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I.

INTRODUÇÃO

1.1 Introdução do tema

O projecto sobre a necessidade de implementação das autarquias em Angola


como alavanca para a resolução dos problemas locais é um tema que nos desperta
bastante interesse uma vez grande parte da população não tem conhecimento sobre as
autarquias, muito menos das vantagens que a implementação da mesma terá para as
localidades.

No presente escrito, abordarei sobre as autarquias locais que segundo a lei


são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que visam a
prossecução de interesses próprios das populações respectivas.

Na visão de AMARAL (2006), autarquias locais são pessoas colectivas


públicas de população e território, correspondentes aos agregados de residentes em
diversas circunscrições do território nacional, e que asseguram a prossecução dos
interesses comuns resultantes da vizinhança mediante órgãos próprios, representativos
dos respectivos habitantes.

Nesta senda de ideias aprofundarei as questões de facto que se prendem com


a não implementação atempada das autarquias locais em Angola e sobre a influência da
existência das autarquias locais na vida dos cidadãos.

1.1.1 Delimitação do tema

Delimitamos a nossa pesquisa em Angola, caso concreto na Província de


Luanda para a necessidade da implementação das autarquias locais para melhorar a
qualidade da vida da população.

1.1.2 Justificação do tema


Os motivos que levaram a escolha deste tema estão na demora na
implementação em Angola as eleições autárquicas bem como a demora na aprovação
das leis que regerão as autarquias angolanas por parte da Assembleia Nacional.

Um outro motivo cinge-se no facto de o tema ser de grande importância no


curso em que me encontro matriculada e futuramente na minha vida académica e
profissional.
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1.2 Formulação do problema

O presente estudo centra-se na problemática de necessidade da


implementação das autarquias em Angola.

Segundo LAKATOS & MARCONI (2005, p. 33), “o problema é uma


dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância,
para a qual se deve encontrar uma solução”.

Com base nas hipóteses elaboradas e os objectivos que pretendemos atingir;


eis a pergunta científica de partida que nos guia a investigação: Quais são as
necessidades de implementarmos as autarquias em Angola?

1.3 Formulação de hipóteses

Segundo CARVALHO (2009, p. 86), “as hipóteses são suposições


colocadas como respostas plausíveis e provisórias para o problema”. A fim de alcançar
os objectivos do trabalho foram levantadas algumas hipóteses que serão confirmadas ou
infirmadas; tais como:

H1 - A concentração e centralização da administração pública, da


autonomia que as localidades terão para o exercício das suas funções, há uma
necessidade de implementar as autarquias em Angola.

H.2 - A falta de eficácia e eficiência na administração central, há


necessidade de implementar as autarquias em Angola.

H.3 - A implementação de autarquias em Angola terá como a alavanca na


resolução de problemas locais.

1.4 Objectivos

No trabalho de investigação científico, nenhum pesquisador poderá ter


êxitos no seu trabalho sem antes, ter definido as metas a atingir.

1.4.1 Objectivo geral

Conhecer os benefícios que podem proporcionar com a necessidade de


implementação das autarquias em Angola.

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1.4.2 Objectivos específicos

Consolidar a democracia que assenta sobre tudo na liberdade de expressão e


na oportunidade de melhorar a qualidade da vida da população.
Participar na tomada de desições públicas em assuntos ligados aos interesses
da população.
Garantir o acesso da população aos serviços básicos e outros aspectos do
interesse das comunidades locais.

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II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definição de termos e conceitos

Neste capítulo, vamos definir os termos e conceitos chaves e abordaremos


alguns aspectos fundamentais que servirão de base para reflectir sobre o tema em
estudo. Vamos procurar definir operacionalmente alguns conceitos básicos, tais como:
autarquias locais, centralização e descentralização administrativa e autonomia local.

2.2 Administração Autónoma

São as entidades que prosseguem interesses próprios das pessoas que as


constituem e que definem com independência a orientação da sua actividade.

1. Associações Públicas:

a) Associações de entidades Públicas - Associações municipais

b) Associações Públicas de Entidades Privadas - Ordens Profissionais

2. Autarquias Locais;

3. Autoridades Tradicionais;

4. Outras Formas de Organização e Participação dos cidadãos;

5. Poder Local

2.2.1 As formas organizativas do poder local

 Autarquias locais;
 Poder tradicional;
 Outras modalidades específicas, (Artigo nº1, n.º 2 CRA).

