Você está na página 1de 99

Funções e Atribuições do Conselho e

Conselheiros Tutelares

• Dr. Hugo Carvalho Cassimiro


Especialista em Direito da Criança/Adolescente e Direito Público
PROTEÇÃO INTEGRAL
• Os Conselhos Tutelares fazem parte de um importante
conjunto de mudanças em curso na sociedade brasileira.

MAS COMO TUDO ISSO COMEÇOU?


• O Artigo 227 da Constituição Federal de 1988 introduziu
no direito brasileiro conteúdo e enfoque próprio da
Doutrina da Proteção Integral contida na Convenção
Internacional dos Direitos da Criança, aprovada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1989.
Origem e Criação
• Projeto Original:
• Seria órgão do Judiciário;
• Seria órgão de atuação direta;
• Teria como composição:
• 3 Representantes com curso superior em: serviço social, direito,
educação, saúde e psicologia;
• 1 Representante indicado pelas entidades de defesas dos direitos da
criança e do adolescente;
• 1 Representante indicado por entidade de atendimento;
• Funcionamento, local, dias, horários e salario dos Conselhos
Tutelares, ficara a cargo do CMDCA;
• Atuação do CT na MSE, podendo ate mudar a pena
originalmente cominada pelo Juiz;
Origem e Criação
• Texto Aprovado:
• Órgão do Executivo Municipal;
• Realiza atuação indireta;
• Atual composição:
• 5 Representantes da população, eleitos pelo voto direto e
facultativo;
• Funcionamento, local, dias, horários e salario dos
Conselhos Tutelares, ficara a cargo de Lei Municipal;
• Não atua em MSE, salvo para aplicação de medidas
protetivas cuminadas;
Origem e Criação
• Texto Aprovado:
• Seria órgão de atuação direta;
• Teria como composição:
• 3 Representantes com curso superior em: serviço social,
direito, educação, saúde e psicologia;
• 1 Representante indicado pelas entidades de defesas dos
direitos da criança e do adolescente;
• 1 Representante indicado por entidade de atendimento;
• Funcionamento, local, dias, horários e salario dos
Conselhos Tutelares, ficara a cargo do CMDCA;
• Atuação do CT na MSE, podendo ate mudar a pena
originalmente cominada pelo Juiz;
O Artigo 227...
• É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar, à
criança e ao adolescente, com absoluta prioridade,
• o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária,
• além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Mas o que quer dizer esse Artigo?
 É DEVER: O artigo não começa falando em direito. Ele
sinaliza claramente,nessa expressão, que os direitos da
criança e do adolescente têm de ser considerados deveres
das gerações adultas.

 DA FAMÍLIA, DA SOCIEDADE E DO ESTADO: A família,


a sociedade e o Estado são explicitamente reconhecidos
como as três instâncias reais e formais de garantia dos
direitos elencados na Constituição e nas leis. A referência
inicial à família explicita sua condição de esfera primeira,
natural e básica de atenção.
• ASSEGURAR: significa garantir e garantir alguma coisa é
reconhecê-la como direito.
• Reconhecer algo como direito é admitir que isto pode ser exigido
pelos detentores desse direito.
• Diante do não-atendimento de algo reconhecido como direito, o
titular desse direito pode recorrer à justiça para fazer valer o
que a Constituição e as leis lhe asseguram.
• À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE: O não-emprego da
expressão (juridicamente correta) menor revela o
compromisso ético-político de rejeição do caráter
estigmatizante adquirido por essa expressão no marco da
implementação do Código de Menores (Lei 6697/79) e da
Política Nacional de Bem-Estar do Menor (Lei 4513/64).
• COM ABSOLUTA PRIORIDADE: esta expressão
corresponde ao artigo terceiro da Convenção, que trata do
interesse superior da crianç a , o qua l, e m qua lque r
circunstância, deverá prevalecer.

• O DIREITO: O emprego da palavra direito e não


necessidades significa que a criança deixa de ser vista
como um portador de necessidades, de carências, de
vulnerabilidades, para ser reconhecida como sujeito de
direitos exigíveis.
• À VIDA, À SAÚDE, À ALIMENTAÇÃO: Este primeiro elenco
de direitos refere-se à SOBREVIVÊNCIA, ou seja, à
subsistência da criança e do adolescente.

•À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO LAZER E À


PROFISSIONALIZAÇÃO: Este segundo
elenco de direitos refere-se ao DESENVOLVIMENTO
PESSOAL E SOCIAL.

• À DIGNIDADE, AO RESPEITO, À LIBERDADE E À


CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: Este terceiro
elenco de direitos diz respeito à INTEGRIDADE FÍSICA,
PSICOLÓGICA E MORAL de cada criança e de cada adolescente.
Por fim...

• ALÉM DE COLOCÁ-LOS A SALVO DE TODA FORMA DE


NEGLIGÊNCIA, DISCRIMINAÇÃO, EXPLORAÇÃO,
VIOLÊNCIA, CRUELDADE E OPRESSÃO: Este é o elenco de
circunstâncias das quais a criança e o adolescente devem ser
colocados a salvo, isto é, PROTEGIDOS. Ao se referir a essas
situações, a Convenção Internacional dos Direitos da Criança
emprega reiterada e alternadamente os termos: medidas de
proteção especial.
Conselho Tutelar: participação comunitária
para proteção integral

É um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,


encarregado de zelar pelos direitos da criança e do
adolescente.
(art. 131)
Neste Sentido…

• Essa posição do Conselho Tutelar provoca a efetiva mudança social,


promove a instalação do novo, e trabalha a CONSCIÊNCIA DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ENQUANTO CIDADÃOS. O
Conselho Tutelar não é eminentemente técnico, para enfrentar
questões técnicas, e sim essencialmente político, para enfrentar
questões políticas. É um mobilizador, um articulador, um
verdadeiro conselheiro, que define as coisas em Conselho e com
fundamento na sua representação e no seu saber popular e
comunitário. (KAMINSKI, s/d)
Portanto…
• A intenção do legislador ao conceber a atuação do Conselho
Tutelar não expressa somente um otimismo exagerado ao prever
soluções a partir de uma nova instituição em substituição a
instituições velhas e fracassadas em seus propósitos. Trata-se de
apostar definitivamente na capacidade do povo para resolver os
seus próprios problemas. (COSTA, 2002, p. 77)
ESTRUTURA LEGAL do CT (art. 131)

1 - ÓRGÃO PERMANENTE:
• É um órgão público municipal, que tem sua origem na lei ;

• Criado por lei municipal que integra de forma definitiva o quadro das
instituições municipais;

• Uma vez criado e implantado, não pode ser extinto.


