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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


SERVIÇO SOCIAL

CARACTERIZAÇÃO SÓCIO INSTITUCIONAL

CONSELHO TUTELAR DE CAMPINA GRANDE-PB

Ana Raquel Morais Lourenço

Campina Grande-PB
2020
SUMÁRIO

1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA.......................................................................3
1.1 Identificação da Instituição................................................................................3
1.2 História.................................................................................................................4
1.3 Contatos e Conselheiros....................................................................................6
1.4 Missão, Visão e Valores.....................................................................................7
1.5 Atribuições...........................................................................................................7
1.6 Escolha dos Conselheiros.................................................................................8
1.7 Autonomia............................................................................................................9
1.8 Estrutura............................................................................................................10
2. OBJETIVO INSTITUCIONAL.................................................................................11
2.1 Naturezas Dos Programas...............................................................................11
2.2 Política Social....................................................................................................12
2.3 Recursos Financeiros.......................................................................................12
3. AMBITO INSTITUCIONAL.....................................................................................14
3.1 Caracterização Da População.........................................................................14
3.2 Processo Decisório...........................................................................................14
3.3 Relação De Demandas/ Cobertura Do Atendimento.....................................15
3.4 Serviço Social Na Instituição...........................................................................15
3.5 Relação Profissional De Trabalho Com Os Demais Atores Institucionais.17
3.6 Dimensão Ético Política...................................................................................18
4. REFERÊNCIAS.......................................................................................................19
3

1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

1.1 Identificação da Instituição

O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,


encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente.
O Conselho Tutelar foi criado no dia 13 de julho de 1990, como resultado da
Lei 8.069, que instituiu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo o
ECA, os Conselhos Tutelares são órgãos municipais destinados a garantir o
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente previstos no estatuto.
É um órgão autônomo - não recebe interferência da prefeitura, do poder
legislativo municipal, do sistema judiciário ou do ministério público - e não-
jurisdicional, ou seja, não tem o poder de julgar e aplicar medidas judiciais. De
acordo com o ECA1, o Conselho Tutelar é composto por cinco membros eleitos pela
comunidade para um mandato de 4 anos.
O último levantamento da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) realizado em 2015,
revelou que havia 5.956 conselhos tutelares instalados em 5.559 municípios, uma
cobertura de praticamente 100% do território brasileiro.
Foto 01 – Casa dos Conselhos de Campina Grande-PB

Fonte: https://www.jornaldaparaiba.com.br/

1
Estatuto da Criança e Adolescente.
4

1.2 História

A criação e trajetória do Conselho Tutelar(CT) no Brasil têm como marco


inicial o art. 227 da Constituição de 1988, que disciplina a respeito da coparticipação
de responsabilidades entre a família, a sociedade e o Estado naquilo que concerne
aos interesses das crianças e dos adolescentes.
Quanto à família, primeiro núcleo de convívio social de uma pessoa, e ao
Estado, ente soberano de representação de um grupo de pessoas que vivem em um
mesmo território, e que estão sob a égide de um governante em comum, não há
necessidade de tecer maiores comentários, visto que suas responsabilidades,
principalmente no que tange à educação, estiveram sempre presentes nas
Constituições brasileiras, conforme visto anteriormente.
Em 22 de outubro de 2001, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CONANDA), pela Resolução no 75, estabelece os parâmetros para a
criação e o funcionamento dos Conselho Tutelares em todo o território nacional.
Conforme preceitua o art. 2º desta Resolução, todos os municípios brasileiros,
independente do número de habitantes, têm a obrigação de criar, instalar e ter em
funcionamento, no mínimo, um Conselho Tutelar como órgão da administração
municipal, a quem caberá explicitar a estrutura administrativa e institucional
necessária ao adequado funcionamento do Conselho Tutelar, estabelecendo na Lei
Orçamentária programas de trabalho desempenhadas por este órgão, inclusive para
as despesas com subsídios e capacitação dos conselheiros, aquisição e
manutenção de bens móveis e imóveis, pagamento de serviços de terceiros e
encargos, diárias, material de consumo, passagens e outras despesas.
Fez-se necessário, no entanto, um período de adequação dos municípios
para a efetivação dos conselhos.
Até o final da década de 1980, a lei que definia diretrizes de cuidado e
atenção à criança e ao adolescente no Brasil denominava-se Código de Menores.
Este código legitimava a doutrina da situação irregular, pois se aplicava somente às
crianças e aos adolescentes que se encontrassem em situação inadequada, seja por
violarem regras sociais, seja por não terem suas necessidades básicas atendidas.
Essa doutrina concebia crianças e adolescentes, os “menores”, como seres
incapazes, não sujeitos de direitos e de deveres, não autônomos 2 (Sêda, 1998).
5

