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net/publication/292001198
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Indicadores ecológicos do status da biodiversidade visando a gestão integrada dos remanescentes florestais de Mata Atlântica Central View project
Sensoriamento remoto e SIG como suporte ao desenvolvimento do subprojeto do PROBIO Conservação e Recuperação de Floresta Atlântica View project
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o
n famílias 26 + 2 27 + 2 26 + 2 27 + 3 0
o
n total de famílias 37 37 37 37 -0
( n = 3)
o
n espécies 73 + 3 69 + 3 65 + 3 55 + 2 MA > CQ*
o
n total de espécies 146 139 141 110 -
(n = 3)
diversidade H’ 3,79 + 0,09 3,73 + 0,10 3,65 + 0,09 3,49 + 0,12 0MA > CQ*
Os trechos de floresta em recuperação evidenciam si- Leguminosae, Myrtaceae e Sapotaceae, famílias que se,
nais de perturbação porém diferenciadas segundo o tipo no presente, expressam a singularidade da Floresta Atlân-
de capoeira: transcorridos mais de 50 anos após a quei- tica de Tabuleiros, remetem à história evolutiva da flores-
mada, o número de espécies por unidade de superfície e ta neotropical e especificamente ao maciço florestal que
as densidades das árvores, neste sítio, permanecem infe- se estende frente ao Oceano Atlântico. Elas dominam pela
riores aos da Mata Alta. De maneira sintética, o menor sua riqueza nas pequenas parcelas de estudo, na Reserva
índice de diversidade (H’) revela uma maior dominância em totalidade e, inclusive, em restos de floresta inseridos
das espécies mais abundantes, o que é próprio de siste- em terras de cultivo. Na Reserva de Linhares, existem 90
mas secundários em regeneração. Para o trecho de flores- espécies de Myrtaceae, 86 de Leguminosae e 33 de
ta onde houve extração seletiva, a área basal do conjunto Sapotaceae; em somente um hectare da REBIO Sooretama
das árvores adultas encontra-se ainda reduzida em 40% estão, respectivamente, presentes 42, 25 e 15 espécies
em relação aos valores correspondentes à Mata Alta. Esta (Agarez, 2001).
redução é da mesma ordem de grandeza que nos diferen-
Para os sítios de estudo, as riquezas destas três famí-
tes fragmentos florestais do Município de Sooretama nos
lias estão representadas na Figura 1; elas predominam
quais se constata apenas metade da área basal que na
inclusive em cada uma das parcelas permanentes da Mata
REBIO Sooretama, área de preservação integral (Agarez,
Alta. Um segundo conjunto reagrupa famílias com rique-
2001). Contudo, o parâmetro que mostra as maiores
za intermediária em espécies mas com populações ampla-
diferenças é o volume dos troncos: os trechos de floresta
mente repartidas e que identificam a pertença da Floresta
após os dois tipos de impacto estão desprovidos de ár-
de Tabuleiros às florestas neotropicais sul-americanas, em
vores emergentes e a luz incidente no piso florestal marca
particular, à Amazônica. Citemos, entre elas, as
as aberturas do dossel e favorece a proliferação de lianas.
Euphorbiaceae, Moraceae, Lecythidaceae, Flacourtiaceae,
Rutaceae, Anacardiaceae, Annonaceae, Apocynaceae,
As famílias e as espécies dominantes Burseraceae, Chrysobalanaceae e Lauraceae. Um terceiro
As famílias botânicas às quais pertencem as populações grupo consta de famílias relativamente pobres em espé-
de árvores são numerosas porém, de desigual importân- cies, nem por isso menos representativas do núcleo flo-
cia. Somente três dentre elas reagrupam mais de 30% das restal dos Tabuleiros, tais como Bignoniaceae,
espécies da Mata Alta e da Mata Ciliar. Trata-se de Combretaceae, Myristicaceae, Sterculiaceae, Tiliaceae ou
MOR A 7 AR E C
FL AC 6 LEGU
BU R S 5 EU PH
EU PH 5 MO R A
0 5 10 15 0 20 40 60
o
riquez a es pec ífic a ( n d e sp p . ) taxa de c obertura (200% )
Violaceae. Contrastando com estes três grupos, as famí- no passado é a drástica redução da riqueza em espécies
lias restantes, com apenas 1 a 3 espécies, totalizam quase da família Myrtaceae e, em menor intensidade, de Sapotaceae
40 espécies no 1,5 ha da área de estudo. Este último e Leguminosae sobretudo na capoeira após queimada.