2 – ÓRGÃO AUTÔNOMO:

• Suas ações não estão subordinadas a nenhuma outra instituição,


tendo respaldo legal nos artigos 136, 95, 101 (I ao VII) e 129 (I ao
VII);
• Em matéria técnica de sua competência, delibera e age, aplicando
as medidas práticas pertinentes, sem interferência externa;
• Exerce suas funções com independência, inclusive para denunciar e
corrigir distorções existentes na própria administração municipal;
• Suas decisões só podem ser revistas pelo juiz da infância.
3 – ÓRGÃO NÃO-JURISDICIONAL

• Não integra o poder judiciário. Exerce funções de caráter


administrativo, vinculando-se ao Poder Executivo Municipal;
• Não aprecia ou julga conflitos de interesse;
• Não tem poder para fazer cumprir determinações legais;

OBSERVAÇÃO: não significa que o Conselho não deve se atentar


aos fatos:
• O CT pode e deve encaminhas ao MP notícia de fato que constitua
infração administrativa ou penal contra os direitos infanto-juvenis;
SERVIÇO PÚBLICO RELEVANTE
REGIME JURIDICO
• Trata-se de um serviço público relevante (artigo 135 do ECA), cujo
efetivo exercício estabelece presunção de idoneidade moral.

• Assim, o Conselheiro é um servidor público, mas não um servidor


público de carreira.

• O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerias, conclui-se que os


conselheiros tutelares estão sujeitos a regime próprio,
estabelecendo um vínculo sui generis com a municipalidade e, sendo
assim, devem ser regidos por legislação específica
DEVER DO CONSELHO TUTELAR

Zelar pelo cumprimento de direitos;

Garantir absoluta prioridade na efetivação de


direitos;
Orientar a construção da política municipal de
atendimento

PONTOS IMPORTANTES:
•As decisões devem ser sempre coletivas;
•A responsabilidade das decisões assumidas quanto das medidas aplicadas, é do Conselhos como
um todo.

O QUE SE DEVE EVITAR:


•Extrapolar suas atribuições legais;
•Descaso e desmazelo no atendimento.
Artigo 98
• Tem caráter duplo:
• Indicar a condição sine qua non o Conselho Tutelar deve atuar, portanto,
não ocorrendo uma das condições nele previsto, o CT não pode atuar;
 Indica a condição sine qua non o Estado não deve atuar; portanto,
não ocorrendo uma das condições nele previsto, o CT não pode
atuar;

Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são


aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
O QUE É AMEAÇA OU VIOLAÇÃO POR AÇÃO OU OMISSÃO
DO ESTADO?

• Quando o Estatuto aí se refere :


• Ao Estado trata do conjunto formado pela União (representada pelo Governo
Federal) pelos Estados membros e pelos Municípios.
• Os três em conjunto ou um deles em particular podem, agindo (por ação) ou
deixando de agir quando o deveriam (por omissão) ameaçar ou violar bens ou
interesses de crianças e adolescentes .

• Basicamente, o Estado ameaça ou viola direitos quando:


• deixa de cumprir a prioridade a crianças e adolescentes em suas políticas sociais
básicas.
COMO SE DÁ A AMEAÇA OU VIOLAÇÃO POR FALTA,
0

OMISSÃO OU ABUSO DOS PAIS OU RESPONSÁVEL?

• Os pais (art. 229 da Constituição Federal) têm o dever de


assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores têm
o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.

• Quando isso não ocorre eles ameaçam ou violam o direito dos


filhos.

• Nesse caso, alguém pode dar a notícia dessa ação ou omissão ao


Conselho Tutelar.
COMO SE DÁ A AMEAÇA OU VIOLAÇÃO EM RAZÃO DA
PRÓPRIA CONDUTA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE?

• É quando por iniciativa própria ou por envolvimento de terceiros,


passam a adotar hábitos, usos, costumes incompatíveis com a
ordem social.

• Então, quando crianças e adolescentes se encontrem em condições


tais que por sua conduta se colocam na situação potencial ou
efetiva de violarem os deveres e os direitos de sua cidadania e da
cidadania alheia, devem receber uma ou mais medidas de proteção
(artigo 101 do Estatuto) a serem aplicados pelo Conselho Tutelar.
Função x Atribuição
• Função indica “quando” fazer. O caso do CT está inserto no artigo
131; Portanto, ocorrendo qualquer das situações previstas no
artigo 98 o CT pode atuar;

• Atribuição indica “o modo” de fazer. O caso do CT está expresso


no artigo 136; Portanto, ocorrendo qualquer das hipóteses
previstas no artigo 98 o CT pode atuar, com as ações previstas no
artigo 136;
Atribuições do CT
Aplicar medidas de proteção...

• Art. 95. As entidades governamentais e não-governamentais


referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo
Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares.

• É Atribuição do CT fiscalizar a entidade na qualidade da


execução de seu serviço, podendo aplicar as sanções previstas
no artigo 97.
Artigo 136 do ECA

I - Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses


previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas
no art. 101, I a VII;
Quais são medidas de proteção, aplicadas
pelo Conselho Tutelar?
Nos termos do art. 101, são de sete tipos diferentes:

1. Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de


responsabilidade
• Notificar pais ou responsáveis que deixam de cumprir seus deveres
criar e educar, podem ser comunicados pelo Conselho Tutelar de que
devem comparecer à sua sede onde tomam conhecimento oficial da
ameaça ou violação que atingem a criança ou o adolescente.
• Devem assinar termo de responsabilidade através do qual se
comprometem a doravante zelarem pelo cumprimento de seus deveres
no caso.
2. Orientação, apoio e acompanhamento temporários

• Como vimos no comentário sobre como o Estado ameaça ou viola direitos,


as políticas públicas devem oferecer serviços de assistência social a
todos que deles necessitem.

• Havendo necessidade dessa medida, o Conselho Tutelar convoca os pais,


explica-lhes essa necessidade e encaminha a criança ou o adolescente à
agência de assistência social local encarregada de executar programa
relativo à medida aplicada.
3. Matrícula e freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de
ensino fundamental

• O dever de criar, assistir e educar implica no dever de matricular o filho


na escola e controlar-lhe a freqüência é dos pais.

• Deixando pois os pais ou responsável de fazê-lo, e tendo o Conselho


Tutelar disso tomado conhecimento, cabe-lhe aplicar a medida,
orientando a família e à escola para o devido acompanhamento do caso.
4. Inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à
criança e ao adolescente

• Em muitos casos os pais querem mas não podem, não têm condições, não
têm recursos para bem exercer os deveres do poder familiar.

