Você está na página 1de 39

Clique aqui para garantir o material completo

1
Clique aqui para garantir o material completo

2
Clique aqui para garantir o material completo

Olá futuro(a) Oficial do MP MG!

Esse material é totalmente focado no certame (PÓS EDITAL) e aborda ponto a ponto
da legislação prevista no edital.

Nele foi inserido títulos em cada artigo, para facilitar a sua compreensão, e
marcações das partes mais importantes.

Além disso, nos dispositivos mais importantes para a sua prova, constam alguns
esquemas e explicações com foco na banca Consulplan para facilitar a compreensão do
aluno.

A leitura da lei é fundamental para a sua aprovação, pois, em análise estatística,


verificamos que 95% das questões de direito cobradas para concurso de Oficial do MP MG
são resolvidas somente com base da lei seca.

No material completo você terá acesso as seguintes disciplinas:

Língua portuguesa

Noções de gestão pública e ética

Legislação estadual e institucional

Direito Constitucional

Direito Administrativo

E mais: como forma de demonstrar a qualidade de nosso material, apresentaremos a seguir


a amostra do: Legislação Mapeada de Oficial do MP MG – PÓS EDITAL 2022:

3
Clique aqui para garantir o material completo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo de direito Constitucional, apresentaremos os assuntos que foram


cobrados no edital de Oficial do MPMG 2022.

ASSUNTOS DO EDITAL

1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 1.1 Princípios fundamentais.

2 Aplicabilidade das normas constitucionais. 2.1 Normas de eficácia plena, contida e limitada.

2.2 Normas programáticas.

3 Direitos e garantias fundamentais. 3.1 Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos

sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos, partidos políticos.

4 Organização político-administrativa do Estado. 4.1 Estado federal brasileiro, União, estados,

Distrito Federal, municípios e territórios

5 Poder judiciário. 5.1 Disposições gerais. 5.2 Órgãos do poder judiciário. 5.2.1 Conselho Nacional

de Justiça (CNJ). 5.2.1.1 Composição e competências.

6 Funções essenciais à justiça. 6.1 Ministério Público. 6.1.1 Disposições gerais. 6.1.2 Princípios,

garantias, vedações, organização e competências. 6.1.3 Conselho Nacional do Ministério Público

(CNMP). 6.2 Advocacia Pública. 6.3 Defensoria Pública.

7 Constituição do Estado de Minas Gerais: Título III - Do Estado - Capítulo I - Da Organização Do

Estado (Seção I - Disposições Gerais; Seção IV - Da Administração Pública; Seção V - Dos Servidores

Públicos; Subseção I - Disposições Gerais; Subseção II - Dos Servidores Públicos Civis); Capítulo II

- Da Organização Dos Poderes (Seção IV - Das Funções Essenciais à Justiça; Subseção I - Do

Ministério Público).

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Trata-se de matéria de grande incidência nos concursos de Ministério Público, estando também
presente no edital de Oficial do MPMG (2022).

Fundamentos da República Federativa do Brasil

4
Clique aqui para garantir o material completo
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;
Mnemônico: So – Ci – Di – Va - Plu
II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)

V – o pluralismo político.

Todo poder emana do povo

Art. 1º, parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Harmonia entre os poderes

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.

Objetivos da República Federativa do Brasil

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - Garantir o desenvolvimento nacional;

IIII - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.

Mnemônico: Con – Ga – Erra – Pro

Princípios das relações internacionais

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:

I - Independência nacional;

II - Prevalência dos direitos humanos;

III - Autodeterminação dos povos;

IV - Não-intervenção;

V - Igualdade entre os Estados;

5
Clique aqui para garantir o material completo
VI - Defesa da paz;

VII - Solução pacífica dos conflitos;

VIII - Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

XI - Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - Concessão de asilo político.

Integração econômica, política, social e cultural

Art. 4º, parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.

MAPEANDO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

Aplicabilidade das normas constitucionais é um tema doutrinário, por isso abordaremos esse assunto
seguindo a doutrina.

NORMA DE EFICÁCIA PLENA, CONTIDA E LIMITADA

Norma de eficácia plena: normas autoaplicáveis, bastantes em si mesmas, não dependem de


qualquer ação do Poder Público. Possui aplicabilidade imediata.

6
Clique aqui para garantir o material completo
Esquema: tem aplicabilidade direta (independe de regulamentação); imediata; integral (não sofrem
limitações).

Norma de eficácia contida (ou prospectiva): podem sofrer uma restrição na sua aplicação, essa
restrição pode vir na própria Constituição Federal ou Lei. Possui aplicabilidade imediata.

Esquema: tem aplicabilidade direta; imediata; não integral (podem sofrer limitação).

Norma de eficácia limitada: depende de uma complementação para produzir efeitos (não tem
aplicabilidade imediata)

Esquema: Tem Aplicabilidade Indireta (dependem de regulamentação); Mediata (dependem de lei


para produzir seus efeitos); Diferida.

Fique atento!

As normas de eficácia limitada se dividem em:

1) institutivas: Normas constitucionais que traçam esquemas gerais de organização e estruturação


de órgãos.

2) programáticas: traçam metas / tarefas / fins / programas, para cumprimento por parte dos
poderes público.

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Esse tema corresponde ao título II da Constituição Federal, que aborda os direitos e garantias
fundamentais e é de altíssima incidência nos concursos de Ministério Público. Portanto, muita
atenção!

Nesse tópico, o edital abordou os seguintes assuntos:

Direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º, CF);

Direitos sociais (arts. 5º ao 11, CF);

Direitos de nacionalidade (arts. 12 e 13, CF);

Direitos políticos (arts. 14 e 16, CF);

Partidos políticos (art. 17, CF).

Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Em direito constitucional, sem dúvidas, esse é o assunto mais importante, uma vez que verificou-se
que sua banca tem abordado de forma exaustiva esse assunto.

Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade

7
Clique aqui para garantir o material completo
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Súmula Vinculante 6: Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao


salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

Igualdade de gênero / igualdade material

I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

Ações afirmativas: discriminação positiva, buscam realizar a igualdade material.

