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JÜRGEN HABERMAS

ESTUDOS ALEMÃES

Série coordenada por


EDUARDO PORTELLA, EMMANUEL CARNEIRO LEÃO,
e VAMIREH CHACON

MUDANÇA ESTRUTURAL
DA
ESFERA PÚBLICA
Investigações quanto a
uma categoria da
sociedade burguesa

Ficha catalográfica elaborada pela Equipe de 2ª edição


Pesquisa da ORDECC

Habermas,Jürgen.
Hll4 Mudança estrutural da Esfera Pública: investigações
gações quanto a uma categoria da sociedade burguesa
/ Jürgen Habermas; t raduçã o de Flávio R. Kothe. -
Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003.

398 p. (Biblioteca Tempo Universitário n º 76: Série


Estudos Alemães)

T radução de: "Strukturwandel der oftentlichkeit"

1. Publicidade. 2. Comunicação de massa. 3. Comunicação


- aspectos sócio-culturais. I. Título. II. Série. tempo brasileiro
CDD 659.111 Rio de Janeiro - 2003
CDU 659.1:008
SUMARIO

Prefácio .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 9
I Introdução: delimitação propedêutica de um tipo de es-
fera pública burguesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . 13
§ 1 - A questão inicial ... : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1 2 - Para o tipo "representatividade pública" . . . . . . . . . . 17
Excurso: o fim da representatividade pública, Ilus­
trado no exemplo de Wllhelm Me!ster . . . 25
§ 3 - Para a gênese da esfera pública burguesa . . . . . . . . 27

II Estruturas sociais da esfera pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

§ 4 - Prolegômenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
§ 5 - Instituições da esfera pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
§ 6 - A família burguesa e a institucionalização de uma
. privacidade ligada ao público . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . 60
§ 7 - A esfera pública literária em relação à esfera pú-
blica política . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
III Funções políticas da esfera pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

§ 8 - Caso-modelo: o desenvolvimento inglês . . . . . . . . . . . 75


! 9 - As variantes continentais européias . . . . . . . . . . . . . . 86
§ 10 - A sociedade civil bur guesa como esfera da auto-
nomia privada: Direito Privado e liberalização do
mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . t3
§ 11 - A contraditória institucionalização da esfera pú­
blica no Estado de Direito burguês . . . . . . . . . . . . . . 99

7
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1 TST 61
IV Esfera pública burguesa: idéia e ideologia . . . . . . . . . . . . . 110

§ 12 - Public opinion - opinlon publlque - offentliche


Melnung: para a pré-história do topos . . . . . . . . . . . 110
§ 13 - Publicidade como principio de mediação entre po­
lítica e moral (Kant) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 126
§ 14 - Para a dialética da esfera pública (Hegel e Marx) 142
§ 15 - A ambivalente concepção de esfera pública na teo-
ria do Uberalismo (John Stuart M111 e Alexls de
Tocquevllle) 155 PREFACIO
V Mudança na estrutura social da esfera pública . . . . . . . . 169
Tarefa da presente investigação é a análise do tipo "es­
16 - Interpenetração progressiva da esfera pública com fera -pública burguesa".
o setor privado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169 O modo de operar essa investigação é imposto pelas c'.ifi­
§ 17 - Polarização da esfera social e da esfera intima . . . . 180 culdades específicas de seu objeto. Em primeiro lugar, a sua
§ 18 - Do público pensador de cultufa ao público consu­ complexidade impede que ela se limite aos procedimentos
midor de cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189 específicos de uma única disciplina. A categoria "esfera pú­
19 - O fundamento apagado: as grandes linhas da de­
blica" precisa ser, pelo contrário, exp/.orada naquele vasto
cadência da esfera pública burguesa . . . . . . . . . . . . 207
campo outrora tradicional.mente imputado à "política" / 1 i:
VI Mudança de função política da esfera pública . . . . . . . . . . 213 dentro dos limites de cada uma das disciplinas sociológ·icas
tomadas isoladamente, o nosso objeto se dilui. É evidente a
20 - Do jornalismo literário de pessoas privadas aos problemática resultante da integração de aspectos sociológi­
serviços públicos dos mídias - A propaganda como cos e econômicos, jurídicos e politológicos, da história social
função da esfera pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
§ 21 - A subversão do princípio da "publicidade" . . . . . . 230
e da história das idéias: no atual estágio de diferenciação e
§ 22 - "Publicidade" pré-fabricada e opinião não-pública: especialização das Ciências Sociais, dificilmente alguém ili
o comportamento eleitoral da população .... , . . . . 246 de poder "dominar" várias dessas disciplinas, muito menos
§ 23 - A esfera pública política no processo de transfor­ todas elas.
mação sócio-estatal do Estado liberal de Direito . . 259 Outra peculiaridade do método resulta da necessidade de
ter de proceder, ao mesmo tempo, sociológica e historicame,,­
VII Para o conceito de opinião pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274
te. Concebemos a "esfera pública burguesa" como uma cal c­
24 - A opinião pública enquanto ficção do Direito Pú- goria típica de época; ela não pode ser retirada do incon.fun­
blico - A dissolução sócio-psicológica do conceito 274 dível histórico do desenvolvimento dessa "sociedade burg1ie.so"
25 - Uma tentativa sociológica de esclarecimento . . . . . 283 nascida no outono da Idade Média européia para, em seg1liria,
ao generalizá-la num ideal-tipo, transferi-la a constelações
- Notas . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290 formalmente iguais de situações históricas quaisquer. A.ss;m
- Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357
- tndice Remissivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 371
como procuramos mostrar que, num sentido preciso, só se
- índice Onomãstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 391 pode falar de algo como "opinião pública" na Inglaterra do
século XVIII, também consideramos de modo geral a "esfcr,!
pública" corno uma categoria histórica. Nisto se diferencia

e g

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