• Nesse caso, o Conselho Tutelar aplica a medida de “inclusão em programa


comunitário ou oficial de auxílio”, encaminhando a família à agência de
assistência social que a executa, para os devidos fins.
5. Requisição de tratamento médico, psicológico ou
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial.

• A solução de determinados casos levados à apreciação do Conselho Tutelar


muitas vezes só se resolvem com tratamento especializado. Em muitos
desses casos, a família procura a agência pública cujos serviços devem
suprir tais necessidades, mas não é atendida, é mal atendida ou maltratada.
• Cabe ao Conselho Tutelar se entender com o serviço público correspondente e
chamar-lhe a atenção para a prioridade de que gozam crianças e adolescentes,
conforme dispõe o parágrafo único do artigo 4º do Estatuto.

• Deve o Conselho alertar também que a persistência nesse desvio implica


em ação judicial promovida nos termos do artigo 208 e seguintes do
Estatuto, valendo aqui as observações feitas no comentário à medida de
proteção número 2.
6. Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos.

• O primeiro artigo do Estatuto a considerar é o 19:


• Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio
da sua família e,excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de
pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.

• O segundo é o que dispõe o artigo 81, inciso III:


• É proibida a venda à criança e ao adolescente de produtos cujos
componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que
por utilização indevida;

• Assim sendo, deve o Conselho Tutelar aplicar esta medida para prevenir
que a escalada ocorra ou tratar os casos já instalados, segundo o
espírito da lei.
7. Acolhimento Institucional

• O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas


provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição
para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para
colocação em família substituta, não implicando privação de
liberdade.
• Crianças e adolescentes somente poderão ser encaminhados às
instituições que executam programas de acolhimento institucional,
governamentais ou não, por meio de uma Guia de Acolhimento,
expedida pela autoridade judiciária.
Artigo 136 do ECA

II - Atender e aconselhar os pais ou responsável,


aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
Quais são medidas de proteção, aplicadas
pelo Conselho Tutelar?
Nos termos do art. 129, são de sete tipos diferentes:
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio
e promoção da família;
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e
aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
Artigo 136 do ECA

III - Promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:


• Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social,
previdência, trabalho e segurança;
• Representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento
injustificado de suas deliberações.
O QUE É “PROMOVER A EXECUÇÃO DE
SUAS DECISÕES” ?
• A execução dos programas de que depende o Conselho Tutelar é feita pela Política
de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente.

• Essa política, nos termos do artigo 86 do Estatuto é formulada pelo Conselho


Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente que define, em cada município,
como essa execução será distribuída entre as muitas políticas públicas; nelas os
programas governamentais e os não-governamentais.

• Cabe ao Conselho Tutelar cobrar de cada esfera a parte que lhe cabe na execução
dessa política.

• Por essas razões o Conselho Tutelar deve promover a execução de suas decisões o
que será feito no âmbito das entidades governamentais e não-governamentais de
prestação de serviços previstos na Constituição e no Estatuto.
O QUE É REQUISITAR SERVIÇOS
PÚBLICOS
• Requisição é o ato, praticado por quem tem autoridade para isso, de determinar uma
medida. Existe um princípio constitucional (artigo 5º, II da Constituição Federal) que diz:

• ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude
de lei.

• Assim sendo, o Conselho só pode compelir alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
se houver uma lei que o autorize. Pois o Estatuto (artigo 136, III, “a”) dá poderes
administrativos ao Conselho para requisitar serviços públicos.

• São os serviços que, pela Constituição, por outras leis e pelo Estatuto, são devidos à
criança, ao adolescente e à sua família.

• O Estatuto limita tais requisições às áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança. Na verdade, entretanto, outras áreas, como esporte, cultura, lazer,
alimentação, saneamento, habitação, estão cobertas por outros artigos tais como os de n.º
4, 59, 71 e 74.
O QUE É REPRESENTAR JUNTO A AUTORIDADE
JUDICIÁRIA

• O assunto deve ser levado ao Poder Judiciário, porque cabe a este julgar conflitos,
como o que se estabelece com o Conselho requisitando algo em nome da Constituição
e do Estatuto e alguém resistindo a essa requisição.

• Representar, no caso, é pedir providências, expondo à autoridade judiciária fato


ocorrido no âmbito da família, da sociedade ou da administração pública, através do
qual alguém sem justificativa, descumpriu deliberação do Conselho Tutelar, seja
quanto à aplicação de medidas (de proteção ou pertinentes aos pais ou responsável)
ou quanto à requisição de serviço público obrigatório.
Artigo 136 do ECA

IV - Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração


administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;

• É, através de correspondência oficial ou impresso especificamente criado para esse


fim, comunicar ao Promotor da Infância e da Juventude da Comarca local os fatos de
que o Conselho tenha tomado conhecimento e que estejam enquadrados no que dispõem
os artigos 225 a 258 do Estatuto.

• Embora no artigo 136, IV o Estatuto determine que o Conselho encaminhe apenas as


infrações administrativas e os crimes tipificados pelo próprio Estatuto é da natureza
do Conselho Tutelar (artigo 131) zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente.
Artigo 136 do ECA
V - Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as
previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;

• Ao aplicar medida sócio-educativa ou de proteção, o Juiz tem por fim social


condicionar o retorno do adolescente para aquém dessa linha que ele ultrapassou com o
ato praticado.
• O Estatuto quer que o Conselho Tutelar faça o controle dessas condições nos casos em
que a medida aplicada for “de proteção” (artigo 101 do Estatuto) e, em nome dessa
mesma sociedade política e juridicamente organizada, acione os serviços públicos que
as garantam segundo as exigências do bem comum.
• Os programas que executam medidas de proteção e sócio-educativos são da
responsabilidade de entidades de atendimento previstas no artigo 90 do Estatuto.
Segundo o artigo 95, essas entidades são fiscalizadas pelo Conselho Tutelar, ao lado
do Judiciário e do Ministério Público.
Artigo 136 do ECA

VII - Expedir notificações;

• Notificar, no caso, é o Conselho Tutelar dar a alguém notícia de fato ou ato praticado
que legalmente gera importantes conseqüências jurídicas. A notificação pode ser feita
através de correspondência oficial ou em impresso especialmente criado para esse fim.

• A notificação do Conselho Tutelar pode se referir a atos ou fatos passados ou futuros,


segundo se refiram a situações ocorridas ou a ocorrer que gerem importantes
conseqüências jurídicas emanadas do Estatuto, da Constituição ou outras legislações.
Artigo 136 do ECA
VIII - Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente
quando necessário;

• O Estatuto dispõe expressamente que:


• art. 102. As medidas de proteção de que trata este capítulo serão acompanhadas da
regularização do registro civil.

