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Curso de Capacitação

de Conselheiros dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
Ministrante: Esp. Edson Willian Piotto
Evolução do Direito da Criança e do
Adolescente

Crianças e
Adolescentes
CMDCA

CEDCA

CONANDA

ECA
Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente
 Conselho Nacional
 Conselho Estadual
 Conselho Municipal
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
 ORIGEM DOS CONSELHOS DE
POLÍTICAS PÚBLICAS
 Constituição de 1988, que,
resultante de um processo de
mobilização popular, institui nos
seus princípios a descentralização
e a participação popular.
 Artigos 198, 204 e 206 da
Constituição deram origem a
criação de conselhos de políticas
públicas no âmbito da saúde,
assistência social e educação nos
três níveis de governo.
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
 Os Conselhos Gestores de Políticas Publicas são canais institucionais, plurais,
permanentes, autônomos, formados por representantes da sociedade civil e poder
público, cuja atribuição é a de propor diretrizes das políticas públicas, fiscalizá-
las, controlá-las e deliberar sobre elas, sendo órgãos de gestão pública
vinculados à estrutura do Poder Executivo, ao qual cabe garantir a sua
permanência.¹

1 - Nahra, Clicia Maria Leite. A representação do executivo municipal nos conselhos gestores de políticas
públicas.(mimeo) 2007.
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

 Ressalta-se que, embora ligados à estrutura do Poder Executivo, não são, no


entanto, subordinados a ele. Isto é, são autônomos nas suas decisões.
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

 Os conselhos são constituídos por representantes da sociedade civil


e do Estado não pertencendo a nenhum desses segmentos, isto é,
tanto os representantes da sociedade civil quanto do Estado, são
solidários pelas decisões tomadas.
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

 Existem nas três esferas de governo: federal, estadual e municipal, os conselhos


tratam de temas ou direitos específicos e se constituem enquanto instâncias
de decisões políticas e não de atendimento.
CONSELHO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
 O que é o Conselho da Criança e do Adolescente?
 Foi previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, Artigo 88

Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:

II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos


da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das
ações em todos os níveis, assegurada a participação popular paritária
por meio de organizações representativas, segundo leis federal,
estaduais e municipais;
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
 RESOLUÇÃO 105 – CONANDA

Parâmetros para a Criação e Funcionamento dos Conselhos dos


Direitos da Criança e do Adolescente em todo o território nacional.
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
]
Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, composto
paritariamente de representantes do governo e da sociedade civil
organizada, garantindo a participação popular no processo de
discussão, deliberação e controle da política de atendimento integral
aos direitos da criança e ao adolescente, que compreende as políticas
sociais básicas e demais políticas necessárias à execução das
medidas protetivas e socioeducativas dispostas nos artigos 87, 101 e
112 da Lei nº 8.069/90
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

O Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente deverá ser


criado por lei, integrando a estrutura de Governo Federal, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, com total autonomia decisória
quanto às matérias de sua competência
As decisões tomadas pelo Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente, no âmbito de suas atribuições e competências vinculam
as ações governamentais e da sociedade civil organizada em respeito
aos princípios constitucionais da participação popular e da prioridade
absoluta à criança e ao adolescente.
CONSELHO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Cabe à administração pública, no nível correspondente, fornecer


recursos humanos e estrutura técnica, administrativa e institucional
necessários ao adequado e ininterrupto funcionamento do Conselho
dos Direitos da Criança e do Adolescente, devendo para tanto instituir
dotação orçamentária específica sem ônus para o Fundo dos Direitos
da Criança e do Adolescente.
QUEM PODE SER CONSELHEIRO?

Os representantes do governo junto aos Conselhos dos Direitos da


Criança e do Adolescente deverão ser designados pelo Chefe do
Executivo no prazo máximo de 30 (trinta) dias após à sua posse.
De acordo com a estrutura administrativa dos diversos níveis de
governo deverão ser designados prioritariamente, representantes dos
setores responsáveis pelas políticas sociais básicas, direitos humanos
e da área de finanças e planejamento;
QUEM PODE SER CONSELHEIRO?