Exemplos:

I – Cotas raciais para negros e índios ingressarem em Universidades Públicas

II – Bolsas de estudo em universidades privadas para alunos de baixa renda

Limite de idade em concurso público: É autorizado, porém não pode apenas o edital prever
essa limitação, é necessário a previsão em lei

Súmula vinculante 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia

Legalidade

II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Administração pública: apenas pode fazer o que a lei permite, a margem de atuação a
administração é mais restrita

Particular: podem fazer tudo o que a lei não proíbe

Vedação à tortura

III - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Liberdade de pensamento

IV - É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Direito de resposta

V - É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem;

8
Clique aqui para garantir o material completo
Liberdade de consciência e de crença

VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos


cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva

VII - É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;

Escusa de Consciência

VIII - Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;

Liberdade de expressão da atividade intelectual

IX - É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença;

Liberdade de imprensa: Direito a crítica jornalística, porém não exclui a possibilidade de o


jornalista ser responsabilizado, direito de resposta e indenização.

A censura estatal é vedada, pois é incompatível com a liberdade de expressão.

Direito à intimidade

X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Direito à inviolabilidade do domicílio

XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o
dia, por determinação judicial;

MAPEANDO O DIREITO À INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO

9
Clique aqui para garantir o material completo

Sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas

XII - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que
a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

A administração penitenciária pode violar o sigilo da correspondência dos presos por questões de
segurança

Livre exercício profissional

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer;

Acesso à informação

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando


necessário ao exercício profissional;

Liberdade de locomoção em tempo de paz

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

10
Clique aqui para garantir o material completo
Liberdade de reunião

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

Fique atento!

O STF, através do Recurso Extraordinário n° 806339/SE, cujo Relator foi o Ministro Marco Aurélio,
entendeu que não há nenhuma forma pré-estabelecida para o prévio aviso, de modo que basta que
o conhecimento sobre a reunião chegue ao conhecimento do Poder público.

Nesse sentido: “A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é


satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício
se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário. RE
806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 14/12/2020
(Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

Liberdade de associação

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

Criação de associações e cooperativas

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,


sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

Dissolução e suspensão das associações

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades


suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

Dissolução compulsória – exige ordem judicial trânsito em julgado

Suspensão das atividades – exige decisão judicial

Direito de não ser compelido a se associar

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

Legitimidade das entidades associativas

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para


representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Direito de propriedade

11
Clique aqui para garantir o material completo
XXII - é garantido o direito de propriedade;

Propriedade e função social

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Desapropriação

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição;

Requisição Administrativa

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

Pequena propriedade rural

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

JURISPRUDÊNCIA
A pequena propriedade rural é impenhorável (art. 5º, XXVI, da CF/88 e o art. 833, VIII, do CPC) mesmo
que a dívida executada não seja oriunda da atividade produtiva do imóvel. De igual modo, a
pequena propriedade rural é impenhorável mesmo que o imóvel não sirva de moradia ao
executado e à sua família. Desse modo, para que o imóvel rural seja impenhorável, nos termos do
art. 5º, XXVI, da CF/88 e do art. 833, VIII, do CPC, é necessário que cumpra apenas dois requisitos
cumulativos: 1) seja enquadrado como pequena propriedade rural, nos termos definidos pela lei; e 2)
seja trabalhado pela família. STJ. 3ª Turma. REsp 1591298-RJ (Info 616)

12
Clique aqui para garantir o material completo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo de Legislação Estadual e Institucional, apresentaremos os assuntos


que foram cobrados no edital de Oficial do MP MG.

ASSUNTOS DO EDITAL

1 Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais: Lei Estadual nº 869/1952 e alterações

posteriores: Disposições Preliminares; Título I - Do Provimento (Capítulo I - Disposições Gerais; Capítulo

IV - Da Transferência; Capítulo V - Da Permuta; Capítulo VI - Da Reintegração; Capítulo VII - Da

Readmissão; Capítulo VIII - Da Reversão; Capítulo IX - Do Aproveitamento; Capítulo X - Dos Atos

Complementares; Seção I - Da Posse; Seção III - Do Exercício); Título II - Da Remoção; Título III - Da

Readaptação; Título V - Da Frequência e do Horário; Título VI - Da Vacância; Título VII - Dos Direitos,

Vantagens E Concessões; Título VIII - Dos Deveres e da Ação Disciplinar.

2 Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (Lei Complementar Estadual n.º 34/94):

arts. 1º ao 111 e art. 233.

3 Manual de implantação do Modelo de Operação Padrão de Promotorias de Justiça – MOPP (acesso

disponível em: acesso disponível em:

https://www.mpmg.mp.br/data/files/25/D0/15/80/0844A7109CEB34A7760849A8/POP%20MOPP.pdf).

LEI ESTADUAL Nº 869/1952 (ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO


DE MINAS GERAIS)

Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais.

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º – Esta lei regula as condições do provimento dos cargos públicos, os direitos e as vantagens,
os deveres e responsabilidades dos funcionários civis do Estado.

Parágrafo único – As suas disposições aplicam-se igualmente ao Ministério Público e ao Magistério.

Art. 2º – Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

13
Clique aqui para garantir o material completo
Art. 3º – Cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em número certo, com a
denominação própria e pago pelos cofres do Estado.

Parágrafo único – Os vencimentos dos cargos públicos obedecerão a padrões previamente fixados
em lei.

Art. 4º – Os cargos são de carreira ou isolados.

Parágrafo único – São de carreira os que se integram em classes e correspondem a uma profissão;
isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.

Art. 5º – Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de


vencimento.

Art. 6º – Carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões


de vencimentos.

Art. 7º – As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento.

Parágrafo único – Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem
ser cometidas, indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes.

Art. 8º – Quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções gratificadas.

Art. 9º – Não haverá equivalência entre as diferentes carreiras, nem entre cargos isolados ou funções
gratificadas.

Esquematizando o conteúdo

A distinção entre cargo, classe, carreira e quadro é assunto sempre presente nas provas como a de
Oficial do MPMG. Portanto, bastante atenção para não confundir os conceitos. Para facilitar a fixação
do conteúdo vamos trazer de forma didática e esquematizada cada um:

CARGO é o criado por lei em número certo, com a denominação

própria e pago pelos cofres do Estado.