2.3 Autarquias Locais

A autonomia local compreende o direito e a capacidade efectiva de as


autarquias locais gerirem e regulamentarem, nos termos da Constituição e da lei, sob
sua responsabilidade e no interesse das respectivas populações, os assuntos públicos
locais, (Artigo nº 214, n.º 1 CRA).

No artigo n.º 217 da Constituição da República de Angola de 2010, reforça


sobre as autarquias locais:

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As Autarquias Locais são pessoas colectivas territoriais correspondentes ao
conjunto de residentes em certas circunscrições do território nacional e que asseguram a
prossecução de interesses específicos resultantes da vizinhança, mediante órgãos
próprios representativos das respectivas populações. A organização e o funcionamento
das Autarquias Locais, bem como a competência dos seus órgãos, são regulados por lei,
de harmonia com o princípio da descentralização administrativa.

A lei define o património das Autarquias Locais e estabelece o regime de


finanças locais tendo em vista a justa repartição dos recursos públicos pelo Estado e
pelas autarquias, a necessária correcção de desigualdades entre autarquias e a
consagração da arrecadação de receitas e dos limites de realização de despesas. As
Autarquias Locais dispõem de poder regulamentar próprio, nos termos da lei.

2.3.1 Recursos Financeiros das Autarquias Locais

O Orçamento Geral do Estado é unitário, estima o nível de receitas a obter e


fixa os limites de despesas autorizadas, em cada ano fiscal, para todos os serviços,
institutos públicos, fundos autónomos e segurança social, bem como para as autarquias
locais e deve ser elaborado de modo a que todas as despesas nele previstas estejam
financiadas, (Artigo nº 104, n.º 2 CRA). Os recursos financeiros das autarquias locais
devem ser proporcionais às atribuições previstas pela Constituição ou por lei, bem como
aos programas de desenvolvimento aprovados. A lei estabelece que uma parte dos
recursos financeiros das autarquias locais deve ser proveniente de rendimentos e de
impostos locais, (Artigo nº 215 CRA).

2.3.2 Categorias de Autarquias Locais

No artigo n.º 218 da Constituição da República de Angola de 2010, aborda


sobre as categorias de autarquias locais: As Autarquias Locais organizam-se nos
municípios. Tendo em conta as especificidades culturais, históricas e o grau de
desenvolvimento, podem ser constituídas autarquias de nível supramunicipal. A lei pode
ainda estabelecer, de acordo com as condições específicas, outros escalões
inframunicipais da organização territorial da Administração local autónoma.

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2.3.3 Atribuições das Autarquias Locais

As autarquias locais têm, de entre outras e nos termos da lei, atribuições nos
domínios da educação, saúde, energias, águas, equipamento rural e urbano, património,
cultura e ciência, transportes e comunicações, tempos livres e desportos, habitação,
acção social, protecção civil, ambiente e saneamento básico, defesa do consumidor,
promoção do desenvolvimento económico e social, ordenamento do território, polícia
municipal, cooperação descentralizada e geminação, (Artigo nº 219 CRA).

2.3.4 Órgãos das Autarquias Locais

A organização das autarquias locais compreende uma Assembleia dotada de


poderes deliberativos, um órgão executivo colegial e um Presidente da Autarquia. A
Assembleia é composta por representantes locais, eleitos por sufrágio universal, igual,
livre, directo, secreto e periódico dos cidadãos eleitores na área da respectiva autarquia,
segundo o sistema de representação proporcional.

O órgão executivo colegial é constituído pelo seu Presidente e por


Secretários por si nomeados, todos responsáveis perante a Assembleia da Autarquia. O
Presidente do órgão executivo da autarquia é o cabeça da lista mais votada para a
Assembleia. As candidaturas para as eleições dos órgãos das autarquias podem ser
apresentadas por partidos políticos, isoladamente ou em coligação, ou por grupos de
cidadãos eleitores, nos termos da lei, (Artigo nº 220 CRA).

