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O Poder Central
O poder central corresponde ao Governo da República de Moçambique que exerce o
seu poder em todo o território nacional.
Nos termos constitucionais temos órgãos locais do Estado nos escalões de provincia,
distrito, posto administrativo e localidade.
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fiscalizar e controlar a observância dos princípios e normas estabelecidos na
Constituição e nas leis, bem como das decisões do Conselho de Ministros
referentes à respectiva província;
GOVERNAÇÃO LOCAL
Introdução
Ao nível local, todos sabemos que há problemas próprios de cada região, situações
que são específicas de cada comunidade e que as populações locais conhecem bem,
porque as vivem, sentem e gostariam elas próprias de as resolver, porque têm
consciência de que detêm soluções alternativas eficientes e eficazes para a superação
de suas necessidades e dificuldades. Mas não têm poder e meios para isso: faltam lhes
os meios humanos, técnicos e financeiros, bem como o poder político e administrativo.
Em 1996, através da Lei n.º 9/96, de 22 de Novembro, a Assembleia da República
aprovou, por consenso, uma emenda constitucional para a criação do quadro jurídico
básico para a municipalização no nosso país. Com efeito, a Constituição da República,
na altura, consagrou o Cap. IV referente ao Poder Local e a consequente criação das
autarquias locais.
A descentralização permite:
a) Reforçar a democracia:
- os responsáveis locais são directa e regularmente eleitos pelos
cidadãos, e estes vão poder controlar e fiscalizar a sua gestão;
- cada cidadão, pode participar mais directamente na gestão e decisão
dos problemas da sua comunidade.
O grande desafio agora é o desenvolvimento das competências para gerir com eficácia
e efectividade, para captar recursos e para assegurar a sustentabilidade dos
programas e projectos implementados.
Com pessoas capazes e com recursos próprios, o poder local tem as melhores
condições para resolver adequadamente os problemas locais.
Conclusões
O fenómeno da descentralização percorre, hoje em dia, grande parte dos Estados,
paralelamente ao processo de implantação e/ou de aprofundamento da democracia, e
mesmo países com fortes tradições centralistas estão, de forma crescente, a
desenvolver medidas operativas e alterações institucionais para edificar sociedades
que representam comunidades nacionais agregadas pela afinidade dos cidadãos entre
si e sem destruir o sentido da identidade comum.
1. Bibliografia
11. Freitas do Amaral, Diogo; Curso de Direito Administrativo, Vol. 1, 2ª ed, Livraria
Almedina Coimbra, 1994; 8