CLASSE Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e

de igual padrão de vencimento.

CARREIRA Carreira é um conjunto de classes da mesma profissão,

escalonadas segundo os padrões de vencimentos.

QUADRO Quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de

funções gratificadas

TÍTULO I: DO PROVIMENTO

14
Clique aqui para garantir o material completo

CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 10 – Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, observados os requisitos que a lei
estabelecer.

Parágrafo único – Os cargos de carreira serão de provimento efetivo; os isolados, de


provimento efetivo ou em comissão, segundo a lei que os criar.

Cargos de CARREIRA: Provimento EETIVO;

Cargos ISOLADOS: Provimento EFETIVO ou COMISSÃO.

Art. 11 – Compete ao Governador do Estado prover, na forma da lei e com as ressalvas estatuídas
na Constituição, os cargos públicos estaduais.

Art. 12 – Os cargos públicos são providos por:

I – Nomeação;

II – Promoção;

III – Transferência;

IV – Reintegração;

V – Readmissão;

VI – Reversão;

VII – Aproveitamento.

Nomeação

Promoção

Trânsferência

Cargos Públicos são


Reintegração
providos por

Readmissão

Reversão

Aproveitamento

Art. 13 – Só poderá ser provido em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos:

15
Clique aqui para garantir o material completo
I – ser brasileiro;

II – ter completado dezoito anos de idade;

III – haver cumprido as obrigações militares fixadas em lei;

IV – estar em gozo dos direitos políticos;

V – ter boa conduta;

VI – gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica;

VII – ter-se habilitado previamente em concurso, salvo quando se tratar de cargos isolados para os
quais não haja essa exigência;

VIII – ter atendido às condições especiais, inclusive quanto à idade, prescrita no respectivo edital de
concurso.

ser brasileiro;

ter completado dezoito anos de


idade;

haver cumprido as obrigações


militares fixadas em lei;

estar em gozo dos direitos políticos;

Requisitos para ser provido em ter boa conduta;


cargo público

gozar de boa saúde, comprovada em


inspeção médica;

ter-se habilitado previamente em


concurso, salvo quando se tratar de
cargos isolados pa-ra os quais não
haja essa exigência;

ter atendido às condições especiais,


inclusive quanto à idade, prescrita no
respectivo edi-tal de concurso.

Parágrafo único – (Revogado pelo art. 2º da Lei nº 6.871, de 17/9/1976.)

Dispositivo revogado: “Parágrafo único – Não poderá ser investido em cargo inicial de carreira a
pessoa que contar mais de 40 anos de idade.”

16
Clique aqui para garantir o material completo
CAPÍTULO IV: DA TRANSFERÊNCIA

Art. 44 – O funcionário poderá ser transferido:

I – de uma para outra carreira;

II – de um cargo isolado, de provimento efetivo e que exija concurso, para outro de carreira;

III – de um cargo de carreira para outro isolado, de provimento efetivo;

IV – de um cargo isolado, de provimento efetivo, para outro da mesma natureza.

de uma para outra carreira;

de um cargo isolado, de provimento efetivo e que


exija concurso, para outro de carreira;

Transferência
de um cargo de carreira para outro isolado, de
provimento efetivo;

de um cargo isolado, de provimento efetivo, para


outro da mesma natureza.

Art. 45 – As transferências, de qualquer natureza, serão feitas a pedido do funcionário, atendida a


conveniência do serviço ou "ex-officio" respeitada sempre a habilitação profissional.

§ 1º – A transferência a pedido para o cargo de carreira só poderá ser feita para vaga que tenha de
ser provida mediante promoção por merecimento.

§ 2º – As transferências para cargos de carreira não poderão exceder de um terço dos cargos de
cada classe e só poderão ser efetuadas no mês seguinte ao fixado para as promoções.

Art. 46 – A transferência só poderá ser feita para cargo do mesmo padrão de vencimento ou igual
remuneração, salvo nos casos dos itens III e IV do art. 44, quando a transferência a pedido poderá
dar-se para cargo de padrão de vencimento inferior.

Art. 47 – A transferência "ex-officio", no interesse da administração, será feita mediante proposta do


Secretário de Estado ou Chefe do departamento autônomo.

Art. 48 – O interstício para a transferência será de 365 dias na classe e no cargo isolado.

CAPÍTULO V: DA PERMUTA

Art. 49 – A transferência e a remoção por permuta serão processadas a pedido escrito de ambos os
interessados e de acordo com o prescrito no Capítulo IV desse Título e no Título II.

Parágrafo único – Tratando-se de permuta entre titulares de cargos isolados, não será obrigatória
a regra instituída no artigo 46.

17
Clique aqui para garantir o material completo
CAPÍTULO VI: DA REINTEGRAÇÃO

Art. 50 – A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou sentença judiciária passada em


julgado, é o ato pelo qual o funcionário demitido reingressa no serviço público, com ressarcimento
dos prejuízos decorrentes do afastamento.

§ 1º – A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado se esse houver sido transformado,
no cargo resultante da transformação; e, se provido ou extinto, em cargo de natureza, vencimento
ou remuneração equivalentes, respeitada a habilitação profissional.

§ 2º – Não sendo possível fazer a reintegração pela forma prescrita no parágrafo anterior, será o ex-
funcionário posto em disponibilidade no cargo que exercia, com provento igual ao vencimento ou
remuneração.

§ 3º – O funcionário reintegrado será submetido a inspeção médica; verificada a incapacidade será


aposentado no cargo em que houver sido reintegrado.

CAPÍTULO VII: DA READMISSÃO

Não obstante esse capítulo tenha constado expressamente do edital, os dispositivos da Lei 869/52
que tratavam sobre a readmissão (art. 51 a 53) foram revogados pela Lei nº 5.945, de 11/7/72.

CAPÍTULO VIII: DA REVERSÃO

Art. 54 – Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingresse no serviço público, após verificação,
em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.

§ 1º – A reversão far-se-á a pedido ou "ex-officio".

§ 2º – O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de cinquenta e cinco anos de
idade.