• Parágrafo 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de nascimento da


criança ou adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da
autoridade judiciária.

• Parágrafo 2º Os registros e certidões necessárias à regularização de que trata este artigo


são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade.

• Isso significa que o Conselho, ao determinar quaisquer das medidas de proteção, deverá
fazê-las acompanhar, necessariamente, da regularização do registro civil. Inexistindo o
registro, o Conselho comunica ao Juiz para que este requisite o assento do nascimento.
Artigo 136 do ECA

IX - Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária


para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

X - Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos


previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
Artigo 136 do ECA

XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão


do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do
adolescente junto à família natural;

• Quando o Conselho Tutelar atende reclamações ou recebe denúncias de ameaças ou


violações a direitos de criança ou adolescente pode, como vimos, aplicar medidas de
proteção relacionadas à própria criança ou adolescente, ou medidas relativas aos pais ou
responsável, as quais se destinam a garantir que o ameaçado ou violado em seu direito seja
assistido, criado e educado.
ATRIBUIÇÕES TRAZIDAS PELA LEI HENRY BOREL
– Lei 14.344/22
XIII - Adotar, na esfera de sua competência, ações articuladas e efetivas
direcionadas à identificação da agressão, à agilidade no atendimento da criança e do
adolescente vítima de violência doméstica e familiar e à responsabilização do
agressor;

XIV - Atender à criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência


doméstica e familiar, ou submetido a tratamento cruel ou degradante ou a formas
violentas de educação, correção ou disciplina, a seus familiares e a testemunhas, de
forma a prover orientação e aconselhamento acerca de seus direitos e dos
encaminhamentos necessários;

XV - representar à autoridade judicial ou policial para requerer o afastamento do


agressor do lar, do domicílio ou do local de convivência com a vítima nos casos de
violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente;
ATRIBUIÇÕES TRAZIDAS PELA LEI HENRY BOREL
– Lei 14.344/22
XVI - representar à autoridade judicial para requerer a concessão de medida
protetiva de urgência à criança ou ao adolescente vítima ou testemunha de violência
doméstica e familiar, bem como a revisão daquelas já concedidas;

XVII - representar ao Ministério Público para requerer a propositura de ação cautelar


de antecipação de produção de prova nas causas que envolvam violência contra a
criança e o adolescente;

XVIII - tomar as providências cabíveis, na esfera de sua competência, ao receber


comunicação da ocorrência de ação ou omissão, praticada em local público ou privado,
que constitua violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente;
ATRIBUIÇÕES TRAZIDAS PELA LEI HENRY BOREL
– Lei 14.344/22

XIX - receber e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por


noticiantes ou denunciantes relativas à prática de violência, ao uso de tratamento cruel
ou degradante ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra a
criança e o adolescente;

XX - representar à autoridade judicial ou ao Ministério Público para requerer a


concessão de medidas cautelares direta ou indiretamente relacionada à eficácia da
proteção de noticiante ou denunciante de informações de crimes que envolvam
violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente.
Artigo 136 do ECA

Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar


entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará
incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os
motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o
apoio e a promoção social da família.

• Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o


afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público,
prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências
tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.
Conselho Tutelar e Rede
Conselho Tutelar e o Executivo Municipal
• O que diz o ECA:
• Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário
de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração
dos respectivos membros, aos quais é assegurado o direito a: (Redação
dada pela Lei nº 12.696, de 2012).
Conselho Tutelar e o Executivo Municipal

• Relação de parceria (Rede);


• Não existe subordinação;
• Todavia, existe vinculação administrativa ao Executivo
Municipal (Autonomia ≠ Independência);
Conselho Tutelar e a Educação

• O que diz o ECA:


• Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de
tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou
adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar
da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais
Conselho Tutelar e a Educação

• O que diz o ECA:


• Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
• I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
• II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os
recursos escolares;
• III - elevados níveis de repetência
Conselho Tutelar e a Educação

• Relação de parceria (Rede);


• Canal de comunicação entre o Conselho e seu Publico;
• Não existe subordinação;
Conselho Tutelar e a Policia Militar

• Relação de parceria (Rede);


• Na maioria das vezes existe um desconhecimento (total ou
parcial)das atribuições de ambos;
• Não existe subordinação;
Conselho Tutelar e a Policia Militar

• Relação de parceria (Rede);


• Na maioria das vezes existe um desconhecimento (total ou
parcial)das atribuições de ambos;
• Não existe subordinação;
Conselho Tutelar e a Policia Militar
• Reza a Constituição Federal Brasileira:
CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
• Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
• I - polícia federal;
• II - polícia rodoviária federal;
• III - polícia ferroviária federal;
• IV - polícias civis;
• V - polícias militares e corpos de bombeiros militares;
• VI - polícias penais federal, estaduais e distrital;
Conselho Tutelar e o Ato Infracional
• Reza o ECA:
Seção V
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente

• Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo,
encaminhado à autoridade judiciária.

• Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo,
encaminhado à autoridade policial competente.

• Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente e


em se tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição
da repartição especializada, que, após as providências necessárias e conforme o caso,
encaminhará o adulto à repartição policial própria.
Conselho Tutelar e o Ato Infracional
• Reza o ECA:

• Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave
ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo
único, e 107, deverá:

• I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;


• II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
• III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e autoria da
infração.

• Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim
de ocorrência circunstanciada.
Conselho Tutelar e o Ato Infracional
• Reza o ECA:

• Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será


prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e
responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmo
dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do
ato infracional e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob internação
para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.
Conselho Tutelar e o Ato Infracional
• Reza o ECA:

• Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial encaminhará, desde logo, o
adolescente ao representante do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de
apreensão ou boletim de ocorrência.

• § 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade policial encaminhará o adolescente


à entidade de atendimento, que fará a apresentação ao representante do Ministério Público no
prazo de vinte e quatro horas.

• § 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendimento, a apresentação far-se-á pela
autoridade policial. À falta de repartição policial especializada, o adolescente aguardará a
apresentação em dependência separada da destinada a maiores, não podendo, em qualquer
hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo anterior.
Conselho Tutelar e o Ato Infracional
• Reza o ECA:

• Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial encaminhará imediatamente


ao representante do Ministério Público cópia do auto de apreensão ou boletim de
ocorrência.

• Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de


adolescente na prática de ato infracional, a autoridade policial encaminhará ao
representante do Ministério Público relatório das investigações e demais documentos.

• Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser
conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental,
sob pena de responsabilidade.
Conselho Tutelar e o Ato Infracional
• Reza o ECA:

• Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Público, no mesmo


dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial,
devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação sobre os antecedentes do
adolescente, procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de
seus pais ou responsável, vítima e testemunhas.

• Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o representante do Ministério Público


notificará os pais ou responsável para apresentação do adolescente, podendo requisitar o
concurso das polícias civil e militar.
Conselho Tutelar e o Ato Infracional
• Reza o ECA:

• Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante do


Ministério Público poderá:

• I - promover o arquivamento dos autos;


• II - conceder a remissão;
• III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medida sócio-educativa.
Conselhos Tutelares:
A prática, princípios éticos
Desafios no Atendimento

üCriança e adolescentes como sujeitos de direitos, quebra de paradigmas;


üGrupos minoritários – povos e comunidades tradicionais; raça e etnica;
üGênero e igualdade;
üOrientação sexual;
üDeficiências;
üViolências, estrutural, individual, conceitos e dinâmicas;
üO olhar nada sistêmico para os problemas enfrentados;
Desafios no Atendimento
üO olhar nada sistêmico para os problemas enfrentados;
üAs fragilidades do atendimento da rede de proteção;
üIntervenção tardia (ao invés de precoce);
üDificuldades para lidar com os problemas sociais;
üProfissionalização da atuação - Olhar técnico, profissional, qualificado;
üCompreensão do Acolhimento Institucional, do Ato Infracional, do atendimento à
criança como um fenômeno não só de Assistência Social, mas de todas as políticas
Saúde, Educação, Segurança Pública e do Sistema de Justiça (sistêmico);
ü dificuldade na construção e efetivação da intersetorialidade
Como o Conselho Tutelar pode trabalhar
com um caso
O Caso
Nesse trabalho, é importante a coleta e registro de informações que possibilitem o conhecimento
detalhado do maior numero de variáveis possíveis, tais como:

Situação denunciada:
ü O que realmente acontece? A denúncia é procedente?
ü Quem são os envolvidos por ação ou omissão?
ü Qual a gravidade da situação?
ü É necessária a aplicação de uma medida emergencial?
ü Registrar, por escrito, a situação encontrada, nomes dos envolvidos e de testemunhas, endereços,
como localizá-los.

Situação escolar da criança ou do adolescente:


ü Está matriculada(o) e frequente à escola?
ü Tem condições adequadas para frequência à escola e estudo em casa?
ü Se necessário, visitar a escola da criança/adolescente e colher informações detalhadas e precisas
sobre sua vida escolar.
Como o Conselho Tutelar pode trabalhar
com um caso

O Caso
Nesse trabalho, é importante a coleta e registro de informações que possibilitem o
conhecimento detalhado do maior numero de variáveis possíveis, tais como:

Situação de saúde da criança ou do adolescente:


ü Apresenta problemas de saúde?
ü Se apresenta, tem atendimento médico adequado?
ü Faz uso de medicamentos?
ü Se faz, tem acesso aos medicamentos e os usa corretamente?
ü Apresenta sinais de maus-tratos, de agressões?
ü Se necessário, requisitar socorro ou atendimento médico especializado, com urgência.
Como o Conselho Tutelar pode trabalhar
com um caso
O Caso
Nesse trabalho, é importante a coleta e registro de informações que possibilitem o conhecimento
detalhado do maior numero de variáveis possíveis, tais como:

Situação familiar da criança ou do adolescente:


ü Vive com a família?
ü Como é a composição de sua família? Qual o número de integrantes? Quem compõe a família: pai,
mãe, irmãos, tios, avós, outros parentes, outros agregados?
ü Quem trabalha e contribui para a manutenção da família?
ü Está se relacionando bem no contexto familiar?
ü Se não está, quais os problemas que acontecem?
ü Deve permanecer na família? Ou existe alguma situação grave que recomende sua saída do contexto
familiar?
Importante: O Conselho Tutelar, além das medidas protetivas dirigidas às crianças e
adolescentes, poderá aplicar medidas pertinentes aos pais ou responsáveis (ECA,art. 129).
Como o Conselho Tutelar pode trabalhar
com um caso
O Caso
Nesse trabalho, é importante a coleta e registro de informações que possibilitem o conhecimento
detalhado do maior numero de variáveis possíveis, tais como:

Situação de trabalho da criança ou do adolescente:


ü Trabalha?
ü Em que condições?
ü As condições são compatíveis com o que determina o ECA no seu capítulo V - Do Direito à
Profissionalização e à Proteção no Trabalho?
ü Se necessário, visitar o seu local de trabalho e colher informações detalhadas e precisas sobre sua
situação.
ü Ela é responsável pelo sustento da família?
ü Tem responsabilidades maiores do que o recomendado para a sua idade?
Como o Conselho Tutelar pode trabalhar
com um caso
O Caso
Nesse trabalho, é importante a coleta e registro de informações que possibilitem o conhecimento
detalhado do maior numero de variáveis possíveis, tais como:

Histórico institucional da criança ou do adolescente:


ü Freqüenta entidade de atendimento?
ü Vive em entidade de atendimento?
ü Se vive, como vive? Deve permanecer na entidade?
ü Já passou por entidade de atendimento?
ü Se já passou, como se deu o seu desligamento?
ü Qual sua história de vida em entidade(s) de atendimento?
ü Se necessário, visitar a(s) entidade(s) para colher informações detalhadas e precisas sobre sua
trajetória.
Como o Conselho Tutelar pode trabalhar
com um caso
O Caso

Estudar casos é um trabalho minucioso. Os itens e as perguntas apresentadas anteriormente são o


esboço de um roteiro de preocupações que devem guiar a ação de um conselheiro tutelar. Certamente,
outras perguntas e preocupações irão surgir diante de cada caso específico.
É preciso estudar e compreender o caso da forma mais ampla e sistêmica possível.

Para melhor estudo e compreensão de um caso, muitas vezes será necessária a atuação de um
profissional habilitado para trabalhos técnicos especializados:
ü Psicólogo: estudo e parecer psicológico.
ü Pedagogo: estudo e parecer pedagógico.
ü Assistente social: estudo e parecer social.
ü Médico: atendimento e avaliações médicas.
Como o Conselho Tutelar pode trabalhar
com um caso
O Caso

O Conselheiro Tutelar, para completar suas observações e análises e fundamentar suas decisões, deverá
requisitar os serviços especializados dos profissionais citados e de outros. O importante é um estudo
preciso e completo do caso que precisa de atendimento.

