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Curso: Direito
Disciplina: História do direito
Ano: 1ᵒ Ano
Quelimane
Março
2022
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE CIÊNCIAS POLICIAS SOCIAIS
Quelimane
Março
2022
Índice
1. Introdução..........................................................................................................................2
1.1. Objectivos.........................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral.................................................................................................................3
1.1.2. Objectivos Específicos .....................................................................................................3
1.2. Metodologia do Trabalho ....................................................................................................3
2. Fontes do Direito na Europa Ocidental na Época Moderna costume Legislativos .............4
2.1. O Estado e a Igreja...........................................................................................................4
2.2. O Direito Canónico..........................................................................................................6
3. A 1ª manifestação da Actividade Legislativa......................................................................7
3.1. Funcionamento ................................................................................................................7
3.2. Horário das Sessões .........................................................................................................8
3.3. Sessão Plenária ................................................................................................................8
3.4. Ordem do Dia ..................................................................................................................8
3.5. Processo Legislativo ........................................................................................................9
4. Conclusão ..........................................................................................................................10
5. Referências Bibliográficas ................................................................................................11
1. Introdução
A Idade Média iniciou com a queda do Império Romano, em 476, e findou com a queda de
Constantinopla, em 1453, quando surgiu a Idade Moderna. Trata-se de um período marcado
pela ausência estatal, pelo direito fragmentado e pela presença da Igreja em todos os aspectos
da vida social.
Diante da ausência de um Estado forte, que impusesse o direito por meio de uma legislação
fixa e abstracta, dois fenómenos foram particularmente importantes: a) entre outras
instituições que tiveram relativa liberdade para florescer, destacou-se a Igreja Romana, que
foi responsável por regulamentar todos os aspectos da vida em sociedade, até mesmo o
direito; b) a ordem jurídica foi formada pelo direito consuetudinário, o direito romano, o
direito canónico e o direito específico dos povos.
A Igreja tornou-se uma instituição extremamente poderosa: adquiriu uma grande quantidade
de terras, elaborou o direito canónico e foi responsável pelos julgamentos ocorridos na
inquisição. Pode-se dizer que, em boa parte, a civilização medieval foi criada pela Igreja
Romana, que regulamentava desde os pequenos fatos do dia-a-dia até os direitos de família e
das sucessões, de acordo com os interesses do papa e sob o rótulo da vontade divina.
Nesse estudo, pretende-se realizar uma breve descrição das fontes do direito na europa
ocidental na época moderna costume legislativos e as primeiras manifestações da actividade
legislativa.
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1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral conhecer as fontes do direito na europa
ocidental época moderna costume legislativos e as primeiras manifestações da actividade
legislativa.
1.2.Metodologia do Trabalho
Para a realização do presente trabalho de investigação, foi possível com ajuda das consultas
de alguns manuais ou bibliográficas digitais e não digitais, assim como alguns sites da
internet e manual da História do direito da UCM, ensino presencial. As mesmas obras estão
devidamente citadas no desenvolvimento deste trabalho e destacadas na referência
bibliografia final.
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2. Fontes do Direito na Europa Ocidental na Época Moderna costume Legislativos
2.1.O Estado e a Igreja
Segundo GROSSI (2014, p. 135), a Idade Média foi inaugurada por um vazio estatal
decorrente da crise da estrutura do Estado Romano ocorrida no século IV. Houve uma
“carência de toda vocação totalizante do poder político, sua incapacidade de se apresentar
como fato global e assimilador de todas as manifestações sociais, sua realização nos
acontecimentos históricos medievais cobrindo apenas certas áreas das relações
intersubjectivas.
A ordem jurídica se relacionava com a “pluralidade e variedade das forças que compõem a
sociedade civil”, era o “terreno de confluência de forças diversas, resposta às exigências
objectivas dos homens e das coisas, e não o artifício preestabelecido nem pelo testamento dos
proprietários nem pelos detentores do poder” (GROSSI, 2014, p. 135).
Esse direito comum era subsidiário, somente aplicado pelo juiz nos casos em que o direito
próprio apresentava lacunas. Por “direito próprio” quer-se dizer a realidade plural formada
pelos direitos dos reinos, os estatutos das cidades, os costumes locais e os privilégios
territoriais ou corporativos.
a) O pluralismo de jurisdições;
b) A rejeição da legislação pelo desuso;
c) A ideologia do direito natural como controle substancial de leis abusivas;
d) A subordinação do superior aos direitos tradicionais dos inferiores;
e) O costume como fonte do direito (podendo a lei corrigir os costumes irracionais ou
desarrazoados);
f) O impedimento de interesses particulares como justificação de decisões relativas a um
grupo.
A partir do final do século XI, surge uma nova consciência jurídica, preocupada com a
identificação da lex, com o papel do príncipe e com a observância do direito – a chamada
baixa Idade Média ou Idade Média tardia (LOPES, 2008, p. 75).
Segundo TALAMINI (2002, p. 28), o direito canónico apresentou uma evolução gradual, de
acordo com os poderes adquiridos pela Igreja. Teve suas raízes no século IV, quando o
imperador Constantino possibilitou o exercício da jurisdição do papa sobre os fiéis. No século
V, a Igreja adquiriu jurisdição privativa sobre os clérigos e, no século X, obteve jurisdição
privativa sobre todas as matérias relacionadas aos sacramentos.