conjunto de famílias, não menos importante do ponto de Esta perda de diversidade, consecutiva a impactos de
vista taxonômico, mostra a notável diversificação das plan- índole diversa, e a dificuldade de recuperação dos trechos
tas lenhosas nos ecossistemas florestais do trópico úmido. perturbados, após 50 anos, chama a atenção sobre a
Em síntese, a distribuição do número de espécies por pertinência de uma efetiva preservação integral de, pelo
família adquire a forma típica de um J invertido sinali- menos, parte dos remanescentes. A segunda diferença
zando a preponderância das famílias mais ricas em espé- marcante refere-se aos valores máximos de taxa de cober-
cies. A análise das taxas de cobertura, das densidades e tura que evidenciam não somente uma substituição das
das áreas basais corroboram esta afirmação. Em geral, as três famílias mais representativas da Floresta Atlântica de
famílias mais diversificadas possuem as maiores taxas de Tabuleiros mas, igualmente, uma maior dominância da-
cobertura e também as densidades e áreas basais superi- quelas que as substituíram. As Moraceae e Sapotaceae, na
ores (Fig. 25 e Fig. 26). Uma exceção merece ser des- Mata Ciliar, as Euphorbiaceae, na capoeira após extração,
tacada: Violaceae, representada por uma única espécie com as Annonaceae e Arecaceae, na capoeira após queimada,
alta densidade e significativa área basal, alcança uma das tomam os lugares de Myrtaceae e Sapotaceae ou
mais elevadas taxas de cobertura. As cinco famílias às Leguminosae segundo o sistema considerado (Fig. 25).
quais correspondem as maiores riquezas e as taxas de A análise comparativa das principais famílias é
cobertura mais elevadas recobrem da ordem de 70% dos aprofundada quando da consideração das respectivas
efetivos e de 70 a 80% da área basal do total de árvores densidades e áreas basais (Fig. 26). Os quatro sistemas
recenseadas em cada sítio. Com vistas a uma análise com- de estudo se diferenciam nitidamente pela organização
parativa entre os sistemas selecionados, parece assim vá- espacial da comunidade arbórea; em particular, a Mata
lido deter-se no estudo destas famílias. Ciliar constitui um sistema favorável à expansão das
A primeira grande diferença entre os trechos de flo- Sapotaceae e de formas de vida quase inexistentes na
resta preservada e os que sofreram impactos antrópicos Mata Alta, como palmeiras (Arecaceae) e figueiras
MYRT
LEGU
VIOL
SAPO
LECY
EUPH
ANAC
BOMB
FLAC
ANNO
RUTA
MORA
BURS
AREC
0,0 4,0 8,0 0,0 12,0 4,0 8,0 12,0 0,0 4,0 8,0 0,0 4,0 8,0 12,0
2
área basal (m / ha)
Figura 26. Densidade e área basal correspondentes às cinco famílias da cobertura arbórea com maiores
taxas de cobertura. Valores médios e erro padrão (n=3).
MYRT: Myrtaceae; LEG: Leguminosae; VIOL: Violaceae; SAPO: Sapotaceae; LECY: Lecythidaceae;
EUPH: Euphorbiaceae; ANAC: Anacardiaceae; BOMB: Bombacaceae; FLAC: Flacourtiaceae;
ANNO: Annonaceae; RUTA: Rutaceae; MORA: Moraceae; BURS: Burseraceae; AREC: Arecaceae.