Encaminhar um caso é aplicar uma ou mais medidas protetivas que atuem diretamente nos focos
desencadeadores da ameaça ou violação dos direitos da criança ou do adolescente, devendo o Conselho
Tutelar requisitar, sempre que necessário, os serviços públicos nas áreas de Saúde, Educação, Serviço
Social, Previdência, Trabalho e Segurança, indispensáveis ao correto encaminhamento de soluções para
cada caso. Encaminhar um caso pode significar também a aplicação de medidas pertinentes aos pais ou
responsável pela criança ou adolescente, o que, muitas vezes, torna-se vital para o completo atendimento
da criança ou adolescente.

Encaminhar um caso não é DESFAZER-SE dele, encaminhar é convocar outros atores para atuar
em conjunto, trabalhando todos para resolverem a situação de vulnerabilidade em que a criança/
adolescente se encontra
Como o Conselho Tutelar pode trabalhar
com um caso
Acompanhar o caso ...

é garantir o cumprimento das medidas protetivas aplicadas e zelar pela efetividade do atendimento
prestado, evitando que qualquer uma das partes envolvidas (família, escola, hospital, entidade
assistencial e outras) deixe de cumprir suas obrigações, fazendo romper a rede de ações que sustentam
o bom andamento de cada caso específico. O bom acompanhamento de caso, feito em parceria com
outros atores comunitários e o poder público, dá ao Conselho Tutelar condições de verificar o resultado
do atendimento e, se necessário, aplicar novas medidas que o caso requerer.

O Conselho Tutelar não precisa especializar-se em acompanhamento de casos, podendo fazer este
trabalho por meio de associações comunitárias, igrejas, entidades de atendimento e órgãos públicos de
atenção à criança - aos quais requisitará, periodicamente, relatórios sobre o desenvolvimento dos casos.
Saber manejar a Metodologia de Atendimento Social de Casos é no entanto, fundamental para o trabalho
do Conselho Tutelar: receber, estudar, encaminhar e acompanhar casos, buscando superar as
situações de ameaças ou violações dos direitos de crianças e adolescentes, com a aplicação das medidas
protetivas adequadas.
Conselhos Tutelares:
Instrumental
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

2. Convocação de Reunião

CONVOCAÇÃO DE REUNIÃO

( ) ESPECIAL
(.....) EXTRAORDINÁRIA
(.....) URGENTE

Nos Termos do Artigo ____________ do Regimento Interno do Conselho Tutelar da


Criança e do Adolescente do Município de __________________________, convocamos
uma reunião para o dia _________________ de ____________ de __________às horas com a
seguinte PAUTA:

(Local e data)
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

3. Termo de responsabilidade (ECA, Art 101, I, em acordo com o Art 136 , I)

n. º CT ..... (numero de registro)


Art. 101, Inciso I Lei Federal n.º 8.069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente
O Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente do Município de ...., criado através
da Lei Municipal n.º ....., no uso de suas atribuições legais previstas no Art. 136 da Lei
Federal n.º 8.069/90, de 13 de julho de 1990, Entrega ao Sr.(a) .....
Residente à Rua (endereço completo), portador do(a) (documento de identidade), a
Criança/Adolescente (nome completo).
Na oportunidade o(a) aludido(a) Sr.(a), se comprometeu a tudo fazer pelo bem estar
da(o) Criança/Adolescente, sendo alertado(a) para com seu dever de assegurar e de
zelar pelos direitos do(a) mesmo(a).
(Local e data)
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

4. Termo de Aplicação Medida de Proteção (ECA Art. 136, I)

O Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente do Município de ...., criado através


da Lei Municipal n.º ......., no uso de suas atribuições legais previstas no Art. 136 da
Lei Federal n.º 8.069/90, neste ato representado pelo Conselheiro (nome completo),
resolve aplicar à Criança/Adolescente (nome completo), (endereço completo),
responsável (nome completo), documento (documento e número), a(s) seguinte(s)
Medida(s) de Proteção (descrever as medidas), conforme previsto no Art. 101 (incluir
o inciso) do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Fica o Pai ou Responsável, na obrigação de acompanhar o cumprimento desta
medida, comunicando de imediato ao Conselho Tutelar, todas as dificuldades que
surgirem para a aplicação da referida medida.
Cumpre informar também, que o não cumprimento injustificado desta medida,
poderá ensejar representação à Autoridade judiciária ou ao Ministério Público,
conforme prevê o Art. 136, inciso III, “b” e inciso IV da Lei Federal supra citada.
(Local e data)
Ciente (nome e assinatura do responsável)
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

5. Termo de Declarações (ECA, art. 136, I)

Ata da ... . ª sessão. Aos ... dias do mês de ... de ..., às ... horas, durante a ... .ª sessão
do Conselho Tutelar do Município de ..., estando presentes os Conselheiros Sr(a). ...,
Sr(a). ... e Sr(a). ..., foi realizado o seguinte ato:

