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Olá, futuro(a) Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ SP)!

Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto da legislação


que está prevista no edital.

Nele foi inserido títulos em cada artigo, para facilitar a sua compreensão, e
marcações das partes mais importantes.

Além disso, nos dispositivos mais importantes para a sua prova, constam alguns
esquemas e comentários com foco no concurso de Oficial de Justiça do TJ SP para facilitar
a compreensão do aluno.

A leitura da lei é fundamental para a sua aprovação, pois, em análise estatística,


verificou-se que 95% das questões de direito cobradas no concurso do TJ SP são resolvidas
somente com base da lei seca.

No material completo você terá acesso as seguintes disciplinas:

Bloco I Língua portuguesa 20 questões


Bloco II Conhecimentos específicos: 58 questões
- Direito Penal
- Direito Processual Penal
- Direito Processual Civil
- Direito Constitucional
- Direito Administrativo
- Direito Civil
- Legislação Especial
Bloco III Conhecimentos gerias: 22 questões
- Atualidades
- Matemática
- Informática

Ah.. e já íamos nos esquecendo. Diante da grande dificuldade em estabelecer uma rotina diária
para a leitura da lei, criamos um cronograma de 30 dias de estudos por disciplina, assunto e artigo
para facilitar a sua leitura do Legislação Mapeada para Oficial de Justiça do TJ SP. Assim você terá
metas diárias para cumprir e vencer toda a legislação cobrada no certame no tempo necessário.

E mais: como forma de demonstrar a qualidade de nosso material, apresentaremos a seguir


a amostra do: Legislação Mapeada para Oficial de Justiça do TJ SP – 2023 (PÓS-EDITAL):
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Iniciaremos agora o estudo dos dispositivos da Constituição Federal cobrados no edital para a sua
prova de oficial de justiça do TJ SP.

TÍTULO I: DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

O tema Princípios Fundamentais é de suma importância para sua prova, estando elencado no título
I da CF/88, por isso, leia atentamente as disposições a seguir.

Fundamentos da República Federativa do Brasil

Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;
Mnemônico: So – Ci – Di – Va - Plu
II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

Todo poder emana do povo

Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Harmonia entre os poderes

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.
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Objetivos da República Federativa do Brasil

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - Garantir o desenvolvimento nacional;

IIII - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.

Mnemônico: Con – Ga – Erra – Pro

Princípios das relações internacionais

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:

I - Independência nacional;

II - Prevalência dos direitos humanos;

III - Autodeterminação dos povos;

IV - Não-intervenção;

V - Igualdade entre os Estados;

VI - Defesa da paz;

VII - Solução pacífica dos conflitos;

VIII - Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

XI - Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - Concessão de asilo político.

Comentário:
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Independência Nacional

Prevalência dos direitos humanos

Autodeterminação dos povos

Não - intervenção

Princípios regentes das Igualdade entre os Estados


relações internacionais da
República Federativa do
Brasil Defesa da paz

Solução pacífica dos conflitos

Repúdio ao terrorismo e ao racismo

Cooperação entre os povos para o progresso da


humanidade

Concessão de asilo político

Integração econômica, política, social e cultural

Art. 4º, Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.

TÍTULO II: DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Esse tema corresponde ao título II da Constituição Federal, que aborda os direitos e garantias
fundamentais e é de altíssima incidência. Portanto, muita atenção!

Nesse tópico, trabalharemos os seguintes assuntos:

Direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º, CF);

Direitos sociais (arts. 5º ao 11, CF);

Nacionalidade (arts. 12 e 13, CF);

Direitos políticos (arts. 14 ao 16, CF); e


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Partidos Políticos (art. 17, CF) – esse tema não foi cobrado no edital de Oficial do de Justiça do TJ
SP.

Capítulo I: Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Em direito constitucional, sem dúvidas, esse é um dos temas mais quentes, tendo se verificado uma
alta taxa de cobrança da sua banca em relação a este assunto.

Conforme ensina Alexandre de Moraes: “O conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser


humano, que tem por finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra
o arbítrio do poder estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da
personalidade humana, pode ser definido como direitos fundamentais”.

Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Comentário:

Súmula Vinculante 6: Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior


ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

Igualdade de gênero / igualdade material

I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

Comentário:

Ações afirmativas: discriminação positiva, buscam realizar a igualdade material.

Exemplos:

I – Cotas raciais para negros e índios ingressarem em Universidades Públicas

II – Bolsas de estudo em universidades privadas para alunos de baixa renda

Limite de idade em concurso público: É autorizado, porém não pode apenas o edital prever essa
limitação, é necessário a previsão em lei

Súmula vinculante 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.
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Legalidade

II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Comentário:

O princípio da legalidade requer especial atenção quanto a sua aplicação na esfera da administração
pública e na esfera dos particulares. Enquanto os particulares podem fazer tudo aquilo que a lei não
proíbe, a administração pública fica adstrita àquilo que a lei permite, ou seja, sua margem de atuação
é mais restrita, estando definida na lei.

Vedação à tortura

III - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Liberdade de pensamento

IV - É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Direito de resposta

V - É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem;

Liberdade de consciência e de crença

VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos


cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva

VII - É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
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Escusa de Consciência

VIII - Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;

Liberdade de expressão da atividade intelectual

IX - É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença;

Comentário:

Liberdade de imprensa: Direito a crítica jornalística, porém não exclui a possibilidade de o jornalista
ser responsabilizado, direito de resposta e indenização. A censura estatal é vedada, pois é
incompatível com a liberdade de expressão.

Direito à intimidade

X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Direito à inviolabilidade do domicílio

XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;

Sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas

XII - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que
a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

Livre exercício profissional

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer;
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Acesso à informação

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando


necessário ao exercício profissional;

Liberdade de locomoção em tempo de paz

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

Liberdade de reunião

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

Comentário:

Momento da Jurisprudência

O STF, através do Recurso Extraordinário n° 806339/SE, cujo Relator foi o Ministro Marco Aurélio,
entendeu que não há nenhuma forma pré-estabelecida para o prévio aviso, de modo que basta que
o conhecimento sobre a reunião chegue ao conhecimento do Poder público.

Nesse sentido: “A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião


é satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu
exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF.
Plenário. RE 806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em
14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

Liberdade de associação

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

Criação de associações e cooperativas

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,


sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
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Dissolução e suspensão das associações

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

Comentário:

Dissolução compulsória – exige ordem judicial trânsito em julgado

Suspensão das atividades – exige decisão judicial

Direito de não ser compelido a se associar

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

Legitimidade das entidades associativas

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para


representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Direito de propriedade

XXII - é garantido o direito de propriedade;

Propriedade e função social

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Desapropriação

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição;

Requisição Administrativa

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
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Pequena propriedade rural

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Direitos autorais

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

Direitos autorais sobre obras coletivas

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz


humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que


participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

Comentário:

- a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução


da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
são assegurados

- o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que


criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;

Propriedade intelectual

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização,
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e
econômico do País;
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Direito de herança

XXX - é garantido o direito de herança;

Sucessão de bens de estrangeiro

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do "de cujus";

Defesa do consumidor

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

Direito de acesso à informação

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

Direito de petição e certidão

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de


situações de interesse pessoal;

Inafastabilidade do provimento jurisdicional

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

Direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
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Tribunal de exceção

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

Tribunal do júri

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

Comentário:

1 - plenitude de defesa;

2 - sigilo das votações;


é reconhecida a
instituição do júri,
com a organização
que lhe der a lei,
assegurados: 3 - soberania dos veredictos; e

4 - competência para o julgamento dos crimes


DOLOSOS contra a vida.
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DA PARTE GERAL

O Código Penal é dividido em duas partes: a parte geral e a parte especial. A parte geral aborda os
temas que norteia o juiz na verificação de determinada ocorrência de cunho penal, como por
exemplo os requisitos para a fixação da pena após a condenação por um crime.

Já na parte especial do código estão localizados crimes em espécie, ou seja, o tipo penal de
determinado crime e sua respectiva pena, como por exemplo o crime de furto. LICAÇÃ

TÍTULO I: DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Trata-se do título I do Código Penal, que está previsto no arts. 1º ao 12.

Anterioridade da Lei

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina (princípio da reserva legal). Não há pena sem
prévia cominação legal (princípio da anterioridade).

Comentário:

Cláusula pétrea, pois também está previsto no art. 5º da CF/88.

MP não pode cominar crime e pena. Há doutrina dizendo que pode, desde que seja pro reo.

Legalidade: Lei escrita (costume ñ), estrita (analogia prejudicial ñ), certa (taxatividade) e anterior.

Princípio da legalidade = reserva legal + anterioridade

Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando
em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Comentário:

Abolitio criminis – a conduta descrita no tipo penal pode deixar de ser crime (abolitio criminis com
a revogação do tipo penal) ou estar inserida em outro tipo penal (abolitio criminis sem a revogação
do tipo penal.
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Abolitio criminis com revogação do tipo penal Abolitio criminis sem revogação do tipo penal

Adultério Atentado violento ao pudor foi revogado e passou a


ser estupro

Importante

Tenha em mente que a abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP.

Principal Execução da pena

Efeito da sentença penal


condenatória Penais: reincidência,
antecedentes criminais, etc

Secundário
Extrapenais: reparação do
dano, perda de mandato,
perda de poder familiar, etc.

Retroatividade da lei penal

Art. 2º, parágrafo único – A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

Comentário:

Desdobramento do princípio da legalidade da Constituição Federal. Se houver o transito em julgado


quem aplica a lei nova é o juízo da execução. Cláusula pétrea, pois também está previsto no art. 5º
da CF/88.

Momento da jurisprudência

STF/STJ: não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o juiz estaria
aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como legislador positivo.

Súmula 611, STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo de Execuções
a aplicação da lei mais benigna.