(Moraceae). Quanto às capoeiras, prevalece aí um em- capoeiras representam sistemas distintos: dez famílias apre-
pobrecimento marcado das famílias características da Flo- sentam diferenças significativas entre a capoeira após a quei-
resta de Tabuleiros -como é o caso das Myrtaceae, mada e o fragmento após extração seletiva de madeira (teste
Lecythidaceae, Combretaceae, Violaceae, Sapotaceae e U; α<0,05). Assim, por exemplo, as Annonaceae, Moraceae,
Flacourtaceae- e a presença maciça de espécies secundárias Arecaceae, Rutaceae e Burseraceae estão ausentes nas
que se comportam como invasoras. São espécies perten- amostras de uma das florestas secundárias e as
centes às famílias Euphorbiaceae, Anacardiaceae, Euphorbiaceae, Leguminosae e Anacardiaceae são mais
Annonaceae, Rutaceae, Moraceae, Arecaceae e ainda algu- abundantes na capoeira após extração (Fig. 26). Uma res-
mas das Leguminosae (ver Fig. 26). salva merece ser explicitada: a ausência localizada de certas
Para o conjunto das famílias supracitadas, as diferenças famílias não permite concluir à exclusividade destas em um
entre a Mata Alta e os outros sítios de estudos são signi- ou outro sistema, já que o número restrito de pequenas
ficativas, às vezes, para as densidades, outras, para a área parcelas pode eliminar da amostragem populações de baixa
basal, sendo que diferenças em todos os parâmetros e de densidade distribuídas espacialmente ao acaso.
um sítio em relação aos três restantes são observadas Resultados relativos a diferentes fragmentos remanes-
unicamente para Annonaceae (teste U; α<0,05). Estas di- centes submetidos a extrativismo seletivo confirmam as
ferenças não devem obscurecer o fato de que ambas as conseqüências maiores deste tipo de uso, i. e., as popula-
20 20
0 0
REBIO FR1 FR2 FR3 FR4 FR5 REBIO FR1 FR2 FR3 FR4 FR5
Figura 27. Densidade relativa das principais famílias arbóreas num sistema fragmentado de Floresta Atlântica
de Tabuleiros, Sooretama-ES. REBIO: Reserva Biológica de Sooretama; FR1, FR2, FR3, FR4, FR5: fragmentos
remanescentes submetidos a extrativismo seletivo, em propriedades agrícolas. Os dados correspondem a 1 hectare
por sítio. As densidades relativas foram calculadas com base no total de indivíduos por família. Segundo Agarez, 2001.
mata alta mata ciliar capoeira após extração capoeira após queimada
EUGUBE EUGUBE:
PTEROR Eugenia cf. ubensis (MYRT);
RINBAH PTEROR:
CARLEG Pterocarpus rohrii (LEG);
ESCOVA RINBAH:
JOAPRIN Rinorea bahiensis (VIOL);
SENMUL CARLEG:
MICELA Cariniana legalis (LECY);
ASTCON ESCOVA:
ROLLAU Eschweilera ovata (LECY);
NEOALB
JOAPRI:
BROGAU Joannesia princeps (EUPH);
FICGOM
SENMUL:
ASTACU
Senefeldera multiflora (EUPH);
POLCAU
MICEA:
TERKUL
Micrandra elata (EUPH);
0 50 100 150
0 200
50 250
100 0
150 50
200 100
250 150 200 0250 50 100 150 200 ASTCON:
densidade (ind./ha) Astronium concinnum (ANAC);
ROLLAU:
EUGUBE Rollinia laurifolia (ANNO);
PTEROR NEOALB:
RINBAH Neoraputia alba (RUTA);
CARLEG BROGAU:
ESCOVA Brosimum gaudichaudii (MORA);
JOAPRIN FICGOM:
SENMUL Ficus gomelleira (MORA);
MICELA
ASTACU:
ASTCON Astrocaryum aculeatissimum (AREC);
ROLLAU
POLCAU:
NEOALB
Polyandrococos caudescens (AREC);
BROGAU
TERKU
FICGOM
Terminalia aff. kuhlmannii (COMB).
