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Nele foi inserido títulos em cada artigo, para facilitar a sua compreensão, e
marcações das partes mais importantes.
Além disso, nos dispositivos mais importantes para a sua prova, constam alguns
esquemas e comentários com foco no concurso do MP PB para facilitar a compreensão do
aluno.
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O tema Princípios Fundamentais é de suma importância para sua prova, estando elencado no título
I da CF/88, por isso, leia atentamente as disposições a seguir.
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
II – a cidadania;
V – o pluralismo político.
Art. 1º, parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.
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IIII - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - Independência nacional;
IV - Não-intervenção;
VI - Defesa da paz;
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Independência Nacional
Não - intervenção
Art. 4º, parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.
Esse tema corresponde ao título II da Constituição Federal, que aborda os direitos e garantias
fundamentais e é de altíssima incidência no seu concurso. Portanto, muita atenção!
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Capítulo I: Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Em direito constitucional, sem dúvidas, esse é o assunto mais importante, uma vez que se verificou
a alta taxa de cobrança da sua banca em relação a este tema.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Exemplos:
Limite de idade em concurso público: É autorizado, porém não pode apenas o edital prever essa
limitação, é necessário a previsão em lei
Súmula vinculante 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.
Legalidade
II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Comentário: O princípio da legalidade requer especial atenção quanto a sua aplicação na esfera da
administração pública e na esfera dos particulares. Enquanto os particulares podem fazer tudo aquilo que a lei
não proíbe, a administração pública fica adstrita àquilo que a lei permite, ou seja, sua margem de atuação é
mais restrita, estando definida na lei.
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Vedação à tortura
Liberdade de pensamento
Direito de resposta
VII - É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
Escusa de Consciência
VIII - Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;
Comentário: A liberdade de imprensa constitui o direito a crítica jornalística, porém não exclui a possibilidade
de o jornalista ser responsabilizado, direito de resposta e indenização. A censura estatal é vedada, pois é
incompatível com a liberdade de expressão.
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Direito à intimidade
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;
Atenção: A administração penitenciária pode violar o sigilo da correspondência dos presos por questões
de segurança
Acesso à informação
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Liberdade de reunião
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Jurisprudência
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O STF, através do Recurso Extraordinário n° 806339/SE, cujo Relator foi o Ministro Marco Aurélio, entendeu
que não há nenhuma forma pré-estabelecida para o prévio aviso, de modo que basta que o conhecimento
sobre a reunião chegue ao conhecimento do Poder público.
Nesse sentido: “A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com
a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica
ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário. RE 806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio,
redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).
Liberdade de associação
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
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O assunto inquérito policial é muito importante para a sua prova do MP PB. Por isso, você deve
dominá-lo. É essencial que você, candidato, conheça todos os pontos desse tema previsto no Código
Processo Penal. Afinal, trata-se de poucos dispositivos legais (artigos 4º ao 23).
Art. 4º - A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
Comentário:
O inquérito policial serve, essencialmente, para averiguar as condutas que aparentam ser delitos
penais, ou seja, trata-se do momento de colheita de provas preparatórias para o exercício da
pretensão acusatória posteriormente exercida pelo Estado ou particular no processo penal.
I - de ofício;
Comentário:
Importante
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Para a instauração do inquérito policial é necessário que haja uma probabilidade de que o acusado
seja autor/coautor/partícipe de um fato aparentemente punível.
§ 3º - Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta,
verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
§ 4º - O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem
ela ser iniciado.
§ 5º - Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título
Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham
ouvido a leitura;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos
autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
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X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.
Art. 7º - Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie
a moralidade ou a ordem pública.
Prisão em Flagrante
Art. 8º - Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste
Livro.
Art. 9º - Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
Art. 10 - O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança
ou sem ela.
Preso Solto
Regra do CPP
10 dias 30 dias
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§ 1º - A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
Comentário:
Após o recebimento do relatório pela autoridade policial, o Ministério Público poderá apresentar
denúncia, requisitar o arquivamento, solicitar ou realizar diligências complementares.
