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SUMÁRIO
OBJETIVO, NORMAS PROGRÁMATICAS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ........................................................... 2
CONTRATO SOCIAL DE ROSSEAU ................................................................................................................... 2
EFICÁCIA DAS NORMAS PROGRAMÁTICAS ................................................................................................... 2
TÍTULO I ......................................................................................................................................................... 3
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ................................................................................................................. 3

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OBJETIVO, NORMAS PROGRÁMATICAS E PRINCÍPIOS


FUNDAMENTAIS
CONTRATO SOCIAL DE ROSSEAU
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um importante intelectual do século XVIII para
se pensar na constituição de um Estado como organizador da sociedade civil assim como se
conhece hoje. Para Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corromperia. Da
mesma forma, o homem nasceria livre, mas por toda parte se encontraria acorrentado por
fatores como sua própria vaidade, fruto da corrupção do coração. Ele acreditava que seria
possível se pensar numa sociedade ideal, tendo assim sua ideologia refletida na concepção da
Revolução Francesa ao final do século XVIII.
A questão que se colocava era a seguinte: como preservar a liberdade natural do homem
e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade? Segundo
Rousseau, isso seria possível diante de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a
soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.
Rousseau percebeu que a busca pelo bem-estar seria o único móvel das ações humanas
e, da mesma, em determinados momentos o interesse comum poderia fazer o indivíduo
contar com a assistência de seus semelhantes. Por outro lado, em outros momentos, a
concorrência faria com que todos desconfiassem de todos. Dessa forma, nesse contrato social
seria preciso definir a questão da igualdade entre todos, do comprometimento entre todos. Se
por um lado a vontade individual diria respeito à vontade particular, a vontade do cidadão
(daquele que vive em sociedade e tem consciência disso) deveria ser coletiva, deveria haver
um interesse no bem comum.

EFICÁCIA DAS NORMAS PROGRAMÁTICAS


As normas programáticas são "(...) aquelas em que o constituinte não regula diretamente os
interesses ou direitos nela consagrados, limitando-se a traçar princípios a serem cumpridos
pelos Poderes Públicos (Legislativo, Executivo e Judiciário) como programas das respectivas
atividades, pretendendo unicamente à consecução dos fins sociais pelo Estado" (Maria Helena
Diniz, Dicionário Jurídico, Saraiva, São Paulo, 1998, vol. 3, p. 371).
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
O Princípio da Reserva do Possível ou Princípio da Reserva de Consistência é uma
construção jurídica germânica originária de uma ação judicial que objetivava permitir a
determinados estudantes cursar o ensino superior público embasada na garantia da livre
escolha do trabalho, ofício ou profissão. Nesse caso, ficou decidido pela Suprema Corte Alemã
que, somente se pode exigir do Estado a prestação em benefício do interessado, desde que
observados os limites de razoabilidade. Os direitos sociais que exigem uma prestação de fazer
estariam sujeitos à reserva do possível no sentido daquilo que o indivíduo, de maneira
racional, pode esperar da sociedade, ou seja, justificaria a limitação do Estado em razão de
suas condições socioeconômicas e estruturais.

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Por outro lado, de acordo com o artigo 7º, IV, da Constituição Federal, o mínimo
existencial seria o conjunto de bens e utilidades básicas imprescindíveis para uma vida com
dignidade, tais como a saúde, a moradia e a educação fundamental. Violar-se-ia, portanto, o
mínimo existencial quando da omissão na concretização de direitos fundamentais inerentes
à dignidade da pessoa humana, onde não há espaço de discricionariedade para o gestor
público. Torna-se importante, pois, que se amplie, ao máximo, o núcleo essencial do direito, de
modo a não reduzir o conceito de mínimo existencial à noção de mínimo vital. Ressaltando-
se que, se o mínimo existencial fosse apenas o mínimo necessário à sobrevivência, não seria
preciso constitucionalizar o direito social, bastando reconhecer o direito à vida.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 90, de 2015)

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide
Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.

MUDE SUA VIDA!


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