TERMO DE DECLARAÇÕES
Caso n.º ...
Nesta data, na sede do Conselho Tutelar do Município de ..., compareceu a criança
(adolescente) ..., nascida aos ... de ... de ... (qualificação completa),
estando a mesma acompanhada de seu genitor, tendo, em resumo, relatado o
seguinte: ... (descrever os fatos).
Nada mais havendo a ser tratado nesta sessão, os Conselheiros abaixo assinados
encerraram os trabalhos.
(local e data)
(Assinatura dos conselheiros, do(a) declarante e de seu responsável)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho
Tutelar
6. Resumo da Ocorrência ou Queixa com Decisão (ECA, art 136, I e II)
(Esta decisão pode ser preliminar ou final, dependendo do caso concreto)
Ata da ... . ª sessão. Aos ... dias do mês de ... de ..., às ... horas, durante a ... .ª
sessão do Conselho Tutelar do Município de ..., estando presentes os Conselheiros
Sr(a). ..., Sr(a). ... e Sr(a). ..., foram realizados os seguintes atos:
RESUMO DA OCORRÊNCIA OU QUEIXA
Neste dia, compareceu o(a) Sr(a). ... (nome e qualificação completa), que
apresentou a seguinte queixa: ... (descrever o fato).
DECISÃO
Os Conselheiros presentes à sessão resolveram registrar o caso sob o n.º .../...,
determinando as seguintes providências:
a) .... (informar todas as providencias tomadas).......;
b) ................................................................................
Nada mais havendo a ser tratado nesta sessão, os Conselheiros abaixo assinados
encerraram os trabalhos.
(local e data) [Assinatura dos conselheiros, do(a) declarante]
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho
Tutelar
7. Aplicação de Medidas de Proteção aos Pais ou Responsável (ECA, art. 129, I a VII, conforme art.
136, II)
TERMO DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO AOS PAIS OU RESPONSÁVEL
Pai ou responsável: ... (nome)
Aos ... dias do mês de ... de ..., no plantão de atendimento do Conselho Tutelar, sediado
à Rua (Av.) ... (endereço completo), o Conselho deliberou aplicar a medida protetiva,
prevista no art. 129, inciso (...), da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente),
referente a (qual medida a ser aplicada) ao Sr(a). ...(nome do pai ou responsável ou
adolescente e seu endereço) ..., pelo fato comprovado e confirmado pelo (pai ou
responsável) aqui presente, (descrever o fato que motivou a aplicação de tal medida).
Em decorrência disso, as crianças (ou adolescentes) ficam, sistematicamente, (descrever
a situação), colocando em risco seu desenvolvimento físico, mental e social.
O Sr(a). ... aceitou ser encaminhado para (medida aplicada), localizado à Rua (Av.) ...
(endereço da instituição).
Ciente e de acordo: ... (nome e assinatura do responsável)
(Local e data)
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar
8. Requisição de Serviço Público nas áreas de Saúde, Educação, Serviço Social,
Previdência, Trabalho e Segurança (ECA, art. 136, III, "a")
Ilmo. Sr. Secretário Municipal de Saúde,
O Conselho Tutelar de ... (colocar o nome da cidade), sediado à Rua (Av.) ... (endereço
completo), por seu órgão abaixo assinado, vem perante V.Sa., com fundamento no art.
136, inciso III, letra "a", da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente),
requisitar (descrever o serviço requisitado) da criança (ou adolescente) (qualificação
completa da criança ou adolescente que necessita do serviço ) ..., pelo motivo abaixo
descrito:
Que a criança (ou adolescente) acima mencionada (descrever o fato).
Acontece, porém, que (descrever o motivo de a criança/adolescente não ser
atendido) ...Isto posto, este Conselho Tutelar requisita e determina (o que se requisita)
para o(a) paciente acima referido, tendo em vista ser prioritário o seu atendimento e
(motivo).
Por fim, informo a V.Sa. que o descumprimento da presente constitui infração
administrativa (ou, conforme o caso, infração penal prevista no art. 236 do ECA),
prevista no art. 249 do ECA.
(Local e data)
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

9. Ofício de Encaminhamento ou Comunicação ao Ministério Público de Infração


Administrativa ou Infração Penal (ECA, art. 136, IV)

Ofício n.º ... (Local e data)


Senhor(a) Promotor(a),
Pelo presente, encaminho a V. Exa. notícia veiculada neste Conselho Tutelar que
constitui infração administrativa (ou penal, conforme o caso) contra os direitos da
criança e do adolescente.
Em anexo, envio-lhe cópia da ficha de registro da ocorrência, onde consta o
resumo do depoimento da vítima.
Na oportunidade, renovo os votos de elevada estima e consideração.
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
Ao Exmo. Sr.
Dr(a). (nome do(a) Promotor(a) de Justiça)
DD. Promotor de Justiça
Nesta
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho
Tutelar
10. Representação – Infração Administrativa (ECA, art. 136, IV, em acordo com art. 194)

Exmo. Sr. Dr. Juiz da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de ...


O Conselho Tutelar de ... (colocar o nome da cidade), sediado à Rua (Av.) ... (endereço completo),
por seu órgão adiante firmado ,vem, perante V. Exa., com fundamento no art. 194 da Lei 8.069/90,
representar contra... (qualificação completa do autor da infração, ou seja, nome, estado civil,
profissão e endereço) ..., pela prática da infração administrativa tipificada no art. ... do ECA,
conforme sua descrição abaixo:
RESUMO DOS FATOS
No dia ... (data, hora, local e todas as circunstâncias do fato) .........................
Isto posto, requer V. Exa. seja a presente recebida e o representado intimado para responder à
presente, querendo, no prazo assinalado no art. 195 do ECA, para, ao final, ser-lhe imposta a
penalidade administrativa, após o regular processamento.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(Local e data) (Nome e assinatura do conselheiro tutelar) endereços).
(OBS.: poderá ser utilizado este modelo nos casos de descumprimento das deliberações do
Conselho - ECA, art. 136, IV, "b".)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

11. Representação – Irregularidade em Entidade de Atendimento


(ECA, art.191, como consta no art. 95, em acordo com Art. 136, V e XII)
Exmo. Sr. Dr. Juiz da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de ...(OBS.: Neste caso, o
Conselho Tutelar poderá optar pela notificação da irregularidade ao Ministério Público - ECA,
art. 97, parágrafo único.)
O Conselho Tutelar de ... (colocar o nome da cidade), sediado à Rua (Av.) ... (endereço
completo), por seu órgão adiante firmado, vem, perante V. Exa., com fundamento no art. 191,
c/c o art. 95, da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), representar contra
Entidade de Atendimento ... (qualificação completa da entidade: nome, endereço e nome do
diretor) ..., pela prática da seguinte irregularidade:
RESUMO DOS FATOS(Descrever as irregularidades de acordo com os arts. 90 e 94 do ECA.).........
Isto posto, requer V. Exa. que receba a presente, determinando a citação do dirigente da
entidade de atendimento acima qualificada, para, querendo, apresentar resposta, nos termos
do art. 192 do ECA (se o fato for grave, o Conselho Tutelar pode requerer afastamento
provisório do dirigente da entidade), para, ao final, ser-lhe imposta uma das medidas previstas
no art. 97 do ECA, após o regular processamento.
Nestes termos, Pede deferimento.(Local e data)
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
ROL: (Se for o caso, elencar a relação de testemunhas do fato, citando seus nomes e
endereços).
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

12. Notificação - de pessoa (ECA, art. 136, VII)

NOTIFICAÇÃO
O Conselho Tutelar de ... (colocar o nome da cidade), sediado à Rua (Av.) ...
(endereço completo), por seu órgão adiante assinado, com fundamento no art. 136,
inciso VII, da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), notifica ... (nome e
endereço da pessoa notificada) ..., para comparecer no dia ... de ..., às ... horas, no
endereço acima mencionado (ou no local de atendimento ), para o fim de ...
(mencionar o objetivo do comparecimento, tal como apresentar seu(sua) filho(a),
prestar informações sobre (descrever a situação) de seu(sua) filho(a) etc.).
(Local e data)
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

13. Requisição de Certidão de Nascimento e de Óbito de Crianças e Adolescentes


(ECA, art. 136, VIII)

Ilmo. Sr. Oficial do Registro Civil de ...