§ 3º – Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão, sem que mediante inspeção médica fique
provada a capacidade para o exercício da função.

§ 4º – Será cassada a aposentadoria do funcionário que reverter e não tomar posse e entrar em
exercício dentro dos prazos legais.

Art. 55 – A reversão far-se-á de preferência no mesmo cargo.

§ 1º – A reversão "ex-officio" não poderá verificar-se em cargo de vencimento ou remuneração


inferior ao provento da inatividade.

§ 2º – A reversão ao cargo de carreira dependerá da existência da vaga que deva ser preenchida
mediante promoção por merecimento.

Art. 56 – A reversão dará direito para nova aposentadoria, à contagem de tempo em que o
funcionário esteve aposentado.

CAPÍTULO IX: DO APROVEITAMENTO

Art. 57 – Aproveitamento é o reingresso no serviço público do funcionário em disponibilidade.

18
Clique aqui para garantir o material completo
Art. 58 – Será obrigatório o aproveitamento do funcionário estável em cargo, de natureza e
vencimentos ou remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado.

Parágrafo único – O aproveitamento dependerá de prova de capacidade mediante inspeção


médica.

Art. 59 – Havendo mais de um concorrente à mesma vaga terá preferência o de maior tempo de
disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público.

Art. 60 – Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o funcionário


não tomar posse no prazo legal, salvo caso de doença comprovada em inspeção médica.

Parágrafo único – Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será decretada a


aposentadoria.

CAPÍTULO X: DOS ATOS COMPLEMENTARES

Seção I: Da posse

Art. 61 – Posse é o ato que investe o cidadão em cargo ou em função gratificada.

Parágrafo único – Não haverá posse nos casos de promoção, remoção, designação para o
desempenho de função não gratificada e reintegração.

Art. 62 – São competentes para dar posse:

I – o Governador do Estado;

II – os Secretários de Estado;

III – os Diretores de Departamentos diretamente subordinados ao Governador;

IV – as demais autoridades designadas em regulamentos.

o Governador do Estado;

os Secretários de Estado;

São competentes para dar


posse: os Diretores de Departamentos
diretamente subordinados ao
Governador;

as demais autoridades designadas


em regulamentos.

Art. 63 – A posse verificar-se-á mediante a lavratura de um termo que, assinado pela autoridade
que a der e pelo funcionário, será arquivado no órgão de pessoal da respectiva Repartição, depois
dos competentes registros.

19
Clique aqui para garantir o material completo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo de Noções de gestão Pública e Ética, apresentaremos os assuntos


que foram cobrados no edital do concurso de Oficial do MPMG 2022.

ASSUNTOS DO EDITAL

1. Estado, Governo e Sociedade: conceito e evolução do Estado contemporâneo; aspectos

fundamentais na formação do estado brasileiro.

2. Gestão Estratégica: eficiência, eficácia, excelência nos serviços públicos, gestão de projetos, gestão

por competências.

3. Organização do Estado e da gestão.

4. Os agentes públicos e a sua gestão, normas legais e constitucionais aplicáveis.

5. Serviço de atendimento ao cidadão.

6. Comunicação interna e externa; relacionamento interpessoal e trabalho em equipe.

7. Gestão de conflitos.

8. Governança na gestão pública. 9. Ética no Serviço Público.

GESTÃO DE CONFLITOS

Conflito pode ser conceituado como um estado de tensão entre indivíduos ou grupos que ocorre
quando durante o percurso de atingimento de determinado objetivo há interferência da outra parte.

Conflitos objetivos conflitivos

20
Clique aqui para garantir o material completo
São diversas as causas que levam à existência de um conflito. Dentre estas possibilidades estão os
chamados conflitos objetivos conflitivos que ocorrem quando as pessoas buscam objetivos
impossíveis de serem alcançados ao mesmo tempo.

Importante!

Geralmente ocorre quando a organização traça objetivos antagônicos e conflitivos entre si, o que
impossibilita de serem alcançados.

Exemplo: um determinado setor da empresa pretende aumentar o investimento em uma área,


enquanto outro setor recebe bonificações por cortar gastos.

Conflitos por choques de personalidades

Trata-se de conflito muito comum dentro das organizações. Devido a existência de personalidades,
valores, crenças e modo de agir e pensar completamente distintos são gerados esses conflitos.

Dentro de uma organização, devido as diferentes pessoas existentes, é normal ter diversidade de
pensamentos, ideias, valores, dentre outros, e isso acaba por facilitar este tipo de conflito.

Conflitos causados por recursos escassos

Os chamados conflitos causados por recursos escassos são a principal causa de conflitos nas
organizações.

Este tipo de conflito ocorre quando devido a escassez de recursos, os indivíduos entram em conflito
para buscar garantir que seus objetivos e projetos sejam executados e não sofra nenhuma
interrupção por essa ausência de recursos.

Cada setor ou indivíduo dentro de uma organização buscará sempre garantir que os recursos sejam
destinados para o que melhor lhe interessa, colocando-se sempre a frente dos demais.

Níveis de gravidade dos conflitos

Chiavenato divide os conflitos em 3 grandes níveis, sendo eles:

21
Clique aqui para garantir o material completo

Conflito latente ou Conflito experenciado Conflito manifestado ou


percebido ou velado aberto

as partes se dão conta


da existência dos Neste nível estão
conflitos, afinal, estão presentes sentimentos neste nível o conflito é
presentes objetivos hostis como temor, manifestado sem
conflitantes. Ocorre medo e raiva. Todavia, nenhuma
quando presentes vários é velado pois os
objetivos e possibilidade indivíduos não externam dissimulação .
de interferência de esses sentimentos.
objetivos pelos
indivíduos.

Estilo de evitação de conflitos

Existem diversas formas/estilos de gerir os conflitos. Dentre elas está o chamado estilo de evitação,
segundo o qual a fuga ao conflito é a prioridade, o indivíduo busca a evitação ao conflito,
passando a agir como se o conflito inexistisse, escondendo seu descontentamento com a situação
para não ter que entrar numa situação conflitiva.

De acordo com este estilo, a pessoa não é assertiva nem colaborativa.