§ 2º - No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
§ 3º - Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer
ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado
pelo juiz.
Instrumentos do crime
Art. 11 - Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão
os autos do inquérito.
Art. 12 - O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma
ou outra.
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1) Nota introdutória
O Direito Administrativo é dividido em dois grupos: o Direito Público, o qual tem a finalidade de
regular os interesses da coletividade e o Direito Privado que tem por objetivo regulamentar os
interesses entre os particulares.
Nesse viés é possível afirmar que o administrador público somente poderá realizar o que está
descrito na lei, enquanto que o administrador privado pode realizar tudo o que a lei não proíba.
A Administração Pública é composta de entes políticos e entes administrativos, que, por sua vez, são
compostos por órgãos públicos.
As prerrogativas da administração são típicas do direito público, fato que não existe no direito
privado, no qual predomina a igualdade entre as partes.
De acordo com Marçal Justen Filho, “o regime jurídico de direito público consiste no conjunto de
normas jurídicas que disciplinam o desempenho de atividades e de organizações de interesse
coletivo, vinculadas direta ou indiretamente à realização dos direitos fundamentais, caracterizado
pela ausência de disponibilidade e pela vinculação à satisfação de determinados fins.”
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, são dois os supraprincípios: a) supremacia do interesse
público sobre o privado; b) indisponibilidade do interesse público.
Isso significa que os interesses da coletividade são mais importantes do que os interesses individuais,
razão pela qual a Administração Pública, como defensora dos interesses públicos, recebe da lei
poderes especiais não extensivos aos particulares.
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Além do mais é possível afirmar que tal princípio trata da possibilidade de constituir obrigações para
terceiros mediante atos unilaterais, sendo tais atos imperativos como quaisquer atos do Estado.
Em resumo, é possível dizer que os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido
e, por essa razão, não se admite que renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que
transacionem em juízo.
Mazza nos traz dois exemplos de mitigação desse princípio: 1) possibilidade de a Fazenda transigir
nos JEFs; 2) utilização dos mecanismos privados para resolução de disputas nos contratos de
concessão e nas PPPs.
DOS PRINCÍPIOS
1) Princípios Implícitos
Trata-se da estabilidade das relações jurídicas, evitando mudanças abruptas, sobressaltos e surpresas
decorrentes de ações governamentais.
Ex.: proibição de aplicação retroativa de novas interpretações da lei e das normas administrativas.
Conforme explica Humberto Ávila, o princípio da proteção da confiança legítima integra uma
aplicação subjetivada da segurança jurídica, que é, “representante da eficácia reflexiva do princípio
da segurança jurídica, e igualmente serve de proteção do cidadão em face do Estado”.
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Faz-se necessário, portanto, a manutenção dos atos administrativos, ainda que estes sejam
qualificados como antijurídicos, quando verificada a expectativa legítima.
De acordo com Teoria do fato consumado as relações jurídicas consolidas pelo decorrer do tempo,
“amparadas por decisão judicial, não devem ser desconstituídas, em razão do princípio da segurança
jurídica e da estabilidade das relações sociais” (STJ REsp 709.934/RJ).
Os atos das partes podem influenciar a aplicação da teoria, tais como: ausência de dolo e sem
contestação de ninguém, vigorando por anos com aparência de legalidade;
Quando o assunto for concurso público e tutela provisória para nomeação, é necessário defender
que não poderá haver o instituto da posse precária (quando alguém assume cargo mediante tutela
provisória), porque depende de prévia aprovação.
Conforme o STJ a teoria do fato consumado estabelece que “as situações jurídicas consolidadas pelo
decurso do tempo, amparadas por decisão judicial, não devem ser desconstituídas, em razão do
princípio da segurança jurídica e da estabilidade das relações sociais” (STJ, REsp n.º 709.934/RJ, Rel.
Min. HUMBERTO MARTINS, J. 21/06/2007).
O princípio da continuidade dos serviços públicos significa que o fornecimento de serviço prestado
ao cidadão não pode ser interrompido, pois são serviços relevantes.
Tome nota!