O Conselho Tutelar de ... (colocar o nome da cidade), sediado à Rua (Av.) ...
(endereço completo), com fundamento no art. 136, inciso VII, da Lei 8.069/90
(Estatuto da Criança e do Adolescente), requisita, no prazo de (...) dias, a Certidão de
Nascimento (ou de Óbito) de ... (nome da criança ou adolescente), nascido(a) aos ...
(data), filho(a) de ... (nome dos pais e, se possível, dos avós), natural desta Cidade.
Informo, ainda, a V. Sa. que o descumprimento desta constitui infração
administrativa prevista no art. 249 da lei acima citada.
(Local e data)
(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

14. Representação – Perda ou Suspensão do Poder Familiar ou Destituição da


Tutela (ECA, art. 136, XI)

Exmo. Sr. Dr. Promotor de Justiça da Infância e da Juventude da Comarca de ...


O Conselho Tutelar de ... (colocar o nome da cidade), sediado à Rua (Av.) ...
(endereço completo), por seu órgão adiante firmado, vem, perante V. Exa., com
fundamento no art. 136, inciso XI, da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), representar contra... (qualificação completa do autor da infração, ou
seja, nome, estado civil, profissão e endereço) ..., para o fim de (perda ou suspensão
do poder familiar ou destituição da tutela), pelo(s) seguinte(s) fato(s):
(Descrever o fato ou motivo que fundamenta o pedido.) ............................................... Isto
posto, requer V. Exa. seja a presente recebida, com a finalidade de promover a ação
judicial cabível, nos termos do art. 201, inciso III, do ECA.
Nestes termos pede deferimento.
(Local e data)(Nome e assinatura do conselheiro tutelar)
ROL: (Se for o caso, elencar a relação de testemunhas do fato, citando seus nomes
e endereços).
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

15. Termo de Visita de Inspeção (ECA, art. 136, XII)

Aos ... dias do mês de ... de ..., às ... horas, o Conselho Tutelar do Município de ...,
através de seus Conselheiros, Sr(a). ..., Sr(a). ... e Sr(a). ..., realizou a visita de inspeção
na entidade de atendimento denominada ..., localizada à Rua (Av.) ... (endereço
completo), que tem como finalidade (descrever a finalidade da instituição), sendo,
na ocasião, recepcionados pelo(a) diretor(a) da citada entidade, Sr(a). ... (qualificação
completa). Após visitar todas as dependências da entidade, o Conselho constatou as
seguintes irregularidades:
1. .................(descrever as irregularidades)............................................
2. ...........................................................................................................
Em seguida, os Conselheiros deram por concluída a visita de inspeção, às ... horas,
quando lavraram este termo.
(local e data)
(Nome e assinatura dos conselheiros presentes e do diretor da entidade.)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

16. Auto de Constatação (ECA, art. 194, em acordo com o art.136, IV e V)

Aos ... dias do mês de ... de ..., às ... horas, o Conselho Tutelar do Município de ...,
através de seus Conselheiros, Sr(a). ..., Sr(a). ... e Sr(a). ..., recebeu uma denúncia
anônima de que ... (descrever os fatos, com indicação de nome e localização
completa). Os conselheiros para lá se dirigiram e constataram a veracidade dos fatos,
(descrever a situação encontrada pelo Conselho Tutelar).
Constatada a infração administrativa prevista no art. 256 do ECA, foram arroladas as
seguintes testemunhas: a) ...; b) ... e c)... Em seguida, os conselheiros determinaram a
lavratura do presente auto de constatação.
(local e data)
(Assinatura dos conselheiros e do infrator)
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

17. Sugestões de Ficha de Registro das Entidades (ECA Art.90 §1ª, em acordo com Art. 136, XII)
FICHA DE REGISTRO DE ENTIDADE
01 – REGISTRO Nº
NOME DA ENTIDADE:
02 – ENDEREÇO: (endereço completo, rua, bairro, cidade, cep, referencia)
TELEFONE:
03 – SEDE PRÓPRIA: ( ) SIM NÃO ( )
04 – REGISTROS: DIÁRIO OFICIAL Nº ...... DATA: / /
CGC Nº
05 – DATA DE FUNDAÇÃO:
06 – TIPO DE ENTIDADE: ORGANIZAÇÃO GOVERNAMENTAL ( )
ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL ( )
Nº DE ASSOCIADOS:
07 – OBJETIVOS : (de acordo com o estatuto)
08 – REGIMES DE ATENDIMENTO:
FAIXA ETÁRIA:
MASC.: (sim, não, quantidade) FEM.: (sim, não, quantidade)
09 – META DE ATENDIMENTO: ____________________________________________
Instrumentos Necessários para as Ações do Conselho Tutelar

17. Sugestões de Ficha de Registro das Entidades


(ECA Art.90 §1ª, em acordo com Art. 136, XII)
FICHA DE REGISTRO DE ENTIDADE - continuidade
10 – PROGRAMAS:
11 – OBJETIVOS:
12 – RECURSOS HUMANOS:
13 – RELAÇÃO DOS CONVÊNIOS E CONTRATOS:
14 – RESUMO DAS ATIVIDADES:
15 – MANDATO DA DIRETORIA E COMPONENTES:
NOME POR EXTENSO e ASSINATURA
PARECER DO CONSELHO:
Local e data
Assinatura do Conselho Tutelar
DOCUMENTOS ANEXOS: (Cópia do estatuto, Cópia do CGC, Cópia do registro em cartório, Cópia da ata
de fundação, Cópia da ata atual da diretoria, Cópia de utilidade pública, Fichário de obras sociais , Plano
ou projeto de um trabalho da entidade

OBS.: Qualquer alteração na Diretoria da Entidade deve ser comunicado diretamente ao Conselho de
Direitos. (Fornecer declaração de cadastro do CMDCA p/ instituição)
Por Fim...
• Por ser um serviço de relevância pública de extrema
grandeza o Conselheiro deve sempre estar atento à lógica
de seu trabalho e ao papel que do Conselho dentro da
estrutura do Sistema de Garantia de Direitos, que é zelar
pela garantia dos direitos humanos de crianças e
adolescentes... e para isso é necessário não somente o
trabalho provido de conhecimentos técnicos, mas em igual
importância o trabalho deve estar carregado de
engajamento social e, principalmente, de respeito à
condição humana de toda criança e de todo adolescente
sem qualquer distinção.
Somos o que repetidamente fazemos, a excelência
portanto não é um feito e sim um hábito!

Aristóteles
DÚVIDAS!
OBRIGADO!

Você também pode gostar