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Faculdade de Ciências
Disciplina:
Tema:
Eulália A. Chichava
Isaura Manjate
Vanúcia Muianga
José A. Tamele
1.Introdução………………………………………………………………………………..
2. Contextualização………………………………………………………………..
3. Objectivo………………………………………………………………………………….
4. Metodologia…………………………………………………………….
9. Conclusão…………………………………………………………………………………..
Neste trabalho, abordaremos a sua história no nosso jovem estado, fundamentos para a sua
existência, a sua importância e a sua vital essência nos processos jurídicos-administrativos de um
país.
2. Contextualização
Este trabalho consiste especificamente análise sobre a evolução das técnicas legislativas e de
codificação em Moçambique desde a sua implementação na Constituição de 1990, assim como a
influencia externa na criação do sistema jurídico Moçambicano.
3. Objectivo
4. Metodologia
Neste trabalho optamos por utilizar a Pesquisa Bibliográfica, devido a sua característica de fazer
levamentos sobre obras já publicadas. Logo, escolhemos este tipo de Pesquisa, ela permitiu-nos
obter informações de obras já estudadas ou já publicadas.
5. Historial das técnicas legislativas e de codificação
Dessa forma, o Presidente da República também pode solicitar ao Conselho Constitucional que
avalie a constitucionalidade de toda a legislação submetida a aprovação antes de ratifica-la.
Quando a legislação e considerada inconstitucional, o Presidente tem que vetar e devolver a
legislação proposta ao Parlamento (artigo 246 da Constituição). O Conselho Constitucional
também funciona como um tribunal de recursos em questões constitucionais. Todas as decisões
judiciais que recusarem a aplicação de normas por sua inconstitucionalidade deverão ser
encaminhadas ao Conselho Constitucional. Dessa forma, as decisões do Conselho Constitucional
devem ser seguidas por todos os cidadãos e órgãos estatais e não estão sujeitas a recurso e elas
são obrigatoriamente publicados no Diário Oficial da União, as decisões também são
publicadas em seu site oficial.
Moçambique possui um Estado muito novo, tendo a sua primeira constituição publicada em
1975, juntamente com a independência do pais. A maior parte da população nem sequer é letrada
e vive com uma renda insuficiente para cumprir com as suas necessidades básicas, portanto, o
acesso ao judiciário é ínfimo, sendo que a maior parte dos casos é levada para os seus tribunais
regionais e costumam lidar com casos pequenos ou direitos trabalhistas. O crescimento ao acesso
ao judiciário é algo notório e pode ser considerado como um movimento que passa, assim
tornando mais fácil se conscientizar dos seus direitos e onde deve-se recorrer casos não sejam
cumpridos.
Além do fato que, isso acaba por colaborando com a judicialização da política, já que há um
aumento na actuação desse poder do Estado, assim demandando uma maior importância. Sendo
que, propostas como “Court Packing” acabam por reafirmar esse aumento da importância do
judiciário, já que é criada uma necessidade de manipulação da corte para que essa possa
representar, atender e cumprir de forma mais eficiente os planos do partido político que se
sobressaiam e assim podem prejudicar a democracia naquele Estado.
Um exemplo desse controlo constante e infindável é a forma como a primeira constituição foi
elaborada, possuindo artigos que expunham o controlo do partido Frelimo, os artigos 10, 20 e 30
são exemplos claros, havendo diversos outros exemplos dentro dessa primeira constituição.
Entretanto, nos dias de hoje e com a revolução democrática e as diversas lutas em busca de
direitos fundamentais, essa autoritarização esta se tornando cada vez mais difícil de se expor, já
que não há pressão somente da população, mas também de outros estados e organizações
internacionais (um exemplo é o artigo 40 que fala sobre o pluralismo jurídico no Estado
Moçambicano).
Ao fazer uma breve comparação, dentro da orbita do direito comparado; Moçambique pode ser
facilmente comparada com os EUA, já que lá também há essa luta bipolarizada e constante, onde
apenas 2 partidos possuem representatividade considerável e estes ficam continuamente brigando
para assumir o controle do Estado da forma mais soberana possível. Entretanto, em Moçambique
não há uma diversificação de governos e assim não gerando uma mudança no pais de acordo
com o presidente que é eleito, tendo em vista que apenas um único partido esteve no poder
(Frelimo) e o segundo partido de maior representatividade (Renamo) nunca conseguiu ascender
ao poder, portanto não conseguindo aplicar plenamente seus ideias.