Entretanto, existem algumas exceções à esse princípio, como: (I) situações emergenciais; (II) caso
fortuito e força maior; (III) interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem
técnica; (IV) inadimplência do usuário.
Outra exceção ao princípio é a interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem
técnica, em função de manutenções para segurança ou mesmo melhor funcionamento do sistema.
Cumpre frisar que o aviso prévio também é necessário quando há inadimplência do usuário, o que
se dá para priorizar a coletividade, que não pode ser prejudicada.
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A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça já estabeleceu que nem sempre os serviços
prestados ao usuário inadimplente poderão ser interrompidos. É dizer: o corte no fornecimento de
energia elétrica em razão de débito irrisório é ilegítimo. Do mesmo modo, o corte pressupõe o
inadimplemento da conta relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento
por débitos antigos.
É o direito que a Administração tem de anular e revogar seus atos, poderá anular os atos ilegais e
revogar os inoportunos ou inconvenientes.
A revogação ocorre quando o ato não é mais de interesse da Administração, pois passou a ser
inoportuno ou inconveniente (ou seja, não tem a ver com a legalidade).
A oficialidade é um princípio que torna o impulso oficial muito mais amplo no processo
administrativo do que no judicial. Trata-se do poder-dever de instaurar, fazer andar e rever de ofício
a decisão. É assegurado ao administrador o impulsionamento do processo para que sejam
esclarecidas e resolvidas as questões pendentes. Tal princípio está previsto no inciso XII, do art. 2º,
da Lei n. 9.784/99.
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2) Princípios expressos
Legalidade
Impessoalidade
Publicidade
Mnemônico: L-I-M-P-E
Eficiência
O princípio da legalidade dispõe que a administração tem o poder-dever de fazer somente o que
estiver previsto em lei. Diferentemente do que ocorre na órbita privada, onde o indivíduo pode fazer
tudo o que a lei não vede.
A lei baliza toda a atuação da administração pública. Ninguém pode fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.
É dizer: o particular pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia
da vontade)
b) à Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão
legal (princípio da legalidade estrita)
Este princípio determina que o Estado deverá agir de maneira imparcial, ou seja, é o dever de realizar
o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que realizou o ato.
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I) Princípio da finalidade (= interesse público): o ato administrativo deve seguir o fim público e a
finalidade discriminada em lei.
IV) Impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade
V) Validado dos atos dos agentes de fato: entende-se como agente de fato aquele cuja investidura
no cargo ou seu exercício esteja maculada por algum vício, como, por ex., agente que não possui
formação universitária exigida em cargo público, etc.
Exemplo: Organizações Sociais que, apesar de não precisarem fazer concurso público para
contratar pessoal, devem adotar um processo de seleção imparcial e moral.
O princípio da publicidade diz respeito a divulgação dos atos praticados pela Administração Pública,
pois o poder público tem o dever de agir com transparência para que a população tenha ciência de
todos os atos praticados.
Além disso, dá início à produção de efeitos do contrato administrativo, salvo previsão de alguma
condição suspensiva, permitindo a todos os administrados o conhecimento do negócio celebrado.
A publicação resumida do contrato é condição indispensável para a eficácia e deve ser feita em até
5 dias úteis.
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“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
Além do mais, existe a possibilidade de mitigação desse princípio diante de situações excepcionais
e justificadas: quando o sigilo for imprescindível à segurança do estado e da sociedade ou para
intimidade dos envolvidos (art. 5º, X, da CF).
Segundo fundamenta Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência é caraterizado como, “o que se
impõe a todo o agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento
profissional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser
desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e
satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”, e além disso diz que
“o dever da eficiência corresponde ao dever da boa administração”
Tome nota
Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir a
coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as metas
estabelecidas.
Segundo Alexandre de Moraes, o princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta
e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas
competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre
em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor
utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior
rentabilidade social.
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PARTE GERAL
O CPC/2015 foi dividido em duas partes: Geral e Especial, sendo que iniciaremos agora o estudo dos
temas da parte geral.