ASTACU
POLCAU
TERKUL
Figura 28. Densidade e área basal correspondentes às espécies arbóreas com as cinco maiores taxas de
cobertura em sistemas primários e secundários de Floresta Atlântica de Tabuleiros. Valores médios e erro
padrão (n=3). Entre parêntese: abreviatura das famílias, ver legenda da figura 2. COMB: Combretaceae.
1,0 0,016
0,004
0,2
0,0 0,000
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0 50 100 150 200
índice de esclerofilia IEs (g/dm 2) área foliar (cm2 )
0,016
Figura 29. Diagramas de dispersão de pontos
peso específico foliara(g/cm2 )
É evidente que a possibilidade de calcular distintamen- O valor limite calculado de IEp é inferior ao valor
te o PEF, tanto por meio das áreas foliares e seus pesos, estabelecido de IEs, conseqüência, sem dúvida, da elimi-
tal como nos trabalhos mencionados, quanto se utilizando nação das nervuras mais proeminentes quando da obten-
dos pesos secos de pequenas amostras padronizadas dos ção das amostras. O valor inferior limite do IEs para as
limbos, conduz a duas formas de calcular o IE, respec- folhas membranáceas pode ser estabelecido tomando como
tivamente denominados de IEs e IEp. Ou seja: base a morfologia das espécies estudadas. Ele corresponde
a 0,36 g/dm2 para IEs o que equivale, segundo a equação
IEs = 1/2 peso seco foliar / área foliar (g/dm2) = 50 PEF1 (g/dm2); da reta teórica proposta, a 0,33 g/dm 2 para IEp. Esta
IEp = 1/2 peso seco da amostra / área da amostra (g/dm2) = pequena diferença de 0,03 g/dm 2 entre os índices é es-
50 PEF2 (g/dm2). perada, já que as folhas membranáceas possuem nervuras
A extrema simplicidade em estimar a esclerofilia por mais finas que as folhas coriáceas, aproximando as es-
meio de pequenas unidades amostrais de área circular timativas do peso específico foliar por ambos os proce-
extraídas dos limbos, autoriza rever qual a equivalência dimentos. O grupo de espécies com folhas membranáceas
entre IEs e IEp. Por outro lado, é de fundamental im- é denominado de espécies com folhas leves ou não
portância estabelecer limites fixos de valores para as medi- esclerófilas. As espécies às quais correspondem valores
parâmetros físicos mata alta mata ciliar capoeira após capoeira após
foliares extração queimada
média + erro padrão
Em conclusão, as espécies podem ser reagrupadas em Os valores estimados de área foliar apresentam igualmen-
três grupos funcionais: o primeiro corresponde às escleró- te uma pronunciada variação que se estende entre 0,4 cm2 e
filas, com valores de IEp iguais ou superiores a 0,52 g/dm2; 164 cm2, mesmo que com valores médios similares para
o segundo reagrupa as espécies não esclerófilas ou de todos os sítios de estudo (Tab. 11). Apesar da amplitude
folhas membranáceas, com valores de IEp iguais ou infe-
no tamanho das folhas, predominam as folhas ou folíolos
riores a 0,33 g/dm2. Entre estes limites, um terceiro grupo
maiores que 20cm2., como em outras florestas tropicais
funcional reúne espécies com valores de IEp intermediários.
pluviais (Rizzini, 1976; Hamann, 1979). A análise que
Os diferentes parâmetros físicos foram estimados para
segue considera três categorias de tamanho foliar:
a Floresta de Tabuleiros (Tab. 11). Nos sistemas primá-
mesófilas grandes (≥ 70cm2), mesófilas menores (entre
rios, o valor médio da SEF, correspondente às 25 espé-
cies selecionadas por sítio, é de 111+7 cm2/g, para a Mata 21cm2 e 69cm 2) e pequenas (< 20cm2), segundo a clas-
Alta, e 83+8 cm2/g, para a Mata Ciliar, sendo que o con- sificação de Haunkier que inclui na categoria de pequenas
junto das medidas varia entre 27 cm 2/g e 317 cm 2/g. Va- as folhas leptófilas, nanófilas e micrófilas (ver em Rizzini,
lores médios próximos para as florestas tropicais 1976). Quando se trata de folhas compostas, esta classi-
semidecíduas (125 cm2/g), porém com menor variabilida- ficação corresponde aos folíolos.
