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LICENCIATURA EM DIREITO
DIREITO ADMINISTRATIVO
AS AUTORIDADES TRADICIONAIS
DOCENTE
Eliezer Rocha
LUANDA, 2024
ÍNDICE
Elisa João-20220549
Fernando Gabriel-20220189
Jaquelina Pedro-20221595
Miquel Cambinda-20210252
Orlando Gandu-20221357
Victoria Batalha-20184289
INTRODUÇÃO
Angola foi durante muitos anos uma colónia de Portugal, isto é, entre os anos de
1910 até a 11 de Novembro de 1975. No entanto, antes da colonização sempre existiram
autoridades locais que tinham funções próprias de gestão política e administrativa do
território e a composiçãa com base a justiça comunitária dos problemas da comunidade
( locais como Onjango atestam a nossa assertiva). Ademais, no período colonial
também as Autoridades Tradicionais foram muitas vezes utilizadas pelos colonialistas
para a penetração do interior da então colónia de Angola e mais tarde, uma província
ultramarina de Portugal.
Ao longo deste trabalho vamos refletir sobre a natureza jurídica e política das
Autoridades Tradicionais, a sua importância na administração do território, as suas
atribuições e os seus desafios que se devem superar para que as autoridades tradicionais
sejam mais activas e proativas para o empreendimento do desenvolvimento harmonioso
do Estado angolano e uma melhor gestão e ordenamento do território.
PROBLEMA
Em 2022, o soberano do Reino do Bailundo ( Autoridade tradicional) foi
destituído alegadamente de forma contrária aos costumes locais pois a destituição do
cargo deveria advir de um Colégio restrito ( composto por anciãos da corte) e não de um
órgão da administração local do Estado ( Governo provincial). Ademais, o Presidente
do Fórum das Autoridades Tradicionais denunciou que existem Autoridades
Tradicionais entronadas que não são da linhagem real, diante destes problemáticos
factos, urge questionar: “ Qual é a natureza política e jurídica das Autoridades
Tradicionais ?”
Procedimento metodológico:
Há na grande maioria dos povos africanos formas específicas de poder local que
provêem de um passado mais ou menos remoto, e que se traduzem na existência de
comunidades locais de origem immemorial, quase sempre em zonas rurais do interior,
onde as populações reconhecem como legítimas certas autoridades tradicionais, tais
como sobas, seculos, reis, regedores, etc.
-Gerem a vida comunitária nos aspectos ligados à caça, organização dos trabalhos
agrícolas, a força de trabalho, a organização dos sistemas de troca. Controlam a
população, tanto do ponto de vista estatístico como de segurança; Estabelecem normas
sociais e jurídicas; Orientam o recrutamento de mancebos para o exército;
-Negoceiam as relações das comunidades com os diversos agentes externos que com
elas se relacionam: Estado, ONG, agências das Nações Unidas, empresários e agentes
privados, etc.; Negoceiam a exploração de recursos naturais: lenha, carvão, materiais de
construção (inertes), etc.;