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Universidade Agostinho Neto

Faculdade de Direito
Trabalho de CPDC

TEMA :Estado Liberal e Estado Constitucional

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ÍNDICE

Introdução.....................................................................................
Resumo........................................................................................
Bibliografia..................................................................................
1. Sociedades pré-estatais,infra-estatais e supra-estatais............
2. Conceito de Estado.................................................................
3. Natureza de Estado.................................................................
4. Origem e Justificação do Estado............................................
5. Percurso de formação e extinção do Estado...........................
6. Estado Liberal e Estado Contitucional...........................

Integrantes do grupo 6º
Arsénio Antonio
Dalénio de Jesus Francisco
Miguel Cabassa
Armando Jeremias
Tomás João
José zau Canda
Hélder Santareno
Yousseni Andrédos SantosWalter Mabaia
Armando João
Ângelo Hilário
António Mateus
Bena Milandu
Simão Vembo
Paulo Vuta
Francisco Baptista
Fraga David
Rufino da Silva
Sara Abel
Paulo Marques
Moisés Clutangasi
Marcos Cafunha
Santos Cassule
Issac Sebastião
Alberto Panguila
João Teca
Job Francisco Canda
Laurindo Brinco
José Capittão
António Manzanga
Mateus Baptista
Ariel Cassumba
Metodologia
Objectivo geral
Estudar as fazes constitucional dos estados (Liberal e Constitucional)

Objectivo especifico
-conhecer a evolução histórica do Direito
Constitucional

-Distinguir os tipos de estados


Resume
Introdução
Desenvolvimento
Sociedade Pre-estatais

Sociedade sem Estado é uma sociedade que não é regida por


um Estado. Nas sociedades sem Estado, há pouca concentração
de autoridade; as posições de autoridade que existem são muito limitadas
em poder e em geral não são cargos permanentes. Os órgãos sociais
resolvem as disputas por meio de regras pré-definidas e tendem a ser
pequenos.[1] Sociedades apátridas são altamente variáveis na organização
econômica e nas práticas culturais.[2]
Durante a maior parte da história da humanidade, as pessoas viveram em
sociedades sem Estado. No entanto, poucas sociedades organizadas desse
modo existem atualmente, pois a maioria delas têm sido coagidas a se
integrar com as sociedades estatais que as cercam.[3]
Sociededes infra-estatais

As sociedades infra- estatais são aquelas sociedades onde as empresas que


pertencem ao governo, essas empresas têm como intuito a administração de
recursos estratégicos de um país e a garantia de que a população terá acesso a
eles.
Além disso, elas devem contribuir para o alcance do bem-estar econômico
.As empresas governamentais podem ser de dois tipos diferentes: empresas
públicas ou sociedades de economia mista. Desse modo, as empresas públicas
pertencem totalmente ao estado. Por outro lado, as empresas de economia mista
têm participação do setor privado.

Com o objetivo de melhorar a gestão e desempenho da empresa, pode


ocorrer a privatização das estatais. Neste caso, elas deixam de ser empresas
públicas e são vendidas por meio de leilão para o setor privado.

O que são e como funcionam empresas estatais?

As estatais são as empresas pertencentes ao governo, criadas por meio de


uma lei. Dessa maneira, elas são total ou parcialmente controladas pelo governo.
Normalmente, as estatais são criadas com o objetivo de administrar os
recursos tidos como estratégicos para a nação.
Ou seja, a intenção é que as estatais sirvam para garantir que a população
tenha acesso a esses recursos. As estatais funcionam como empresas
governamentais de administração indireta. Neste sentido, elas são instrumentos
da descentralização da administração do governo, por meio da distribuição de
competências. Em outras palavras, as estatais não são administradas diretamente
pelo governo, já que ele opta por transferir algumas tarefas para outras entidades
administrativas. Apesar de serem empresas governamentais, as estatais nem
sempre são totalmente do governo. Portanto, o governo pode ser dono de 100%
das ações, ou parte pode pertencer ao setor privado.