2.3.5 Tutela Administrativa

As autarquias locais estão sujeitas à tutela administrativa do Executivo. A


tutela administrativa sobre as autarquias locais consiste na verificação do cumprimento
da lei por parte dos órgãos autárquicos e é exercida nos termos da lei. A dissolução de
órgãos autárquicos, ainda que resultantes de eleições, só pode ter por causa acções ou
omissões ilegais graves. As autarquias locais podem impugnar contenciosamente as
ilegalidades cometidas pela entidade tutelar no exercício dos poderes de tutela, (Artigo
nº 220 CRA).

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2.3.6 Princípio do Gradualismo

A institucionalização efectiva das autarquias locais obedece ao princípio do


gradualismo. Os órgãos competentes do Estado determinam por lei a oportunidade da
sua criação, o alargamento gradual das suas atribuições, o doseamento da tutela de
mérito e a transitoriedade entre a administração local do Estado e as autarquias locais,
(Artigo nº 242 CRA).

2.3.7 Declaração de bens

De acordo a Lei n.º 3/10 de 29 de Março de 2010 – Lei da Probidade


Pública, artigo 27.º: O exercício de funções públicas está sujeito a declaração dos
direitos, rendimentos, títulos, acções ou de qualquer outra espécie de bens e valores,
localizados no País ou no estrangeiro, conforme modelo anexo, que constituem o
património privado das seguintes entidades:

1. Titulares de cargos políticos providos por eleição ou por nomeação;


2. Magistrados judiciares e do Ministério Público, sem excepção;
3. Gestores e responsáveis da Administração Central e Local do Estado;
4. Gestores de património público afecto às Forças Armadas Angolanas e à
Policia Nacional, independentemente da sua qualidade;
5. Gestores e responsáveis dos institutos públicos, dos fundos ou fundações
públicas e das empresas públicas;
6. Titulares dos órgãos executivos e deliberativos autárquicos.

A declaração de bens deve ser actualizada a cada dois anos. A declaração de


bens é apresentada em envelope fechado e lacrado, até 30 dias após a tomada de posse,
junto da entidade que exerce poder de direcção, de superintendência ou de tutela, que a
remete, no prazo de oito dias úteis, ao Procurador-geral da República.

2.3.8 Município de Luanda

O município de Luanda coincide com a cidade de Luanda. Trata-se da


terceira maior cidade lusófona, depois das cidades brasileiras de São Paulo e Rio
Janeiro, (Governo da Província de Luanda, 2014).

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O Município de Luanda, com sede em Ingombota, tem como limites
geográficos o ponto na linha de costa do Oceano Atlântico que liga o muro de vedação a
Leste da Fábrica da Nova Cimangola até interceptar a Estrada de Cacuaco junto às
antenas da Marconi; a Estrada de Cacuaco para Oeste até a ponte sobre a linha férrea
(Luanda/Catete); a linha férrea para Sul até a ponte da Vala de drenagem das águas
pluviais (Cazenga/ Cariango); o curso deste rio para Jusante até a sua confluência no
rio Cambamba; o curso deste rio para jusante até interceptar a ponte na Avenida Pedro
de Castro Van-Dúnem (Loy);

A Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem (Loy) em direcção sudoeste até ser


interceptada pela Rua 21 de Janeiro (Rua do Kikagil); esta Rua até interceptar a
Avenida 21 de Janeiro; a Avenida 21 de Janeiro em direcção Sul até ser interceptada
pela Estrada da Samba; a Estrada da Samba em direcção Noite até ser interceptada pela
Vala de Drenagem das águas pluviais que passa junto do Clube das Nações Unidas; a
Vala de Drenagem das águas pluviais para jusante até a sua foz no Oceano Atlântico; a
linha de costa do Oceano Atlântico para Noite até ao ponto na linha de costa do Oceano
Atlântico que liga o muro de vedação Leste da Fábrica da Nova Cimangola»,
(Rectificação n.º 6/17 de 3 de Julho de 2017).

Segundo a Lei n.º17/10 de 29 de Julho de 2010 no artigo 69.º: A


Administração Comunal é o órgão desconcentrado da Administração do Estado no
Município que visa assegurar a realização das funções do Estado na Comuna ou entes
territoriais equivalentes. Na execução das suas competências a Administração Comunal
responde perante a Administração Municipal.