Súmula 471 do STJ: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da
vigência da Lei 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei 7.210/1984 (Lei de Execução
Penal) para a progressão de regime prisional.
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Súmula 501 do STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/2006, desde que o resultado da
incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação
da Lei 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas
as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

Comentário:

As leis excepcionais e temporárias são autorrevogáveis, portanto não precisam de outra lei para
serem revogadas.

Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa.

Lei excepcional: vigora enquanto perdurarem as situações de instabilidade institucional. Ex.: Lei
13.979/20 (Lei de enfrentamento da pandemia do COVID-19).

Ativas
Aplicação da lei a fatos Retroatividade: retroage no
ocorridos durante sua tempo para alcançar fatos
vigência ocorridos antes de sua entrada
Leis penais em vigor.

Extra-ativas
Aplicação da lei fora do seu Ultra-atividade: quando a lei
período de vigência penal, depois de revogada, avança
no tempo de modo a continuar a
regular os fatos ocorridos durante
a vigência. Ex,: Leis excepcionais,
temporárias, crimes continuados.

Tempo do crime

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.

Comentário:

Em que momento ocorre o crime?

No momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Teoria da
Atividade: considera-se a identificação do tempo a prática da conduta criminosa.

Súmula 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
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Territorialidade

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.

Comentário:

É importante destacar a exceção da extraterritorialidade descrita no art. 7º, CP, a qual estudaremos
com maiores detalhes no referido artigo.

Exceção: Extraterritorialidade do art. 7°.

Essa territorialidade é mitigada ou temperada, porque admite exceções, seja os casos de


extraterritorialidade, seja as hipóteses de intraterritorialidade (é a lei estrangeira, aplicada por um
juiz estrangeiro, a um crime cometido no Brasil. Ex.: Casos de imunidade diplomática).

Extensão do território brasileiro para efeitos penais

Art. 5º, §1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro
onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou
de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em
alto-mar.

Possibilidade de aplicação da lei brasileira aos crimes praticados a borde de aeronaves ou


embarcações estrangeiras de propriedade privada

Art. 5º, §2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território
nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Comentário:

É importante observar que o Código Penal não trouxe qualquer regra específica atinente às
embaixadas, motivo pelo qual se conclui que elas, embora sejam invioláveis, não constituem
extensão do território do país que representam.

Assim, a título de exemplo, a embaixada norte-americana no Brasil é território brasileiro e ao crime


nela praticado será aplicada a lei penal brasileira – salvo a incidência de convenção, tratado ou regra
de direito internacional.

Lugar do crime

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Comentário:
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Adotada pelo CP, a teoria da ubiquidade ou mista é o lugar do crime tanto o local que a conduta foi
praticada quanto aquele em que se produziu o resultado. Para que incida a lei brasileira, a conduta
ou o resultado devem ter ocorrido em território brasileiro.

Tome nota

Importante observar que não se aplica a teoria de ubiquidades nos casos:

I) Crimes conexos: crimes conexos são crimes que estão relacionados entre si, portanto devem ser
julgados no local onde o crime foi cometido. Não aceitam à ubiquidade uma vez que não constituem
unidade jurídica.

II) Crimes plurilocais: São aqueles em que a conduta e o resultado ocorrem em Comarcas diversas,
mas dentro do mesmo país. Teoria do resultado – aplica-se a regra descrita no art. 70, caput do CPP.

Importante

Nos crimes plurilocais, a regra é a teoria do resultado. Porém, há exceções:

III) Infrações penais de menor potencial ofensivo (juizado especial criminal): teoria da atividade –
aplica-se a regra descrita no art. 63 da Lei 9.009/96.

VI) Crimes contra a vida: teoria da atividade - deve preponderar a teoria da atividade, devido à
dificuldade em se realizar o júri.

IV) Crimes falimentares: local da decretação da falência – aplica-se a regra descrita no art. 183 da
Lei 11.101/05.

V) Atos infracionais: teoria da atividade – aplica-se a regra descrita no art. 147, §1º da Lei 8.069/90.

Para ajudar a lembrar: LU / TA

LU = Teoria da Ubiquidade = lugar do crime (art. 6º): Considera o crime praticado no lugar da conduta, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

TA = Teoria da Atividade = tempo do crime (art. 4º): Considera o crime praticado no momento que o agente
pratica a conduta (ação ou omissão).
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CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

O Código de Processo Penal é dividido em duas partes: o Livro I – Processo em Geral e Livro II –
Processos em espécies.

Já na parte especial do código estão localizados crimes em espécie, ou seja, o tipo penal de
determinado crime e sua respectiva pena, como por exemplo o crime de furto. LI

LIVRO I: PROCESSO EM GERAL

TÍTULO III: DA AÇÃO PENAL

Trata-se de título III do Código de Processo Penal – arts. 24 ao 62.

Art. 24 - Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

§ 1º - No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito
de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

§ 2º - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União,
Estado e Município, a ação penal será pública.

Comentário:

Informativo 654: A companheira, em união estável homoafetiva reconhecida, goza do mesmo


status de cônjuge para o processo penal, possuindo legitimidade para ajuizar a ação penal privada.
STJ. Corte Especial. APn 912-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 07/08/2019.

Informativo 898 do STF: No momento da denúncia, prevalece o princípio do in dubio pro societate.
STF. 1ª Turma. Inq 4506/DF, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em
17/04/2018 (Info 898)

Art. 25 - A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Comentário:
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RETRATAÇÃO - CPP RETRATAÇÃO – LEI MARIA DA PENHA

Antes do recebimento da denúncia.

Antes do oferecimento da denúncia.


Crime de ação penal pública condicionada –
ameaça, crime de ação penal privada.

Regra geral: a vítima poderá se retratar até ANTES do oferecimento da denúncia.

Se a vítima se retratou, poderá se arrepender e reapresentar a representação, desde que dentro


do prazo (posição majoritária).

Regra especial: violência doméstica e familiar contra a mulher - a vítima poderá se retratar até antes
do recebimento da denúncia.

Existem crimes de ação pública condicionada a representação na esfera de violência doméstica,


a exemplo do crime de ameaça (art. 147, CP), crime de dano, crime contra honra.

Se a mulher representou, ela poderá retirar a representação (renúncia), em audiência específica,


na presença do juiz, ouvindo-se o MP (art. 16, Lei 11.340/06).

A mulher poderá retirar a representação até antes do recebimento da denúncia.

Como a Lei dos Juizados é inaplicável na violência doméstica (art. 41, Lei 11.340/06), resta concluir
que o crime de lesão corporal, mesmo que leve, na esfera da violência doméstica, é crime de ação
pública incondicionada, pois não se aplica o art. 88 da Lei 9.099/95.

Súmula 542, STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública incondicionada.

Art. 26 - A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por
meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.

Art. 27 - Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em
que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

Art. 28 - Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos


da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de
homologação, na forma da lei.
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§ 1º - Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito
policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria
à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

§ 2º - Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios,
a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem
couber a sua representação judicial.

Comentário:

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL

Antes da Lei 13.964/19 Depois da Lei 13.964/19

O Ministério Público requeria o arquivamento ao Ministério Público ordena o arquivamento e remete


magistrado, que iria homologar ou não os autos à instância de revisão ministerial para
homologação

Arquivamento realizado no âmbito do Ministério


Público

Arquivamento realizado na justiça O Supremo Tribunal Federal suspendeu a eficácia


da alteração do procedimento de arquivamento do
inquérito policial (art. 28, caput, CPP).

Súmula 696, STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do


processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão
ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do CPP.
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ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO

Trata-se da lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968 (Última atualização: Lei Complementar nº 1.374,
de 30 de março de 2022).

TÍTULO I: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado.

Parágrafo único - As suas disposições, exceto no que colidirem com a legislação especial, aplicam-
se aos funcionários dos 3 Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado.

Artigo 3º - Funcionário público, para os fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em
cargo público.

Artigo 4º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um


funcionário.

Funcionário Público É a pessoa legalmente investida em cargo público

Cargo Público É o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um

funcionário

TÍTULO II: DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA DOS CARGOS PÚBLICOS

Capítulo I: Do Provimento

Artigo 11 - Os cargos públicos serão providos por:

I - nomeação;

II - transferência;

III - reintegração;

IV - acesso;

V - reversão;
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VI - aproveitamento; e

VII - readmissão.

Comentário:

nomeação;

transferência;

reintegração;

Os cargos públicos serão


acesso;
providos por:

reversão;

aproveitamento; e

readmissão.

Capítulo II: Das nomeações

Seção I: Das Formas de Nomeação

Artigo 13 - As nomeações serão feitas:

I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na Constituição do Brasil;

II - em comissão, quando se tratar de cargo que em virtude de lei assim deva ser provido; e

III - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento dessa natureza.

Comentário:
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em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na


Constituição do Brasil;

As nomeações serão em comissão, quando se tratar de cargo que em virtude de lei


feitas: assim deva ser provido; e

em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento dessa


natureza.

Seção II: Da Seleção de Pessoal

Subseção I: Do Concurso

Artigo 14 - A nomeação para cargo público de provimento efetivo será precedida de concurso
público de provas ou de provas e títulos.

Parágrafo único - As provas serão avaliadas na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos e aos títulos
serão atribuídos, no máximo, 50 (cinquenta) pontos.

Capítulo XII: Da Posse

Artigo 46 - Posse é o ato que investe o cidadão em cargo público.

Artigo 47 - São requisitos para a posse em cargo público:

I - ser brasileiro;

II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade;

III - estar em dia com as obrigações militares;

IV - estar no gozo dos direitos políticos;

V - ter boa conduta;

VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada em órgão médico oficial; (revogado)

VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada por órgão médico oficial do Estado,
para provimento de cargo efetivo, ou mediante apresentação de Atestado de Saúde Ocupacional,
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expedido por médico registrado no Conselho Regional correspondente, para provimento de cargo
em comissão; (NR) Inciso VI com redação dada pela Lei Complementar nº 1.123, de 01/07/2010.