Um exemplo seria um conflito religioso, onde o praticante de uma religião, sabendo que jamais irá
convencer o outro de suas crenças, ignora essa discussão.

Estilo de acomodação de conflitos

O estilo de acomodação é também conhecido como de abrandamento, negociação,


apaziguamento ou barganha e demonstra o alto grau de cooperação do indivíduo a fim de que se
mantenha um clima harmônico e sem conflitos. Busca solucionar questões menores para que não se
tenha problemas maiores que gerarão conflitos.
Fique atento!

Os indivíduos que seguem esse estilo tendem a ser mais generosos, dispostos a sacrificarem-se por
um bom relacionamento.

Estilo de competição

O estilo de competição é contrário ao estilo de abrandamento tratado anteriormente.

Neste estilo, o indivíduo busca atingir seus anseios e necessidades, não se preocupando com os
outros. É um estilo de assertividade, uma vez que a pessoa quer impor suas ideias e interesses.

22
Clique aqui para garantir o material completo
Tome Nota

Poder ser considerado adequado em situação de urgência, quando se deve tomar uma decisão
sobre um tema impopular.

Por tudo isso é que o estilo de competição é conhecida como “ganha – perde”. Um será vencedor e
outro derrotado.

Condições antecedentes dos conflitos para Chiavenato

Existem também várias condições antecedentes (razões ou fontes dos conflitos) apresentadas pelos
estudiosos do tema.

Todavia, existe uma clássica, sempre muito cobrada e que foi criada por Chiavenato, que possui um
sentido mais voltado para o ambiente organizacional.

Para Chiavenato, são 5 as condições antecedentes:

Baseada em um ambiente de incertezas, com expectativas


Ambiguidade de Papel confusas. Levam os indivíduos a se sentirem trabalhando em
propósitos incompatíveis.

Tem a ver com o crescimento da organização e a especialização


dos grupos que passam a realizar tarefas distintas, com
Objetivos Concorrentes objetivos distintos. Surgem novas maneiras de pensar e agir,
com linguagem, modo de pensar, de trabalhar e objetivos
próprios.

Surge a partir de então a diferenciação, com objetivos e


Diferenciação interesses diferentes entre os grupos. Muitas das vezes
também são incompatíveis.

Os recursos da organização são escassos e limitados. Dessa


forma, necessitam ser distribuídos e alocados entre os grupos.
Recursos compartilhados Para que um grupo receba mais recursos, outro terá que
receber menos ou perder o que já tem. Gera percepção de
objetivos e interesses incongruentes.

As pessoas e grupos dependem umas das outras dentro de uma


organização para que consigam desempenhar bem as atividades e
Interdependência de
buscar os objetivos. Todos os grupos são interdependentes de
atividade
alguma forma. Caso a interdependência seja muito acentuada, um
grupo pode ajudar ou atrapalhar muito os demais,

23
Clique aqui para garantir o material completo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo de direito Administrativo, apresentaremos os assuntos que foram


cobrados no edital de Oficial do MP MG - 2022.

CONTEÚDO

1 Administração pública.

2 Regime jurídico administrativo.

3 Princípios constitucionais e legais da Administração Pública. 3.1 Princípios administrativos

implícitos.

4 Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei nº 4.657/1942) e sua aplicação na

Administração Pública.

5 Poderes da Administração Pública. 5.1 Poderes e deveres dos administradores públicos. 5.2 Uso

e abuso do poder.

6 Organização da Administração Direta e Indireta. 6.1 Órgãos públicos. 6.2 Aspectos gerais da

Administração Direta.

7 Ato administrativo. 7.1 Conceito, características e atributos. 7.2 Elementos e requisitos de

validade. 7.4 Formação e efeitos. 7.5 Extinção, revogação, invalidação e convalidação. 7.6 Cassação

e caducidade.

8 Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992 com redação dada pela Lei nº 14.230/2021).

24
Clique aqui para garantir o material completo

9 Licitação (com base na Lei Federal nº. 14.133/2021). 9.1 Conceito, natureza jurídica, objeto e

finalidade. 9.2 Princípios básicos e correlatos. 9.3 Título II - Das Licitações. 9.4 Título III - Dos

Contratos Administrativos. 9.5 Título IV - Das Irregularidades.

10 Processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual: Lei Estadual nº

14.184/2002.

11 Lei Federal nº. 12.846/2013: Capítulo I ao III.

Assim, considerando que tais assuntos são eminentemente doutrinários, elaboramos um resumo
esquematizado abordando os pontos necessários para sua aprovação, bem como destacamos a
legislação pertinente cobrada pelo edital.

REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

1) NOTA INTRODUTÓRIA

O administrador público só pode realizar o que está na lei, enquanto que o administrador privado
pode realizar tudo o que a lei não proíba.

A Administração Pública é composta de entes políticos e entes administrativos, que, por sua vez, são
compostos por órgãos públicos.

A competência conferida à administração é irrenunciável.

As prerrogativas da administração são típicas do direito público, fato que não existe no direito
privado, no qual predomina a igualdade entre as partes.

2) SUPRAPRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, são dois os supraprincípios: a) supremacia do interesse
público sobre o privado; b) indisponibilidade do interesse público.

2.1) Supremacia do interesse público sobre o privado

Significa que os interesses da coletividade são mais importantes do que os interesses individuais,
razão pela qual a Administração Pública, como defensora dos interesses públicos, recebe da lei
poderes especiais não extensivos aos particulares.

Registro inicial: (doutrina majoritária) o princípio da supremacia pode ser encontrado expressamente
na Lei 9.784/1999, mas, na CF, acha-se implicitamente.

25
Clique aqui para garantir o material completo
Trata da possibilidade de constituir obrigações para terceiros mediante atos unilaterais, sendo tais
atos imperativos como quaisquer atos do Estado.

O interesse público é indisponível.

Exemplos desse princípio: a) desapropriação; b) requisição de bens; c) possibilidade de convocação


de particulares; d) prerrogativas processuais; e) cláusulas exorbitantes nos contratos.

2.2) Indisponibilidade do interesse público

Os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido e, por essa razão, não se admite
que eles renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que transacionem em juízo.

