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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades


Curso de Ciências Jurídicas

Unidade Curricular:

Código – DIAL Tipo de unidade curricular – Específica


(Opcional)
Nível da unidade curricular – 4º Ano Académico – 2022
Semestre – 7.º Número de Créditos – 5
Número total de horas – 150
Docente: Moreira Rêgo

1. Objectivos gerais da disciplina:


 Aprofundar o conhecimento sobre a organização da Administração Pública e as diversas
formas sobre o exercício da actividade administrativa
 Comprender e avaliar a relevância do Direito das autarquias locais para disciplinar aspectos
das relações públicas e administrativas entre os sujeitos de direito público e privado;
 Conhecer os diversos meios e modalidades de tutela administrativa a que estão sujeitas as
autarquias locais;
 Conhecer o regime jurídico moçambicano relativo às autarquias locais.
2. Precedência: N/A
3. Conteúdo da disciplina:
3.1. Plano temático da disciplina

Ord. Número de horas


HC HEI Total
I Introdução Geral 6 3 9
II O Direito das Autarquias Locais 6 3 9
III A Autarquia Local: conceito, elementos e 8 4 12
figuras afins
IV As Autarquias Locais em Moçambique 10 10 20
V Organização das Autarquias Locais 10 10 20
VI As atribuições e competências das autarquias 10 10 20
locais
VI A Articulação entre Autarquias Locais e 10 10 20
Administração Directa
VIII A Tutela das Autarquias Locais 10 10 20
IX Criação, alteração e extinção das autarquias 10 10 20
locais
Tota 80 70 150
l

1º teste: 14/04/2022
2º teste: 05/05/2022
3.2. Plano Analítico da disciplina

I. Introdução Geral
1. Sectores de organização administrativa
1.1. Administração Estadual
1.2. Administração directa
a) Administração central
b) Administração local
1.3. Administração Indirecta
1.4. Administração Autónoma
a) Administração autónoma não territorial ou funcional
b) Administração autónoma territorial

II. O Direito das Autarquias Locais


1. O direito das autarquias locais
1.1. Natureza
1.2. Caracteres
1.3. Fontes
2. Autonomia local e conceitos afins
2.1. O conceito de self-government
2.2. O conceito de autarquia
2.3. O conceito de administração autónoma
2.4. O conceito de descentralização administrativa
2.5. O conceito de subsidiariedade

III. A Autarquia Local: conceito, elementos e figuras afins


1. Caracteres distintivos
2. Conceito de autarquia local
3. Elementos constitutivos
a) Comunidade de residentes
b) Território
c) Interesses locais
d) Poderes públicos autónomos
e) Elementos implícitos
4. Figuras afins
a) As associações de Municípios
b) Os órgãos de governação descentralizada provincial e distrital
c) As secretarias de Estado na província
d) Autoridades tradicionais

IV. As Autarquias Locais em Moçambique


1. Período colonial
2. Da independência até aos Programas de Reabilitação Económica (PRE)
3. Do PRE à CRM de 1990 e sua revisão de 1996
4. Da CRM de 1990 à revisão de 2004
5. A revisão pontual da CRM e 2018

V. Organização das Autarquias Locais


1. Categorias de autarquias locais
2. As estruturas das autarquias locais
2.1. Órgãos das autarquias locais
2.1.1. A assembleia municipal ou de povoação
2.1.2. Os órgãos executivos da autarquia local
i) O conselho Municipal ou de povoação
ii) O presidente do conselho municipal ou de povoação
2.2. O modelo de governação local
a) O regime presidencial
b) O “presidencialismo municipal”
i) A separação de funções
ii) A colaboração dos órgãos
3. A autonomia local
4.
4.1. Autonomia administrativa
a) Autonomia normativa
b) Autonomia organizacional
i) Criação e organização dos serviços públicos autárquicos
i) Autonomia organizacional interna e de gestão do pessoal
4.2. Autonomia financeira
a) A capacidade jurídica das autarquias locais em matéria financeira
i) O poder de decisão em matéria de receita
ii) O poder de decisão em matéria de despesas
b) A autonomia material das autarquias locais em relação ao Estado
4.3. A autonomia patrimonial

As atribuições e competências das autarquias locais


A) As atribuições das autarquias locais
1. O princípio da especialidade
2. O sistema de definição das atribuições
3. Os critérios de definição das atribuições
4. Classificação das atribuições
B) As competências das autarquias locais
1. O gradualismo
1.1. Razões de escolha
1.2. Critérios do gradualismo
2. O gradualismo no processo de transferência das competências
2.1. Uma transferência à escolha
2.2. As modalidades das transferências de competências

A Articulação entre Autarquias Locais e Administração Directa


1. A coordenação
2. A cooperação
3. O apoio técnico

A Tutela das Autarquias Locais


1. A organização da tutela administrativa
1.1. Os órgãos da tutela administrativa
a) Os órgãos de tutela ao nível central
b) Os órgãos de tutela ao nível local
1.2. Os meios dos órgãos de tutela administrativa
2. As modalidades da tutela administrativa
2.1. A tutela sobre os órgãos e membros dos órgãos das autarquias locais
2.2. A tutela sobre os actos administrativos e contratos celebrados pelos órgãos
e serviços das autarquias locais
2.3. A tutela sobre as decisões financeiras
a) O controlo interno
b) O controlo externo
3. Efeitos