VII - possuir aptidão para o exercício do cargo; e

VIII - ter atendido às condições especiais prescritas para o cargo.

Comentário:

ser brasileiro;

ter completado 18 (dezoito) anos de idade;

estar em dia com as obrigações militares;

estar no gozo dos direitos políticos;


São requisitos para a
posse em cargo público:
ter boa conduta;

gozar de boa saúde;

possuir aptidão para o exercício do cargo; e

ter atendido às condições especiais prescritas para o cargo.

Parágrafo único - A deficiência da capacidade física, comprovadamente estacionária, não será


considerada impedimento para a caracterização da capacidade psíquica e somática a que se refere
o item VI deste artigo, desde que tal deficiência não impeça o desempenho normal das funções
inerentes ao cargo de cujo provimento se trata.
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LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 - CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

Institui o Código Civil.

PARTE GERAL

O Código Civil é dividido em uma parte geral e outra parte especial. Iniciaremos agora o estudo dos
temas referentes à parte geral.

TÍTULO I: DAS PESSOAS NATURAIS

O Título I se refere às Pessoas Naturais, um dos principais temas em Direito Civil para o seu concurso.
Dessa forma, o candidato deverá ter bastante atenção neste assunto.

Capítulo I: Da personalidade e da capacidade

Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Comentário:

CAPACIDADE DA PESSOA NATURAL

Capacidade de Capacidade para ser sujeito de direitos e deveres na ordem civil. Todas pessoas
direito (jurídica ou de possuem.
gozo)

Capacidade de fato Capacidade para exercer direito. Algumas pessoas não possuem.
(exercício)
De acordo com o Código Civil, a capacidade de fato ocorre quando a pessoa faz
18 anos.

Capacidade civil Trata-se da reunião da capacidade de direito e capacidade de fato.


plena

Personalidade São os direitos subjetivos existenciais, que tutelam atributos que são inerentes à
pessoa humana.

Legitimidade Trata-se de capacidade processual

Corresponde a uma das condições da ação previstas no art. 17 do CPC/15

Legitimação Trata-se de capacidade especial para o exercício de determinado ato jurídico.

Ex.: necessidade de outorga conjugal para venda de imóvel.


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Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro.

Comentário:

A personalidade jurídica é a aptidão para se titularizar direitos e contrair obrigações na órbita jurídica,
vale dizer, é o atributo do sujeito de direito.

Nascituro Concepturo Natimorto

É o ente de vida intrauterina. Também chamado de prole (Enunciado 1 do CJF) - O feto

eventual, é aquele que não nascido morto. Nesse caso, ele

chegou a ser concebido. deverá ser registrado em livro

próprio do cartório de pessoas

naturais.

Pessoa é o ser (pessoa natural) ou ente (pessoa jurídica) dotado de personalidade.

A pessoa natural é reconhecida pelo ordenamento (preexiste ao ordenamento), já a pessoa jurídica


é concebida pelo ordenamento jurídico. Ambas são dotadas de personalidade.

Por sua vez, a personalidade é um vocábulo que no Direito Civil tem duplo sentido técnico.

No capítulo I, do Título I da Parte Geral do CC a personalidade mencionada é a personalidade jurídica


ou personalidade civil (Art. 1º a 10, CC). Refere-se à ideia de titularidade de bens ou relações jurídicas.
A Personalidade jurídica/civil é uma aptidão genérica para que o sujeito possa ser titular de direitos
e deveres na ordem jurídica. Essa personalidade é um atributo da pessoa natural e da pessoa
jurídica.

No capítulo II, encontram-se os Direitos da Personalidade (Art.11 a 21, CC), que são os direitos
subjetivos existenciais, que tutelam atributos que são inerentes à pessoa humana. Só serão
titularizados por pessoas naturais. Pessoa Jurídica não é titular de direitos de personalidade.

Importante!

O art. 52 do Código Civil diz que se pode aplicar às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção
conferida as pessoas naturais. Mas não significa que elas são titulares de direitos da personalidade.

Quando se inicia a proteção à personalidade? Nosso ordenamento possui algumas teorias sobre o
início da personalidade que não são recentes, pois foram construídas sob a vigência do Código
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Civil de 1916. Essas teorias foram criadas para regulamentar a personalidade sob a ótica do Código
de 1916, e, portanto, é importante lembrar que a personalidade prevista era a personalidade jurídica
ou civil.

O Código passado não estabelecia qualquer previsão para a proteção aos direitos da personalidade,
que foram normatizados apenas no Código Civil de 2002.

TEORIAS

Teoria natalista O início da personalidade jurídica ou civil se dá a partir do momento em que

há o nascimento com vida – Art. 2º, primeira parte, CC/02.

Teoria concepcionista O início da personalidade estaria ligado ao momento da concepção. Quando

o óvulo feminino é fecundado pelo espermatozoide masculino temos a

formação de um embrião que se dá por meios naturais ou por técnicas de

reprodução assistida.

Teoria da personalidade Uma subcorrente da teoria concepcionista, pois prevê que o início da
condicionada personalidade se dará desde a concepção, desde que houvesse o nascimento

com vida. Ou seja, o nascimento com vida seria uma condição, um evento

futuro e incerto, que quando implementado faria com a proteção à

personalidade se desse de maneira retroativa e fictícia desde o momento em

que houve a concepção.

Para aplicar essas teorias, analisa se a proteção está relacionada à personalidade civil ou aos direitos da

personalidade.

O Código Civil foi claro: o sujeito só poderá se tornar a titular de direitos e deveres no momento em que

nascer com vida. Para a personalidade civil aplicaremos a teoria natalista.

Nascituro é aquele sujeito que já foi concebido, mas ainda não nasceu.

O nascituro não detém personalidade jurídica. Somente com o nascimento com vida ele poderá
ser titular de direitos de caráter patrimonial. Até pode ser feito uma doação ou um testamento para
o nascituro, mas enquanto não nascer com vida existe uma mera expectativa de direito que se
converterá em direito subjetivo a partir do momento em que nascer com vida.
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Já a teoria concepcionista, segundo o STJ e a doutrina majoritária, será aplicável para os direitos da
personalidade.

Resumindo:

Os direitos da personalidade são protegidos desde a concepção.

O nascituro tem proteção aos seus direitos de personalidade? Sim.

Ex.: direitos à honra, imagem, ao corpo, à integridade física e psíquica.


Teoria natalista: personalidade jurídica

Teoria concepcionista: direitos da personalidade

Resumo sobre Nascituro

Não tem personalidade jurídica (aplicação da teoria natalista – ainda não nasceu com vida);

Quanto a direitos patrimoniais tem mera expectativa de direito;

Pode ser contemplado em liberalidades (Ex.: 542, CC - doação);

Já terá proteção a seus direitos da personalidade (aplicação da teoria concepcionista);

Poderá ser contemplado em indenizações por dano moral (STJ), pois possui proteção aos direitos da

personalidade;

Se nascer morto (natimorto) terá proteção existencial (Enunciados do CJF e Doutrina).

Clóvis Beviláqua, notável doutrinador do Direito Civil, entende que o Código Civil aparentemente
pretendeu adotar a teoria natalista, sendo este entendimento seguido por grande parte da doutrina
contemporânea.

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de
16 (dezesseis) anos. Lei nº 13.146/15

I - (Revogado); Lei nº 13.146/15

II - (Revogado); Lei nº 13.146/15

III - (Revogado). Lei nº 13.146/15

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: Lei nº 13.146/15
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I - os maiores de dezesseis e menores de 18 anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; Lei nº 13.146/15

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; Lei nº
13.146/15

IV - os pródigos.

Comentário:

os maiores de dezesseis e menores


de 18 anos;

os ébrios habituais e os viciados em


São incapazes, relativamente a tóxico;
certos atos ou à maneira de os
exercer:
aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir
sua vontade;

os pródigos.

Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Lei nº 13.146/15

Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
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LEI Nº 13.105/2015 – CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - CPC

A Lei nº 13.105/15 institui o Código de Processo Civil.

PARTE GERAL

O CPC/2015 foi dividido em duas partes: Geral e Especial, sendo que iniciaremos agora o estudo dos
temas da parte geral.

LIVRO I: DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS

TÍTULO ÚNICO: DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS


PROCESSUAIS

Capítulo I: Das Normas Fundamentais do Processo Civil

As normas fundamentais do Processo Civil estão previstas no primeiro capítulo do CPC, mais
precisamente nos arts. 1º ao 12 do CPC. Destes dispositivos é possível extrair diversos princípios do
processo civil. Vejamos.

Devido Processo Legal

Art. 1º. O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas
fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as
disposições deste Código.

Comentário:

Algumas das normas tidas como fundamentais no CPC já eram previstas na Constituição Federal.
Dentre as normas constitucionais diretivas do processo, destacam-se:
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
Isonomia material estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes (…)

Inafastabilidade da Jurisdição Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito;

Juiz natural Art. 5º, XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

Devido Processo Legal Art. 5º, LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus
bens sem o devido processo legal;

Contraditório e ampla defesa Art. 5º, LV – aos litigantes, em processo judicial ou


administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;

Publicidade Art. 5º, LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos


processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;

Razoável duração do processo Art. 5º, LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo,
são assegurados a razoável duração do processo e os meios
que garantam a celeridade de sua tramitação;

Motivação das decisões Art. 93, X - as decisões administrativas dos tribunais serão
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

Conforme ensina Cassio Scarpinella Bueno:

“O modelo constitucional do direito processual civil brasileiro compreende, para fins didáticos,
quatro grupos bem destacados:

a) Os princípios constitucionais do direito processual civil,

b) A organização judiciária,

c) As funções essenciais à Justiça;

d) Os procedimentos jurisdicionais constitucionalmente identificados.