Inicialmente, necessário salientar que este material foi produzido com a finalidade de facilitar seu
caminho até a aprovação. Assim, faltando pouco tempo até a prova e sendo, portanto, impossível o
esgotamento da matéria, trabalharemos aqueles pontos que, de acordo com análise criteriosa da
banca e do seu concurso, possuem grande chance de cobrança. Vamos lá?!
O primeiro livro do Código de Processo Civil de 2015 trata sobre as normas processuais civis, sendo
composto dos arts. 1º ao 15.
O Livro I do CPC/15 é composto por apenas um título, o qual é composto por dois capítulos:
Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas
fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as
disposições deste Código.
Comentário:
Algumas das normas tidas como fundamentais no CPC já eram previstas na Constituição Federal.
Dentre as normas constitucionais diretivas do processo, destacam-se:
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Inafastabilidade da Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
Jurisdição ou ameaça a direito;
Juiz natural Art. 5º, XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;
Devido Processo Legal Art. 5º, LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal;
Contraditório e ampla Art. 5º, LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
defesa acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com
os meios e recursos a ela inerentes;
Publicidade Art. 5º, LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
Razoável duração do Art. 5º, LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
processo assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação;
Motivação das decisões Art. 93, X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e
em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria
absoluta de seus membros;
o modelo constitucional do direito processual civil brasileiro compreende, para fins didáticos,
quatro grupos bem destacados:
b) A “organização judiciária”,
Segundo Fredie Didier, o Devido Processo Legal pode ser dividido em:
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Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as
exceções previstas em lei.
Comentário:
A primeira parte do texto concretiza o princípio da demanda, de maneira que, como regra, a atuação
jurisdicional depende do exercício do direito de ação.
Ao juiz não cabe, em regra, instaurar o processo de ofício, ou seja, sem requerimento da parte,
havendo necessidade de provocação da jurisdição para a formação da relação jurídico-processual.
Do ponto de vista instrumental, essa provocação é feita pela petição inicial.
Excepcionando tal regra, é possível que certos procedimentos se iniciem de ofício, desde que haja
previsão expressa em lei. No CPC é possível citar como exceção:
Comentário:
Também previsto no art. 5º, XXXV, da CF, preconiza este princípio que o Estado, a quem a
Constituição outorgou o poder de solucionar os litígios em caráter definitivo, não pode delegar ou
se recusar a exercer essa função.
O jurisdicionado tem direito à tutela jurisdicional adequada, efetiva e tempestiva. Este direito se
exerce por intermédio da propositura de ação.
Poder Legislativo: o legislador não deve editar leis que impeçam ou dificultem o amplo
acesso aos órgãos do Poder Judiciário;
Poder Executivo: seus representantes não devem adotar políticas que impeçam ou mesmo
dificultem o amplo acesso aos órgãos do Poder Judiciário;
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Poder Judiciário: o juiz deve dar a correspondente e efetiva resposta ao objeto litigioso do
processo.
Salienta-se que a inafastabilidade se dá apenas nos casos de ameaça ou lesão a direito. Inexistindo
estas situações, configura-se ausência de interesse processual. Ademais, a redação do artigo 3º do
CPC fala em apreciação jurisdicional, trazendo conteúdo mais amplo que o da Constituição Federal,
que se restringe a “apreciação do Poder Judiciário”.
Art. 3º “(...)
Dessa forma, o CPC reconhece que a forma adequada para a solução do conflito pode não ser a
jurisdicional, implicando o chamado sistema multiportas ou multi-door courthouse.
Tome nota!
Quanto ao tema, necessário tratar acerca da chamada Teoria dos Custos dos Direitos, a qual foi
pensada pelos autores Stephen Holmes e Cass Sustein na obra The cost of rigths (“O custo dos
direitos”), e que propõe uma análise econômica do Direito. Segundo os autores, o direito nasce a
partir de sua previsão orçamentária: antes disso, não há direito a ser vindicado, pois o Estado não
pode proteger direitos sem recursos.