 A representação da sociedade civil garantirá a participação da


população por meio de organizações representativas escolhidas em
fórum próprio.
 § 1º. Poderão participar do processo de escolha organizações da
sociedade civil constituídas há pelo menos dois anos com atuação
no âmbito territorial correspondente.
QUEM PODE SER CONSELHEIRO?
 O mandato no Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente
pertencerá à organização da sociedade civil eleita, que indicará um
de seus membros para atuar como seu representante;

 O mandato dos representantes da sociedade civil junto aos


Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente será de 02
(dois) anos.
QUEM NÃO PODE SER CONSELHEIRO
 Conselhos de políticas públicas;
 Representantes de órgão de outras esferas governamentais;
 Representantes que exerçam simultaneamente cargo ou função
comissionada de órgão governamental e de direção em organização
da sociedade civil;
 Ocupantes de cargo de confiança e ou função comissionada do
poder publico na qualidade de representante de organização da
sociedade civil;
 Conselheiros Tutelares no exercício da função;
QUEM NÃO PODE SER CONSELHEIRO

 Não deverão compor os Conselhos dos Direitos da Criança e do


Adolescente, na forma deste artigo, a autoridade judiciária,
legislativa e o representante do Ministério Publico e da Defensoria
Pública com atuação na área da criança e do adolescente ou em
exercício na comarca no foro regional, Distrital e Federal.
DO REGISTRO DAS ENTIDADES E PROGRAMAS
DE ATENDIMENTO
 Artigos 90, parágrafo único e 91, da Lei nº 8.069/90
 Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo
planejamento e execução de programas de proteção e sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes, em
regime de: (Vide)
 I - orientação e apoio sócio-familiar;
 II - apoio sócio-educativo em meio aberto;
 III - colocação familiar;
 IV - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
 V - prestação de serviços à comunidade; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
 VI - liberdade assistida; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
 VII - semiliberdade; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
 VIII - internação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
 § 1 o As entidades governamentais e não governamentais deverão proceder à inscrição de seus programas,
especificando os regimes de atendimento, na forma definida neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança
e do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho
Tutelar e à autoridade judiciária
DO REGISTRO DAS ENTIDADES E PROGRAMAS
DE ATENDIMENTO
 a) o registro das organizações da sociedade civil sediadas em sua
base territorial que prestem atendimento a crianças, adolescentes e
suas respectivas famílias, executando os programas a que se refere
o art.90, caput e no que couber as medidas previstas nos artigos
101, 112 e 129, todos da Lei nº 8.069/90;
 b) a inscrição dos programas de atendimento a crianças,
adolescentes e suas respectivas famílias, em execução na sua base
territorial por entidades governamentais e das organizações da
sociedade civil.
 Os Conselhos Municipais e Distrital dos Direitos da Criança e do
Adolescente deverão expedir resolução indicando a relação de
documentos a serem fornecidos pela entidade para fins de registro,
considerando o disposto no art. 91 da lei 8.069/90.
 Os documentos a serem exigidos visarão exclusivamente comprovar
a capacidade da entidade em garantir a política de atendimento
compatível com os princípios do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Orientação e apoio sócio-familiar - Entende-se por
regime de orientação e apoio sociofamiliar os
programas que atendam diretamente as famílias,
inclusive as gestantes, com o oferecimento de
tratamento, assistência jurídica, acompanhamento
social ou fornecimento de bens e serviços voltados ao
resgate e/ou fortalecimento de vínculos afetivos,
superação de situações de conflito familiar e/ou
violência, provimento de necessidades básicas ou
alternativas de geração de renda familiar.
Apoio sócio-educativo em meio aberto - Entende-se por
regime de apoio sócio- educativo em meio aberto os
programas que atendem diretamente crianças ou