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Segundo Fredie Didier, o Devido Processo Legal pode ser dividido em:

Exige o respeito a um conjunto de garantias processuais mínimas.


Evidencia uma preocupação com a tutela processual, de modo que
Formal ou procedimental todos os cidadãos devem ter o direito de processar e ser
(procedural due process ou processados de acordo com garantias processuais predeterminadas.
devido processo legal em
Compreende todas as normas processuais fundamentais delineadas
sentido processual)
no modelo constitucional de processo.

É uma forma de controle de conteúdo das decisões. Se o processo


tem seu trâmite garantido por impulso oficial até o provimento final
Material ou substancial com uma sentença ou acórdão, daí é de se concluir que há devido
(substantive due process processo legal se essa decisão é devida/adequada, leia-se:
ou devido processo legal
proporcional e razoável.
em sentido material)

Demanda, Dispositivo ou Inércia da Jurisdição

Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as
exceções previstas em lei.

Comentário:

A primeira parte do texto concretiza o princípio da demanda, de maneira que, como regra, a atuação
jurisdicional depende do exercício do direito de ação.

Ao juiz não cabe, em regra, instaurar o processo de ofício, ou seja, sem requerimento da parte,
havendo necessidade de provocação da jurisdição para a formação da relação jurídico-processual.
Do ponto de vista instrumental, essa provocação é feita pela petição inicial.

Excepcionando tal regra, é possível que certos procedimentos se iniciem de ofício, desde que haja
previsão expressa em lei. No CPC é possível citar como exceção:

Art. 712 do CPC (restauração de autos); e

Art. 738 do CPC (arrecadação de herança jacente).

Inafastabilidade da Jurisdição e Resolução Consensual dos Conflitos

Art. 3º. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.

§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.


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§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser
estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive
no curso do processo judicial.

Comentário:

Também previsto no art. 5º, XXXV, da CF, preconiza este princípio que o Estado, a quem a
Constituição outorgou o poder de solucionar os litígios em caráter definitivo, não pode delegar ou
se recusar a exercer essa função.

O jurisdicionado tem direito à tutela jurisdicional adequada, efetiva e tempestiva. Este direito se
exerce por intermédio da propositura de ação.

Segundo Rinaldo Mouzalas, a inafastabilidade é princípio dirigida ao:

Poder Legislativo: o legislador não deve editar leis que impeçam ou dificultem o amplo
acesso aos órgãos do Poder Judiciário;

Poder Executivo: seus representantes não devem adotar políticas que impeçam ou mesmo
dificultem o amplo acesso aos órgãos do Poder Judiciário;

Poder Judiciário: o juiz deve dar a correspondente e efetiva resposta ao objeto litigioso do
processo.

Salienta-se que a inafastabilidade se dá apenas nos casos de ameaça ou lesão a direito. Inexistindo
estas situações, configura-se ausência de interesse processual. Ademais, a redação do artigo 3º do
CPC fala em apreciação jurisdicional, trazendo conteúdo mais amplo que o da Constituição Federal,
que se restringe a “apreciação do Poder Judiciário”.

Na perspectiva do CPC de 2015, a arbitragem, a conciliação e a mediação passaram a ser métodos


adequados de solução de litígios (Adequate Dispute Resolution).

Dessa forma, o CPC reconhece que a forma adequada para a solução do conflito pode não ser a
jurisdicional, implicando o chamado sistema multiportas ou multi-door courthouse.

Importante!

Um tema muito atual e que pode ser cobrado em sua prova, diz respeito à chamada teoria dos
custos dos direitos, a qual foi pensada pelos autores Stephen Holmes e Cass Sustein na obra
The cost of rigths (“O custo dos direitos”), e que propõe uma análise econômica do Direito.

Para os referidos autores, o direito nasce a partir de sua previsão orçamentária: antes disso, não há
direito a ser vindicado, pois o Estado não pode proteger direitos sem recursos.

Não obstante a presença de tal teoria (que tem sido objeto de cobrança em concursos) o STF já se
posicionou no sentido de que a teoria dos custos dos direitos não poderia ser aplicada para legitimar
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o injusto inadimplemento de deveres estatais de prestação constitucionalmente impostos ao Poder
Público. Nesse sentido:

“(...) O papel do Poder Judiciário na implementação de políticas públicas instituídas pela


Constituição e não efetivadas pelo Poder Público – A fórmula da reserva do possível na perspectiva
da teoria dos custos dos direitos: impossibilidade de sua invocação para legitimar o injusto
inadimplemento de deveres estatais de prestação constitucionalmente impostos ao Poder Público –
A teoria da “restrição das restrições” (ou da “limitação das limitações”) – Caráter cogente e vinculante
das normas constitucionais, inclusive daquelas de conteúdo programático, que veiculam diretrizes
de políticas públicas, especialmente na área da saúde (CF, arts. 6º, 196 e 197)” (ARE 745745
AgR,Rel.Min. Celso de Mello, 2a Turma, julgado em 02/12/2014)

Razoável Duração do Processo e Primazia das Decisões de Mérito

Art. 4º. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a
atividade satisfativa.

Comentário:

Nos dizeres de Fredie Didier Jr:

Respeitadas as circunstâncias de cada caso, devem ser observados três critérios para que se
determine se a duração do processo é, ou não, razoável: a) a complexidade do assunto; b) o
comportamento dos litigantes e de seus procuradores ou da acusação e da defesa no
processo; c) a atuação do órgão jurisdicional.

Quanto à primazia das decisões de mérito, deve-se levar sempre em mente que a solução de mérito
tem prioridade sobre a solução que não é de mérito, ou seja, sempre que for possível ao juiz suprir
um vício processual, ele o fará, priorizando o julgamento de mérito da demanda.

A fim de que seja possível atuar assim é mandamental que as partes cooperem entre si, tendo o
dever de atuar com ética e lealdade, sempre agindo de modo a evitar a ocorrência de vícios que
extingam o processo sem resolução do mérito, bem como cumprindo os deveres mútuos de
esclarecimento e transparência.

Alguns dispositivos do CPC que dão maior concretude a esse princípio:

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
(...)

IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios


processuais;

Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível, corrigir o vício.

Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e
320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
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determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando
com precisão o que deve ser corrigido ou completado.

Art. 352. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará


sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.

Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à
parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.

Art. 932, Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o
prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a
documentação exigível.

Art. 1.017 (...)

§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a
admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932,
Parágrafo único.

Art. 1.029 (...)

§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício


formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.

Momento dos Enunciados do FPPC (Fórum Permanente de Processualistas Civis):

Sobre o tema, apesar de não haver previsão de cobrança no seu edital, faz-se necessário trazer alguns
enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis que poderão lhe auxiliar na
compreensão, bem como na hora de resolver as questões. Reiteramos que estes anunciados não
serão cobrados em prova, servindo tão somente para complemento do estudo, bem como para
auxílio na compreensão dos temas:

Enunciado 278 do FPPC: O CPC adota como princípio a sanabilidade dos atos processuais
defeituosos.

Enunciado 292 do FPPC: Antes de indeferir a petição inicial, o juiz deve aplicar o disposto no art.
321.

Enunciado 372 do FPPC: O art. 4º tem aplicação em todas as fases e em todos os tipos de
procedimento, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal, impondo ao órgão
jurisdicional viabilizar o saneamento de vícios para examinar o mérito, sempre que seja possível a
sua correção.

Enunciado 373 do FPPC: As partes devem cooperar entre si; devem atuar com ética e lealdade,
agindo de modo a evitar a ocorrência de vícios que extingam o processo sem resolução do mérito e
cumprindo com deveres mútuos de esclarecimento e transparência.

Enunciado 386 do FPPC: A limitação do litisconsórcio facultativo multitudinário acarreta o


desmembramento do processo.
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Enunciado 387 do FPPC: A limitação do litisconsórcio multitudinário não é causa de extinção do
processo.

Enunciado 574 do FPPC: A identificação de vício processual após a entrada em vigor do CPC de
2015 gera para o juiz o dever de oportunizar a regularização do vício, ainda que ele seja anterior.

Boa-Fé Objetiva Processual (Lealdade Processual ou Fair Trial)

Art. 5º. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a
boa-fé.

Comentário:

De acordo com Rinaldo Mouzalas, a boa-fé objetiva possui uma tríplice função:

Função interpretativa (hermenêutica): a interpretação do pedido, dos atos postulatórios em


geral e das decisões judiciais, deve ser guiada por padrões de eticidade (arts. 489, § 3º, e 322,
§ 2º, ambos do CPC).

Função integrativa: são criados deveres anexos à relação jurídica processual, que devem ser
respeitados pelas partes e pelo juiz. E dessa função que se extrai a cooperação.

Função limitadora: visa inibir o exercício abusivo de posições processuais pelas partes e pelo
juiz.

Momento dos Enunciados do FPPC:

Sobre o tema, atente-se aos seguintes enunciados do FPPC:

Enunciado 6 do FPPC: O negócio jurídico processual não pode afastar os deveres inerentes à boa-
fé e à cooperação.

Enunciado 286 do FPPC: Aplica-se o § 2º do art. 322 à interpretação de todos os atos postulatórios,
inclusive da contestação e do recurso.

Enunciado 374 do FPPC: O art. 5º prevê a boa-fé objetiva.

Enunciado 375 do FPPC: O órgão jurisdicional também deve comportar-se de acordo com a boa-
fé objetiva.

Enunciado 376 do FPPC: A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão


jurisdicional.

Enunciado 377 do FPPC: A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem motivar a alteração,
decisões diferentes sobre uma mesma questão de direito aplicável às situações de fato análogas,
ainda que em processos distintos.
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Enunciado 378 do FPPC: A boa-fé processual orienta a interpretação da postulação e da sentença,
permite a reprimenda do abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos
processuais e veda seus comportamentos contraditórios.