Não obstante a presença de tal teoria (que tem sido objeto de cobrança em concursos) o STF já se
posicionou no sentido de que a teoria dos custos dos direitos não poderia ser aplicada para legitimar
o injusto inadimplemento de deveres estatais de prestação constitucionalmente impostos ao Poder
Público. Nesse sentido:
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a
atividade satisfativa.
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Comentário:
respeitadas as circunstâncias de cada caso, devem ser observados três critérios para que se
determine se a duração do processo é, ou não, razoável: a) a complexidade do assunto; b) o
comportamento dos litigantes e de seus procuradores ou da acusação e da defesa no
processo; c) a atuação do órgão jurisdicional.
Quanto à primazia das decisões de mérito, deve-se levar sempre em mente que a solução de mérito
tem prioridade sobre a solução que não é de mérito, ou seja, sempre que for possível ao juiz suprir
um vício processual, ele o fará, priorizando o julgamento de mérito da demanda.
A fim de que seja possível atuar assim é mandamental que as partes cooperem entre si, tendo o
dever de atuar com ética e lealdade, sempre agindo de modo a evitar a ocorrência de vícios que
extingam o processo sem resolução do mérito, bem como cumprindo os deveres mútuos de
esclarecimento e transparência.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: (...)
Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320
ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando
com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à
parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.
Art. 932, Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o
prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a
documentação exigível.
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a
admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932,
parágrafo único.
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Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a
boa-fé.
Comentário:
De acordo com Rinaldo Mouzalas, a boa-fé objetiva possui uma tríplice função:
Função integrativa: são criados deveres anexos à relação jurídica processual, que devem ser
respeitados pelas partes e pelo juiz. E dessa função que se extrai a cooperação.
Função limitadora: visa inibir o exercício abusivo de posições processuais pelas partes e pelo
juiz.
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Comentário:
Decorre da boa-fé objetiva, orientando uma participação ética dentro do processo e implicando a
colaboração na identificação das questões de fato e de direito e de abster-se de provocar incidentes
desnecessários e procrastinatórios.
A cooperação implica deveres processuais que devem ser respeitados por todos aqueles que atuam
no processo:
Deveres
Art. 321 do CPC. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os
requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades
Prevenção:
capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no
prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o
que deve ser corrigido ou completado.
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Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo: III – determinar que
sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral
Auxílio:
relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que
tenham em seu poder, assinando-lhes prazo razoável
Comentário:
Fredie Didier Jr. leciona que a igualdade processual deve observar quatro aspectos:
a) imparcialidade do juiz (equidistância em relação às partes);
c) redução das desigualdades que dificultem o acesso à justiça, como a financeira (ex.:
concessão do benefício da gratuidade da justiça, arts. 98 a 102 do CPC), a geográfica (ex.:
possibilidade de sustentação oral por videoconferência, art. 937, § 4º, do CPC), a de
comunicação (ex.: garantir a comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais, nos casos
de partes e testemunhas com deficiência auditiva, art. 162, lll, do CPC) etc.;
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem
comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
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Comentário:
Em terceiro lugar, a dignidade da pessoa humana veda a transformação das partes em objeto
da atividade jurisdicional. É por essa razão que dignidade da pessoa humana tem estreita
ligação com o direito de participação das partes na construção dos provimentos jurisdicionais
– isto é, na previsão do direito ao contraditório como direito de influência (arts. 9 e 10, CPC)
e o dever de fundamentação como dever de debate (arts. 11 e 489, §§ 1º e 2º, CPC).
Como norma material (ou norma de decisão), o princípio da legalidade impõe que o juiz
decida os casos em conformidade com o Direito, com o ordenamento jurídico, e não apenas
com base na lei, que é apenas uma de suas fontes.
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
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DA PARTE GERAL
O Código Penal é dividido em duas partes: a parte geral e a parte especial. A parte geral aborda os
temas que norteia o juiz na verificação de determinada ocorrência de cunho penal, como por
exemplo os requisitos para a fixação da pena após a condenação por um crime.