adolescentes visando seu preparo para o exercício da
cidadania enquanto agentes transformadores de sua
realidade, com atividades de esporte, lazer ou cultura,
em período oposto ao escolar e/ou de tratamento,
acompanhamento ou orientação para crianças ou
adolescentes, inclusive as vítimas de ameaças ou
violação aos seus direitos.
Colocação familiar - A colocação familiar visa a
inserção da criança/adolescente em família substituta,
mediante guarda, tutela ou adoção, independente da
situação jurídica da criança ou adolescente em
conformidade com art.28, 29, 30, 31 e 32 do Estatuto da
Criança e do Adolescente – Lei n° 8.069/90.
Acolhimento institucional / familiar - O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são
medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração
familiar ou não sendo esta possível, para colocação em família substituta, não implicando
privação de liberdade em conformidade com o §1° do art.101 do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Entende-se por regime de acolhimento institucional o acolhimento provisório e
excepcional para crianças e adolescentes de ambos os sexos, inclusive crianças e adolescentes
com deficiência, sob medida de proteção (Art.98 do Estatuto da Criança e do Adolescente) e em
situação de risco pessoal e social, cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente
impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, conforme Resolução n°
109/2019/CNAS – Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. O serviço deverá ser
organizado em consonância com os art.92, 93 e 94 do Estatuto da Criança e do Adolescente –
Lei n° 8.069/90 e Manual de Orientações Técnicas para os Serviços de Acolhimento para
Crianças e Adolescentes do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente –
CONANDA e Conselho Nacional da Assistência Social – CNAS.
Prestação de Serviços a Comunidade – Consiste na
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por
período não excedente a seis meses, junto a entidades
assistenciais, hospitais, escolas e outros
estabelecimentos congêneres, bem como, em
programas comunitários ou governamentais, conforme
art. 117 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Liberdade assistida - Consiste em acompanhar, auxiliar
e orientar o adolescente, onde a autoridade designará
pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual
poderá ser recomendada por entidade ou programa de
atendimento, conforme art.118 do Estatuto da Criança e
do Adolescente. Incube ao orientador o preconizado no
art.119 na referida Lei Federal.
 Em sendo constatado que alguma entidade ou programa esteja
atendendo crianças ou adolescentes sem o devido registro nos
Conselhos Municipal e Distrital dos Direitos da Criança e do
Adolescente, deverá o fato ser levado ao conhecimento da
autoridade judiciária, do Ministério Público e do Conselho Tutelar,
para a tomada das medidas cabíveis, na forma do disposto nos
artigos 95, 97 e 191 a 193, todos da Lei nº 8.069/90
Semiliberdade - Constitui o meio termo entre a liberdade
e a internação. O adolescente deverá ficar recolhido
durante o período noturno e poderá exercer atividades
externas durante o dia. O regime de semiliberdade pode
ser determinado desde o início ou como forma de
transição para o meio aberto, conforme previsto no
art.120 do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Internação - Entende-se por Regime de Internação,
medida privativa de liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento, em
conformidade com os art.121, 122, 123,124 e 125 do
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n°
8.069/90.
REGISTRO/INSCRIÇÃO NEGADO
 Será negado registro e inscrição do programa que não respeite os
princípios estabelecidos pela Lei nº 8.069/90 e/ou seja
incompatível com a política de promoção dos direitos da criança e
do adolescente traçada pelos Conselhos Municipal e Distrital dos
Direitos da Criança e do Adolescente;
 Os Conselhos Municipais e Distrital dos Direitos da Criança e do
Adolescente não concederão registros para funcionamento de
entidades ou inscrição de programas que desenvolvam apenas,
atendimento em modalidades educacionais formais de educação
infantil, ensino fundamental e médio
DA FISCALIZAÇÃO DAS INSCRIÇÕES E DOS
REGISTROS DE PROGRAMAS