A divisão administrativa de Angola, encontra-se classificada em:

 Províncias;
 Município;
 Distrito (quando é em zona urbana);
 Comuna (quando é em zona rural);
 Bairro: (quando é em zona urbana);
 Esquadras: é o equivalente ao bairro (quando é em zonas rurais).

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2.3.7.1 Tabela de Taxas, Licenças, Multas e Outras Receitas a Cobrar pelos Órgãos
do poder Local

Segundo o Decreto Presidencial n.º 307/10 de 20 de Dezembro de 2010: Os


valores das taxas são fixados pela Administração Central e Local do Estado. O valor das
taxas, licenças e multas a cobrar são fixados em Unidade de Correcção Fiscal (UCF),
(artigo 2.º).

O produto da cobrança de taxas e licenças constitui receita da administração


local. A totalidade da receita resultante da cobrança das taxas, licenças e multas
constantes na tabela anexa dão entrada na Conta Única do Tesouro através do
Documento de Arrecadação de Receitas (DAR), sob a rubrica “Receitas de Serviços
Comunitários”.

As receitas previstas no número anterior devem ser arrecadas apenas em


contas de recolhimento, sendo os seus saldos transferidos diariamente para a Conta
Única do Tesouro para posterior disponibilização sob a forma de despesa orçamentada.
As contas de recolhimento não podem ser utilizadas para realização de despesas, (artigo
3.º).

O destino do produto das multas rege-se em conformidade com o Decreto


n.º 17/96, de 29 de Julho, (artigo 4.º). As dúvidas e omissões que suscitarem da
interpretação e aplicação do presente diploma são resolvidas pelo Presidente da
República, (artigo 5.º).

2.3.7.2 Propostas de melhorias para a Autarquia Local do Município de Luanda

Abaixo iremos trazer algumas sugestões/propostas de melhorias para a


Autarquia Local do Município de Luanda:

1. Devido os factores geográficos, demográficos, económicos, sociais,


culturais e administrativos de Angola, ou dos diversos problemas sociais de vários
municípios, o poder local dever-se-ia estender para os Distritos urbanos e Bairros, afim
de acelerarem no desenvolvimento e na simplificação administrativa.

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2. Angola, tem capacidade económica e política para executar as autarquias
locais em todos os municípios do território nacional em 2020. Caso não o fizer, estaria a
violar a Constituição da República de Angola de 2010, nos termos do artigo 23.º, nºs 1 e
2 que diz: “1. Todos são iguais perante a Constituição e a lei.”; “2. Ninguém pode ser
prejudicado, privilegiado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em
razão da sua ascendência, sexo, raça, etnia, cor, deficiência, língua, local de nascimento,
religião, convicções políticas, ideológicas ou filosóficas, grau de instrução, condição
económica ou social ou profissão.”

1. Promover debates, palestras e outros mecanismos de auscultação dos


partidos políticos, das organizações da sociedade civil, das confissões religiosas e dos
cidadãos em geral.

2. O Governo, em dois anos deve criar condições técnicas, administrativas,


matérias, os recursos financeiros, humanos e a capacidade de organização.

3. Na Lei de Bases das Autarquias, deve estar bem patente, que o Autarca
no exercício da sua função, deve estar isento de cargo do partido político (por exemplo:
conforme acontece actualmente, é primeiro secretário do CAP e Governador). Com isso,
ajudará na de partidarização do Estado e das influências do partido.

4. Ainda desta Lei, deve estar vinculado sobre o capital da campanha


eleitoral e debates entre candidatos (trazendo seus programas eleitorais).

5. Apostar na Cartografia de todas autarquias para elucidar o Autarca e os


cidadãos em geral. Limitará o território da Autarquia.

6. Deve-se revogar ou fazer várias rectificações na Lei 18/16 de17 de


Outubro de 2016, que aborda a nova divisão político administrativo da Província de
Luanda. Identificamos muitos erros nos nomes das ruas e avenidas. A confusão que é
feita com o K (Q ou C), Y (I) e J (G). Algumas ruas, avenidas e bairros não estão
inseridas nesta Lei. E outros constrangimentos identificados. Por exemplo: O Decreto
Presidencial n.º 47/12 de 22 de Março de 2012, reconhecia alguns bairros, a nova
divisão político administrativa da Província de Luanda, não aborda nenhum bairro.