Já na parte especial do código estão localizados crimes em espécie, ou seja, o tipo penal de
determinado crime e sua respectiva pena, como por exemplo o crime de furto. L
Trata-se do título II do Código Penal, que está previsto no arts. 13 ao 25. Este tema é extremamente
importante para o MP PB.
Comentário:
O código penal adota a teoria tripartida do crime, no qual os elementos do crime é fato típico,
antijurídico e culpável. Desta forma, a culpabilidade integra o crime em si. Caso não houver
culpabilidade, não haverá crime.
Fato típico
Crime Antijurídico
Culpável
Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu
causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Comentário:
Importante
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A relação de causalidade é o vínculo entre a conduta praticada pelo agente e o resultado obtido.
Desta relação, o código penal adotou a teoria da equivalência dos antecedentes, na qual será
penalmente relevante toda contribuição para o resultado obtido.
Comentário:
Ex.:
a) O indivíduo A, com intenção de matar, efetua disparos de arma no tronco de B. Em razão da sua
má pontaria, atinge o pulmão direito de B, que é conduzido até o hospital mais próximo e, por
imperícia do médico de plantão B vem a falecer.
Neste caso, B provavelmente morreria pelo tiro efetuado por A. Sob este aspecto, A responderá pelo
resultado, como no caso, homicídio consumado.
b) O indivíduo A, com intenção de matar, efetua disparos de arma de fogo contra B. B é devidamente
socorrido e enquanto se recupera no hospital a ala que estava pega fogo e B vem a falecer em
decorrência do fogo.
Já neste outro caso, B morreu por uma circunstância imprevisível. Desta forma, A responderá
somente pelos atos praticados e não pelo resultado, como no caso, a tentativa de homicídio.
Relevância da omissão
Art. 13, § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
Comentário:
Importante
A omissão não é típica, por não estar pelo tipo penal, somente se torna penalmente relevante
quando estiver presente o dever de agir. Ademais, além da necessidade do dever agir, é necessário
verificar, no caso concreto, o poder de agir sendo a possibilidade real e efetiva de evitar o resultado.
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Crime consumado
Comentário:
Momento da jurisprudência
Súmula 610, STF: há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o
agente a subtração de bens da vítima.
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
Parágrafo único - salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente
ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Comentários:
Pena da Tentativa
Art. 14, Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
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Comentário:
Qual o critério utilizado pelo magistrado para diminuir a pena no caso de tentativa?
É a proximidade da consumação, ou seja, quanto mais próximo esteja o agente menor o redutor a
ser aplicado.
Importante
Importante
I) Teoria objetiva ou realística: a tentativa deve ser punida de forma mais branda, porque o bem
jurídico não foi lesado, portanto o sujeito será punido proporcionalmente aos atos praticados.
Adotada pelo CP.
II) Teoria subjetiva ou voluntarística: a tentativa deve ser apenada do mesmo modo que o crime
consumado, pois o dolo é o mesmo. Não diferencia o crime tentado do consumado, já que leva em
conta a intenção do agente. Adotada como exceção nos crimes de atentado ou empreendimento.
III) Teoria sintomática: concentra-se na análise da periculosidade, autorizando a punição pelos atos
preparatórios. Não se aplica no direito penal brasileiro (direito penal do autor).
Espécies de tentativa:
Tentativa cruenta (vermelha) O objeto material (pessoa ou coisa que recai a conduta) é atingido.
Tentativa perfeita (crime Ocorre o esgotamento dos atos executórios. Arrependimento eficaz
falho)
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voluntariamente não quer a consumação não ocorre, mas por supor que
Importante
Contravenção penal Não se admite a tentativa por expressa previsão legal (art. 4º, LCP). Não é que
faticamente não exista, mas que juridicamente não interessa.
Crime Habitual O crime habitual não admite a tentativa porque, ou existe a reiteração de atos e o
delito está consumado, ou há um só ato e o fato é atípico.
Crimes omissivos A tentativa é incompatível com o crime omissivo próprio porque basta a omissão
próprios para a configuração do crime, não havendo espaço para a tentativa. O tipo penal
não exige resultado naturalístico.