No entanto, até o momento, a autoridade religiosa era muito mais moral do que jurídica:
somente a revolução institucional operada por Gregório VII – papa entre os anos 1073 e 1085
– operou uma mudança nesse panorama. Com a reforma gregoriana, o direito canónico
tornou-se mais burocrático, formal e com propósitos determinados; a reforma foi rápida, total,
universal e socioeconómica.
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Segundo o autor, o direito canónico trouxe várias contribuições ao direito processual civil,
dentre ele a querela nullitatis – acção que visa à declaração de nulidade da sentença e cujas
hipóteses de cabimento foram consideravelmente ampliadas pelo direito canónico.
Frise-se que a inquisição medieval foi uma excepção a esse cenário positivo do processo
canónico. Instituída para combater as heresias crescentes durante os séculos XII e XIII, a
inquisição consistiu em um tribunal de excepção, no qual o inquisidor, munido de um
mandado especial de Roma, sobrepujava o poder local do bispo e realizava julgamentos sem
observar o contraditório. Dentre outros factores, a ocorrência da inquisição foi facilitado pela
influência da Igreja sobre o Estado:
Sessão o tempo durante o qual está reunida o Plenário (sessão plenária) tempo que decorre
desde abertura até ao encerramento da sessão. As sessões legislativas podem ser ordinárias,
extraordinárias, solenes e preparatórias.
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3.2.Horário das Sessões
As sessões do Plenário decorrem no período entre as 8.30 horas e às 13.00 horas, com
intervalo de 30 minutos, à excepção das sextas-feiras, em que cessam às 12.00 horas. As
sextas-feiras são dedicadas ao trabalho das Bancadas Parlamentares. (art. 14º do RAR).
As sessões solenes têm início depois das 8.30 horas e para a Ordem do Dia consta apenas o
acto solene.
3.3.Sessão Plenária
O plenário ou sessão plenária inicia os trabalhos à hora fixada desde que esteja presente um
terço dos deputados.
As sessões do Plenário podem ser interrompidas para consultas ou para trabalhos das
comissões ou das bancadas, sob proposta destas ou de um décimo dos deputados.
3.4.Ordem do Dia
Ordem do Dia é o rol de matérias ou assuntos que devem ser tratados em Assembleia sobre as
quais se devem efectuar deliberações.
A agenda de trabalhos e ordem do dia das sessões ordinárias obedecem a seguinte sequência
de prioridade:
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Solicitações de intervenção em matéria urgente de interesse nacional feitas pelo PR ou
pelo Conselho de Ministros;
Apreciação das sanções aplicadas aos deputados quando delas haja recurso;
Apreciação do Programa do Governo, do Plano Económico e Social, do OE;
Apreciação do relatório do Programa do Governo, do Plano Económico e Social do
OE;
Apreciação e aprovação da Conta Geral do Estado e
Apreciação de projectos e propostas de lei, resolução e de projectos de moção, sendo a
ordem de entrada.
3.5.Processo Legislativo
Processo legislativo é conjunto de normas que regem o procedimento a ser seguido pelo órgão
competente, especificando os actos (iniciativa, discussão, votação, sanção ou veto,
promulgação e publicação) a serem realizados na elaboração de leis. (Dicionário Jurídico).
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4. Conclusão
Terminando o trabalho conclui que a Idade Moderna nasceu com a queda do Império
Romano, no século IV. À época, havia uma ausência estatal que permitiu a aquisição de
grande poder pela Igreja Romana (entre outras instituições) e as suas ingerências no campo
jurídico, estatal e da vida social em geral. Havia um sistema jurídico pluralista e
hierarquizado, formado pelo direito comum (basicamente consuetudinário e romano), pelo
direito canónico e pelo direito dos povos. O soberano era Deus, representado na terra pelos
príncipes, que eram responsáveis pela interpretação das normas fornecidas pelo mundo fático.
Com as graduais evoluções da vida em sociedade, o direito passou por uma transformação,
notadamente no fim do século XI, com a utilização da ciência e dos juristas para a
organização e sistematização do conhecimento jurídico. O direito canónico também foi
revolucionado com o passar do tempo, caracterizando-se pela burocratização e flexibilização
das normas.
O direito passou a contar com alguns “apanhados” de normas – como o Corpus Iuris (de
origem romana), o Decreto de Graciano, as Decretais de Gregório IX e o Corpus Iuris
Canonici (estes últimos de natureza canónica) – e com a participação activa dos juristas
(glosadores e comentadores) na interpretação do direito. A partir do século XII, a Igreja
passou pelo período da inquisição, em que lutava contra a gradual perda de poder através da
punição severa de supostas heresias. A Idade Média teve seu fim sem que tal panorama fosse
alterado, deixando como legado para a Idade Moderna a confiança na razão humana
proveniente de São Tomás de Aquino e o nominalismo de Guilherme de Ockham, que deram
origem, respectivamente, à laicidade e ao individualismo da época moderna.
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5. Referências Bibliográficas
LOPES, J. R. de L. (2008). O direito na história: lições introdutórias. 3. ed. São Paulo: Atlas.
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