 Quando do registro ou renovação, os Conselhos Municipais e


Distrital dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o auxílio de
outros órgãos e serviços públicos, deverão certificar-se da
adequação da entidade e/ou do programa, às normas e princípios
estatutários, bem como a outros requisitos específicos que venha a
exigir, por meio de resolução própria
Da fiscalização das entidades

Art. 95. As entidades governamentais e não-governamentais referidas


no art. 90 serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público
e pelos Conselhos Tutelares.

Art. 90. Inciso II - a qualidade e eficiência do trabalho desenvolvido,


atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e pela Justiça
da Infância e da Juventude;
Da parceria entre CMDCA, Conselho Tutelar, Tribunal
de Justiça, Ministério Público.

Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


deverão atuar de forma articulada na elaboração de políticas
públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir
formas não violentas de educação de crianças e de
adolescentes, tendo como principais ações:
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, com o Conselho Tutelar, com
os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e com as
entidades não governamentais que atuam na promoção,
proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente;
DO FUNDO PARA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais
vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança
e do adolescente;
FIA
Parâmetros de criação e funcionamento do FIA
Resolução 137 - CONANDA
Os Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
devem ser vinculados aos Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente do respectivo município, órgãos
formuladores, deliberativos e controladores das ações de
implementação da política dos direitos da criança e do
adolescente, responsáveis por gerir os fundos, fixar
critérios de utilização e o plano de aplicação dos seus
recursos, conforme o disposto no § 2o do art. 260 da Lei
n° 8.069, de 1990.
FIA
Os fundos especiais não possuem personalidade jurídica
própria (eles devem possuir inscrição no Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica - CNPJ, o que não se confunde com
personalidade jurídica própria) e estão atrelados a um
determinado órgão da Administração Pública, ao qual
compete a sua gestão .
FIA
Principais características do FIA:
a) Está vinculado ao Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente;
b) Deve haver um único Fundo para cada ente federativo
(estado ou município);
c) Deve ser criado por lei, na qual devem estar explicitados
suas fontes de receitas, seus objetivos e suas finalidades;
d) Integra o orçamento público para todos os efeitos e está
sujeito às regras gerais de execução orçamentária
FIA
a) Deve possuir conta bancária específica para movimentação
dos recursos
b) Seu orçamento deve ser compatível para viabilizar a
execução do plano de ação;
c) Seu gestor deve ser nomeado pelo chefe do Poder Executivo
(para ordenar despesas, emitir empenhos, realizar
pagamentos, prestar contas etc.);
d) Está sujeito ao Controle Interno (Poder Executivo e Conselho
dos Direitos) e Controle Externo (Poder Legislativo, Tribunal
de Contas e Ministério Público)
QUAIS RECURSOS COMPÕE O
FIA?
1) recursos públicos destinados no orçamento do ente público, inclusive
mediante transferências do tipo fundo a fundo entre diferentes esferas de
governo, desde que previsto em legislação específica;
2) doações de pessoas físicas e jurídicas;
3) destinações de receitas dedutíveis do imposto de renda;
4) contribuições de governos estrangeiros e de organismos internacionais
multilaterais;
5) resultado de aplicações no mercado financeiro;
6) multas, concursos prognósticos (loterias), dentre outros que lhe forem
destinados.
QUEM É O GESTOR DO FIA?
Com relação à gestão do Fundo, compete aos Conselhos
dos Direitos da Criança e do Adolescente gerir o Fundo no
que se refere à definição das diretrizes de utilização dos
seus recursos
ATENÇÃO
A gestão do Fundo no que se refere à ordenação de
despesas compete ao órgão responsável pela
administração, que nomeará um servidor público
(ordenador de despesa) e ele será responsável pelas práticas
operacionais necessárias para a utilização dos recursos
segundo as normas vigentes, entre as quais se destacam os
princípios basilares da administração pública estabelecidos
pela Constituição Federal (legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência), a Lei n.º 4.320/64, a
Lei n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a Lei n.º
8.666/93, o próprio ECA, as normas do TCE/SC para fins de
prestação de contas, entre outras do respectivo Fundo.
Gestão do FIA(CMDCA)
O CMDCA deverá fazer um plano de ação das atividades e
metas que serão desenvolvidas na política da criança e do
adolescente.
É de suma importância a elaboração de um diagnóstico da
realidade da criança e do adolescente no município. A
elaboração do diagnóstico objetiva identificar e analisar a
situação da criança e do adolescente, buscando conhecer
quais são os principais problemas e desafios a serem
superados, bem como entender quais são suas causas
visando definir as melhores formas de agir para transformar
a realidade.
PLANO DE AÇÃO
Com o diagnóstico serão estabelecidas metas, prazos,
recursos, responsáveis e tempo necessário para garantir o
direito de uma política pública.
Meta: Toda criança de 7 a 14 anos na escola com evasão zero

Ações Recursos Prazo Responsáveis

Localizar crianças e - Mutirão de visitas Até maio de 20XX Secretaria de Educação +


adolescentes fora da domiciliares - Matrículas Conselho Municipal dos
escola e matriculá-las fora de prazo - Campanha Direitos da Criança +
imediatamente de orientação às famílias Conselho Municipal da
para matricular seus Educação
filhos

Garantir a permanência - Distribuição do kit de


da criança na escola material escolar
- Transporte gratuito
- Bolsa-Família (famílias
de baixa-renda)
- Campanha de

]
orientação às famílias
para a permanência da
criança, enfatizando os
benefícios da
escolarização
- Equipe de apoio
pedagógico
PLANO DE AÇÃO
As metas estabelecidas no Plano de Ação serão
incorporadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
servindo de parâmetro para a elaboração do Plano de
Aplicação. Nesta lógica, deve ser verificado o prazo de
encaminhamento do projeto da LDO pelo Poder Executivo
para o Poder Legislativo, buscando organizar os trabalhos e
conciliar as datas
O QUE É LDO?
Poder Executivo de cada membro da federação (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) deve enviar aos seus respectivos
órgãos do Poder Legislativo, até o dia 15 de abril, um projeto de lei
que estabelece quais são as prioridades e metas para o próximo ano.
Depois de aprovado, esse projeto se chamará Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). Se o PPA é usado pelo gestor público para
traçar um plano de médio prazo, a LDO serve para detalhar e
organizar esses objetivos e metas para o ano seguinte.
PLANO DE APLICAÇÃO
O Plano de Aplicação detalha o Plano de Ação. Levando em
consideração o diagnóstico da situação e as ações
previstas, o Plano de Aplicação procura conciliar os recursos
financeiros existentes para estabelecer os eixos prioritários
na seleção de projetos, de forma que a execução desses
proporcionem respostas às demandas levantadas pelo
diagnóstico.
PLANO DE APLICAÇÃO