Criação, alteração e extinção das autarquias locais


1. Situação de facto
2. Criação
3. Modificação
4. Extinção

4. Métodos de ensino-aprendizagem:
No quadro da metodologia, são utilizados quatro modelos pedagógicos para consolidar os
conhecimentos e potenciar a motivação dos estudantes, nomeadamente: (1) exposição teórica da
matéria; (2) Sessões de debate sobre temas de desenvolvimento; (3) Elaboração de fichas de
leitura para a exploração da matéria através de leitura de textos e documentos; (4)
acompanhamento da dedicação individual do estudante sempre que necessário e se justificar, via
e-mail e/ou presencial, para consolidação da matéria através da apresentação dos trabalhos
realizados, os quais são de carácter obrigatório.

5. Métodos de avaliação:
A avaliação segue os princípios e filosofia previstos no Regulamento Pedagógico da
Universidade. Com efeito, a avaliação final de cada discente compreenderá:

a) Avaliação contínua
A avaliação contínua abrange a assiduidade e participação nas aulas e nas palestras, para
além da realização de trabalhos individuais ou de grupo. A cada estudante será exigida a
participação num trabalho de grupo, além de poder realizar individualmente outros trabalhos. O
trabalho de grupo será um tema atribuído na terceira semana do ano lectivo e a sua entrega, sem
possibilidade de prorrogação, ocorrerá quatro semanas após a distribuição dos temas.
Para além destas actividades poderão existir outros trabalhos de natureza individual, de
acordo com as oportunidades que a actualidade jurídica for proporcionando.

b) Avaliação das provas de frequência;


Existem duas provas, escritas, de frequência, realizadas e publicadas segundo o
calendário estabelecido pela Coordenação do Curso. A nota de avaliação contínua será também
divulgada após a entrega dos trabalhos e será ponderada em igualdade de circunstâncias que as
provas escritas no cálculo da média de frequência.
Nas avaliações de frequência será igualmente feita uma avaliação da Língua Portuguesa
pois, assume-se que falar e escrever bem a Língua oficial (o Português) é uma condição de que
nenhuma ‘Universidade’ digna desse nome deve abdicar. Mas, num curso de Direito, mais do
que uma condição, trata-se de uma verdadeira exigência. Por isso, aos alunos que fizerem mau
uso oral, e sobretudo, escrito da Língua Portuguesa será debitado até 1,0 valor na respectiva nota
final da prova.

b) Exame final
O exame final será escrito e realizado, nos termos determinados pela Coordenação do
Curso.
6. Língua de ensino: Língua Portuguesa.

7. Bibliografia recomendada:

* Alexandrino, José de Melo, Direito das Autarquias Locais, Introdução, Princípios e Regime Comum, in
Paulo Otero e Pedro Gonçalves (Coord.), Tratado de Direito Administrativo Especial, Lisboa, Vol. IV,
Almedina, 2010.
* Amaral, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, Vol. I, 3.ª edição, Almedina, 2010
* Bénoit, Francis-Paul, Le Droit Administratif Français, Librairie Dalloz, Paris, 1968
* Caetano, Marcello, Princípios Fundamentais do Direito Administrativo, reimpressão da edição
brasileira, Almedina, 1996.
* Chambule, Alfredo, Autarquias Locais, edição do Autor, s.a.
* Cistac, Gilles, Manual das Autarquias Locais, Maputo, Imprensa Universitária – UEM, 2001
* Dias, José Eduardo Figueiredo e Oliveira, Fernanda Paula, Noções Fundamentais do Direito
Administrativo, 3.ª reimpressão, Almedina, 2012.
* Fernandes, Tiago de Matos, O Poder Local em Moçambique, Descentralização, Pluralismo Jurídico e
Legitimação, Afrontamento, 2009

* Fonseca, Rui Guerra da, Autonomia Estatutária das Empreas Públicas e Descentralização
Administrativa, Almedina, 2005.
* Otero, Paulo, Legalidade e Administração Pública, o Sentido da Vinculação Administrativa à
Juridicidade, Coimbra, 2.ª reimpressão da edição de Maio de 2003, Almedina, 2011;
* Rivero, Jean, Direito Administrativo, Almedina, 1981.
* Tavares, José, Administração Pública e Direito Administrativo, Guia de Estudo, 2.ª edição revista,
Almedina, 1996.
* Waty, Teodoro Andrade, Contributo para uma Teoria de Descentralização Financeira em Moçambique,
Almedina, 2010.

Legislação indicativa
CRM
Lei n.º 6 e 7/2018, de 3 de Agosto;
Lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto;
Decreto n.º 30/2001, de 15 de Outubro;

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