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Faculdade de Direito
Nampula
2023
Richarde da Paula Colete
Nampula
2023
Índice
Introdução.............................................................................................................................. 4
Conclusão ............................................................................................................................ 11
As autarquias locais são entidades públicas que desenvolvem a sua acção sobre uma parte
definida do território, visando a prossecução de interesses próprios das populações aí
residentes. São dotadas de órgãos representativos próprios.
Nesta senda, para compreensão do tema em alusão, iremos trazer conceitos e aspectos cruciais
tais como: conceito de autarquias locais, reflexão da cláusula geral de competências nas
autarquias locais em Moçambique, o recurso tímido a cláusula geral de atribuições e de
competências, os limites da cláusula geral de atribuições e competências.
Quanto a metodologia, deu-se primazia o método dedutivo visto que para perceber relevância
das autarquias locais, é imperioso que partir dos aspectos gerais de autarquia como entidades
públicas dotadas de órgãos representativos próprios. Não obstante, no que tange ao tipo
pesquisa deu-se primazia a pesquisa bibliográfica porque, a nossa recolha de dados foi
baseada na doutrina e demais artigos científicos
Capa, introdução;
Desenvolvimento onde encontrar-se-á abordagens referentes ao tema;
Conclusão onde é abordado o resumo ou a síntese no que se refere do assunto tratado;
Referência bibliográfica onde está contido as obras usadas na elaboração do trabalho.
Com a realização do trabalho tem – se como objectivo geral analisar a cláusula geral de
competências nas autarquias locais em Moçambique a luz da legislação Moçambicana.
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1. Reflexão da cláusula geral de competências nas autarquias locais em
Moçambique
Segundo Chapananga (2019), diz que a CRM integra os princípios sobre as autarquias locais
no capítulo XIV que fala sobre o Poder Local, ou seja, o n.° 1 do art. 272 estabelece que "o
Poder Local compreende a existência de autarquias locais", e no n.° 2 do mesmo artigo
define-as como sendo “pessoas colectivas públicas, dotadas de órgãos representativos
próprios, que visam a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo
dos interesses nacionais e da participação do Estado”. (p.99).
Cistac (2008), retira deste conceito três elementos distintos: o primeiro, as autarquias locais
são pessoas colectivas públicas; segundo, são dotadas de órgãos representativos próprios;
terceiro e último elemento, prosseguem os interesses das populações respectivas.
Segundo Amaral (2008), define que as atribuições como sendo “os fins ou interesses que a lei
incumbe as pessoas colectivas públicas de prosseguir”. Portanto, este autor entende ou
defende que falar de fins ou interesses é a mesma coisa que falar de atribuições.
De acordo com Cistac e Chiziane (2008), a prossecução das atribuições dos municípios é feita
através dos órgãos dos Municípios que deviam recorrer a cláusula geral de atribuições
competências que todavia comporta limites ao invés de recorrem quase que exclusivamente a
enumeração legal das atribuições.
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executivo que responde perante ela, nos termos fixados por lei, num segundo momento, a
mesma lei vem nos dizer de modo contrario ao estipulado na constituição, que os órgãos dos
municípios e povoações são a Assembleia Municipal ou de Povoação, o Conselho Municipal
ou de povoação, portanto que os órgãos executivos das Autarquias locais são dois que são um
órgão executivo colegial que é o Conselho Municipal ou de Povoação e um órgão executivo
singular que é o Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação.
Mas adiante Cistac (2012), acrescenta que cabe ao presidente do conselho municipal ou de
povoação de definir quais são os vereadores que exercem as funções em cada um dos dois
regimes. Os vereadores respondem perante o Presidente do Conselho Municipal ou de
Povoação e submetem-se às deliberações tomadas por este órgão, mesmo no que toca às áreas
funcionais por si superintendidas.
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É apenas em 2008 que o legislador moçambicano deu um certo impulso ao processo de
transferência de competências, consagrando os princípios directores que deviam orientar este
processo.
