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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO

Procedimentos Legislativos

Nampula, Agosto de 2016


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO

Amone André Herminio Cintura


Turma: A 1º Ano, 2º Semestre

Trabalho individual de caracter avaliativo orientado


pelo docente dr. Barbosa Morais, que tem como
objectivo dar resposta satisfatoria feita apos uma
pesquisa que teve como objectivo, procedimentos
legislativos, onde abordei a sua essencia.

Nampula, Agosto de 2016


Índice

Introdução...................................................................................................................................3
O Procedimento Legislativo.......................................................................................................4
O Procedimento Legislativo.......................................................................................................4
Fases do Procedimento Legislativo............................................................................................5
Fase de Iniciativa........................................................................................................................5
Fase de Instrução.........................................................................................................................5
Fase Constitutiva/aprovação.......................................................................................................5
A primeira intervenção...............................................................................................................5
A segunda intervenção................................................................................................................6
A terceira e última intervenção...................................................................................................6
Fase de Controlo/promulgação...................................................................................................6
Fase de Integração de Eficácia....................................................................................................7
Atos Legislativos........................................................................................................................9
Princípio da Publicidade.............................................................................................................9
Caracterização da Publicação.....................................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................10
Bibliografia...............................................................................................................................11
Introdução
Quando a introdução neste presente trabalho vou abordar a cerca de procedimento legislativo,
este tema visa explicar os procedimentos da criação das leis de um estado. Nos processos da
elaboração de leis conforme o art.º183 do nr 1 da Constituição da República a iniciativa de
leis provem dos Deputados, as Bancadas Parlamentares, o Governo e o Presidente da
Republica.

A lei começa por um projeto ou proposta apresentado a assembleia da república pelos


deputados, as bancadas parlamentares ou governo. Na verdade, é aos deputados grupos
parlamentares e governo que compete, em princípio, a iniciativa legislativa. A iniciativa
legislativa cabe aos deputados, aos grupos parlamentares através do projeto lei, ao Governo
por via de propostas lei (iniciativa Governamental)

Cabe ao poder legislativo ou legislador elaborar as leis. Entretanto, elas podem provir de um
outro órgão, desde que tenha competências para tal. A lei provem de um órgão que tenha
competência para legislar (Legislativo, Executivo, Poder Constituinte).

5
O Procedimento Legislativo
Lei- é toda disposição genérica provinda de órgãos estaduais competentes. Segundo São
Tomas de Aquino, lei é o comando da razão emanada pela autoridade. Competentes, dirigido
a uma comunidade capaz de recebe-lo e pô-lo em pratica.

Sendo assim, a Constituição da Republica no art.º 183 que tem a iniciativa da lei são: os
deputados, as bancadas parlamentares, as comissões da Assembleia da Republica, o
Presidente da Republica e o governo no regime do estado.

O Procedimento Legislativo
Designa-se por procedimento legislativo a sucessão de serie de atos (ou de fases) consoante
doutrinal respeitante a natureza de procedimento necessário para produzir um ato legislativo.
(Ganotilho, 2003)

Sendo assim também GOUVEIA, Jorge Bacelar atribui uma ideia sobre o Procedimento
Legislativo, fala das fazes do procedimento legislativos parlamentar; a urgência legislativa.
Em que são;

- A fase de iniciativa;

-A fase da instrução;

-A fase da aprovação;

-A fase da promulgação; e

-A fase da eficácia.1

Neste caso primeiro é perceber que a lei é um ato final do procedimento. Deste modo o
procedimento legislativo é um complexo de ato qualitativo ou funcionalmente heterogéneo
autónomo, praticado por sujeito e diversas dirigidas a produção de uma lei do parlamento.