Tipos de empresas estatais

1- Empresas públicas

As empresas públicas pertencem totalmente ao governo. Ou seja, ele é


dono de 100% das ações e o setor privado não possui influência em sua
administração. Essas estatais são constituídas exclusivamente por dinheiro
público e em caso de irregularidades, a responsável por julgar é a PGR.

2- Sociedades de economia mista

Neste tipo de estatal, o governo não é detentor de todas as ações da


empresa. Inclusive, as ações são negociadas na Bolsa de Valores, e qualquer
investidor pode comprar uma parte desses ativo Enfim, ao aplicar nas ações de
estatais, o investidor se torna um sócio minoritário da empresa, passa a ter
direito de voto e participação nos lucros. No entanto, mesmo que o governo não
possua 100% das ações, ele continua sendo dono da maior parte.
Características comuns às empresas estatais
Algumas características comuns das empresas estatais são:

1 Fazem parte da Administração Pública Indireta.


2 Têm autonomia administrativa e financeira;
3 A criação ocorre por meio de uma lei;
4 A extinção desse tipo de empresa é por meio de uma lei;
5 São pessoas jurídicas de direito privado;
6 Têm personalidade jurídica e patrimônios próprios;
7 A nomeação dos seus dirigentes ocorre pelo Chefe do 8 Poder Executivo do
ente federado instituidor;
9 Podem ser criadas tanto para prestação de serviços públicos quanto para
exploração de atividade econômica;
10Têm regime jurídico híbrido.
Conceito de estado

Conceito. O vocábulo Estado, no sentido em que é empregado


modernamente, a nação politicamente organizada, era estranho aos
antigos, pois advém da época de Maquiavel (1469-1527), que iniciou a
sua obra O Príncipe (1513) com as seguintes palavras: “Todos os Estados,
todos os domínios que têm havido e que há sobre os homens foram e são
repúblicas ou principados.” 4 Os gregos designavam polis a sua cidade-
estado, termo equivalente a civitas dos romanos. Em Do Espírito das Leis,
Montesquieu empregou-o para designar o Direito Público.

Atualmente, Estado é um complexo político, social e jurídico, que


envolve a administração de uma sociedade estabelecida em caráter
permanente em um território e dotado de poder autônomo.

Queiroz Lima definiu-o como “uma nação encarada sob o ponto de


vista de sua organização política” e León Duguit considerou-o “força a
serviço do Direito” . As investigações que a doutrina moderna desenvolve
sobre o Estado caminham em três direções:

sociológica: que analisa o Estado do ponto de vista social, abrangendo a


totalidade de seus aspectos econômico, jurídico, espiritual, bem assim o
seu processo de formação e composição étnica (objeto da Sociologia)
política: corresponde à pesquisa dos meios a serem empregados
pelo Estado, para promover o bem-estar da coletividade, que é o seu
objetivo (objeto da Ciência Política);

jurídica: que examina a estrutura normativa do Estado, a partir das


constituições até a legislação ordinária (objeto da Ciência do Direito).

Natureza do Estado

Há teorias naturalistas, que consideram a organização estatal um


fenômeno natural, uma decorrência espontânea e necessária da vida social e, de
outro lado, as teorias da dominação, expostas sobretudo pela antiga corrente
comunista, que vê no Estado um processo artificial, útil para manter o domínio
de classes.

Elementos do Estado

Definição do Estado que nos indica seus três componentes


essenciais: povo, território, soberania. Os dois primeiros formam o
elemento material e o último, o de natureza formal.

povo. É o centro de vida do Estado e de suas instituições. A


organização política tem por finalidade controlar a sociedade , ao mesmo
tempo, protegê-la, a população atua como objecto e como sujeito da
atividade estatal, suas leis e atividades. Como sujeito, os indivíduos
revelam-se como membros da comunidade política. Não há limite mínimo
ou máximo de habitantes para a formação de um Estado. Alguns há que
possuem um reduzido número como o de Nauru que, em julho de 2010,
possuía 14.019 habitantes, enquanto outros são superpovoados, como a
China, cuja população já superou um bilhão e trezentos milhões de
habitantes. Entre os pensadores antigos. Platão estimou em 5.040 o
número ideal de homens livres para um determinado território; já
Aristóteles pensou em uma população formada por 10.000 habitantes,
excluídos os escravos, para que a polis pudesse ser bem governada.
Rousseau também calculou em 10.000 o número ideal de habitantes para
cada Estado.