0,80
índice de esclerofilia (g/dm )
2
2,0
0,40
0,20 1,0
0,00 0,0
RUTA
ANNO
MYRT
MORA
EUPH
LEGU
BURS
BOMB
SAPO
AREC
ANAC
VIOL
FLAC
LECY
RUTA
ANNO
MYRT
MORA
EUPH
LEGU
BURS
BOMB
SAPO
AREC
ANAC
VIOL
FLAC
LECY
Figura 30. Grau de esclerofilia e conteúdo de nitrogênio foliar de espécies arbóreas pertencentes às
principais famílias de Floresta Atlântica de Tabuleiros. Valores médios e erro padrão. Para as diversas famílias,
foram selecionadas as espécies de cada sistema com maior taxa de cobertura (ver texto).
SAPO: Sapotaceae (n=8); AREC: Arecaceae (n=2); MYRT: Myrtaceae (n=4); LECY: Lecythidaceae (n=4);
BOMB: Bombacaceae (n=2); MORA: Moraceae (n=7); VIOL: Violaceae (n=1); ANNO: Annonaceae (n=1);
RUTA: Rutaceae (n=3); BURS: Burseraceae (n=1); EUPH: Euphorbiaceae (n=6); ANAC: Anacardiaceae (n=2);
LEG: Leguminosae (n=10); FLAC: Flacourtiaceae (n=3).
dado, a significativa variabilidade do grau de esclerofilia esclerofilia que o C/N, o que indica que o acúmulo de
denota a existência de distintos grupos funcionais e, compostos orgânicos, à base da propriedade da esclerofilia,
globalmente, a relação inversa entre esclerofilia e conteú- não se faz de maneira proporcional sob a única forma de
do de nitrogênio do material foliar (Fig. 30). compostos tipo lignina (Fig. 31).
Dentre as três famílias características da Floresta Atlân- Quando do reagrupamento das espécies em esclerófilas,
tica, Myrtaceae e Sapotaceae revelam uma nítida tendên- intermediárias e não esclerófilas ou de folhas leves, se-
cia à esclerofilia, contrariamente a Leguminosae cujo gundo as três categorias funcionais preestabelecidas, as
material vegetativo é menos esclerófilo e com maiores respectivas características químicas diferenciam com cla-
conteúdos de nitrogênio porém, com forte variabilidade. reza cada grupo funcional (Tab. 12). O grau de esclerofilia
As palmeiras –Arecaceae- mostram igualmente um caráter está associado tanto aos conteúdos de nitrogênio e lignina
esclerófilo e, em menor grau, Lecythidaceae que parece como aos quocientes C/N e L/N: o grupo funcional das
reunir tanto espécies esclerófilas como medianamente esclerófilas apresenta o menor conteúdo de nitrogênio e,
esclerófilas. Em linhas gerais, as famílias que congregam no outro extremo, aquelas espécies com folhas
espécies pioneiras e secundárias mostram propriedades membranáceas concentram as maiores quantidades relati-
intermediárias tanto do grau de esclerofilia como da ri- vas de nitrogênio e as menores de compostos tipo lignina.
queza em nitrogênio. Na maioria dos casos, a ampla A meio termo entre ambos os grupos funcionais, o ter-
dispersão de valores médios, que indica uma certa varia- ceiro apresenta características intermediárias. Note-se que,
bilidade funcional, demonstra que não existe uma asso- embora os conteúdos de lignina sejam fortemente variá-
ciação estreita entre cada família e um determinado grupo veis, as diferenças são significativas para as espécies
funcional. Isto justifica a análise aprofundada do grau de intermediárias e não esclerófilas, assim como os quocien-
esclerofilia no nível específico. tes L/N, para os três grupos funcionais.