A constituição Moçambicana é extremamente jovem (1990) e pode até ser considerada
semelhante com a constituição portuguesa e também havendo algum nível de inspiração na
brasileira, já que abarca temas diversos e não delegando responsabilidade de legislar sobre
determinados assuntos como a constituição Americana, por mais que cada tenha autonomia de
criar suas próprias leis.
6. Processo legislativo
As regras de um processo legislativo são: regras de âmbito geral relativas a iniciativa, quorum
param aprovação, sanção e veto. São ditadas, em nível federal, por lei fundamental e
regulamentadas por leis complementares. Já, quanto aos detalhes do processo legislativo são
feitos: os relativos aos trabalhos das comissões, prazos para emendamento e prazo para emissão
de pareceres, regras de votação e destaques, cabe aos regimentos internos das Casas legislativas
disciplinar.
A técnica legislativa pode ser definida como a arte de redigir leis, visando a obtenção de boas
leis, não sendo entendido como boas leis no conceito comum de justo, mas boas leis no sentido
de sua precisão, coesão, clareza e concisão ou seja, é o conjunto de preceitos visando a adaptação
da lei escrita a sua finalidade especifica, que é a direção das acções humanas, em conformidade
com a organização jurídica da sociedade.
Com a técnica legislativa, pretende-se melhorar o Direito do ponto de vista de sua qualidade
técnica, de sua coerência e de sua compreensão.
Em geral, existem 5 tipos de técnicas legislativas: legislação activa, legislação passiva, legislação
por acordo, legislação delegada e legislação reflexiva.
Legislação activa - consiste no processo pelo qual o legislador, em ato autónomo, cria e
edita a lei.
Legislação passiva – é aquela que é elaborada pelo poder legislativo de um país, ou seja,
pelo parlamento ou congresso, e que não depende de nenhuma outra entidade para ser
aprovada.
Legislação por acordo – é aquela que resulta de acordos entre diferentes partes
interessadas, como por exemplo: tratados internacionais ou acordos entre entidades
privadas.
Legislação delegada – é aquela que é elaborada pelo poder legislativo, mas que delega a
uma autoridade especifica a competência para regulamentar detalhes técnicos ou
específicos da lei.
Legislação reflexiva – é aquela que é criada com base em reflexões e analises sobre a
realidade social, económica e política de um país, visando promover o desenvolvimento e
o bem-estar da sociedade.
No caso do estado Moçambicano, a Legislação passiva é actualmente utilizada como forma
principal de criação de leis. No entanto, também podem existir casos de legislação por
acordo, especialmente no âmbito de tratados internacionais em que Moçambique seja parte.
A legislação delegada e reflexiva podem ser utilizadas em determinados contextos
específicos, mas não são os principais métodos de criação de leis no país.
Além das técnicas legislativas mencionadas, há outras que são importantes. Como por, as
técnicas de reforma legislativa que consistem em alterar, modificar ou actualizar as leis de
reforma geral ou especifica. Que são nomeadamente: harmonização legislativa revisão
legislativa, elaboração legislativa, a técnica de legislação complementar e a técnica de
legislação substitutiva.
As boas técnicas legislativas são fundamentais para um pais por diversas razões:
1. Clareza e precisão: Boas técnicas legislativas garantem que as leis sejam redigidas de
forma clara e precisa, facilitando a compreensão e interpretação por parte dos cidadãos,
juristas e autoridades.
2. Segurança jurídica: Leis bem redigidas proporcionam maior segurança jurídica, pois
evitam ambiguidades e contradições que possam gerar interpretações conflituantes ou
incertezas sobre o seu cumprimento.
3. Eficiência na aplicação das leis: Quando as leis são bem elaboradas, e mais fácil para as
autoridades aplica-las de forma eficiente e justa, garantindo a ordem e a harmonia na
sociedade.
4. Legislação actualizada: Boas técnicas legislativas permitem que as leis sejam
actualizadas de forma ágil e adequada as necessidades da sociedade, acompanhando as
mudanças e evoluções do contexto social, político e económico.
5. Legislação democrática: Uma legislação bem elaborada promove a participação
democrática, permitindo que os cidadãos compreendam e contribuam para o processo
legislativo, garantindo uma representação mais fiel dos interesses da sociedade.
7. Processo de codificação
É um mecanismo de agregação normativa, pautado por base genéricas comuns de regulação, que
obedecem por princípio a um pensamento unitário. É uma das técnicas legislativas ativas, na qual
o legislador coloca todas as leis em um livro, chamado código, com o objectivo de organizar e
simplificar o conhecimento.