A população que vive em um Estado pode caracterizar-se como


povo ou nação. O conceito de ambos, porém, não se confunde. Denomina-
se povo aos habitantes de um território, considerados do ponto de vista
jurídico, como indivíduos subordinados a determinadas leis e que podem
apresentar nacionalidade, religião e ideias diferentes.

Nação é uma sociedade formada por indivíduos que se identificam


por alguns elementos comuns, como a origem, língua, religião, ética,
cultura, e sentem-se unidos pelas mesmas aspirações. Enquanto o povo se
forma pela simples reunião de
que habitam a mesma região e se subordinam à soberania do Estado, a
nação corresponde a uma coletividade de indivíduos irmanados pelo
sentimento de amor à pátria. Essa coesão decorre de um longo processo
histórico. Como afirmam os autores, povo é uma entidade jurídica e a
nação é uma entidade moral.

Território. A sede do organismo estatal é constituída por seu


território – base geográfica que se estende em uma linha horizontal de
superfície terrestre ou de água e uma vertical, que corresponde tanto à
parte interior da terra e do mar quanto à do espaço aéreo. Em relação ao
território, também não há limite máximo ou mínimo de extensão. Há de
ser o suficiente, porém, para que a sua população possa viver e extrair da
natureza os recursos necessários à sua sobrevivência. Cada Estado, por
suas fronteiras, possui demarcado o seu limite territorial. Dentro de sua
base geográfica, o Estado exerce a sua soberania.

O significado do território revela-se por dupla forma: negativa e


positiva. A primeira manifesta o aspecto de que é vedado a qualquer outro
Estado exercer a sua autoridade nessa área; a positiva expressa que todos
os indivíduos que se acham em um território estão sob o império do
Estado.
O território possui dois atributos, do ponto de vista normativo:
impenetrabilidade e indivisibilidade. O primeiro significa que em um
território só pode haver um Estado e o segundo quer dizer que, da mesma
forma que o Estado, enquanto pessoa jurídica, não pode ser dividido, seus
elementos também serão indivisíveis.

Soberania. É o necessário poder de autodeterminação do Estado.