Enunciado 407 do FPPC: Nos negócios processuais, as partes e o juiz são obrigados a guardar nas
tratativas, na conclusão e na execução do negócio o princípio da boa-fé.

Cooperação

Art. 6º. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Comentário:

Decorre da boa-fé objetiva, orientando uma participação ética dentro do processo e implicando a
colaboração na identificação das questões de fato e de direito e de abster-se de provocar incidentes
desnecessários e procrastinatórios.

A cooperação implica deveres processuais que devem ser respeitados por todos aqueles que atuam
no processo:

Deveres

Obrigação do juiz de esclarecer as partes.

Tem duas faces:

Esclarecimento: a) A primeira é a de produzir decisões claras.

b) A segunda dimensão é a de o juiz pedir esclarecimento nas situações


em que tenha dúvida.

Segundo Didier, “é variante processual do dever de proteção”. Cabe ao


magistrado apontar as deficiências postulatórias das partes, para que
possam ser supridas. O CPC prevê:

Art. 321 do CPC. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os
requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades
Prevenção:
capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no
prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido ou completado.

Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a


petição inicial.

Art. 932 do CPC. “(...)


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Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator
concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado
vício ou complementada a documentação exigível. ”

De acordo com Didier, “é variante processual do dever de informar,


aspecto do dever de esclarecimento, compreendido em sentido amplo”
Consulta (ou de diálogo)
O art. 10 do CPC estabelece a impossibilidade de o órgão jurisdicional, em
qualquer grau de jurisdição, decidir com base em fundamento a respeito
do qual não se tenha oportunizado a manifestação das partes, mesmo que
a matéria possa ser reconhecida de ofício.

Auxílio: Obrigação do juiz de auxiliar a parte a superar eventuais obstáculos que


dificultem ou impeçam o exercício de seus ônus ou deveres processuais.
Contudo, não pode o juiz suprir deficiência técnica da parte.

Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo: III – determinar


que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral
relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que
tenham em seu poder, assinando-lhes prazo razoável

Isonomia Material ou Paridade de Armas/Contraditório

Art. 7º. É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e


faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções
processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.

Comentário:

Fredie Didier Jr. leciona que a igualdade processual deve observar quatro aspectos:

a) imparcialidade do juiz (equidistância em relação às partes);

b) igualdade no acesso à justiça, sem discriminação (gênero, orientação sexual, raça,


nacionalidade etc.);

c) redução das desigualdades que dificultem o acesso à justiça, como a financeira (ex.:
concessão do benefício da gratuidade da justiça, arts. 98 a 102 do CPC), a geográfica (ex.:
possibilidade de sustentação oral por videoconferência, art. 937, § 4º, do CPC), a de
comunicação (ex.: garantir a comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais, nos casos
de partes e testemunhas com deficiência auditiva, art. 162, lll, do CPC) etc.;

d) igualdade no acesso às informações necessárias ao exercício do contraditório.


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Dignidade da Pessoa Humana, Proporcionalidade, Razoabilidade, Legalidade, Publicidade e
Eficiência

Art. 8º. Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem
comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.

Comentário:

Quanto à dignidade da pessoa humana, Luiz Guilherme Marinoni ensina que:

Em primeiro lugar, a dignidade da pessoa humana determina a compreensão do processo civil


como um meio para tutela dos direitos. Vale dizer: o processo civil não pode ser visto como
um instrumento a serviço do Estado, como um instrumento que não se encontre orientado à
realização dos fins da pessoa humana. Em outras palavras, o processo civil serve para
realização dos direitos e para orientação das pessoas a respeito do significado do direito.

Em segundo lugar, a dignidade da pessoa humana conecta-se com o direito à liberdade e à


autonomia privada, o que explica a necessidade de respeito, dentro dos limites constitucionais
e legais, aos negócios processuais realizados entre as partes (art. 190, CPC) e constitui estímulo
à realização de calendários processuais entre o juiz e as partes como instrumento para
eficiente gestão do tempo no processo civil (art. 191, CPC).

Em terceiro lugar, a dignidade da pessoa humana veda a transformação das partes em objeto
da atividade jurisdicional. É por essa razão que dignidade da pessoa humana tem estreita
ligação com o direito de participação das partes na construção dos provimentos jurisdicionais
– isto é, na previsão do direito ao contraditório como direito de influência (arts. 9 e 10, CPC)
e o dever de fundamentação como dever de debate (arts. 11 e 489, §§ 1º e 2º, CPC).

O juiz ao aplicar o ordenamento jurídico e ao conduzir o processo deve resguardar promover


a dignidade da pessoa humana, o que significa encarar o processo como um meio para tutela
dos direitos, respeitar a liberdade das partes nos seus espaços de autodeterminação e adotar
o contraditório como método de trabalho.

Quanto ao princípio da legalidade, esclarece Didier:

O princípio da legalidade pode funcionar como norma processual ou como norma de decisão.
Como norma processual, observá-lo nada mais é do que aplicar o devido processo legal, em
sua dimensão formal. Não existe uma dimensão processual do princípio da legalidade que se
distinga da dimensão formal do devido processo legal.

Como norma material (ou norma de decisão), o princípio da legalidade impõe que o juiz
decida os casos em conformidade com o Direito, com o ordenamento jurídico, e não apenas
com base na lei, que é apenas uma de suas fontes.

Vedação às Decisões Por Emboscada (Surpresas) /Contraditório Dinâmico

Art. 9º. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:


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I – à tutela provisória de urgência;

II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;

III – à decisão prevista no art. 701 (monitória).

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito
do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício.

Comentário:

Conforme ensina Didier:

O princípio do contraditório pode ser decomposto em duas garantias: Participação (audiência,


comunicação, ciência); e Possibilidade de influência na decisão.

A garantia da participação (audiência, comunicação, ciência) é a dimensão formal do princípio


do contraditório e possui um viés estático. Trata-se da garantia de ser ouvido, de participar
do processo, de ser comunicado, poder falar no processo. Esse é o conteúdo mínimo do
princípio do contraditório e concretiza a visão tradicional a respeito do tema. De acordo com
esse pensamento, o órgão jurisdicional se restringe a garantir a comunicação dos atos e a
consequente possibilidade de as partes falarem e se manifestarem no processo. Portanto, o
conteúdo do contraditório formal restringe-se ao binômio: informação + possibilidade de
reação.

Ampliando essa noção, a dimensão substancial ou dinâmica do princípio do contraditório se


caracteriza pelo poder de influência na formação do convencimento do julgador. Não adianta
permitir que a parte simplesmente participe do processo. É necessário que se permita que ela
seja ouvida, mas em condições de poder influenciar a decisão do órgão jurisdicional. Essa
dimensão substancial do contraditório impede a prolação de decisão-surpresa; toda questão
submetida a julgamento deve passar antes pelo contraditório.

Momento dos Enunciados do FPPC:

Enunciado 2 do FPPC: Para a formação do precedente, somente podem ser usados argumentos
submetidos ao contraditório.

Enunciado 282 do FPPC: Para julgar com base em enquadramento normativo diverso daquele
invocado pelas partes, ao juiz cabe observar o dever de consulta, previsto no art. 10.
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TIPOLOGIA TEXTUAL

1) TIPOS TEXTUAIS

Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais,
em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta.

Eles se dividem em cinco: narrativo, descritivo, expositivo (informativo), argumentativo


(dissertativo) e injuntivo.

1.1) Narrativo

O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos:
personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos).

É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo
sempre uma progressão temporal.

No texto narrativo, contém, ainda, trechos descritivos.

1.2) Descritivo

O texto descritivo faz menção as características ou qualidades de alguém ou de alguma coisa.


Características são atributos específicos ao ser, enquanto qualidades determinam a essência ou a
natureza de um ser ou coisa a serem descritos.

A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente,
um processo, ou uma cena, de forma simultânea.

1.3) Expositivo (informativo)

O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese.

Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao
objeto apresentado, e não ao sujeito em questão.
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1.4) Argumentativo (dissertativo)

No texto argumentativo o assunto é apresentado sob a perspectiva do autor, trazendo trechos


expositivos ou informativos para compor uma análise.

Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos
(desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos.

Diferentemente dos textos descritivos e expositivos onde há predominantemente fatos, o texto


argumentativo contém uma opinião a partir dos fatos apresentados.

1.5) Injuntivo

O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir.

Frequentemente há verbos no imperativo.

Utilizado também para apontar acontecimentos e comportamentos.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

TIPO OBJETIVO CARACTERÍSTICAS

Narrativo Retratar uma sucessão de Apresenta uma progressão temporal


fatos

Descritivo Retratar uma realidade Apresenta fatos e ações


estática simultaneamente

Expositivo Informar Linguagem objetiva, sem opinião do


(informativo) autor

Argumentativo Desenvolver um tema a partir Apresenta fatos e argumentos a fim de


(dissertativo) da perspectiva do autor fundamentar uma tese

Injuntivo Orientar, prescrever e instruir Linguagem imperativa


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2) GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros textuais são as classificações utilizadas para definir os textos de acordo com as
características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.

São identificados com base no objetivo, função e no contexto do texto.

Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e
receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos:

2.1) Crônica

É um texto curto na forma de prosa que retrata acontecimentos cotidianos.

A linguagem utilizada é subjetiva (uso de primeira pessoa e juízo de valor).

Geralmente produzido para meios de comunicação (jornais, revistas, etc.).

2.2) Conto

É um texto de narrativa curta, que contém enredo, personagens, tempo e espaço.

2.3) Artigo de opinião

Texto que retrata de temas da atualidade e é veiculado geralmente nos meios de comunicação
(televisão, rádio, jornais ou revistas).