Ex.: Crime de omissão de socorro – art. 135 (o agente presta o socorro e não comete
o crime ou não presta assistência e o crime é consumado).
Crime Nos crimes unissubsistentes, a execução não admite fracionamento do iter criminis.
unissubsistente
Exemplos: i) delito omissivo puro; e ii) delito de mera conduta (cuidado, pois a
violação de domicílio, na modalidade entrar, é um crime de mera conduta que
admite a tentativa, por sua execução poder ser fracionada.
Crime preterdoloso Não há dolo de consumação em relação ao subsequente culposo, mas o dolo
existente no antecedente (que é doloso).
Ex.: lesão corporal seguida de morte. O dolo de consumação era para a lesão
corporal, pois a morte não foi visualizada como certa.
Crime culposo O crime se consuma porque o agente não observou o dever objetivo de cuidado e
não porque havia dolo de consumação.
Exceção: culpa imprópria (o agente quer um resultado certo, ainda que sob
descriminante putativa).
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Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Comentário:
Aprenda de uma vez todas as diferenças: vem comigo e não erre mais esse assunto nas provas!
Desiste antes de encerrar os atos executórios Desiste depois de encerrar os atos executórios
O agente desiste de continuar a execução do ato que Pratica nova conduta para impedir o resultado
levaria ao resultado delitivo
Crime unissubsistente (composto por um único ato) – O agente executa toda a ação criminosa, encerra
não comporta desistência voluntária os atos executórios, porém consegue evitar o
resultado
“Eu posso prosseguir, mas não quero” Instituto somente é cabível para crimes materiais
Importante
Tanto para a desistência voluntária quanto para o arrependimento eficaz é necessário que haja a
voluntariedade do agente e a eficácia capaz de evitar o resultado.
Consequência dos dois institutos: só responde pelos atos já praticados. Ex.: não responde por
tentativa de homicídio, mas lesão corporal.
Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços.
Comentário:
O agente retoma a situação de licitude e desiste de Aqui o agente não retoma a situação de licitude,
dar continuidade ao que se propôs, por não sendo beneficiado pela excludente de
circunstâncias inerentes à sua vontade (diferente da tipicidade, mas terá sua pena reduzida.
tentativa)
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Desistência voluntária: o agente desiste, mas ainda Requisitos:
tem meios executórios disponíveis.
1) Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa;
Arrependimento eficaz: o agente desiste após
A violência contra a coisa ou a violência culposa
esgotar todos os meios executórios disponíveis.
não excluem o benefício.
Momento da jurisprudência
Súmula 554, STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento
da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
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O Título I se refere às Pessoas Naturais, um dos principais temas em Direito Civil para concursos
públicos. Dessa forma, o candidato deverá ter bastante atenção neste assunto.
Capacidade de Capacidade para ser sujeito de direitos e deveres na ordem civil. Todas pessoas
direito (jurídica ou de possuem.
gozo)
Capacidade de fato Capacidade para exercer direito. Algumas pessoas não possuem.
(exercício)
De acordo com o Código Civil, a capacidade de fato ocorre quando a pessoa faz
18 anos.
Personalidade São os direitos subjetivos existenciais, que tutelam atributos que são inerentes à
pessoa humana.
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro.
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Jornada de Direito Civil 1: A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no
que concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura.
Jornada de Direito Civil 2: Sem prejuízo dos direitos da personalidade nele assegurados, o art. 2º
do Código Civil não é sede adequada para questões emergentes da reprogenética humana, que deve
ser objeto de um estatuto próprio.
Comentário:
Por sua vez, a personalidade é um vocábulo que no Direito Civil tem duplo sentido técnico.
No capítulo II, encontram-se os Direitos da Personalidade (Art.11 a 21, CC), que são os direitos
subjetivos existenciais, que tutelam atributos que são inerentes à pessoa humana. Só serão
titularizados por pessoas naturais. Pessoa Jurídica não é titular de direitos de personalidade.
Fique atento
O art. 52 do Código Civil diz que se pode aplicar às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção
conferida as pessoas naturais. Mas não significa que elas são titulares de direitos da personalidade.