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7. Sugerimos que deve estar plasmada na Lei de Bases das Autarquias, o
autarca que desviar ou estar envolvido em corrupção e lavagem de dinheiro, para estes
indivíduos a pena deve ser de 100 anos ou pena de morte e sem fiança.

8. Procurar mecanismo (técnicos, financeiros, humanos e administrativos)


para os municípios menos desenvolvidos, a fim de terem um tratamento diferenciado.

9. A declaração de bens, dos Autarcas deveria estar ao público e não


fechado e lacrado. Poder-se-ia criar um portal do Governo, a fim de dar essas
informações ao público.

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III. METODOLOGIA

Metodologia é um procedimento formal do pensamento reflexivo que requer


um tratamento científico e constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para
descobrir verdades parciais. (LAKATOS & MARCONI, 2011, p.15).

3.1 Tipos de pesquisa

1. Pesquisa descritiva: de acordo GIL (2008, p. 43), “a pesquisa descritiva


busca descrever as características de uma determinada população pesquisada”. Permite
estudar uma situação onde as variáveis independentes e dependentes já ocorreram.

2. Pesquisa de levantamento: tem por finalidade fornecer informações


acerca de uma população através do exame de uma amostra.

3. Pesquisa de campo: tem como objectivo de conseguir informações ou


conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma
hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenómenos ou as relações
entre eles.

3.2 População e amostra

3.2.1 População

Entende-se por população ou universo, um conjunto de fenómenos


estudados ou a serem estudados, tais como objectos, acontecimentos ou pessoas que
apresentam uma ou mais características comuns. A população alvo do presente estudo é
estimada por cerca de 500 indivíduos residentes na província de Luanda.

3.2.2 Amostra

A amostra foi extraída dentro da população, utilizando uma amostragem


probabilística aleatória simples que nos permitirá fazer o uso ou a selecção aleatória da
amostra. Seleccionamos uma amostra de 300 indivíduos. Dos quais 150 do sexo
feminino e 150 do sexo masculino.
3.2.1 Critério de inclusão

- Serão incluídos todos os indivíduos que aceitar a participar neste estudo.

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3.2.2 Critério de exclusão

- Serão excluídos todos os indivíduos que rejeitar a colaborar nesta pesquisa.

3.3 Métodos a utilizar

De acordo o trabalho fez-se uma abordagem ao método quantitativo que


considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões
e informações para classificá-las e analisá-las.

3.4 Procedimentos, instrumentos e técnicas para a colecta de dados

3.4.1 Procedimentos

Em primeiro lugar, foi difícil conseguir um tema consensual para o arranque


da nossa pesquisa; chegamos a consenso de encontrar um tema final intitulado por: “A
necessidade da implementação das autarquias em Angola, caso concreto na província de
Luanda”.

Em segundo lugar, fez-se a localização da bibliografia que foi possível a


consulta relacionada ao tema a abordar, o que nos possibilitou traçar os objectivos e as
hipóteses e fazer uma análise da leitura necessária para esta pesquisa e conduzir-nos a
fundamentação teórica.

Em terceiro lugar, elaborar as fichas do inquérito por questionário, que será


aplicado a amostra, no sentido de recolhermos as opiniões para o tratamento de dados.

Em quarto lugar, depois de recolhermos as fichas do inquérito por


questionário, seguirá a fase de tratamento, análise e discussão dos dados obtidos, com
vista a tirar as conclusões, a confirmação das hipóteses elaboradas e as recomendações.

3.4.2 Instrumento para a colecta de dados

O inquérito por questionário é um instrumento de investigação composta por


um conjunto de perguntas dirigidas a grupo de indivíduos, para ser respondidas pelo
indivíduo ou grupo de indivíduos a ser inquiridos, com o fim de recolher e acumular
certos dados sobre o tema investigado.

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3.4.3 Técnicas utilizadas

1. Técnica estatística

A técnica estatística é uma técnica matemática orientada que se emprega


para organizar, descrever, analisar e interpretar os dados dos fenómenos estudados, o
que facilita a sua generalização para a população.