A mudança do Código de Menores para o Estatuto da Criança e do


Adolescente - ECA ocorreu como resultado de dois processos: um de âmbito
internacional e outro de nível nacional. No cenário internacional, a Convenção dos
Direitos da Criança (1989) foi o compromisso de diversos países, inclusive do Brasil,
de fazer cumprir os direitos da infância e da adolescência previstos na Declaração
dos Direitos da Criança de 1959.
Para tanto, a Convenção prevê a descentralização da elaboração das
políticas públicas, de modo que organizações não governamentais (ONGs) possam
colaborar na decisão sobre as ações que serão feitas em sua comunidade, tendo a
criança e o adolescente como prioridade.
Esse novo modelo vem ao encontro do princípio do Estado Participativo,
introduzido pela Constituição de 1988, e rompe com a visão de democracia apenas
representativa (Sêda, 1998). Com isso, os movimentos organizados no Brasil
passaram a ter mais força para exigir do Poder Legislativo um estatuto que
estabelecesse formas de garantir esses direitos.
Organizações governamentais e não-governamentais redigiram, então, o
Estatuto da Criança e do Adolescente (1995). Assinado em 1990, 2 A esse respeito
ver Moraes, 1927. foi o primeiro estatuto do mundo a aplicar as normas da
Convenção.
O documento propõe a doutrina da proteção integral: rompe com a visão de
menoridade e conduz à ideia de criança como cidadã, com direitos e deveres,
enquanto prioridade das políticas públicas. Essa doutrina não faz discriminação
entre crianças em situação irregular ou não, aplica-se a todas as crianças e
adolescentes.
O ECA implanta outras formas de relação do Poder Público com a
comunidade, destacando-se o canal de organização e de participação da sociedade
civil denominado Conselho Tutelar.
O Conselho Tutelar – CONSELHO TUTELAR - é um órgão civil criado pelo
Estatuto com a finalidade de zelar pelo cumprimento dos direitos da infância e da
adolescência no espaço social existente entre o cidadão e o juiz. Isto quer dizer que
o Conselho Tutelar é escolhido pela comunidade para executar medidas
constitucionais e legais na área da infância e adolescência (Sêda, 1997). Assim, são
assegurados à criança e ao adolescente direitos particulares, dada a sua condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento.
6

O Conselho Tutelar é um órgão autônomo, que não integra o poder judiciário.


Vincula-se à Prefeitura, mas a ela não se subordina. Sua fonte de autoridade pública
é a lei do Estatuto da Criança e do Adolescente e está sob a responsabilidade do
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
O Conselho Municipal tem a função de controlar as políticas públicas
municipais voltadas à criança e ao adolescente, zelando para que sejam cumpridos
os princípios da Convenção e do Estatuto. O papel do Conselho Tutelar é atender
pessoas que tiveram seus direitos violados 3 .