conteúdo de N (%)
4,0 r = 0,64*** 40 r = 0,68***
3,0 30
C/N
2,0 20
1,0 10
0,0 0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
2 2
índice de esclerofilia IEp (g/dm ) índice de esclerofilia IEp (g/dm )
25,0
y = 17,54x + 0,87
20,0 r = 0,54*** Figura 31. Relações entre a esclerofilia e os
conteúdos de nitrogênio foliar e entre esclerofilia e
15,0
L/N
Tabela 12. Valores do índice de esclerofilia IEp, conteúdos de nitrogênio e lignina e relações C/N e L/N dos
grupos funcionais segundo o grau de esclerofilia de espécies arbóreas da Floresta Atlântica de Tabuleiros.
Médias e erro padrão. IEp: índice de esclerofilia; C: carbono orgânico; N: nitrogênio; L: lignina. ES: espécies esclerófilas;
IN: espécies intermediárias; NE: espécies não esclerófilas. ES: n=21; IN: n=34; NE: n=17. Teste t com dados
normalizados. ∗∗∗: α < 0,001; ∗∗: α < 0,01; ∗: α < 0,05; 0: α > 0,05.
grupos funcionais
parâmetros espécies espécies espécies não teste t
foliares esclerófilas intermediárias esclerófilas
2
IEp (g/dm ) 0,61 + 0,02 0,42 + 0,01 0,24 + 0,01 - -
nitrogênio (%) 1,84 + 0,09 2,24 + 0,09 2,91 + 0,13 ES<IN IN<NE
*** **
A classificação das espécies arbóreas segundo o grau A riqueza de grupos funcionais nos diferentes
de esclerofilia se corresponde efetivamente a diferenças sistemas
funcionais no nível das espécies. A maior ou menor con- Consideradas globalmente, 21 das espécies arbóreas
sistência das folhas, uma aparente propriedade física, selecionadas pertencem ao grupo funcional das esclerófilas,
reflete distintas intensidades no acúmulo de polímeros 34 são consideradas intermediárias e 17 integram o grupo
orgânicos de outra natureza que proteínas e diversas das não esclerófilas. A abundância de espécies interme-
substâncias nitrogenadas, com as quais se encontra em diárias resulta essencialmente da forte diminuição da ri-
relação inversa. No geral, os três grupos funcionais re- queza dos grupos restantes nos sítios outros que a Mata
presentam um gradiente diferenciado da riqueza em Alta (Tab. 13). O maior contraste se observa entre a Mata
nitrogênio das folhas inversamente proporcional a quan- Alta, por um lado, e a Mata Ciliar e a capoeira após
tidade de compostos estruturais e de difícil biodegradação extração, por outra parte: se, na Mata Ciliar, o número
como a celulose e a lignina. de espécies com folhas membranáceas é extremamente
MA < MC*
espécies esclerófilas 7+0 10 + 0 2+0 4+1 MA > CE*
MA > CQ*
MA < CE*
espécies intermediárias 9+0 9+1 11 + 1 13 + 1 MA < CQ*
o
riqueza segundo tamanho foliar (n spp./0,125 ha)
MA > CE*
espécies mesófilas menores 13 0 12 1 10 1 7 1 MA > CQ*
MA < MC*
espécies mesófilas grandes 2 0 5 0 1 0 6 0 MA > CE*
MA < CQ*
baixo, nos sistemas secundários, é a riqueza de espécies O grupo funcional das espécies não esclerófilas parece,
esclerófilas que diminui. De fato, a diferença fundamental em princípio, menos afetado pelas formas de uso que ori-
entre os sistemas primários e secundários reside na ex- ginaram os sistemas secundários; em particular, na capo-
trema pobreza do grupo funcional das árvores esclerófilas eira após extração seletiva de madeira, existe uma signifi-
nas capoeiras. Neste sentido, a riqueza apenas superior cativa riqueza. Com efeito, as situações extremas dizem
na capoeira após queimada obedece à presença de duas respeito aos sistemas primários e notadamente à Mata Ciliar,
espécies de palmeiras -Arecaceae-, compartilhadas com a sítio no qual das somente duas espécies deste grupo, uma
Mata Ciliar, sistema que pelo contrário, apresenta a maior é da família Moraceae (Tab. 13). A pesar da riqueza similar
diversidade de espécies esclerófilas (Tab. 13). entre a Mata Alta e a capoeira após extração, a compo-
sição taxonômica difere: Euphorbiaceae e Leguminosae são
As diferenças entre sítios não concernem apenas a ri- preponderantes na capoeira sendo que, na Mata Alta, as
