Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estudantes:
Leonel Amor Vinho
Marcelo Mussagy Jr.
Tema
Mediação
Docente:
Msc. Madeira Jr.
O conflito pode ser resolvido por negociação, mas do impasse negocial pode resultar uma
agudização que leva a empregar determinados meios, ainda pacíficos, para encontrar soluções.
No presente trabalho o grupo abordará sobre, a mediação, que constitui um dos modos pacíficos
de resolução de conflitos colectivos, que se caracteriza por entregar a um terceiro o encargo de
procurar uma solução global para o caso, sob a forma de uma proposta ou recomendação, a
aceitar ou recusar pelos interessados.
Objectivos:
1.3 Metodologia
Para elaboração do presente trabalho, foi usado a técnica da consulta bibliográfica e da Lei n.º
23/2007 de 1 de Agosto, que consistiu na leitura e interpretação de doutrinas e artigos que
norteiam a matéria em análise.
1
2 Conflitos Colectivos e Modos de Resolução.
2.1 Princípios
A luz do Art.180.° da Lei de Trabalho os órgãos encarregues de resolver conflitos colectivos
obedecem aos princípios da imparcialidade, independência, celeridade processual, equidade e
justiça. Ou seja, o terceiro a quem será entregue o encargo de procurar soluções global ou geral
para resolução do conflito colectivo, não pode agir de forma desigual ou com distinção perante
uma das partes, seja a parte empregadora ou trabalhadora.
2.2 Mediação
A mediação segundo Mónica Waty, caracteriza se por entregar a um terceiro o encargo de
procurar uma solução global para o caso, sob a forma de uma proposta ou recomendação, a
aceitar ou recusar pelos interessados. A mediação supõe um sistema em que os litigantes se
encontram separados e em que o mediador desenvolve bons ofícios e contactos sigilosos com
cada uma delas para a obtenção de um acordo.
A luz do art. 186 e ss. da Lei de Trabalho, A mediação constitui uma das formas de solucionar
conflitos colectivos que se pode dizer está a meio caminho entre a conciliação e a arbitragem; é
algo maior que a conciliação e menor que a arbitragem. Ela representa um termo médio entre
estas duas figuras, mas, diversamente da conciliação que implica uma forma de aproximar as
partes, de as sentar e negociar para chegarem a um consenso, a mediação pressupõe que o
mediador apresente soluções para serem aceites pelas partes. Por via de regra, a mediação
assenta no acordo das partes também no que respeita à iniciativa de recorrer a este meio de
resolução de dissídios ou conflitos colectivos (art. 186 da LT).
Na mediação encarrega-se um terceiro, uma entidade independente das partes, de apresentar uma
proposta de resolução de conflito. A mediação é um modo de solucionar conflitos mais rígido do
que a conciliação, porque, nela, pretende-se que seja apresentada uma solução definitiva e rígida
para o conflito, enquanto na conciliação tem-se em vista aproximar as partes.
2
2.3 Processo de Mediação
Em princípio, o mediador, depois de conhecer o litígio que opõe as partes, apresenta-lhes a sua
proposta ou recomendação que se pressupõe equilibrada, tendo em conta os interesses em
confronto, o mediador deve comunicar às partes a data, hora e local de mediação a luz do n.º1,
do art.º 187.º da LT, dispondo para tal de um prazo de trinta dias a contar da data da sua
nomeação ou por um período mais longo salvo se as partes assim acordarem, segundo o
( art.187º , n.º2, da LT). Mas, se no conflito colectivo de trabalho, verificar-se a falta de
comparência da entidade empregadora, o prazo de mediação pode ser reduzido, a luz do n.º 3,
do art.º187º. da LT. A questão que pode se colocar é, porquê que a falta de comparência da
entidade empregadora pode culminar com a redução do prazo? Segundo a nossa concepção, esse
acto pode ser considerado como uma falta de serenidade ou negligência da parte empregadora no
processo dirimente do conflito.
Se a parte que solicitou a mediação n.º4, art.º187º. da LT, não comparecer no dia da audiência
para a mediação sem motivo justificado, o mediador pode arquivar o processo, e se a falta de
comparência for da outra parte, o mediador deve remeter oficiosamente o processo a arbitragem,
que é uma forma de resolução de conflito mais rígida que a mediação, e por seu turno a parte
faltosa é obrigada a pagar uma multa fixada pelo centro de mediação e arbitragem.
A mediação defere da arbitragem, na medida em que a proposta apresentada pelo mediador pode
ou não ser aceite pelas partes (n.º7, art.º187º. da LT), considerando-se recusada em caso de
silêncio de uma das partes, ao passo que, na arbitragem a decisão arbitral, de acordo com, (n.º2,
3
art.º193º. da LT), produz os mesmos efeitos de uma sentença, ou seja, as partes ficam vinculadas
ou obrigadas a cumprir a decisão tomada pelos árbitros na resolução do litígio.
4
3 Conclusão
Em jeito de considerações finais, vimos que a mediação, caracteriza se por entregar a um terceiro
o encargo de procurar uma solução global ou geral para resolução de um conflito colectivo, sob a
forma de uma proposta ou recomendação, a aceitar ou recusar pelos interessados. Na mediação,
supõe-se um sistema em que os litigantes se encontram separados e em que o mediador
desenvolve bons ofícios e contactos com cada uma das partes para a obtenção de um acordo.
Também vimos que é, um modo de solucionar conflitos mais rígido do que a conciliação e
menos impactante que a arbitragem, porque, nela, pretende-se que seja apresentada uma solução
definitiva e rígida para o conflito, enquanto que, a conciliação tem-se em vista aproximar as
partes, de as fazer sentar e negociar para chegarem a um consenso. Ao contrário da proposta do
mediador, que pode ser aceite ou recusada pelas partes, a sentença arbitral torna-se obrigatória.
5
4 Bibliografia
MARTINEZ, Pedro Romano, Direito do Trabalho. 6ª Edição. Almedina. Coimbra. 2006;
Fontes Legais