1.3 Contatos e Conselheiros

Endereço: Av. Assis Chateaubriand, 1375 - Liberdade, Campina Grande -


PB, 58410-062
Telefone: (83) 3315-5118

Região Oeste
 Alberto de Sousa
 Jean Pierre
 Josenilda Santos
 Jeane de Melo
 Josiflávio de Santana
Região Leste
 Maria de Fátima Bonfim (Boneca Clarita)
 Eliana Menezes (Lana)
 Carlos Alberto
 Ana Paula
 Maria Wanessa
Região Sul
 Betânia Brito Brito
 Gislane Lopes
 Roberto Araújo
 Lucineide Lima
 Adjane Sousa
Região Norte
 Sueide Alves
 Soraya Moura
 Ellen Guedes
 Cristiano Amorim
 Maria da Paz Tito
7

1.4 Missão, Visão e Valores

O Conselho Tutelar é instrumento para efetivação dos direitos das crianças


e adolescentes e têm como objetivo trabalhar as dificuldades existentes no
cotidiano deste órgão.
A sua função e, principalmente, qual a sua importância na garantia dos
direitos de crianças e adolescentes
Integrante do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente
(SGD), o Conselho Tutelar é um órgão público municipal que tem como missão
representar a sociedade na proteção e na garantia dos direitos de crianças e
adolescentes, contra qualquer ação ou omissão do Estado ou dos responsáveis
legais, que resulte na violação ou ameaça de violação dos direitos estabelecidos
pelo ECA.

1.5 Atribuições

As atribuições específicas do Conselho Tutelar estão relacionadas no


Estatuto da Criança e do Adolescente arts. 95 e 136.
1. Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts.
98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
2. Atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas
previstas no art. 129, I a VII;
3. Promover a execução de suas decisões;
4. Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração
administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
5. Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
6. Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre
as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
7. Expedir notificações;
8. Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou
adolescente quando necessário;
9. Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta
orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do
adolescente;
8

10. Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos


direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
11. Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou
suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da
criança ou do adolescente junto à família natural;
12. Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais,
ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-
tratos em crianças e adolescentes.

1.6 Escolha dos Conselheiros

Os conselheiros tutelares são escolhidos pela população local e o processo


de escolha dos membros do Conselho Tutelar deverá, preferencialmente, observar
as seguintes diretrizes:
 Processo de escolha mediante sufrágio universal e direto, pelo voto
facultativo e secreto dos eleitores do respectivo município;
 Será realizado em data unificada em todo território nacional, a cada
quatro anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da
eleição presidencial;
 Candidatura individual, não sendo admitida a composição de chapas;
 A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do
ano subsequente ao processo de escolha.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 133, estabelece os
requisitos mínimos para o processo de escolha que serão exigidos dos candidatos a
membros do Conselho Tutelar: o reconhecimento da idoneidade moral; idade
superior a vinte e um anos; e residir no município.
Cabe ressaltar que cada Município poderá, por lei e não através de resolução
ou edital, criar outros requisitos, conforme o interesse local, tendo em vista que
podem suplementar a legislação federal no que couber, desde que os requisitos a
serem criados sejam razoáveis e tenham direta pertinência com o exercício da
função de conselheiro tutelar. Por outro lado, fixar requisitos, como por exemplo,
possuir carteira de habilitação, é atentar contra a lei federal e limitar indevidamente o
acesso dos cidadãos ao exercício do cargo.
9

Caberá ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -


CMDCA a responsabilidade pela coordenação de todo o processo de escolha dos
conselheiros tutelares. Para tanto, o CMDCA 2 deverá regulamentar o processo, por
meio de resolução específica, respeitadas as normas do ECA, da lei municipal
relativa ao Conselho Tutelar e da Resolução CONANDA n° 170/2014.
Compete ao Ministério Público a fiscalização do processo de escolha dos
membros do Conselho Tutelar, devendo ser notificado, pessoalmente e com
antecedência, de todas as reuniões deliberativas realizadas pela comissão eleitoral
e pelo CMDCA, bem como de todas as decisões nelas proferidas e de todos os
incidentes ocorridos durante o certame.