Plano de Aplicação ocorrerá a previsão da distribuição dos


recursos de acordo com as prioridades para atender aos
objetivos e às intenções definidos no Plano de Ação
Meta: Toda criança de 7 a 14 anos na escola com evasão zero

Ações Recursos Prazo RECURSOS

Localizar crianças e - Mutirão de visitas Até maio de 20XX R$ 300.000,00


adolescentes fora da escola domiciliares - Matrículas fora
e matriculá-las de prazo - Campanha de
imediatamente orientação às famílias para
matricular seus filhos

Garantir a permanência da - Distribuição do kit de R$ 150.000,00


criança na escola material escolar
- Transporte gratuito
- Bolsa-Família (famílias de
baixa-renda)
- Campanha de orientação
às famílias para a
permanência da criança,
enfatizando os benefícios da
escolarização
- Equipe de apoio
pedagógico
DAS CONDIÇÕES PARA
APLICAÇÃO DO RECURSO
Desenvolvimento de programas e serviços complementares
ou inovadores, por tempo determinado, não excedendo a 3
(três) anos, da política de promoção, proteção, defesa e
atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
DAS CONDIÇÕES PARA
APLICAÇÃO DO RECURSO
Acolhimento, sob a forma de guarda, de criança e de
adolescente, órfão ou abandonado, na forma do disposto
no art. 227, § 3º, VI, da Constituição Federal e do art. 260,
§ 2º da Lei n° 8.069, de 1990, observadas as diretrizes do
Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito
de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e
Comunitária;
DAS CONDIÇÕES PARA
APLICAÇÃO DO RECURSO
Programas e projetos de pesquisa, de estudos, elaboração
de diagnósticos, sistemas de informações, monitoramento e
avaliação das políticas públicas de promoção, proteção,
defesa e atendimento dos direitos da criança e do
adolescente;
DAS CONDIÇÕES PARA
APLICAÇÃO DO RECURSO
Programas e projetos de capacitação e formação
profissional continuada dos operadores do Sistema de
Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente;
DAS CONDIÇÕES PARA
APLICAÇÃO DO RECURSO
Desenvolvimento de programas e projetos de comunicação,
campanhas educativas, publicações, divulgação das ações
de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos
da criança e do adolescente
DAS CONDIÇÕES PARA
APLICAÇÃO DO RECURSO
Ações de fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos
da Criança e do Adolescente, com ênfase na mobilização
social e na articulação para a defesa dos direitos da criança
e do adolescente.
DAS CONDIÇÕES PARA
APLICAÇÃO DO RECURSO
Investimentos em aquisição, construção, reforma,
manutenção e/ou aluguel de imóveis públicos e/ou
privados, ainda que de uso exclusivo da política da infância
e da adolescência.
DAS VEDAÇÕES DA APLICAÇÃO
DO RECURSO
É vedada à utilização dos recursos do Fundo dos Direitos da
Criança e do Adolescente para despesas que não se
identifiquem diretamente com a realização de seus objetivos
ou serviços determinados pela lei que o instituiu, exceto em
situações emergenciais ou de calamidade pública previstas
em lei. Esses casos excepcionais devem ser aprovados pelo
plenário do Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
DAS VEDAÇÕES DA APLICAÇÃO
DO RECURSO
- a transferência sem a deliberação do respectivo Conselho
dos Direitos da Criança e do Adolescente;
- pagamento, manutenção e funcionamento do Conselho
Tutelar
DAS VEDAÇÕES DA APLICAÇÃO
DO RECURSO
Manutenção e funcionamento dos Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente;