Mazza traz dois exemplos de mitigação desse princípio: 1) possibilidade de a Fazenda transigir nos
JEFs; 2) utilização dos mecanismos privados para resolução de disputas nos contratos de concessão
e nas PPPs.

DOS PRINCÍPIOS

1) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

1.1) Princípio da segurança jurídica

É a estabilidade das relações jurídicas, evitando mudanças abruptas, sobressaltos e surpresas


decorrentes de ações governamentais.

Em tese, havendo conflito entre os princípios da legalidade x segurança, prevalece o princípio da


segurança jurídica.

Ex.: proibição de aplicação retroativa de novas interpretações da lei e das normas administrativas.

1.2) Princípio da confiança legítima

É basicamente a crença do administrado de que os atos administrativos serão mantidos e respeitados


pela Administração, tendo em vista a presunção de que esses atos são sempre lícitos;

Faz-se necessário, portanto, a manutenção dos atos administrativos, ainda que estes sejam
qualificados como antijurídicos, quando verificada a expectativa legítima.

1.3) Teoria do fato consumado

Atos das partes podem influenciar a aplicação da teoria, tais como: ausência de dolo e sem
contestação de ninguém, vigorando por anos com aparência de legalidade;

Não se aplica essa teoria nos seguintes casos:

Remoção ilegal de servidor (STJ);

Em tema de Direito Ambiental (súmula 613 do STJ);

Nas tutelas provisórias contra a Fazenda Pública.

26
Clique aqui para garantir o material completo
Quando o assunto for concurso público e tutela provisória para nomeação, você tem que defender
que não pode haver o instituto da posse precária (quando alguém assume cargo mediante tutela
provisória), porque depende de prévia aprovação.

1.4) Princípio da continuidade dos serviços públicos

Esse princípio impede a interrupção do fornecimento de serviço prestado ao cidadão.

Tome nota!

Exceções à continuidade do serviço público: (i) situações emergenciais; (ii) caso fortuito e força maior;
(iii) interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem técnica; (iv) inadimplência
do usuário.

As exceções à continuidade do serviço público estão presentes em situações emergenciais, como,


por exemplo, quedas de energia elétrica em razão de tempestade, ou situações de caso fortuito e
força maior.

Outra exceção é a interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem técnica, em
função de manutenções para segurança ou mesmo melhor funcionamento do sistema.

Cumpre frisar que o aviso prévio também é necessário quando há inadimplência do usuário, o que
se dá para priorizar a coletividade, que não pode ser prejudicada.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça já estabeleceu que nem sempre os serviços


prestados ao usuário inadimplente poderão ser interrompidos. É dizer: o corte no fornecimento de
energia elétrica em razão de débito irrisório é ilegítimo. Do mesmo modo, o corte pressupõe o
inadimplemento da conta relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento
por débitos antigos.

1.5) Princípio da autotutela

É o direito que a Administração tem de anular e revogar seus atos. Se dá por:

A anulação ocorre quando o ato é iLegal = anuLação;

A revogação ocorre quando o ato não é mais de interesse da Administração, pois passou a ser
inoportuno ou inconveniente (ou seja, não tem a ver com a legalidade).

1.6) Princípio da proporcionalidade

É a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

1.7) Princípio da oficialidade

O princípio da oficialidade é um princípio que torna o impulso oficial muito mais amplo no processo
administrativo do que no judicial. Trata-se do poder-dever de instaurar, fazer andar e rever de ofício
a decisão. Está previsto no inciso XII, do art. 2º, da Lei n. 9.784/99.

27
Clique aqui para garantir o material completo
1.8) Princípio da especialidade

Reflete a ideia de descentralização da administração, em que se criam entidades (por meio de lei)
para o desempenho de finalidades específicas.

2) PRINCÍPIOS EXPRESSOS

Legalidade

Impessoalidade

Princípios expressos da Adm


Pública Moralidade

Publicidade
Mnemônico: L-I-M-P-E

Eficiência

2.1) Princípio da legalidade

A administração tem o poder-dever de só fazer o que estiver previsto em lei. Diferentemente do que
ocorre na órbita privada, onde o indivíduo pode fazer tudo o que a lei não vede.

A lei baliza toda a atuação da administração pública. Ninguém pode fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.

O princípio da legalidade pode ser analisado sob dois sentidos:

a) aos particulares: ninguém é obrigado a fazer algo, senão em virtude de lei.

É dizer: o particular pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia
da vontade)

b) à Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão
legal (princípio da legalidade estrita)

2.2) Princípio da impessoalidade

É o dever de realizar o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que
realizou o ato;

O princípio da impessoalidade possui cinco sentidos:

28
Clique aqui para garantir o material completo
i) p. da finalidade (= interesse público): o ato administrativo deve seguir o fim público e a finalidade
discriminada em lei

ii) p. da igualdade (= isonomia): atender todos os administrados sem discriminação indevida.

iii) vedação à promoção pessoal

iv) impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade

v) validado dos atos dos agentes de fato: diz-se agente de fato aquele cuja investidura no cargo
ou seu exercício esteja maculada por algum vício, como, por ex., agente que não possui formação
universitária exigida em cargo público, etc.

2.3) Princípio da moralidade

Moralidade administrativa é um conceito jurídico indeterminado;

A Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (nepotismo) é um exemplo da moralidade


administrativa;

Tome nota

Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,


colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas,
viola a Constituição Federal.

LEI ESTADUAL Nº 14.184/02

O edital de oficial do MP MG cobrou o assunto Processo administrativo no âmbito da Administração


Pública Estadual, que se refere à Lei Estadual nº 14.184/2002.

Capítulo I: Disposições preliminares

Art. 1º – Esta Lei estabelece normas gerais sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Direta, das autarquias e das fundações do Estado, visando à proteção de direito das
pessoas e ao atendimento do interesse público pela Administração. (Vide parágrafo 3º do art. 6º da Lei nº 15.025,
de 19/01/2004)

1º – Os preceitos desta lei aplicam-se também aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério
Público e ao Tribunal de Contas do Estado, no que se refere ao desempenho de função
administrativa.