1.7 Autonomia

O Conselho Tutelar, para o cumprimento de suas atribuições, não necessita


da autorização de outros agentes, autoridades ou órgãos públicos para agir. No
desempenho de suas atribuições, não se subordina aos Poderes Executivo e
Legislativo Municipais, ao Poder Judiciário ou ao Ministério Público.
Autonomia funcional: em matérias de sua competência, quando delibera,
toma decisões, age ou aplica medidas, requisita serviços etc., nos limites da lei, não
está sujeito a qualquer interferência externa, a qualquer tipo de controle político ou
hierárquico. Não se pode confundir a “autonomia” prevista em lei com ausência de
controle sobre a atuação do órgão ou sobre a conduta de seus integrantes. O
controle pode e deve ser exercidos pela Administração Municipal e pelos demais
órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, de forma a se evitar omissões, abuso ou
desvio de poder por parte do Conselho Tutelar.
Do ponto de vista administrativo, o Conselho Tutelar está vinculado ao
Município, geralmente à Secretaria Municipal de Assistência Social. Portanto, o
horário de funcionamento do órgão, o exercício de atividades e regime de plantão,
dentre outras questões administrativas, são fixadas por meio de lei municipal e
devem ser fiscalizadas pelo Poder Executivo

1.8 Estrutura
2
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
10

 SEMAS - Secretaria de Assistência Social


 JPB - SEMAS JURIDICO PROTEÇÃO BÁSICA
 SEMAS - DA - Diretoria Administrativa
 SEMAS - AA - Apoio Administrativo
 SEMAS - AC - Almoxarifado Central
 SEMAS - CCONS - Casa dos Conselhos
 SEMAS - CMAS - Conselho de Assistência Social
 SEMAS - CMDDCA - Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente
 SEMAS - CMDDPD - Conselho dos Portadores de Deficiência
 SEMAS - CMI - Conselho do Idoso
 SEMAS - CONSELHO TUTELAR RL - Conselho Tutelar Região Leste
 SEMAS - CONSELHO TUTELAR RN - Conselho Tutelar Região Norte
 SEMAS - CONSELHO TUTELAR RO - Conselho Tutelar Região Oeste
 SEMAS - CONSELHO TUTELAR RS - Conselho Tutelar Região Sul
11

2. OBJETIVO INSTITUCIONAL

A essência do Conselho Tutelar é zelar pelos direitos das crianças e


adolescentes, viabilizando a promoção de direitos, a defesa e o controle
institucional e social da promoção e defesa De seus direitos.
No entanto sua natureza jurídica é constituída através de normas legais
como Estatuto da Criança e do Adolescente e leis municipais. São órgãos públicos
e não instâncias organizativas da sociedade civil, portanto integram o poder público
e a administração pública. Seus representantes são escolhidos pela comunidade
como veremos posteriormente, mas isto não faz com que sejam uma organização
de representação da sociedade.
Ainda no dispor sobre sua natureza jurídica do Conselho Tutelar é fato dizer
que é essencialmente um colegiado, isto é um órgão integrado por vários agentes
públicos, o que faz com que seus atos administrativos sejam atos jurídicos
complexos e formais, não decididos por um singular, mais sim pela coletividade.

2.1 Naturezas Dos Programas

O Conselho Tutelar não integra o Poder Judiciário e nem está de qualquer


modo vinculado ou subordinado à autoridade judiciária.
As decisões tomadas pelo Conselho Tutelar não são de cunho jurisdicional,
mas sim administrativo - sendo tomadas de forma colegiada - estando sujeitas, no
entanto, ao controle judicial, a pedido de seu destinatário ou do Ministério Público.
Um dos principais objetivos da criação do Conselho Tutelar foi a
“desjudicialização” do atendimento, de modo que a solução das situações de
violação de direitos infanto-juvenis, sempre que possível, não mais dependesse da
intervenção da autoridade judiciária.
Os membros do Conselho Tutelar são considerados “agentes públicos” para
fins de incidência da Lei nº 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa;
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a
velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
e “funcionários públicos” para fins penais, respondendo tanto por ação quanto
por omissão no cumprimento de suas atribuições.
12