Quando se inicia a proteção à personalidade? Nosso ordenamento possui algumas teorias sobre o
início da personalidade que não são recentes, pois foram construídas sob a vigência do Código
Civil de 1916. Essas teorias foram criadas para regulamentar a personalidade sob a ótica do Código
de 1916, e, portanto, é importante lembrar que a personalidade prevista era a personalidade jurídica
ou civil.
O Código passado não estabelecia qualquer previsão para a proteção aos direitos da personalidade,
que foram normatizados apenas no Código Civil de 2002.
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TEORIAS
Teoria da Uma subcorrente da teoria concepcionista, pois prevê que o início da personalidade
personalidade se dará desde a concepção, desde que houvesse o nascimento com vida. Ou seja, o
condicionada nascimento com vida seria uma condição, um evento futuro e incerto, que quando
Para aplicar essas teorias, analisa se a proteção está relacionada à personalidade civil ou aos direitos da
personalidade.
O Código Civil foi claro: o sujeito só poderá se tornar titular de direitos e deveres no momento em que
Comentário:
Nascituro é aquele sujeito que já foi concebido, mas ainda não nasceu.
O nascituro não detém personalidade jurídica. Somente com o nascimento com vida ele poderá
ser titular de direitos de caráter patrimonial. Até pode ser feito uma doação ou um testamento para
o nascituro, mas enquanto não nascer com vida existe uma mera expectativa de direito que se
converterá em direito subjetivo a partir do momento em que nascer com vida.
Já a teoria concepcionista, segundo o STJ e a doutrina majoritária, será aplicável para os direitos da
personalidade.
Resumindo:
O nascituro tem proteção aos seus direitos de personalidade? Sim. Ex.: direitos à honra,
imagem, ao corpo, à integridade física e psíquica.
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Teoria natalista: personalidade jurídica
Não tem personalidade jurídica (aplicação da teoria natalista – ainda não nasceu com vida);
Poderá ser contemplado em indenizações por dano moral (STJ), pois possui proteção aos direitos
da personalidade;
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de
16 (dezesseis) anos. Lei nº 13.146/15
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: Lei nº 13.146/15
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; Lei nº
13.146/15
IV - os pródigos.
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os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Lei nº 13.146/15
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
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TIPOLOGIA TEXTUAL
1) TIPOS TEXTUAIS
Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais,
em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta.
1.1) Narrativo
O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos:
personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos).
É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo
sempre uma progressão temporal.
1.2) Descritivo
A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente,
um processo, ou uma cena, de forma simultânea.
O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese.
Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao
objeto apresentado, e não ao sujeito em questão.
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1.4) Argumentativo (dissertativo)
Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos
(desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos.
1.5) Injuntivo
O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir.
ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO
2) GÊNEROS TEXTUAIS
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Os gêneros textuais são as classificações utilizadas para definir os textos de acordo com as
características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.
Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e
receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos:
2.1) Crônica
2.2) Conto
Texto que retrata de temas da atualidade e é veiculado geralmente nos meios de comunicação
(televisão, rádio, jornais ou revistas).
2.4) Editorial
2.5) Notícia
2.6) Reportagem
Retrata fenômenos sociais ou políticos e acontecimentos gerados no espaço público e que são de
interesse de todos.
As opiniões, quando apresentadas, geralmente não são do autor, mas sim dos entrevistados.
ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO
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Conto,
Manual de
crônica e Cardápio Texto didático Carta aberta
instrução
romance
Artigo de
Biografia /
Reportagem Reportagem opinião/ Receita
Autobiografia
científico
Futuro(a) servidor público do MP PB: saiba que, em análise estatística de nossa equipe de
professores, verificamos que nas últimas provas do MP PB mais de 95 % das questões são baseadas
na letra da Lei. Por isso, um material ponto a ponto do edital, que aborda a legislação em si, irá
facilitar e muitoooo o seu estudo.
Faça sua parte nos estudos e estude de forma estratégica para esse certame, pois isso
aumentará muito as suas chances de ser aprovado.
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