O financiamento das políticas públicas sociais básicas, em


caráter continuado, e que disponham de fundo específico,
nos termos definidos pela legislação pertinente
DAS VEDAÇÕES DA APLICAÇÃO
DO RECURSO
Investimentos em aquisição, construção, reforma,
manutenção e/ou aluguel de imóveis públicos e/ou
privados, ainda que de uso exclusivo da política da infância
e da adolescência.
Observação: O conselho dos direitos da criança e do
adolescente poder á afastar a aplicação da vedação por
meio de Resolução própria, que estabeleça as formas e
critérios de utilização dos recursos, desde que para uso
exclusivo da política da infância e da adolescência,
observada a legislação de regência
DAS ATRIBUIÇÕES DO GESTOR DO
FIA NA APLICAÇÃO DO RECURSO
O gestor do FIA deverá avaliar, no momento da autorização
da despesa, se o objeto do gasto está inserido nos
programas, projetos e atividades de proteção ou
socioeducativos voltados ao atendimento da criança e do
adolescente, assim como se está em conformidade com os
critérios de utilização dos recursos do Fundo fixados pelo
Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente
DESPESAS PARA ACOLHIMENTO
Posso comprar vaga e manter o abrigo para crianças com
recursos do FIA?
Não devem ser empregados para o acolhimento
institucional, no que diz respeito ao pagamento da vaga,
tendo em vista que este se enquadra como política
permanente e contínua que deve contar com fonte de
recursos específica, geralmente nos fundos de assistência
social.
DESPESAS PARA ACOLHIMENTO
O que pode ser financiado pelo FIA
- A Locação de transporte para visitar museus, parques,
cidades vizinhas, ou assemelhados:
- Locação de transporte ou concessão de vale-transporte
para a participação em capacitações profissionais ou cursos
técnicos
DESPESAS PARA ACOLHIMENTO
- Contratação de serviços psicológicos ou
psicopedagógicos
- Contratação de cursos profissionalizantes, aulas de
esporte ou música para crianças e adolescentes:
- Aquisição de instrumentos musicais, equipamentos de
informática, veículos, mobiliário, eletrodomésticos,
equipamentos de segurança para instituições que fazem o
acolhimento institucional
Edital para execução de projetos
- Para governamentais, por meio de resolução própria, e
aplicação da Lei Federal 8.666/93

- Para as Organizações da Sociedade Civil, deve ser


elaborado as diretrizes e eixos de financiamento por meio
de resolução própria e após a confecção de Edital com
aplicação da Lei 13.019/2014
O que é um projeto?
Projeto é um conjunto de operações desenvolvido em um
período de tempo limitado e resulta em um produto final que
contribui para o aumento ou o aperfeiçoamento da ação
governamental
Requisitos básicos para projetos
Dados cadastrais da entidade
Nome da entidade, endereço, telefone, responsáveis pela
entidade (nome e número do CPF de todos os integrantes
do seu quadro diretivo);
Requisitos básicos para projetos
Diagnóstico da realidade:
Partindo do problema identificado (situações e indicadores
sociais da realidade local que se pretende enfrentar e
modificar com o projeto) e oportunidades (recursos que se
apresentam na realidade local para potencializar as ações
do projeto);
Requisitos básicos para projetos
Público-alvo
Quantidade e caracterização das crianças/adolescentes a
serem atendidas;
Requisitos básicos para projetos
Objetivos:
Resultados esperados (geral e específicos), ou seja, o que se
pretende alcançar com o projeto e qual o impacto que o
projeto pode causar na realidade;
Requisitos básicos para projetos
Atividades
Ações a serem desenvolvidas com a criança e adolescentes
e suas famílias (descrição com o passo a passo);
Requisitos básicos para projetos
Cronograma de execução:

Período de desenvolvimento das atividades e carga horária


destinada, assim como o período da duração total do
projeto;
Requisitos básicos para projetos
Valores envolvidos

Total a ser gasto com o projeto, detalhando, inclusive,


outras fontes.
EDITAIS DO FIA
De quem é a competência para deliberar sobre editais/ resoluções para
a seleção de projetos que concorram aos recursos do Fundo da Infância
e Adolescência (FIA)?