A depender do que dispuser a legislação municipal local, estão também


sujeitos a responder processo administrativo disciplinar, podendo ser alvo das
sanções administrativas previstas em lei, inclusive a perda do mandato.
Em qualquer caso, a responsabilização civil, administrativa e mesmo criminal
dos maus Conselheiros é importante para preservar a credibilidade da instituição.

2.2 Política Social

Um importante elemento na rede de atendimento assistencial é o Conselho


Tutelar, criado a partir do Art. 131 do ECA, como um órgão permanente e autônomo,
não jurisdicional, responsável por zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e
adolescentes.
Desta maneira, faz parte do segundo eixo do Sistema de Garantias de
Direitos (da defesa dos direitos), atuando por meio de orientações e
encaminhamentos de crianças, adolescentes e familiares sempre que um direito
esteja sendo violado ou ainda sob ameaça de sê-lo, conforme atribuições descritas
no Art. 136, tais como: atendimentos a crianças e adolescentes; aconselhamento a
seus familiares; encaminhamentos a serviços públicos, garantindo acessos das
crianças e adolescentes a serviços de saúde, educação, trabalho; requisição de
documentos, tais como certidão de nascimento e óbito; entre outras funções.
Nascimento e colaboradores (2009) indicam que as principais dificuldades
enfrentadas pelos conselheiros tutelares no seu dia-a-dia se referem à falta de
entidades para atender às famílias (pais e responsáveis).

2.3 Recursos Financeiros

Todos as despesas dos Conselhos Tutelares devem ser mantidos pelo Poder
Executivo Municipal.
O Governo também direciona os recursos do Fundo da Infância e
Adolescência (FIA) não devem ser utilizados para remuneração dos membros do
Conselho Tutelar ou custeio de demais despesas com a manutenção do órgão, pois
estas devem estar previstas no orçamento do município (art. 134, par. único, do
ECA), mais especificamente do órgão ao qual o Conselho Tutelar estiver
administrativamente vinculado.
13

Os recursos do FIA são, a rigor, "eventuais" (pois decorrentes de doações,


multas e outras fontes de receita), e não devem ser utilizados para o custeio de
despesas "fixas" - especialmente do Poder Público, como as relativas à manutenção
do Conselho Tutelar ou mesmo de programas/serviços públicos diversos.
É também importante verificar o que a Lei Municipal que instituiu o FIA prevê
como "formas de despesa", pois a destinação dos recursos por aquele captados
dependerá desta autorização legal para ser efetuada (caso não haja tal previsão
legal expressa, seria interessante promover uma alteração legislativa para fazer
constar onde e como os recursos do FIA poderão ser utilizados - o que muitas vezes
acaba constando de um mero "Decreto" governamental que, e meu ver, não é o
correto.
Enquanto não houver tal regulamentação, pode ser utilizado, como
parâmetro, o contido na Resolução nº 137/2010, do CONANDA).
Evidente que, se a legislação local admite a destinação de recursos do FIA
para manutenção do Conselho Tutelar ou para o custeio de "políticas básicas" por
parte do Poder Público (dentre outras despesas que, a rigor, deveriam ficar a cargo
do orçamento dos órgãos públicos corresponsáveis pelo atendimento de
crianças/adolescentes/famílias), a própria lei deverá ser alterada, para evitar que isto
continue a ocorrer.
Em qualquer caso, deve ficar claro que o custeio das ações (programas,
serviços, contratação e qualificação de profissionais etc.) correspondentes à política
de atendimento à criança e ao adolescente não deve ficar na "dependência" de
recursos do FIA e/ou não precisa "passar pelo FIA" para ser efetuado.
O "DEVER" do Poder Público atender (e com a mais "absoluta prioridade")
suas crianças e adolescentes, na perspectiva da "efetivação" dos seus direitos
fundamentais deve ser cumprido com recursos provenientes do orçamento dos
órgãos públicos corresponsáveis por tal atendimento (art. 4º, caput e par. único,
alíneas "c" e "d" e art. 90, §2º, do ECA, com respaldo, é claro, no art. 227, caput, da
CF), sendo os recursos captados pelo FIA um mero "complemento" a tais verbas
orçamentárias (e é claro que o próprio FIA deve ser incluído no orçamento), que
devem ser aplicadas diretamente (e prioritariamente), independentemente de
passarem pelo FIA.
14