2.4) Editorial

Dispõe sobre a opinião de um jornal ou revista em relação a um relevante assunto.

2.5) Notícia

Texto que informa sobre fatos e acontecimentos da atualidade.

2.6) Reportagem

Retrata fenômenos sociais ou políticos e acontecimentos gerados no espaço público e que são de
interesse de todos.

Apresenta reiteradamente polifonia (participação de outras pessoas em entrevistas, além do autor).


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As opiniões, quando apresentadas, geralmente não são do autor, mas sim dos entrevistados.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

A seguir o tipo textual correspondente a cada gênero textual apresentado:

Narrativo Descritivo Expositivo Argumentativo Injuntivo

Conto,
Manual de
crônica e Cardápio Texto didático Carta aberta
instrução
romance

Relato Tese, editorial


Notícia Palestra Propaganda
descritivo e crônica

Artigo de
Biografia /
Reportagem Reportagem opinião/ Receita
Autobiografia
científico

ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) TONICIDADE

Tonicidade se refere à sílaba que apresenta maior projeção sonora em uma palavra, sendo essa sílaba
chama de tônica ou acentuada.

As sílabas, quando pronunciadas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando ditas
de maneira mais sutil, como átonas.

Quanto à tonicidade, as palavras da nossa língua são classificadas em três grupos:

Oxítonas: quando a última sílaba é a tônica;

Paroxítonas: quando a penúltima sílaba é a tônica;

Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é a tônica.

Para efeito de conhecimento complementar, segue a distribuição percentual da quantidade de


palavras na língua portuguesa, conforme a tonicidade:
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Palavras da língua portuguesa (USP, 2017)
1%

12%
25%

62%
Oxítonas
Paróxitonas
Proparóxitona
Monossílabos

2) ACENTUAÇÃO

A acentuação consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou
marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

Acento agudo (´);

Acento grave (`);

Acento circunflexo (^).

Fique atento! O til (~) não se trata de acento, é um sinal.

2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa:

Regra 1: Todas as proparoxítonas são acentuadas (ex.: exército, árvore, ácaro);

Regra 2: Acentuam-se as oxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns) - (ex.:


após, cafés, jiló, armazéns);

Regra 3: NÃO se acentuam as paroxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns)


- (ex.: cadeira, parede, quadro, itens, polens, himens).

Fique atento! Paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas (ex.: bactéria, série,
necessário).

Ademais outras regras acerca da acentuação gráfica:


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2.2) Outras regras:

Regra 1: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o” seguidas ou não de
S (ex.: chás, fé, só);

Obs.: Os monossílabos átonos, como: “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o”, “a”, “os”, “as”, e as preposições como
“de” e “com” NÃO são acentuados.

Regra 2: Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI, OI, quando estiverem em posição oxítona.
(ex.: chapéu, pastéis, herói).

Regra 3: Acentuam-se as vogais I e U, quando forem a segunda vogal de um hiato (ex.: saúde,
país).

Regra 4: Com o novo acordo ortográfico as palavras com o acento diferencial que pertencem às
classes gramaticais distintas têm o acento retirado, entretanto, as palavras que pertencem às classes
gramaticais iguais têm o acento mantido:

Retirados Mantidos

Para Tem/Têm

Pelo Vem/Vêm

Pera Pode/Pôde

Polo Por/Pôr

Regra 5: NÃO são acentuadas palavras com vogais redobradas (ex.: voo, veem, leem, enjoo).

Regra 6: NÃO são acentuadas as vogais “I” e “U”, quando formam hiato e são seguidos de M, N,
NH, R ou Z. (ex.: juiz, ruim, ruir, constituinte, rainha).

3) HÍFEN

O hífen é um sinal em forma de um pequeno traço horizontal (-), e tem como função:

Unir elementos de palavras compostas;

Separar sílabas em final de linha;


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Marcar ligações enclíticas e mesoclíticas (colocações de pronomes).

3.1) Hífen com prefixos

Prefixos: são elementos que formam palavras a partir de um morfema


que antecede o radical, alterando o sentido básico da palavra.

Regra 1: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo (terminado em r, b ou vogais) somado com


uma palavra que inicia com a letra H (ex.: Anti-histamínico, super-homem, sub-hepático).

Tome nota: A palavra sub-humano admite as duas formas, pois o novo acordo trouxe como
possibilidade o uso da forma subumano em que se exclui o H e unem-se as duas palavras.

Regra 2: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em vogal + palavra base em que
as vogais são iguais (ex.: micro-ondas, anti-inflamatório), mas se as vogais são diferentes, NÃO se
usa o hífen (ex.: autoescola).

Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra
comece com a mesma vogal que termina o prefixo, NÃO se usa o hífen (ex.: coocupar,
preenchimento, reescrever)

Regra 3: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em consoante + palavra base em


que as consoantes são iguais (ex.: inter-racial, super-revista, sub-brigadeiro), mas se as consoantes
são diferentes, NÃO se usa o hífen (ex.: supermercado).

Exceção: A palavra “Sub-raça”, apesar de haver consoantes diferentes, utiliza-se o HÍFEN, porque o
B com o R forma uma nova sonoridade, o que prejudicaria a escrita da palavra.

Regra 4: Utiliza-se o HÍFEN para os Prefixos sem, além, ex, sota, soto, aquém, recém, pós, pré,
pró, vice, independentemente do que vier na palavra base (ex.: pré-história, vice-presidente, ex-
namorado).

Regra 5: NÃO se utiliza o HÍFEN quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso,
duplicam-se as consoantes (ex.: antirreligioso, minissaia, ultrassom).

Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “hiper”, “inter” e “super”, nestes casos deve-se utilizar
o HÍFEN (ex.: hiper-realista, super-racional, inter-racial)
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Regra 6: Utiliza-se o HÍFEN quando o primeiro elemento terminado em “m” ou “n” e o segundo
elemento começa com vogais, “h”, “m” ou “n” (ex.: pan-americano, pan-hispânico, circum-meridiano,
circum-navegação).

Regra 7: Utiliza-se o HÍFEN com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige (ex.: capim-
açu, amoré-guaçu, anajá-mirim).

3.2) Hífen entre palavras

O hífen pode ser utilizado entre duas palavras a fim de modificar o sentido de ambas, tem-se como
exemplo:

A palavra sexta se refere a um numeral ordinário, e a palavra feira é um substantivo. Ao unir ambas
as palavras com hífen e formar sexta-feira, perde-se tanto a ideia do numeral quanto a ideia do
substantivo feira, e passa a haver um sentido novo, que é o dia da semana.

Outro exemplo, se trata da palavra mesa que é um substantivo e a palavra redonda que é um
adjetivo. Ao unir ambas as palavras com hífen e formar mesa-redonda, perde-se tanto a ideia do
substantivo e objeto, quanto a ideia do adjetivo e formato, e passa a haver um novo significado à
palavra, que é o debate.

3.3) Hífen: mal/bem

MAL: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por vogal, H ou L. (ex.: mal-estar;
mal-humorado; mal-limpo; malcriação; malcheiroso)

BEM: emprega-se o hífen (ex.: bem-aventurado, bem-estar, bem-vindo, bem-casado, bem-nascido).

Exceção 1: as palavras benfazer, benquerer e bendizer (estão empregados verbos no infinitivo),


porém são formas alternativas, sendo facultativo.

Exceção 2: outras palavras com “bem” que já eram grafadas sem hífen, e continuam sendo, são:
benfazejo, benfeitor, benquerença, benquerente, benquisto, benfeito, benquerer e benquerido.

Exceção 3: quando o prefixo bem ou mal não formar uma unidade semântica com a palavra
seguinte não caberá hífen (ex.: em “Ele foi bem educado pelos avós”, não há hífen porque “bem”
não forma com a palavra seguinte uma unidade semântica. O que temos é um advérbio (bem)
modificando um verbo/particípio (educada).

3.4) Hífen: não/quase

Sempre dispensam o hífen (ex.: quase crime, quase nada, não cumprimento, não engajado).
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CONCEITOS DE INTERNET E INTRANET

1) INTERNET

É uma conexão entre computadores. Abaixo os principais conceitos acerca da Internet:

Wide Area Network: Rede de área ampla, possibilitando conexão de várias redes.

Nuvem: Conceito de computação na nuvem envolve o armazenamento de dados na Internet, a


disponibilização de serviços, softwares.

Acesso público: Caso se conecte a um provedor de acesso, ele vai oferecer a possibilidade de
conexão ao backbone, significa acessar a rede mundial com canais de alta velocidade que possuem
os dados.

Insegura: Porque o acesso é público, todo mundo podendo acessar, não sendo devidamente
protegido por mecanismos, por exemplo, de criptografia.

Elementos que compõe o acesso às redes de computadores, no caso, à Internet:

Realizado através de um provedor de acesso à Internet. Conectado através de um Modem, que


acessa as informações, recebendo e enviando-as através de uma linha telefônica.

A conexão através da linha telefônica é realizada com o meio externo, sendo importante ter um
Firewall, que é um filtro de conexões que impedem o acesso não autorizado as portas pessoais de
conexão. Dentro da rede pessoal haverá um roteador, que fará a distribuição da informação, o
caminho, rotas. Caso de rede corporativa, encontra-se também o Switch.
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Rede mundial de
computadores

Nuvem

WAN (Wide Area


INTERNET
Network)

Acesso público

Insegura

NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS

1 INTRODUÇÃO

Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu
empenho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não
é algo impossível. Mas não se esqueça: nós acreditamos em você!