Procedimento em análise a um procedimento legislativo tem como respeito ao governo ou


outras referências constitucionais.2

1
(Gouveia, 2015, p. 486)
2
(Ganotilho, 2003)
6
Fases do Procedimento Legislativo
Os atos instrumentais constitutivos do procedimento legislativo sucedem-se através de uma
serie de fase de procedimento que são:

Fase de Iniciativa
Na fase de iniciativa manifesta-se através de apresentação de um texto articulado de preceitos
normativos denominado conforme os casos, projetos de lei, emanada por deputados ou grupos
parlamentares, e por propostas emanada por governo. (Ganotilho, 2003)

Da iniciativa legislativa separa-se a problemática, bastante diversas. Os impulsos legislativos


representam decisões dos órgãos jurídico-publico que apontam ou apelam para conveniência
ou a necessidade da tomada de decisões legislativas, mas elas próprias não constituem, por si
só, o início de qualquer procedimento legislativo. São múltiplas as situações que podem ser
incluídas nestes conceitos autónomo de impulsos legislativos, assim recortados de entre outras
possibilidades:

- A decisão positiva do conselho constitucional de verificação da inconstitucionalidade por


omissão, no sentido de ser necessário produzir, por parte do órgão legislativo competente, ato
legislativo para fazer cessar a omissão legislativa em causa;

-a decisão referendária vinculativa, por referência ao ato legislativo ou convencional que se


imponha em conformidade com os deveres que dali emergem.3

Fase de Instrução
Que se segue a fase de iniciativa, tem por finalidades recolher e elaborar os dados e elementos
que permitem analisar oportunidades dos procedimentos legislativos bem como o conteúdo. A
aquisição de dado efetua-se quer aproveitando os materiais fornecidos pelas entidades que
tiveram a iniciativa da lei, que através da recolha efetuada pela comissão da AR competente
para apreciação dos textos apresentados.

3
(Gouveia, 2015, p. 488)
7
O trabalho fundamental cabe a entre comissões permanentes especializadas; a estes serão
enviados os projetos ou propostas de lei uma vez admitidos, e elas competira dar aparecer
devidamente fundamentado podendo inclusive, sugerir ao plenário da substituição por outro,
do texto do projeto ou proposta, tanto na generalidade como na especialidade. (Ganotilho,
2003)

A instrução legislativa é protagonizada pela comissão especializada em razão da matéria, que


regra geral é permanente.

A tarefa que fica a cargo do exame pela comissão especializada consubstancia-se na


apreciação aprofundada da iniciativa legislativa apresentada, trabalho que se conclui com a
apresentação de um relatório ou parecer, analisando a admissibilidade constitucional da
iniciativa, bem como incorporando os contributos que se imponham no plano das operações
instrutórias especificas estabelecidas.4

Fase Constitutiva/aprovação
Designa-se por fase constitutiva (fase de decisão, fase dispositiva, fase conclusiva) aquela
em que se produz o ato principal e ao qual se reportam os efeitos jurídicos essenciais. Esta
fase constitui também uma espécie de centro de atracão dos atos enquadrados noutras fases
dos procedimentos. A fase constitutiva do procedimento legislativo inclui vários
subprocedimentos (do resto, típicos de todos procedimentos) cujo ato final consiste uma
deliberação de órgãos colegial: discussão ou debate, votação e redação. (Ganotilho, 2003)

O outro momento que ocorre na fase constitutiva do procedimento legislativo nacional


relaciona a vontade final do órgão parlamentar com a intervenção de um órgão exterior: o
Presidente da Republica.

A fase da aprovação parlamentar reparte-se por três diferenciados atos, no seu efeito e, na
maior parte dos casos, nos respetivos protagonistas.

-a votação na generalidade;

-a votação na especialidade; e

-a votação final global.

4
(Gouveia, 2015, p. 491)
8
A primeira intervenção – respeita a análise do plenário “…sobre o conteúdo e princípios
fundamentais e a sistemática do projeto ou da proposta da lei.”

- Assume a importância de saber se determinada iniciativa legislativa deve continuar o seu


percurso ou se, pelo contrário, não obstante já ter sido apreciada na fase instrutória, não reúne
a vontade parlamentar suficiente par prosseguir o iter legislativo.