3. AMBITO INSTITUCIONAL

3.1 Caracterização Da População

O público alvo do Conselho Tutelar é composto de todas as crianças e


adolescentes que estejam na situação de “credores de direito”, isto é, que tenham
quaisquer de seus direitos ameaçados ou violados e não somente aqueles em
situação de risco, como já explanado antes as crianças e adolescentes que antes
eram vistas como a Doutrina da Situação Irregular os via, portanto a proteção é
para todos em geral.
Desde a sua criação em 1990, junto do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), o Conselho Tutelar tem sua identidade baseada na execução de direitos de
crianças e adolescentes. Assim como outras áreas, o Conselho deve atuar em rede
para que as políticas sociais básicas sejam efetivadas.
O Conselho atua de forma autônoma, que o faz, segundo Pereira (2010, p.
14), “não depender de autorização para realizar qualquer ação”. Essa autonomia
direciona sua ação para uma atuação conservadora e, como já visto, imediatista.
Mesmo sendo fiscalizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CMDCA) e o Ministério Público, acaba sendo uma atuação de pronto-
socorro no atendimento à criança e ao adolescente.
A verdadeira função do Conselho Tutelar é zelar pelo comprimento dos
direitos e orientar o município no atendimento à criança e ao adolescente.

3.2 Processo Decisório

A verdadeira função do Conselho Tutelar é zelar pelo comprimento dos


direitos e orientar o município no atendimento à criança e ao adolescente.
Suas decisões ocorre de forma planejamento, semanalmente o colegiado
analisa os casos com o colegiado formado por assistente social e representantes do
Cras e Creas, de acordo com os casos.
15

3.3 Relação De Demandas/ Cobertura Do Atendimento

Conforme Liberati e Ciryno (2003), ao regulamentar-se o art. 227 da


Constituição Federal, criou-se e deu-se vida ao Conselho Tutelar. Nesse contexto,
as denúncias chegam ao C.T. por telefonemas ou atendimento ao público, sobre
violação de direitos como a falta de vaga em creches e escolas; espancamento;
maus tratos; ou abuso sexual pelos pais ou responsável.
O C.T. depara com deficiências no atendimento à criança e adolescente
devido às muitas demandas, e que muitas delas dependem do Ministério Público
para uma investigação minuciosa. É preciso lembrar que não é obrigatória a
presença de um assistente social, depende de cada município desejar ou não um
profissional neste espaço. Sua importância se evidencia na assessoria e consultoria
à população, nos estudos socioeconômicos, vistorias, laudos e orientações
socioeducativas (Lei n 8.662/1993).