Por um lado, tem uma vocação externa na medida em que reparte as atribuições entre o
Estado, as autarquias locais, as organizações públicas de administração indirecta (empresas
publicas, institutos públicos, fundações publicas, associações publicas) que segundo os
princípios gerais do direito administrativo, são regidos pelo princípio da especialidade que
lhes interdita de ter outras atribuições, para além das conferidas pelo acto de constituição.
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nulidade, nos termos da lei. É portanto o juiz administrativo que joga, caso a caso, um papel
essencial nesta investigação.
Para tal é necessário distinguir as decisões que impõem a terceiros, quer se trate de
administrados ou outras pessoas publicas, que não podem ser tomadas excepto nos casos em
que a lei tenha conferido expressamente essa possibilidade, de todas as outras opiniões e
deliberações.
O regulamento do governo que em virtude do poder regulamentar das autarquias locais deve
ser apenas executivo e não independente que aprova os procedimentos de transferências de
funções e competências dos órgãos do Estado para as autarquias locais, não tem por vocação
limitar a cláusula geral de atribuições e competências, determinada por uma norma de valor
hierárquico superior. Em suma destacamos que os conflitos que surgem entre o Estado e os
municípios devem ser dirimidos pelos órgãos jurisdicionais.
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Competências em matéria de nomeação dos vereadores e do pessoal administrativo; as
competências de substituição (por exemplo, no caso de situação de urgência, o presidente do
conselho municipal ou de povoação pode tomar actos no âmbito da competência do conselho
municipal ou de povoação. Os referidos actos devem ser sujeitos à ratificação do órgão
executivo colegial na primeira reunião após a sua prática, o que deverá acontecer num prazo
máximo fixado por lei.
Assim pensamos que a reabilitação de escolas que se situam na área do município para
benefício de parte significativa dos habitantes locais e sendo a educação a priori uma
actividade de natureza pública esta inquestionavelmente dentro dos limites de assunto de
interesse público local, desde que respeite as competências de outras pessoas publicas e
privadas nos casos aplicáveis.
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As atribuições das autarquias locais respeitam os interesses próprios, comuns e específicos
das populações respectivas e, designadamente:
A prossecução das atribuições das autarquias locais é feita de acordo com os recursos
financeiros ao seu alcance e respeita a distribuição de competências entre os órgãos
autárquicos e os de outras pessoas colectivas de direito público, nomeadamente o Estado,
determinadas pela presente Lei e por legislação complementar. Porém, os órgãos das
Autarquias locais só podem deliberar ou decidir no âmbito das suas competências locais e
para a realização das atribuições que lhes são próprias.
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Conclusão
Finda a realização do trabalho foi possível concluir o seguinte:
No geral, percebe que as autarquias locais em Moçambique foram introduzidas pela primeira
lei sobre descentralização aprovada mesmo antes do início do mandato da Assembleia
multipartidária em 1994, a Lei nr. 3/94, no âmbito do Programa de Reforma dos Órgãos
Locais (PROL) em curso desde 1991, que criava o quadro legal e institucional de reforma dos
órgãos locais, e foi revogada pela Lei n.° 2/97, ainda em vigor.
O Poder Local compreende a existência de autarquias locais, que são pessoas colectivas
públicas, dotadas de órgãos representativos próprios, que visam a prossecução dos interesses
das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do Estado.
A prossecução das atribuições dos municípios é feita através dos órgãos dos Municípios que
deviam recorrer a cláusula geral de atribuições competências que todavia comporta limites ao
invés de recorrem quase que exclusivamente a enumeração legal das atribuições.
A organização de cada autarquia local comporta de acordo com a Constituição dois tipos de
órgãos que são uma assembleia dotada de poderes deliberativos e um executivo que responde
perante ela nos termos fixados por lei.
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Referências bibliográficas
Amaral, D. F., (1998). Curso de Direito Administrativo. (2a Ed). Almedina׃
Coimbra.
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