A segunda intervenção- cabe a comissão especializada nas matérias que não são de
competências específicas do plenário parlamentar – é de pormenor, pois que “…consiste na
discussão, artigo a artigo, alínea por alínea ou número por número, seguindo-se a votação”.

A terceira e última intervenção- necessariamente da competência do plenário parlamentar e


só possível com a aprovação do texto legislativo na especialidade- significa a definitiva e
firme vontade da Assembleia da Republica em relação ao mesmo. (Gouveia, 2015)

Fase de Controlo/promulgação
A edição do ato conclusivo ou decisório do procedimento legislativo não encerra o iter
necessário para a perfeição do ato legislativo. Nesta fase do controlo é destinada a permitir a
avaliação do mérito e da conformidade constitucional do ato legislativo. (Ganotilho, 2003)

O momento constitutivo do procedimento legislativo parlamentar igualmente integra a


intervenção do presidente da república, agora numa dimensão externa a da elaboração inicial
do diploma legislativo, a quem o decreto legislativo, depois de aprovado e redigido, é enviado
para promulgação.

Onde o Presidente da Republica tem ao seu dispor três comportamentos ao seu alternativo:

- O pedido da fiscalização preventiva da constitucionalidade do decreto, devendo faze-lo no


prazo de trinta dias a contar da receção do diploma;

- A promulgação do decreto, para tanto gozando do prazo de trinta dias desde a sua receção;

- O veto político do decreto, no mesmo prazo de trinta dias, ato que deve ser, no entanto,
fundamentado em mensagem envida a Assembleia da Republica.

A promulgação significa uma apreciação positiva de mérito por parte do chefe do estado a
respeito do sentido da legislação aprovada pelo órgão competente e que lhe é enviada, assim
implicando a sua com a mesma.
9
Se porem, o Chefe do Estado entender que o diploma legislativo não merece o seu
assentimento, por razoes de mérito, devera veta-lo politicamente, o mesmo é dizer, rejeitar a
continuação do seu procedimento.

Com o veto politico, ato que carece de ser fundamentado, o decreto legislativo é devolvido a
Assembleia da Republica para efeitos de apreciação no sentido da superação do veto político
produzido.

Com a promulgação do decreto legislativo, segue-se uma outra fase, exceto se o Presidente da
Republica optar pelo veto politico, hipótese em que se abre um leque de três possibilidades de
agir:

- A confirmação do decreto pela maioria de 2/3 dos Deputados- obrigação de o Presidente da


República promulgar o diploma;

- A reprovação do decreto com a introdução de alterações, caso em que a maioria aplicável é a


deliberativa geral, devendo o diploma ser reenviado ao presidente da república para nova
apreciação para efeitos de promulgação ou veto politico.

-a não confirmação do decreto, situação em que o respetivo procedimento legislativo termina


por caducidade.5

Fase de Integração de Eficácia


Este tipo de fase abrange os atos destinados que tomam eficaz o ato legislativo
designadamente através da sua publicidade. Os atos de integração de eficácia são um ato
comunicativo em que tem um requisito de perfeição ou validade do ato legislativo; visam se
tornar os atos perfeitos em atos obrigatórios ao conhecimento através da publicação no Diário
da República.6

A fase da eficácia legislativa corresponde a entrada em vigor do diploma, para o que se impõe
a realização de uns procedimentos.

Tudo isso se relaciona com a necessidade, por causa da existência do princípio do estado de
direito, na vertente da segurança jurídica, de conferir ao diploma a conveniente publicidade,

6
(Ganotilho, 2003)
10
introduzindo transparência na decretação de orientações normativas, com isso se
proscrevendo normas jurídicas secretas.

Só assim a comunidade política em geral pode ficar a conhecer o direito que a rege, assim se
evitando fontes escondidas, pois todos os atos jurídico-públicos, como se diz na CRM, devem
ser “…publicados no boletim da república, sob pena de ineficácia jurídica”.

