesmo tempo,
eles contribuem para a integração e unidade nacionais (art. 262º da Constituição da
República de Moçambique). A organização e funcionamento dos órgãos locais do
Estado obedecem aos princípios da descentralização e desconcentração (art. 263º n.º 2
da Constituição da República de Moçambique). Os órgãos locais do Estado promovem a
utilização dos recursos disponíveis, garantem a participação activa dos cidadãos e
incentivam a iniciativa local na solução dos problemas da comunidade (art. 263º n.º 2 da
Constituição da República de Moçambique). Os órgãos locais do Estado garantem nos
seus respectivos territórios a realização de tarefas e programas económicos, culturais e
sociais de interesse local e nacional (art. 264º da Constituição da República de
Moçambique).

3.1. Província

A província é a maior unidade territorial da organização política, económica e social da


administração local do Estado. Províncias são constituídas por distritos, postos
administrativos e localidades (art. 11º da Lei n.º 8/2003 de 19 de Maio, Lei dos Órgãos
Locais do Estado). São órgãos da administração pública de província: O Governador

7
Provincial e o Governo Provincial (art. 15º da Lei n.º 8/2003 de 19 de Maio, Lei dos
Órgãos Locais do Estado). O Governador Provincial é nomeado, exonerado e demitido
pelo Presidente da República e é o representante da autoridade central da administração
do Estado ao nível da província (art. 16º da Lei dos Órgãos Locais do Estado).

3.2. Distrito

O Distrito é a unidade territorial principal da organização e funcionamento da


administração local do Estado e base da planificação do desenvolvimento económico,
social e cultural da República de Moçambique. O distrito é composto por postos
administrativos e localidades. (art. 12º da Lei dos Órgãos Locais do Estado).

3.3. Posto Administrativo

O Posto administrativo é a unidade territorial imediatamente inferior ao distrito, tendo


em vista garantir a aproximação efectiva dos serviços da administração local do Estado
às populações e assegurar maior participação dos cidadãos na realização dos interesses
locais. O Posto administrativo é constituído por localidades (art. 13º da Lei dos Órgãos
Locais do Estado).

3.4. Localidade

A localidade é a unidade territorial base da organização da administração local do


Estado. A localidade compreende aldeias e outros aglomerados populacionais inseridos
no seu território (art. 14º da Lei dos Órgãos Locais do Estado).

8
4. Conclusão

A democratização e as eleições multipartidárias contribuíram também para a


emergência de uma multiplicidade de pequenos partidos políticos. Actualmente o
sistema político conta com aproximadamente 54 partidos legalmente constituídos
(MARP, 2010:126). Contudo, apesar do sistema de representação proporcional sem
barreira eleitoral que em teoria1 produziria efeitos multiplicadores sobre o número de
partidos com assentos parlamentares, os pequenos partidos ainda não conseguiram de
forma relevante ocupar assentos no parlamento. Este factor contribui para que a
competição partidária esteja assente nas duas principais forças políticas nomeadamente:
a FRELIMO e a RENAMO.

9
5. Referências bibliográficas

Feliciano, J. F. (1998). Antropologia Económica dos Thonga do Sul de Moçambique,


Maputo. Maputo: Arquivo Histórico de Moçambique

Florêncio, F. (2003). As autoridades tradicionais VaNdau, estado e polftica local em


Moçambique. (Tese de doutoramento não publicada, ISCTE, Lisboa).

Ribeiro, G. M. (2005). Representações sociais, valores e atitudes face ao político em


Angola e Moçambique. Africana Studia, 8, 11-38.

10

Você também pode gostar