3.4 Serviço Social Na Instituição

O assistente social trabalha em prol da socialização de informações,


preservando a conduta ética do sigilo profissional e contribuindo para a
concretização do Projeto Ético-Político da profissão, onde o profissional deve
reconhecer os limites dados pela estrutura econômica capitalista, mas deve acreditar
que todas as ideias se transformam porque são processos. “No entanto, só se
tornam processos pela ação de homens e mulheres, sujeitos coletivos capazes de
transformar a história e tecer cotidianamente as condições objetivas e subjetivas
necessárias para materializá-lo” (Behring, 2007:198).
O significado social do trabalho profissional do assistente social depende
também das relações sociais estabelecidas com os Conselheiros Tutelares.
O Conselho atua de forma setorial e particular, usando somente suas visões
na atuação, o que limita muito a execução dos direitos básicos da criança e do
adolescente. Para romper com essa política setorial, é preciso que se ative a
intersetorialidade, ou seja, a articulação com outras áreas para que realmente se
cumpra com o Art 3° do ECA que diz:
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
16

facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,


espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (BRASIL, 1990).

O assistente social é um profissional essencial para que a rede funcione, por


seu caráter de mediador de conflitos e de leitura crítica da realidade. Se tratando de
direitos da criança e do adolescente, o serviço social atua de forma a articulada com
o Estado, família e sociedade para a garantia de direitos.
As atribuições do Conselho Tutelar não se confundem com as atribuições
privativas do assistente social (Lei de Regulamentação 8.662/93), pois se trata de
uma função de natureza distinta, de instituição de medidas protetivas via requisição
de programas e serviços na rede socioassistencial, podendo, inclusive, como órgão
que atua diretamente ante a violação de direitos, representar junto à autoridade
competente em caso de descumprimento de suas decisões e deliberações.
Em caso, por exemplo, de necessidade de um parecer social deve solicitar à
rede, não cabendo esta atribuição a um Conselheiro Tutelar. Isso não implica,
contudo, que na garantia do funcionamento do Sistema de Garantia de Direitos
(SGD), as ações do Conselho Tutelar não impliquem em contribuição mútua com
assistentes sociais e outros profissionais vinculados aos distintos espaços da rede
socioassistencial e do próprio SGD3.
O assistente social atua com base nos princípios fundamentais resguardados
pela Lei 8.662/93 que regulamenta a profissão do disposto no Código de Ética
(Resolução CFESS nº. 273/93) e nos princípios preconizados pelo Estatuto de
Criança e do Adolescente.
A resolução citada anteriormente expõe as atribuições do Assistente Social no
Conselho Tutelar através da prestação de assessoria em matéria de Serviço Social,
com o objetivo de promoção da cidadania, tendo por base os artigos 4° e 5° da Lei
de Regulamentação da Profissão (Lei N.º 8.662, de 7 de junho de 1993) e o art. 8°
do Código de Ética Profissional de 1993:
I – Utilizar o instrumento técnico que julgar necessário a avaliação do caso a ser
atendido, respeitando-se assim a sua autonomia profissional;
II – Acessar informações institucionais relativas aos programas e políticas sociais
para subsidiar a intervenção no atendimento as crianças, adolescentes e famílias;
III – Realizar levantamentos de dados, estudos e pesquisas que contribuam para a
análise da realidade social e para subsidiar a formulação e implementação de
políticas públicas;
IV – Participar de grupos de trabalho/estudo, cursos, congressos e fóruns técnicos,
visando o aprimoramento profissional continuado;
V – Democratizar informações que facilitem o acesso dos usuários aos direitos

3
Sistema de Garantia de Direitos
17

sociais, garantidos na Constituição Federal – 1988 (Saúde, Previdência e


Assistência);
VI – Supervisionar estagiários de Serviço Social;
VII – Planejar, executar, avaliar e participar de projetos que possam contribuir para
a operacionalização das atividades inerentes ao trabalho do Serviço Social;
IX – Contribuir com o processo de qualificação e treinamento dos profissionais que
atuam nos Conselhos Tutelares;
X – Participar, junto aos demais profissionais, da elaboração de normas, rotinas e
oferta de atendimento, tendo por base os interesses e demandas da população
usuária.(BRASIL, 1993)

A assessoria do Serviço Social nos Conselhos Tutelares visa conhecer a


situação atual das crianças e adolescentes em seu contexto familiar e
socioeconômico, nos casos de ameaça ou violação dos direitos, a fim de subsidiar
as medidas protetivas a serem aplicadas pela autoridade competente do Conselho
Tutelar.