Esse desejo de publicidade concretiza-se pela publicação geral dos diplomas legislativos no
boletim oficial do estado, que promove a divulgação dos respetivos conteúdos, que é boletim
da república.

Não havendo uma indicação legal dos tipos de atos jurídico-públicos que se submetem a este
dever de publicação oficial, resta a orientação constitucional na matéria, que é bastante ampla,
ainda que não completa, da qual constam os seguintes atos:

-as leis, as moções e as resoluções da Assembleia da Republica;

-os decretos do Presidente da Republica;

-os decretos-leis, os decretos, as resoluções e os demais diplomas emanados do Governo.

-os assentos do Tribunal Supremo, os acórdãos do Conselho Constitucional, bem como as


demais decisões dos outros tribunais a que a lei confira força obrigatória geral;

-os acórdãos sobre os resultados de eleições e referendos nacionais;

-as resoluções de ratificação de tratados e acordos internacionais;

-os avisos do Governador do Banco de Moçambique.

Obviamente que esta via não impede a utilização de outros modos de publicitação do
conteúdo dos atos legislativos, podendo ate, em certos casos, a lei determinar outras
modalidades de publicidade, a acrescer a esta já referida, mas que continua sendo a principal
e, sobretudo, mais segura.

A explicação legal do regime da entrada em vigor dos diplomas legislativos é tarefa que foi
cumprida pela LVL, sendo dois os esquemas possíveis para o início da vigência dos diplomas
legislativas:

-na data neles fixados;

-na ausência de uma data específica, 15 dias após a sua publicação.


11
É o que se estabelece nessa LVL: “ As leis aprovadas pela Assembleia da Republica e todos
os demais diplomas legais entram em vigor 15 dias após a sua publicação em boletim da
república, salvo se neles se fixar outra data”

O termo a quo destes prazos demarca-se da seguinte forma: “ Para os efeitos estabelecidos no
número anterior, o prazo de 15 dias conta-se a partir da data da efetiva publicação das leis e
7
demais diplomas, sendo também esta a que neles deve constar.

Atos Legislativos

Princípio da Publicidade
A justificação do princípio da publicidade nos atos legislativos é simples: o princípio do
estado do direito democrático baseado do pluralismo da expressão humana art.3 da
constituição da república de Moçambique, exige o conhecimento, por parte dos cidadãos dos
atos normativos.

A forma de comunicação dos atos dos poderes públicos dotados de eficácia externa é através
das ordens de serviço, editais, avisos, entre outros.8

Caracterização da Publicação
A publicação é um ato mediante a qual os atos normativos são levados ao conhecimento dos
seus destinatários. Costuma considerar-se a publicação sob o ponto de vista jurídico, como um
ato de comunicação, e, portanto, como um requisito de eficácia do ato da integração
necessária.

7
(Gouveia, 2015, pp. 492-493)
8
(Ganotilho, 2003)
12
Conclusão
Terminando a exposição do tema que me foi solicitado, salientei que com a ideia de J.J.
Gomes Canotilho cheguei de concluir que procedimentos legislativos é a sucessão de serie de
atos (ou de fases) consoante doutrinal respeitante a natureza de procedimento necessário para
produzir um ato legislativo.

O procedimento legislativo é um complexo de ato qualitativo ou funcionalmente heterogéneo


e autónomo, praticando por sujeito e diversas dirigidas a produção de uma lei do parlamento.
Neste procedimento legislativo tem como respeito ao Governo ou outras referências
constitucional.

13
Bibliografia
GANOTILHO, Gomes, direito constitucional, 6 edição, Coimbra: Almeida 1993.

Código Civil Moçambicano- 4 edição, plural Editores, 2015/2016.

GOUVEIA, Jorge Bacelar, direito constitucional moçambicano, Idilp Editores, Outubro

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