Existem diversos fundamentos para a existência de codificação no Direiro. Alguns dos principias
fundamentos incluem:
As boas técnicas de codificação são fundamentais para um país por várias razões importantes:
1. Clareza e precisão: Uma codificação bem elaborada garante que as leis sejam claras,
precisas e compreensíveis para todos os cidadãos, juristas e autoridades. Isso facilita a
aplicação e interpretação das leis, reduzindo ambiguidade e garantindo a certeza do
individuo.
2. Coerência e consistência: Uma codificação eficaz garante que as leis sejam consistentes
entre si e não entrem em conflito. Isso promove a segurança jurídica e evita situações em
que diferentes leis ou disposições legais possam se contradizer.
3. Acessibilidade: Uma codificação bem estruturada e organizada torna mais fácil para os
cidadãos e profissionais do direito encontrarem e entenderem as leis aplicáveis a uma
determinada situação. Isso promove a transparência e a igualdade perante a lei.
4. Eficiência legislativa: Boas técnicas de codificação ajudam a simplificar e racionalizar o
processo legislativo, tornando-o mais eficiente e eficaz. Isso pode reduzir o tempo e os
custos envolvidos na elaboração de leis, bem como facilitar a revisão e actualização das
disposições legais.
5. Legislação de qualidade: Uma codificação bem elaborada contribui para a qualidade das
leis, garantindo que sejam justas, equitativas e adequadas aos objectivos pretendidos. Isso
fortalece a legitimidade do sistema jurídico e promove o Estado de Direito.
8. Estrutura do Código Civil
O Código Civil é um conjunto de normas que determinam os direitos e deveres das pessoas, dos
bens e das suas relações no âmbito privado, com base na Constituição Nacional. O Código civil
esta abrigado dentro dos parâmetros do Direito Civil, ramo jurídico que lida com as relações de
natureza cívil, desde o nascimento até a morte das pessoas.
A importância do Código Civil esta no fato de servir como um ponto de equilíbrio para a
preservação da justiça e convivência social igualitária e menos conflituosa.
O Código Civil Moçambicano actual foi instituída pelo Artigo 1. o Aprovação do Código Civil
que diz “ Fui aprovado o Código Civil que faz parte do presente decreto-lei.
O Código Civil Moçambicano é dividido em 3 livros: o livro I, que é sobre os direitos reais, o
livro II, que é sobre os direitos pessoais, e o livro III, que é sobre os direitos particulares.
Podemos dizer que a codificação e a técnica legislativa em Moçambique sofreram uma evolução
significativa desde a sua criação. O direito foi adaptado a realidade do país e passou por diversas
alterações, como a criação de uma nova Constituição em 1990, que institui uma democracia
representativa, com a presença do processo legislativo parlamentar. Com a criação de uma
Assembleia da República, ao qual se confia o poder legislativo, a codificação e a técnica
legislativa passaram a ter um processo legislativo mais democrático e aberto, permitindo a
representação popular no processo de criação das leis.
10. Referência bibliográfica
https://www.studocu.com/row/document/universidade-zambeze/psicologia-socia/codigo-civil-
de-mozambique/15049449. Acessado em 24 de Fevereiro de 24;
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/breve-historia-politica-e-a-organizacao-estatal-de-
mocambique/742248802 Acessado em 24 de Fevereiro de 24;
FUKUYAMA, Francis. “Good Governance and the Rule of Law” relação entre boas práticas de
governança, estado de Direito e desenvolvimento socioeconómico. Acessado em 24 de Fevereiro
de 24;
DINIZ, Maria Helena. “Direito Civil: Parte Geral” (que aborda a codificação do Direito Civil).
Acessado em 25 de Fevereiro de 24;
REALE, Miguel. “Teoria da Codificação: Direito Positivo e Direito Natural” (que discute a
importância da codificação para a organização do sistema jurídico e a relação entre o direito
positivo e o direito natural). Acessado em 25 de Fevereiro de 24;
FILHO, José Armando Mota. “Manual de Técnica Legislativa” (que aborda sobre as técnicas de
elaboração legislativa, incluindo a codificação e orientações praticas para a redacção de leis
claras e eficazes). Acessado em 25 de Fevereiro de 24;
GRECO, Rogério. “Direito Penal Brasileiro: Parte Geral” (que trata da codificação do Direito
Penal. Acessado em 25 de Fevereiro de 24);