2. Técnica bibliográfica

Consiste em consultar diversas bibliografias ligadas ao tema em estudo,


livros diversos, dicionários, enciclopédias, textos de apoio, brochuras diversas e a
Internet. Esta técnica permitirá enriquecer o nosso trabalho e criar um quadro teórico
com bases mais sólidas sobre a pesquisa.

3.5 Processamentos de dados

Os dados serão recolhidos por meio de um inquérito por questionário e o


tratamento de dados será feito através do método tradicional (a contagem). Para a
análise dos dados utilizaremos a estatística descritiva. O programa que será utilizado
para a análise e discussão dos dados é o Microsoft Excel e o restante dos conteúdos será
o programa de Microsoft Word.

IV. RESULTADOS ESPERADOS

Tendo em conta a pergunta científica elaborada, os objectivos de estudo, as


hipóteses formuladas, os resultados esperados são:

- Com a implementação de autarquias em Angola a concentração e


centralização da administração pública, dará a autonomia as localidades para o exercício
das suas funções.

- Com a realização das eleições autárquicas em Angola haverá a eficácia e


eficiência na administração central.

- Com a implementação de autarquias em Angola terá como a alavanca na


resolução de problemas locais.

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V. ORGANIGRAMA DAS ACTIVIDADES

Actividades a realizar Out Nov Dec Jan Fev Mar Abr

Escolha do tema X

Ìnicio do Projecto X

Colheita de dados X X X X X X

Elaboraçao do Projecto Final X

Revisão do Projecto X

Entrega do Projecto X

Defesa do Projecto X

VI. RECURSOS

Unidade Material Custos (Kwanzas)

(1) Resma 3.200,00

(2) Lapiseiras 200,00

(3) Saldo de telefone para a comunicação 3.000,00

(1) Tinteiro 10.000,00

- Transporte (Táxi) 5.000,00

- Informatização 3,500,00

- Cópias 800,00

Total 22.500,00

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, Diogo Freitas do. Curso de direito Administrativo. 3º ed. 2º reimp. Edições
Almeida, Lisboa, 2006.
CARVALHO, J. E. Metodologia do Trabalho Científico. 2ª. Edição, Escolar Editora.
Lisboa, 2009.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE ANGOLA. Decreto Presidencial n.º 307/10.


Tabela de Taxas, Licenças, Multas e Outras Receitas a Cobrar pelos Órgãos do Poder
Local. (20 de Dezembro de 2010). [I Série - N.º 240]. Luanda: Imprensa Nacional.
2010.

DECRETO PRESIDENCIAL N.º 47/12. Define os Distritos Urbanos da Cidade de


Luanda. (22 de Março de 2012). [I Série - N.º 56]. Luanda: Imprensa Nacional. 2012.

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6.ª ed. São Paulo: Editora Atlas,
2008.

LEI N.º 14/16. LEI DE BASES DA TOPONÍMIA. (12 de Setembro de 2016). [I Série -
N.º 155]. Luanda: Imprensa Nacional. 2016.

LEI N.º 15/16. ADMINISTRAÇÃO LOCAL DO ESTADO. (12 de Setembro de 2016).


[I Série - N.º 155]. Luanda: Imprensa Nacional. 2016.

LEI N.º 17/10. LEI DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS


DE ADMINISTRAÇÃO LOCAL DO ESTADO. (29 de Julho de 2010). [I Série - N.º
142]. Luanda: Imprensa Nacional. 2010.

LEI N.º 18/16. NOVA DIVISÃO POLÍTICO - ADMINISTRATIVO DA PROVÍNCIA


DE LUANDA. (17 de Outubro de 2016). [I Série - N.º 173]. Luanda: Imprensa
Nacional. 2016.

LEI N.º 9/04. LEI DE TERRAS. (9 de Novembro de 2004). [I Série - N.º 90]. Luanda:
Imprensa Nacional. 2004.

LEI Nº 3/10. LEI DA PROBIDADE PÚBLICA. (29 de Março de 2010). [I Série - N.º
57]. Luanda: Imprensa Nacional. 2010.
16
MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Fundamentação da
Metodologia Científica. 7ª. Edição. Editora Atlas, São Paulo, 2010.

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