Expressa o poder de livre administração interna de seus negócios. É a
maior força do Estado, a summa potestas, pela qual dispõe sobre a
organização política, social e jurídica, aplicável em seu território. No
plano externo, a soberania significa a independência do Estado em relação
aos demais; a inexistência do nexo de subordinação à vontade de outros
organismos estatais. Isto não quer dizer, porém, que o Estado não se acha
condicionado a uma ordem jurídica internacional. O Direito Internacional
Público, que disciplina as relações jurídicas entre Estados soberanos e
entidades análogas, estabelece princípios e normas para o convívio
internacional, que devem ser acatados pelos membros da comunidade
internacional. Como atributo fundamental, a soberania é una e indivisível;
o poder de administração não pode ser compartido. Aristóteles, em “A
Política”, já havia declarado esta característica: “a soberania é una e
indivisível – ut omnes partem habeant in principatu, non ut singuli, sed ut
universi”. “Não há duas soberanias, nem meia soberania. A soberania é
uma força simples, infracionável; ou existe toda ou não existe.” Certos
autores predicam à soberania um poder ilimitado ou ilimitável. Tal
qualidade não pode ser aceita em face das consequências lógicas que
apresenta. A ausência de limites à situação do Estado equivaleria a um
retorno à cidade antiga, em que os indivíduos eram propriedades do
Estado. O poder estatal há de ser amplo, mas respeitados os parâmetros
necessários à proteção aos direitos humanos e ao reconhecimento dos
direitos dos demais Estados que integram a comunidade internacional. Tal
atributo seria inconciliável à ideia do Estado de Direito. Alguns autores
analisam a soberania sob o ponto de vista de sua titularidade, afirmando
que a questão apresenta variações no tempo e espaço. Assim é que, nos
Estados absolutistas, o seu titular seria o monarca; em outros regimes,
como o aristocrata, a soberania estaria centralizada em um grupo; e nos
Estados constitucionais, regidos pela democracia, o povo seria o seu
titular. A questão parece-nos mal colocada, porque a soberania é sempre
do Estado, é atributo seu, que pode ser controlado, exercitado, sob formas
diversas, variáveis de acordo com as épocas e lugares.
ORIGEM DO ESTADO
A Teoria Geral do Estado tem haver com a origem e o
desenvolvimento dos conceitos e tipos de Estados ao longo da história
até aos Estados atuais.
O fim da idades media marcou o início do conceito país, por
consequência do próprio Estado .A reunião dos feudos sob um governo
central determinou o surgimento de uma mentalidade diferente , fez com
que o cidadão passasse ater novos sentimentos em relação a sua situação
geográfica.O sentimento de pertencer a uma cidade ou a um determinado
local foi sendo suplantado por um ou mais abrangente que envolvia o
país.
Dessa nova desposição surgiu o conseito atual de estado. Estado é
uma palavra polissemica e seu significado atual surgiu por volta do
seculoXVI. Estado deriva de status reipubicae, que era usado para
designar a ordem permanente da coisa pública e do negócios de Estado na
Roma antiga. A palavra tornou-se de uso corrente através dos escritos de
Maquiavel.

Teoria Patriarcal A presente teoria teve em Sumner Maine (1822-


1888) o seu principal expositor, que a desenvolveu na obra As Instituições
Primitivas. A ideia básica desta concepção é que, no passado mais
remoto, a única organização social existente era representada pelas
famílias separadas. Em cada um desses núcleos, formados pela agrupação
de consanguíneos, a autoridade competia ao ascendente varão mais
antigo, que possuía um poder absoluto sobre a vida e a morte de seus
integrantes. Quanto à descendência, esta se definia pela linha masculina, a
partir de um antepassado varão. Segundo a teoria patriarcalista, a
evolução que a seguir se processou teve as seguintes etapas: família
patriarcal, gens, tribo, cidade, Estado. Maine fundou o seu estudo em
pesquisas que encetou sobre a organização de alguns povos antigos, entre
os quais o hindu, grego, romano, germano, entre outros.

Teoria Matriarcal. Para o matriarcalismo, a vida humana se


desenvolveu, primeiramente, pela horda, em que os indivíduos eram
nômades e não possuíam normas definidas. Nessa fase não havia sequer a
noção de família ou de parentesco. A promiscuidade sexual era absoluta
( eterismo). Tal hipótese foi formulada por Bachofen, na obra O Direito
Materno (1861). Para o matriarcado, que teve em Lewis Morgan (1818-
1881) o seu principal expositor, por sua obra A Sociedade Primitiva
(1871), a filiação feminina antecedeu à masculina e a chefia da família
competia à mãe, enquanto o pai, ou não era membro da família, ou
ocupava uma posição subordinada (período do direito das mães). Apenas
em uma etapa mais adiantada é que a família teria se organizado com a
preeminência do pai.

Teoria Sociológica. Entre os adeptos da presente teoria, destaca-


se o nome do eminente sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917)
que, na obra Formas Elementares da Vida Religiosa (1912), sustentou a
ideia de que os primeiros grupos não foram constituídos pela família, mas
pelo clã, formado não por vínculos de parentesco, mas pela identidade de
crença religiosa. Os membros do clã acreditavam na existência do totem,
que seria o antepassado místico do qual eram descendentes. O Estado teria
surgido como decorrência da evolução da organização clânica para a
territorial, em que os laços espirituais já não decorriam do totemismo, mas
do fato de ocuparem uma igual área geográfica.

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