2 WINDOWS (32-64 BITS)

Alunos, sistema operacional é um tema de grande relevância e de alta incidência nos concursos
públicos. Após uma análise meticulosa, verificamos que esse tema é o terceiro mais cobrado pelas
bancas de concurso, ocupando cerca de 8% das questões de informática. Portanto, como essa
matéria tem peso 2 no seu concurso, prestem atenção e decorem os conceitos básicos, pois com
eles você acertará a maioria das questões. Informática é uma matéria com conteúdo infinito, porém,
neste tópico, você encontrará o essencial para garantir 100% dos pontos em Windows: conceitos
iniciais, atalhos, disco rígido, ferramentas e explorador de arquivos (não necessariamente nessa
ordem). Vamos lá?!

2.1 Conceito

O Windows 10 pode ser conceituado de duas formas: (i) quanto à funcionalidade; e (ii) quanto à
licença.
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Funcionalidade guarda relação com a função do sistema operacional, então podemos afirmar que
o Windows 10 é um sistema (software, cuidado para não confundir com hardware) que realiza o
controle de outros dispositivos da máquina (CD, HD, teclado, tela etc.).

Licença diz respeito à empresa que detém os direitos do código-fonte (Microsoft).

a) Arquitetura do sistema

É importante lembrar que as bancam especificam quais arquiteturas serão cobradas (32 e 64 bits),
dessa forma, faz-se necessário redobrar a atenção nos termos técnicos apresentados.

A arquitetura do Windows 10 pode ser de 32 ou 64 bits. Na prática, isso diz para o usuário sobre
a velocidade do sistema (ou a velocidade em que os dados são acessados). Ou seja, a arquitetura
de 64 bits suporta mais dados do que a de 32 bits? Correto. Veja esta tabela sobre a capacidade
máxima que cada arquitetura suporta:

32 bits 64 bits

4 GB de RAM 16 milhões de Terabytes (isso mesmo!)

Então, aluno, se você comprar um computador com Windows 10 (32 bits), não adquira uma memória
com capacidade superior a 4 GB de RAM, pois a arquitetura do sistema não irá suportar.

Tome nota!

Em uma máquina de 64 bits, a arquitetura de 32 bits pode ser instalada perfeitamente, embora não
seja o recomendado. Portanto, lembre-se: em informática, quem pode mais, pode menos.

b) Barra de tarefas

Para quem não conhece, a barra de tarefas é a “barrinha” em que fica localizada a hora, data, ícones
fixados ou abertos. Logo abaixo, deixo a imagem para melhor compreensão:
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Barra de pesquisa Visão de tarefas

Iniciar Ícones/Programas Área de notificações

Antes de explicar, efetivamente, sobre a funcionalidade de cada ícone/botão, vamos fazer uma
questão para você notar como esse tema pode ser cobrado.

Hora da questão

(Questão para treino) Na empresa onde um indivíduo trabalha, vários funcionários compartilham
o mesmo computador rodando o Windows 10 em português. Um desses funcionários precisa usar
o computador desse indivíduo, mas este não quer fechar os programas e arquivos com os quais está
trabalhando no momento. Que opção esse indivíduo deve escolher para resolver essa situação?

A) Trocar usuário

B) Bloquear

C) Suspender

D) Desligar

E) Hibernar

Gabarito: A

Comentário:

Perceba que a banca não cobra de forma direta sobre o nome do ícone, mas aborda a função do
botão. Qual ícone tem essa funcionalidade de “Trocar usuário”? O menu iniciar.

Aproveitando a questão, você também pode chegar ao comando cobrado pela banca utilizando o
seguinte atalho: Ctrl+Alt+Del  Trocar usuário, bloquear, desligar, suspender, reiniciar, sair, alterar
uma senha, gerenciador de tarefas etc.
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Observado isso, retornaremos à abordagem sobre a funcionalidade de cada ícone e os possíveis
atalhos que podem ser utilizados para acessá-los.

b.1) Iniciar

É possível acessar esse ícone com os seguintes atalhos: CTRL+ESC ou por meio da tecla Windows.
É de extrema importância que você teste os atalhos e os memorize. Já testou?!

É utilizando esse botão que você tem acesso às configurações, ferramentas, documentos, usuários
do computador etc.

Já foi objeto de questão! Ao clicar com o botão direito no botão iniciar, você terá como resposta
o “Menu de contexto iniciar”, que apresenta algumas alternativas:

b.2) Barra de pesquisa

A barra de pesquisa (não confunda com barra de tarefas) pode ser utilizada para pesquisar dados
do próprio Windows ou da internet. Nela, você pode pesquisar utilizando texto ou áudio com os
serviços da famosa Cortana (assistente inteligente da Microsoft) através da barra ou pelo atalho
WIN+C ou WIN+S.

b.3) Visão de tarefas

Pode ser acessada através do atalho: Windows + TAB. Com essa nova funcionalidade, você tem
acesso à visão geral dos arquivos que estão abertos.

b.4) Ícones/programas
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Os ícones podem ser fixados manualmente. Qualquer ícone pode ser fixado, basta abrir o
programa/arquivo, clicar com o botão direito do mouse na imagem do ícone na barra de tarefas e
selecionar “Fixar na Barra de Tarefas”. Além disso, quando você passa o mouse por cima do ícone,
ele apresenta uma miniatura da janela que está aberta.

Para fechar esse tópico, você sabe diferenciar um ícone principal de um atalho? Não?!

A pequena seta no canto inferior


esquerdo indica que é um atalho.

Atalhos são arquivos de extensão LNK, se forem excluídos, não afetam o arquivo original.

b.5) Área de notificações/Central de ações

Mostra a hora, data, notificações do Windows, e-mails, ícone da bateria e outros ícones que estão
sendo utilizados em segundo plano.

Mostrar ícones ocultos Central de ações

Percebem que o ícone da central de ações está preenchido? Isso significa que há notificações a serem
visualizadas. Essa informação pode parecer desnecessária, mas... (veja a questão abaixo)

Hora da questão

(Questão para treino) No Microsoft Windows 10, a área de notificação da barra de tarefas possui
um ícone, o qual está apontado pelas setas na figura a seguir em duas versões: quando há uma ou
mais notificações novas (à esquerda) e quando não há notificações novas (à direita).

Ao clicar nesse ícone, abre-se a Central de Ações do Windows 10. NÃO é função da Central de Ações
do Windows 10:

A) alertar o usuário sobre questões de segurança e manutenção.

B) apresentar ao usuário ocorrências de instalação de novos aplicativos.


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C) concentrar um conjunto de botões que, rapidamente, desativam ou ativam funções utilizadas com
frequência pelo usuário.

D) notificar o usuário sobre novos e-mails recebidos.

E) permitir que o usuário localize arquivos e aplicativos que estão no computador.

Gabarito: E

Comentário:

A questão pede a alternativa incorreta. A Central de Ações é uma área de notificação acerca dos
procedimentos realizados no computador, como: atualizações, gerenciamento de notificações e
outros recursos rápidos básicos. É como se fosse aquela tela do nosso celular quando deslizamos o
dedo para baixo, que irá nos apresentar: bluetooth, Wi-Fi, notificações de atualizações etc.

Pode ser aberta por meio da tecla de atalho: WINDOWS + A.

(Questão para treino) No Windows 10, para abrir a Central de Ações, deve-se clicar no ícone:

A)

B)

C)

D)

Gabarito: D

Comentário:

Os ícones acima são referência dos seguintes itens da central de ações:

A) Visão de tarefas

B) Barra de pesquisa

C) Menu iniciar

D) Central de ações/área de notificações


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ATUALIDADES

1) NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

O mundo está em constante transformação e atualização, e é essencial que os candidatos a


concursos públicos estejam por dentro das últimas notícias e acontecimentos relevantes. No edital
de diversas provas de concurso públicos, é comum a inclusão da disciplina de Atualidades, que
aborda temas como fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, tanto nacionais quanto
internacionais.

De acordo com o edital desse concurso, as questões de Atualidades irão abranger os acontecimentos
ocorridos a partir do 2° semestre de 2022, divulgados na mídia local e/ou nacional. Ou seja, é
fundamental que o candidato se mantenha atualizado com as notícias e informações que são
divulgadas nos meios de comunicação.

Além disso, o conhecimento em Atualidades pode ser fundamental para que o servidor público
desempenhe suas funções de maneira mais eficaz, uma vez que muitas questões presentes na
atualidade estão diretamente relacionadas às políticas públicas e às tomadas de decisão no âmbito
governamental.

Neste momento, iremos abordar os principais acontecimentos e tendências em Atualidades, desde


o segundo semestre de 2022 até o presente momento, com o objetivo de preparar o candidato para
as questões que poderão ser cobradas na prova.

2) CONFLITO – RÚSSIA E UCRÂNIA

Em 2003, durante o início do governo de Putin, ocorreu a primeira grande crise diplomática entre a
Rússia e a Ucrânia. Isso aconteceu quando a Rússia começou a construir subitamente uma barragem
no estreito de Kerch, próximo à ilha ucraniana de Tulza, localizada entre o território russo e a
Península da Crimeia. Kiev interpretou isso como uma tentativa russa de redesenhar as fronteiras
nacionais, gerando o conflito entre os dois países. Posteriormente, os presidentes das nações se
encontraram em uma reunião e o conflito foi resolvido, com a suspensão da construção. No entanto,
a relação amistosa entre os dois países começou a apresentar sinais de fissuras.