queza mas também a composição taxonômica dos grupos sete espécies presentes pertencem a sete famílias diferen-
funcionais. Não existe nenhuma espécie esclerófila que, tes, com uma única Leguminosae. Ora, os índices de
simultaneamente, domine em todos os sítios; no máximo, esclerofilia das distintas espécies desta família abarcam
poucas delas são comuns a dois dentre eles. Assim, os uma ampla gama de variação que vai de 0,08 g/dm2 a
trechos de floresta secundária possuem somente uma 0,32 g/dm2, contrapondo-se à uma certa homogeneidade de
espécie em comum: a única Leguminosae esclerófila, valores registrada para as Euphorbiaceae e Flacourtiaceae,
Lonchocarpus guilleminianus (Tul.) Malme, entre as nove que oscilam apenas ao redor de 0,25-0,26 g/dm2. Na Mata
estudadas. Sobre um total de 17 espécies, somente três Alta, a forte amplitude de valores observada, de 0,15 g/dm2
dominam tanto na Mata Alta como na Mata Ciliar. Em até 0,31g/dm2, provem das espécies de famílias distintas.
linha geral, as diferenças entre os sistemas primários se Como no caso precedente, não existem espécies dominan-
tes comuns aos quatro sistemas; somente três dentre elas
expressam assim mesmo no nível de família: na Mata
estão tanto em um dos sistemas primários como nas duas
Ciliar, grande parte das espécies não compartilhadas são
capoeiras; as 14 espécies restantes predominam exclusiva-
Moraceae e Arecaceae e, na Mata Alta, Myrtaceae e mente seja num sítio, seja em outro.
Lecythidaceae. Adiciona-se o fato de uma distribuição
Em oposição aos dois grupos funcionais extremos,
relativamente homogênea das espécies no interior de cada
aquele das espécies de esclerofilia intermediária possui
sistema tal como indicado pelos valores das medidas de maior riqueza nas capoeiras que nos sistemas primários
dispersão, amiúde nulos, e pela alta freqüência das mes- sem que por isso esta riqueza seja aí pouco expressiva
mas espécies dominantes em todas as amostras (Tab. 13). (Tab. 13). Ele congrega igualmente mais de um terço de
MA > MC *
espécies não esclerófilas 128 + 14 235 + 19 301 + 15 493 + 15 MA < CE *
espécies esclerófilas 18,5 + 1,5 16,2 + 4,2 21,7 + 0,8 26,1 + 1,0 MA > CE *
espécies intermediárias 12,9 + 1,1 12,5 + 2,4 26,8 + 1,2 20,3 + 2,3 MA > CE *
MA < CQ *
espécies não esclerófilas 15,0 + 1,6 21,6 + 1,1 25,7 + 0,5 21,4 + 0,5 0
MA < MC *
espécies esclerófilas 38 + 1 64 + 12 10 + 4 33 + 6
MA > CE *
espécies intermediárias 61 + 2 59 + 12 54 + 6 104 + 6 MA < CQ *
fato de que a área basal total deste sistema encontra-se indicador tanto de diferenças relacionadas com
reduzida a metade mas salienta o maior impacto sofrido determinantes mesológicos, tal o caso da proximidade de
pelas populações esclerófilas (Tab. 14). um curso d’água, como de modificações da comunidade
Como no caso do sistema após extrativismo, na capo- arbórea conseqüentes a impactos antrópicos. Ela é,
eira após queimada mais da metade da taxa de cobertura portanto, um indicador ecológico de caráter funcional que,
das 25 espécies selecionadas provem de populações do a este título, sintetiza fatores evolutivos, ecológicos e
início da sucessão, pioneiras e secundárias inicias, entre antrópicos que se manifestam na organização da
as quais as cinco com maior dominância. Contudo, elas comunidade arbórea. Em paralelo, considerar o valor
estão incluídas seja no grupo das intermediárias, seja no indicador da riqueza em espécies dos grupos funcionais
grupo funcional das esclerófilas, tratando-se aqui de constitui um complemento de informação que permite
palmeiras e não de espécies arbóreas em sentido estrito. avaliar as diferenças e impactos sobre a diversidade
Mas, o traço principal da comunidade é a alta dominância taxonômica, resultante da evolução recente das plantas
de R. laurifolia, com 160 ind./ha e 9m2 de área basal, que lenhosas na região neotropical.