§ 2º – Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-


lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta lei.

29
Clique aqui para garantir o material completo
Art. 2º – A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, finalidade, motivação, razoabilidade, eficiência, ampla
defesa, do contraditório e da transparência.

Art. 3º – A norma administrativa será interpretada da forma que melhor garanta o atendimento do
fim público a que se dirige.

Art. 4º – Somente a lei poderá condicionar o exercício de direito, impor dever, prever infração ou
prescrever sanção.

Art. 5º – Em processo administrativo serão observados, dentre outros, os seguintes critérios:

I – atuação conforme a lei e o direito;

II – atendimento do interesse público, vedada a renúncia total ou parcial de poder ou competência,


salvo com autorização em lei;

III – atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé, vedada a promoção pessoal
de agente ou autoridade;

IV – divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na


Constituição e em legislação específica;

V – indicação dos pressupostos de fato e de direito que embasem a decisão;

VI – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos postulantes e dos
destinatários do processo;

VII – adoção de forma que garanta o adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos
das pessoas;

VIII – garantia do direito à comunicação, à produção de provas, à apresentação de alegações e à


interposição de recurso;

IX – proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as exigidas em lei;

X – impulsão de ofício do processo, sem prejuízo da atuação do interessado.

Capítulo II: Dos interessados

Art. 6º – No processo administrativo, consideram-se interessados:

I – a pessoa física ou jurídica titular de direito ou interesse individual ou que o inicie no exercício de
representação;

II – aquele que, sem ter dado início ao processo, tenha direito ou interesse que possa ser afetado
pela decisão adotada;

III – a pessoa física, organização ou associação, quanto a direitos e interesses coletivos e difusos;

IV – a entidade de classe, no tocante a direito e interesse de seus associados.

30
Clique aqui para garantir o material completo

a pessoa física ou jurídica titular de direito ou


interesse individual ou que o inicie no exercício de
representação;

aquele que, sem ter dado início ao processo, tenha


No processo direito ou interesse que possa ser afetado pela
administrativo, decisão adotada;
consideram-se
interessados:

a pessoa física, organização ou associação, quanto a


direitos e interesses coletivos e difusos;

a entidade de classe, no tocante a direito e interesse


de seus associados.

Parágrafo único – Será admitida a intervenção de terceiro no processo, por decisão de autoridade,
quando comprovado seu interesse.

Art. 7º – É capaz, para fins de processo administrativo, o maior de dezoito anos, ressalvada
disposição legal em contrário.

Capítulo III: Dos direitos do postulante e do destinatário do processo

Art. 8º – O postulante e o destinatário do processo têm os seguintes direitos perante a


Administração, sem prejuízo de outros que lhes sejam assegurados:

I – ser tratados com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus
direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II – ter ciência da tramitação de processo de seu interesse, obter cópia de documento nele contido
e conhecer as decisões proferidas;

III – ter vista de processo;

IV – formular alegação e apresentar documento antes da decisão, os quais serão objeto de


consideração pela autoridade competente;

V – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por
força da lei.

Art. 8º-A – Terão prioridade de tramitação os processos em que figure como parte ou interessado:

I – pessoa idosa, nos termos do art. 2º da Lei nº 12.666, de 4 de novembro de 1997; (Inciso com redação
dada pelo art. 1º da Lei nº 23.413, de 18/9/2019)

II – pessoa com deficiência física ou mental;

31
Clique aqui para garantir o material completo
III – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte
deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, artrite
reumatoide, fibrose cística (mucoviscidose), lúpus eritematoso disseminado (sistêmico), pênfigo
foliáceo ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a
doença tenha sido contraída após o início do processo.

§ 1º – A fim de fazer jus à prioridade a que se refere o caput o interessado deverá requerê-la à
autoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem tomadas.

§ 2º – O interessado deverá anexar ao requerimento de que trata o § 1º documento que comprove


sua condição, observado o disposto nos incisos do caput.

§ 3º – Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de


tramitação prioritária.

§ 4º – O regime de tramitação prioritária não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se


em favor do cônjuge supérstite e de companheiro ou companheira em união estável. (Artigo acrescentado
pelo art. 1º da Lei nº 19.821, de 22/11/2011.)

Capítulo IV: Dos deveres do postulante e do destinatário do processo

Art. 9º – São deveres do postulante e do destinatário do processo perante a Administração, sem


prejuízo de outros previstos em ato normativo:

I – expor os fatos com clareza e em conformidade com a verdade;

II – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III – não agir de modo temerário;

IV – prestar as informações que lhes forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

expor os fatos com clareza e em conformidade


com a verdade;

São deveres do
postulante e do proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
destinatário do
processo perante a
Administração, sem
prejuízo de outros
previstos em ato não agir de modo temerário;
normativo:

prestar as informações que lhes forem solicitadas


e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

32
Clique aqui para garantir o material completo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo da Língua Portuguesa, apresentaremos os assuntos que foram


cobrados no edital do concurso do MP MG 2022.

ASSUNTOS DO EDITAL

1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.

2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais.

3 Domínio da ortografia oficial.

4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação,

substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 4.2 Emprego

de tempos e modos verbais.

5 Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Emprego das classes de palavras. 5.2

Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação

entre orações e entre termos da oração. 5.4 Emprego dos sinais de pontuação. 5.5 Concordância

verbal e nominal. 5.6 Regência verbal e nominal. 5.7 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.8

Colocação dos pronomes átonos.

6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. 6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras

ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. 6.4

Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.

TIPOLOGIA TEXTUAL

1) TIPOS TEXTUAIS

33
Clique aqui para garantir o material completo

Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais,
em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta.

Eles se dividem em cinco: narrativo, descritivo, expositivo (informativo), argumentativo


(dissertativo) e injuntivo.

1.1) Narrativo

O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos:
personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos).

É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo
sempre uma progressão temporal.

No texto narrativo, contém, ainda, trechos descritivos.

1.2) Descritivo

O texto descritivo faz menção as características ou qualidades de alguém ou de alguma coisa.


Características são atributos específicos ao ser, enquanto qualidades determinam a essência ou a
natureza de um ser ou coisa a serem descritos.