Durante as eleições presidenciais na Ucrânia em 2004, as tensões entre a Rússia e a Ucrânia se


intensificaram. Moscou tomou partido do candidato pró-Rússia Viktor Yanukovych, porém, a
Revolução Laranja impediu que ele assumisse o cargo. A eleição foi considerada fraudulenta, e o
candidato pró-Ocidente Viktor Yushchenko foi eleito presidente. Em resposta, a Rússia cortou o
fornecimento de gás para a Ucrânia em duas ocasiões, em 2006 e 2009, e interrompeu o
abastecimento para a União Europeia. Em 2008, o então presidente dos Estados Unidos, George W.
Bush, pressionou o processo de adesão da Ucrânia e da Geórgia à OTAN, apesar dos protestos de
Putin, que não reconheceu plenamente a independência da Ucrânia.
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No início de 2014, quando os ucranianos depuseram seu presidente pró-Rússia, o Kremlin se
aproveitou do vácuo de poder em Kiev e anexou a Península da Crimeia em março daquele ano. Isso
marcou um ponto crucial nas relações entre os dois países, e o início de uma guerra não declarada.
Enquanto isso, forças paramilitares russas iniciaram um levante separatista na região de Donbass, no
leste ucraniano, e estabeleceram "repúblicas populares" lideradas por Moscou, simulando Estados
em Donetsk e Lugansk. O governo de Kiev esperou até depois das eleições presidenciais de maio de
2014 para lançar uma grande ofensiva militar, que foi denominada operação antiterrorismo.

Em fevereiro de 2022, a tensão na fronteira entre Ucrânia e Rússia atingiu um ponto crítico. Enquanto
o presidente russo, Vladimir Putin, negava planos de invasão, os EUA afirmavam que ele já havia
decidido atacar o país vizinho. A situação se agravou ainda mais quando Putin anunciou, em um
discurso televisionado, que reconheceria a independência das regiões de Donetsk e Luhansk,
controladas por separatistas apoiados pela Rússia. Ele acusou as autoridades ucranianas de
corrupção e afirmou que a Ucrânia não tinha histórico para ser uma nação verdadeira. Após o
anúncio, Putin ordenou que tropas russas desempenhassem "funções de manutenção da paz" nas
regiões separatistas. Será a primeira vez que soldados russos entrarão oficialmente em território
controlado pelos rebeldes.

Antes desse anúncio, os dois países estavam longe de um acordo diplomático para resolver a crise.
Durante um encontro com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, em fevereiro, Vladimir Putin
reiterou as demandas da Rússia: 1) evitar a expansão da OTAN; 2) cancelar o envio de armas próximas
às fronteiras russas; e 3) fazer com que as instalações militares do bloco voltem às suas posições de
1997, quando o acordo Otan-Rússia foi assinado. Enquanto a Ucrânia expressa sua vontade de se
tornar membro da OTAN, a Rússia se opõe firmemente a essa possibilidade, argumentando que isso
representaria uma ameaça à sua segurança nacional. Embora a OTAN afirme que qualquer país
independente seja livre para buscar sua adesão, essa tensão crescente entre Rússia e Ucrânia resultou
em ataques por terra, ar e mar, iniciados em 24 de fevereiro. Após uma série de ameaças e do
reconhecimento da independência de duas províncias separatistas no leste ucraniano, Vladimir Putin
ordenou a invasão da Ucrânia.

Desde a invasão à Ucrânia em 24 de fevereiro, vários países, organizações e empresas impuseram


dezenas de sanções à Rússia. Essas sanções seguem um padrão histórico que visa forçar mudanças
de comportamento em nações específicas. As sanções incluem penalidades a bancos, membros do
governo russo e à elite econômica, como o congelamento de ativos, restrições de viagens e a
exclusão de grandes bancos russos do sistema financeiro e do sistema de comunicação utilizado
para transações internacionais.

Outras medidas incluem restrições de importação de petróleo, gás e carvão da Rússia, proibição da
exportação de vários produtos para o mercado russo, incluindo artigos de luxo, taxação sobre
importação de produtos russos e restrições a aeronaves russas no espaço aéreo de vários países. A
Rússia retirou parte de suas tropas da região de Kiev e mudou o foco da guerra para o leste da
Ucrânia, especificamente para a região conhecida como Donbass, que pode indicar um possível
prolongamento do conflito.

Em 2022, foram realizadas quatro rodadas de negociações entre os países envolvidos, mas até o
momento nenhum acordo foi alcançado. Mikelli Marzzini, professor de relações internacionais da
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UFPE e coordenador do projeto "Observatório de Crises Internacionais", afirma que o conflito está
em um momento de grande instabilidade, mas a tendência é que as tensões diminuam.

Durante 2022, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky manteve sua meta de ingressar na União
Europeia e na OTAN, objetivos que o presidente russo apontou como um dos gatilhos para o início
da guerra, uma vez que representam grandes ameaças à Rússia. Em 21 de dezembro de 2022,
Zelensky viajou para os Estados Unidos para conversar com o presidente Joe Biden. Como resultado
do conflito, as potências globais se reorganizaram na geopolítica mundial, levando a uma
aproximação da Rússia com a China. Em setembro de 2022, Vladimir Putin se encontrou com o
presidente chinês Xi Jinping e agradeceu pela posição equilibrada adotada em relação à guerra na
Ucrânia, uma vez que o governo chinês não condenou nem se posicionou contra as sanções
ocidentais impostas ao país vizinho.

3) TELESCÓPIO JAMES WEBB

A busca por vida fora da Terra é um dos principais objetivos da astronomia moderna e da
ciência planetária. Embora a Terra seja o único lugar onde sabemos que a vida existe, a
detecção de vida em outros planetas ou luas do sistema solar é possível em locais com água
líquida. No entanto, detectar vida em tais lugares é uma tarefa difícil, pois é necessário enviar
uma sonda para coletar amostras físicas. Nesse sentido, telescópios como o James Webb,
que podem aferir a composição química da atmosfera de exoplanetas, oferecem uma forma
mais aprofundada de pesquisa.

O James Webb iniciou suas atividades científicas em julho de 2022, com a leitura do espectro
do exoplaneta gigante gasoso WASP-96b. Embora esse planeta não tenha condições
propícias para a existência de vida, a detecção de água e nuvens demonstra a capacidade
do telescópio para a detecção de assinaturas químicas fracas na luz dos exoplanetas. O
Webb pode captar bioassinaturas, estudando os planetas no momento em que eles passam
em frente às suas estrelas e capturando a luz estelar filtrada pela atmosfera do planeta.

Embora o Webb possa detectar algumas combinações de gases que sugerem a presença de
vida, ele não identifica a presença de oxigênio livre, que é o seu indicador mais potente. No
entanto, a busca por vida fora da Terra continua sendo um objetivo crucial para os próximos
telescópios espaciais. Planos para bloquear a luz brilhante das estrelas, a fim de revelar a luz
estelar que cada planeta reflete, estão sendo desenvolvidos para melhorar a detecção de
assinaturas químicas que sugerem a existência de vida.

Embora o James Webb tenha a capacidade de analisar apenas alguns dos mundos com
potencial habitável que estão mais próximos, ele é capaz de detectar alterações nos níveis
atmosféricos de dióxido de carbono, metano e vapor d'água. Isso significa que o Webb pode
ser capaz de encontrar planetas que têm condições semelhantes às da Terra. O telescópio
também capturou imagens impressionantes, como o Quinteto de Stephan, um grupo
compacto de galáxias localizado na constelação de Pégaso, o que demonstra sua
capacidade para observações astronômicas em geral.
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NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS; PROBLEMAS DE CONTAGEM

1) TIPOS DE NÚMEROS

Preliminarmente, iniciaremos o referido estudo com os conceitos referentes a tipologia dos números:

Números Naturais: São números utilizados por meio do processo de contagem simples. Exemplo:
número de pessoas em uma sala.

N={0,1,2,3...n...∞}

Números Inteiros: Surgem com os simétricos, em relação ao zero, dos números naturais

Z={...,-3,-2,-1,0,1,2,3...}

Números Racionais: Conjunto dos elementos que podem ser representados por frações
𝑝 7
Q={ |𝑝, 𝑞 ∈ 𝑍 𝑒 𝑞 ≠ 0} Exemplo: 3,5;
𝑞 2

Números Irracionais: Conjunto dos números que não podem ser representados por frações.
Exemplo: √2

Números Reais: Engloba números racionais e irracionais

Números Reais

Racionais 0,45;1,5

Irracionais
Inteiros -3;3 π;√2

Naturais 2;4
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SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS

1) TIPOS DE MEDIDAS

Inicialmente conceituamos os diferentes tipos de medidas:

Medidas Linear: A seguir está a tabela de conversão para distância, na tabela temos quilômetro
(km), hectômetro (hm), decâmetro (dam), metro (m), decímetro (dm), centímetro (cm) e milímetro
(mm). As unidades da esquerda são sempre maiores que as da direita, as unidades consecutivas
são 10x maior ou menor. Por exemplo na primeira linha da tabela temos 1 m = 10 dm = 100cm =
1000 mm. Já por outro lado temos que 1 m = 0,1 dam = 0,01 hm = 0,001 km.

km hm dam m dm cm mm

0 0 0 1 0 0 0

0 0 1 0 0 0 0

Quando temos a conversão da unidade de em área e volume utilizamos esta mesma tabela, porém
adaptamos a mesma. Quando se trata de área, deixamos duas casas decimas em cada coluna para
a área e três casas decimais em cada coluna para volume. Portanto, para passar para um vizinho
em vez de multiplicar ou dividir por “10”, multiplicamos ou dividimos por “100” para área e por
“1000” para volume.

Para área:

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²

00 00 10 00 00 00 00

00 00 00 01 00 00 00

00, 00 10 00 00 00 00

Para volume:

km³ hm³ dam³ m³ dm³(ou Litro) cm³ mm³

000 000 000 001 000 000 000

000 000 000 000 010 000 000

000 000, 000 001 000 000 000


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Tome nota: 1m³ = 1000L; 1dm³ = 1L; 1cm³ = 1ml. Essas conversões de volume são
frequentemente usadas.

Medidas Temporal: 1hora=60minutos=3600s

Medidas velocidade: 1m/s=3,6km/h


𝑡𝑐 𝑡𝑓−32 𝑡𝑘−273
Medidas de Temperatura: 5
= 9
= 5

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professores, verificamos que nas últimas provas da banca VUNESP e do TJ SP mais de 95 % das
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