3.5 Relação Profissional De Trabalho Com Os Demais Atores Institucionais

Conforme o ECA, no artigo 94, parágrafo IV, as instituições têm a obrigação


de “preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao
adolescente”. Se houver a falta desses direitos fundamentais, cabe ao C.T., em
apoio ao Ministério Público, tomar medidas necessárias para a garantia dos direitos
descritos no ECA4.
Nesse sentido, se ressalta a importância do assistente social para uma leitura
crítica da realidade na aplicação das políticas sociais que envolvam a criança e o
adolescente, de modo a nortear a execução da garantia dos direitos.
Observa-se que o C.T5., constituído pela Lei Federal 8.069/1999 do ECA, é
um órgão público municipal, que envolve a sociedade civil, os conselheiros e
escolhidos pela comunidade na defesa de direitos de políticas públicas. É fiscalizado
através do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CONANDA), instituído pela Lei n 8. 242, de 12/10/1991 (BRASIL,1991).
Diante das deficiências no atendimento às crianças e adolescentes, o C.T.
conta com a chamada “rede de proteção”, que existe em todos os municípios,
articulando ações, programas e serviços previstos no ECA, através de órgãos
públicos responsáveis como CREAS, CRAS, e CAP. Muitas vezes esses organismos
não funcionam, pelas demandas serem demasiadas e pelo despreparo dos
4
Estatuto da Criança e Adolescente
5
Conselho Tutelar
18

funcionários.
É, portanto, importante o assistente social, para assegurar os direitos do
usuário, agir em conjunto para a realização da demanda.

3.6 Dimensão Ético Política

O Conselho Tutelar é um órgão não jurisdicional porque não pode se fazer


cumprir suas determinações legais e não pode punir quem as infrinjam, contudo
pode encaminhar aos outros órgãos competentes como o Ministério Público
informações de determinações não cumpridas.
19

4. REFERÊNCIAS

Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no. 8.069, de 13 de julho de


1990. Em Oliveira, J. (Org.), 5. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva.

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República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.html. Acesso em: 01
out. 2020.

BRASIL. Decreto Federal nº 6.932, de 11 de agosto de 2009. Dispõe sobre a


simplificação do atendimento público prestado ao cidadão, ratifica a dispensa do
reconhecimento de firma em documentos produzidos no Brasil, institui a “Carta de
Serviços ao Cidadão” e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6932.htm..
Acesso em: 22 set. 2020.

BRASIL. Decreto Federal nº 9.094, de 17 de julho de 2017. Dispõe sobre a


simplificação do atendimento prestado aos usuários dos serviços públicos, ratifica a
dispensa do reconhecimento de firma e da autenticação em documentos produzidos
no País e institui a Carta de Serviços ao Usuário. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9094.htm.
Acesso em: 22 set. 2020.

BRASIL. LEI Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990. Presidência da República Casa Civil


Subchefia para Assuntos Jurídicos. Dispõe sobre o estatuto da criança e do
adolescente e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.html. Acesso em: 01 out. 2020.

BRASIL. LEI Nº 8.242, de 12 de outubro de 1991. Presidência da República Casa


Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Cria o Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente (Conanda) e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8242.html. Acesso em: 01 out. 2020.

BRASIL. LEI No 8.662, de 7 de Junho de 1993. Presidência da República Casa Civil


Subchefia para Assuntos Jurídicos. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e
dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8662.html. Acesso em: 01 out. 2020.

BRASIL. Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996. Dispõe sobre as restrições ao uso e à


propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e
defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.
Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9294-15-julho-1996-
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349045-publicacaooriginal-1-pl.html#:~:text=1%C2%BA%20O%20uso%20e
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm Acesso em: 01 out.
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