A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente,
um processo, ou uma cena, de forma simultânea.

1.3) Expositivo (informativo)

O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese.

Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao
objeto apresentado, e não ao sujeito em questão.

1.4) Argumentativo (dissertativo)

No texto argumentativo o assunto é apresentado sob a perspectiva do autor, trazendo trechos


expositivos ou informativos para compor uma análise.

Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos
(desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos.

Diferentemente dos textos descritivos e expositivos onde há predominantemente fatos, o texto


argumentativo contém uma opinião a partir dos fatos apresentados.

34
Clique aqui para garantir o material completo
1.5) Injuntivo

O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir.

Frequentemente há verbos no imperativo.

Utilizado também para apontar acontecimentos e comportamentos.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

TIPO OBJETIVO CARACTERÍSTICAS

Narrativo Retratar uma sucessão de Apresenta uma progressão temporal


fatos

Descritivo Retratar uma realidade Apresenta fatos e ações


estática simultaneamente

Expositivo Informar Linguagem objetiva, sem opinião do


(informativo) autor

Argumentativo Desenvolver um tema a partir Apresenta fatos e argumentos a fim de


(dissertativo) da perspectiva do autor fundamentar uma tese

Injuntivo Orientar, prescrever e instruir Linguagem imperativa

2) GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros textuais são as classificações utilizadas para definir os textos de acordo com as
características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.

São identificados com base no objetivo, função e no contexto do texto.

Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e
receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos:

35
Clique aqui para garantir o material completo

2.1) Crônica

É um texto curto na forma de prosa que retrata acontecimentos cotidianos.

A linguagem utilizada é subjetiva (uso de primeira pessoa e juízo de valor).

Geralmente produzido para meios de comunicação (jornais, revistas, etc.).

2.2) Conto

É um texto de narrativa curta, que contém enredo, personagens, tempo e espaço.

2.3) Artigo de opinião

Texto que retrata de temas da atualidade e é veiculado geralmente nos meios de comunicação
(televisão, rádio, jornais ou revistas).

2.4) Editorial

Dispõe sobre a opinião de um jornal ou revista em relação a um relevante assunto.

2.5) Notícia

Texto que informa sobre fatos e acontecimentos da atualidade.

2.6) Reportagem

Retrata fenômenos sociais ou políticos e acontecimentos gerados no espaço público e que são de
interesse de todos.

Apresenta reiteradamente polifonia (participação de outras pessoas em entrevistas, além do autor).

As opiniões, quando apresentadas, geralmente não são do autor, mas sim dos entrevistados.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

A seguir o tipo textual correspondente a cada gênero textual apresentado:

36
Clique aqui para garantir o material completo

Narrativo Descritivo Expositivo Argumentativo Injuntivo

Conto,
Manual de
crônica e Cardápio Texto didático Carta aberta
instrução
romance

Relato Tese, editorial


Notícia Palestra Propaganda
descritivo e crônica

Artigo de
Biografia /
Reportagem Reportagem opinião/ Receita
Autobiografia
científico

ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) TONICIDADE

Tonicidade se refere à sílaba que apresenta maior projeção sonora em uma palavra, sendo essa sílaba
chama de tônica ou acentuada.

As sílabas, quando pronunciadas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando ditas
de maneira mais sutil, como átonas.

Quanto à tonicidade, as palavras da nossa língua são classificadas em três grupos:

Oxítonas: quando a última sílaba é a tônica;

Paroxítonas: quando a penúltima sílaba é a tônica;

Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é a tônica.

Para efeito de conhecimento complementar, segue a distribuição percentual da quantidade de


palavras na língua portuguesa, conforme a tonicidade:

37
Clique aqui para garantir o material completo
Palavras da língua portuguesa (USP, 2017)

1%

12%
25%

62%
Oxítonas
Paróxitonas
Proparóxitona
Monossílabos

2) ACENTUAÇÃO

A acentuação consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou
marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

Acento agudo (´);

Acento grave (`);

Acento circunflexo (^).

Fique atento! O til (~) não se trata de acento, é um sinal.

2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa:

Regra 1: Todas as proparoxítonas são acentuadas (ex.: exército, árvore, ácaro);

Regra 2: Acentuam-se as oxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns) - (ex.:


após, cafés, jiló, armazéns);

Regra 3: NÃO se acentuam as paroxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns)


- (ex.: cadeira, parede, quadro, itens, polens, himens).

Fique atento! Paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas (ex.: bactéria, série,
necessário).

Ademais outras regras acerca da acentuação gráfica:

2.2) Outras regras:

38
Clique aqui para garantir o material completo
Regra 1: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o” seguidas ou não de
S (ex.: chás, fé, só);

Obs.: Os monossílabos átonos, como: “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o”, “a”, “os”, “as”, e as preposições como
“de” e “com” NÃO são acentuados.

Regra 2: Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI, OI, quando estiverem em posição oxítona. (ex.:
chapéu, pastéis, herói).

Regra 3: Acentuam-se as vogais I e U, quando forem a segunda vogal de um hiato (ex.: saúde,
país).

Regra 4: Com o novo acordo ortográfico as palavras com o acento diferencial que pertencem às
classes gramaticais distintas têm o acento retirado, entretanto, as palavras que pertencem às classes
gramaticais iguais têm o acento mantido:

Retirados Mantidos

Para Tem/Têm

Pelo Vem/Vêm

Pera Pode/Pôde

Polo Por/Pôr

Futuro(a) Oficial do MP MG! saiba que, em análise estatística de nossa equipe de professores,
verificamos que nas últimas provas da banca Consulplan e do concurso de Oficial do MP MG mais
de 95 % das questões são baseadas na letra da Lei. Por isso, um material ponto a ponto do edital,
que aborda a legislação em si, irá facilitar e muitoooo o seu estudo.

Não perca essa oportunidade e garanta já o seu material.

Faça sua parte nos estudos e estude de forma estratégica para esse certame, pois isso
aumentará muito as suas chances de ser aprovado.

Clique aqui para garantir o material completo com bônus exclusivos

39

Você também pode gostar