A competência dos Conselhos da Criança e do Adolescente do Estado e


dos municípios no que tange às deliberações e às resoluções em relação
à aplicação dos recursos do Fundo da Infância e da Adolescência (FIA).
Isso porque as diretrizes da política de atendimento estão definidas no
Estatuto da Criança e Adolescente sendo que os conselhos são órgãos
deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada
a participação popular paritária por meio de organizações
representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais
O Decreto federal n.º 8.726/2016 estabelece que, no caso
de transferências do Fundo da Criança e do Adolescente e
do Fundo do Idoso, o chamamento público das
organizações “poderá ser realizado pelos respectivos
conselhos gestores, conforme legislação específica,
respeitadas as exigências da Lei 13.019”
A transferência de recursos do FIA deve, com exceção aos
casos de dispensa ou inexigibilidade, ser precedida pela
realização de chamamento público para a escolha das
instituições.
QUEM DEVE AVALIAR OS
PROJETOS?
Apreciar as propostas dos projetos de acordo com as
prioridades estabelecidas nos Planos de Ação e de
Aplicação, e, em caso de aprovação, o Conselho deve
providenciar a abertura de edital de chamamento público
para seleção da organização que irá executar o projeto
proposto
O monitoramento dos projetos
Deve ser realizado por órgão colegiado destinado a
monitorar e avaliar as parcerias celebradas com
organizações da sociedade civil mediante termo de
colaboração ou termo de fomento, constituído por ato
publicado em meio oficial de comunicação, assegurada a
participação de pelo menos um servidor ocupante de cargo
efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da
administração pública
DA CELEBRAÇÃO DA PARCERIA
Termo de colaboração:
Utilizado para a consecução de planos de trabalho de sua
iniciativa, para celebração de parcerias com organizações da
sociedade civil que envolvam a transferência de recursos
financeiros. Nesse caso, o próprio Conselho dos Direitos da
Criança e do Adolescente deve estabelecer com clareza o
objetivo e a natureza da ação a ser desenvolvida com os
recursos que serão transferidos à organização social que
vier a ser escolhida para a execução do projeto.
DA CELEBRAÇÃO DA PARCERIA
Termo de fomento:
Utilizado para a consecução de planos de trabalho
propostos por organizações da sociedade civil que envolvam
a transferência de recursos financeiros. Nesse caso, a
iniciativa passa a ser das próprias organizações sociais,
cabendo aos Conselhos avaliar, com base em
reconhecimento prévio das necessidades e prioridades de
suas localidades, a relevância e a consistência dessas
propostas, e a possibilidade de que venham a ser apoiadas
mediante termo de fomento.
DA CELEBRAÇÃO DA PARCERIA
Acordo de cooperação:
Instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações
da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco que não envolvam a
transferência de recursos financeiros.
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
A Lei n.º 13.019/2014 define situações em que o
chamamento público poderá ser dispensado ou será
inexigível, sendo que duas são relevantes para a política da
infância e adolescência (não exclusivamente executada com
recursos do FIA).
A hipótese de dispensa é descrita no art. 30, inciso III da Lei
Federal 13019: “quando se tratar da realização de programa
de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que
possa comprometer a sua segurança”
Já a hipótese de inexigibilidade do chamamento público
encontra-se descrita no art. 31: quando houver
“inviabilidade de competição entre as organizações da
sociedade civil, em razão da natureza singular do objeto da
parceria ou se as metas somente puderem ser atingidas por
uma entidade específica”.
Aplicável a hipótese de inexigibilidade de chamamento,
quando existe uma única organização social que possua
estatuto jurídico e condições operacionais para oferecer
serviços priorizados pelo Conselho dos Direitos.
CHANCELA (Doação casada)
Permite a faculdade ao Conselho dos Direitos da Criança e
do Adolescente a chancela de projetos mediante edital
específico. A chancela é entendida como autorização para
captação de recursos ao FIA destinados a projetos
aprovados pelo conselho segundo condições fixadas nas
atribuições gerais do Conselho definidas no art. 13 da
Resolução
Chancela
A captação de recursos para o FIA será realizada pela
entidade proponente do projeto, sendo que o Conselho dos
Direitos da Criança e do Adolescente deverá fixar percentual
de, no mínimo, 20% de retenção dos recursos ao FIA
CHANCELA
Importante mencionar que, no caso de chancela de projetos,
o tempo de duração entre a aprovação e a captação dos
recursos não deverá ser superior a 2 (dois) anos, sendo que
decorrido este tempo e havendo interesse do proponente, o
projeto pode ser submetido a um novo processo de
chancela.
DO CHAMAMENTO PÚBLICO EM
ANO ELEITORAL
A Lei Eleitoral e o MROSC (Lei nº 13.019/2014) não fazem
menção a possíveis restrições nas transferências para
organizações da sociedade civil no período pré-eleitoral e
eleitoral, o que se entende, também, não haver vedação
para a realização de chamamento público em iguais
períodos, principalmente em políticas essenciais como a da
Criança e do Adolescente.
DOAÇÕES AO FIA
Elaborar estratégias que visam mobilizar recursos por meio
de doações captadas de pessoas físicas e jurídicas,
utilizando os benefícios fiscais referentes ao imposto de
renda, conforme previsto no ECA
DOAÇÕES AO FIA
Todas as pessoas físicas e jurídicas podem fazer doações de
recursos financeiros e bens ao FIA, mas somente as pessoas
físicas que apresentam declaração de imposto de renda no
modelo completo e as empresas que apuram a tributação
pelo lucro real podem utilizar os incentivos fiscais (deduzir o
valor doado do imposto de renda a pagar).
DOAÇÕES AO FIA
PESSOAS FÍSICAS:

As pessoas físicas podem doar o quanto puderem, mas o


benefício fiscal (valor subtraído do imposto de renda devido)
está limitado a 6% do imposto devido em cada ano
DOAÇÕES AO FIA
É importante esclarecer que o limite de 6% do Imposto de Renda Devido
não se aplica exclusivamente às doações efetuadas aos FIAs, mas, sim, à
soma das deduções de doações efetuadas aos seguintes fundos:

Doações aos Fundos dos Direitos do Idoso; (Lei Federal n.º 9250/2015,
alterada pela Lei Federal n.º 12.213/2010);

Contribuições em favor de projetos culturais (Lei Federal n.º 8.313/91,


conhecida como “Lei Rouanet”);

Doações para incentivo a atividades audiovisuais (Lei Federal n.º 8.685/93);

Doações previstas na Lei Federal de Incentivo ao Esporte (Lei Federal n.º


11.437/06, alterada pela Lei Federal n.º 11.472/2007
DOAÇÕES AO FIA
PESSOA JURÍDICA

Não existe limite de valor para doação de pessoas jurídicas,


no entanto, elas podem se beneficiar do incentivo fiscal
correspondente a no máximo 1% do imposto devido em
cada período de apuração
DOAÇÕES AO FIA
A Doações incentivadas de pessoas jurídicas não concorre
com nenhuma outra doação efetuada. Sendo assim, as
pessoas jurídicas podem doar para o FIA 1% do seu imposto
devido e também fazer doações para outros programas com
incentivo fiscal instituídos pelo Governo FederaL
DOAÇÕES AO FIA
PRAZO PARA DOAÇÕES
Podem destinar os 6% do Imposto de Renda devido até 30
de dezembro, ou podem optar por destinar apenas 3% até
essa data e os outros 3% na própria declaração de ajuste
anual do imposto de renda (até a data de vencimento da 1ª
quota ou da quota única do IR devido, desde que a pessoa
física entregue a declaração dentro do prazo estabelecido
pela Receita Federal).
DAS EMISSÕES DE RECIBO
Os órgãos responsáveis pela administração das contas dos Fundos da Infância
e Adolescência Nacional, estaduais, Distrital e municipais, beneficiados pelas
doações, devem emitir recibo a favor do doador, assinado pela pessoa
competente e presidente do Conselho correspondente, especificando:
Número de ordem;
Nome, CNPJ e endereço do emitente;
Nome e CPF do doador;
Data da doação e valor recebido; e
Ano-calendário a que se refere a doação
BOA PRATICAS PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS
AO DOADOR

 Certidões Negativas de Débitos

Na maioria das vezes está se tratando das certidões negativas de débitos


fiscais junto à Receita Federal, Previdência Social, FGTS, Justiça do
Trabalho, Estado e Município. Essa comprovação da inexistência de
dívidas fiscais e trabalhistas é importante tanto para as empresas
comerciais quanto para as organizações do terceiro setor e demonstra a
seriedade com que a organização trata os recursos doados.
BOA PRATICAS PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS
AO DOADOR
 Demonstrações contábeis
São os relatórios que demonstram a situação financeira e patrimonial de
organizações e empresas. Esses documentos devem ser elaborados para
demonstrar as movimentações financeiras, o fluxo de caixa e a situação
financeira de forma clara. Os documentos contábeis são: Balanço
Patrimonial (BP), Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE),
Demonstrativo de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL),
Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC) e Notas Explicativas (NE).
BOA PRATICAS PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS
AO DOADOR

 Parecer do Conselho Fiscal


Os membros responsáveis pela fiscalização administrativa da
entidade devem, juntos, analisar os demonstrativos financeiros e
opinar sobre os dados neles contidos. Após análise, o Conselho
Fiscal emite um parecer sobre os dados, podendo ser favorável ou
desfavorável.
BOA PRATICAS PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS
AO DOADOR
 Relatórios de Atividades
 Para cada ação, atividade ou projeto desenvolvido, a organização deve
redigir relatórios que:
 1) expliquem a missão, os objetivos e o público-alvo da ação, sempre em
consonância com o Estatuto;
 2) detalhem a origem dos recursos que financiaram a atividade; e
 3) informem os resultados alcançados. Esses relatórios devem ser
divulgados publicamente e estar disponíveis aos associados,
financiadores, beneficiários e a população geral.
OBRIGADO!!
Realização

“Todas as pessoas grandes foram um


dia criança – poucas se lembram
disso”
Antoine de Saint-Exupéry em O pequeno príncipe

Edson Willian Piotto

Linkedin: https://br.linkedin.com/in/edson-willian-piotto-32b170169

KBS Assessoria e Gestão em Eventos Ltda


Telefone: 47 99282-7183
Email: adv.ewpiotto@gmail.com

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