junto a J. princeps, contribuem para as altas densidade e
Outros indicadores podem ser propostos. O primeiro
área basal de espécies de esclerofilia intermediária (Tab. 14).
se baseia no Índice de Diversidade de Simpson e consi-
O procedimento empregado para a queima pode, em parte,
dera conjuntamente a taxa de cobertura das espécies que
explicar a significativa área basal deste grupo: a dificul-
dade que representa extrair as raízes, é contornada pelo compõem cada grupo funcional e o Índice de Esclerofilia
corte dos troncos que rebrotam. O que representou uma de cada espécie, i. e., o peso específico foliar padronizado.
dificuldade de amostragem é de fato uma sinal particular A Importância Funcional da espécie i é definida como
deste tipo de impacto no passado. IFi= TC/100 x IEi;
Em conclusão, a taxa de cobertura dos grupos funcionais a probabilidade é expressa por
estima a importância quantitativa das diferentes populações pi= IFi / ∑ IFi para cada espécie pertencente a um grupo;
arbóreas que compõem cada grupo, representando um e a Diversidade do Grupo Funcional:
IDF = 1 / ∑pi 2.
grupos funcionais mata alta mata ciliar capoeira após capoeira após
extração queimada
A vantagem do IDF aplicado aos grupos funcionais capoeira após extração (Tab. 15).
reside no fato de diminuir a importância relativa das Um segundo indicador aplicado a cada grupo funcio-
espécies extremamente abundantes. Ao contrário da única nal pode ser utilizado: trata-se das médias dos distintos
utilização das taxas de cobertura, ele evidencia a maior parâmetros físicos e químicos que caracterizam o material
pobreza em espécies da capoeira após queimada e a ri- foliar ponderadas pelas taxas de cobertura. Ele possibilita
queza das populações de esclerofilia intermediária na obter estimativas médias do sistema.
Nas baixas latitudes, as florestas tropicais se encontram rapidamente reciclada. Existe, em conseqüência, uma es-
entre os ecossistemas mais produtivos do planeta. Inúme- treita relação entre o subsistema de produção e o
ras espécies arbóreas respondem pela surpreendente subsistema decompositor cujo nexo, por excelência, são
biomassa que, produzida ano após ano, triplica em geral as folhas das espécies arbóreas. Quando verdes, elas
aquela das florestas temperadas. Entretanto, uma parte da representam uma parte significativa da produtividade flo-
produtividade irá se acumular nos troncos das diversas restal; quando mortas, são recebidas pelo solo sendo seu
espécies que conformam o dossel e nos fustes das pou- destino final liberar os nutrientes nelas contidos.
cas e imponentes árvores que o coroam; outra, não menos
Para as florestas de regiões temperadas e temperadas
importante, corresponde à produção de folhas, flores e
frias, uma abundante literatura científica informa como a
frutos ou, ainda, raízes. No cerne deste processo, emerge
o paradoxo de estarem sustentadas pelos solos mais antigos quantidade e a qualidade dos aportes foliares ao solo
e mais pobres da biosfera submetidos à acentuada perda determinam a modalidade da decomposição da matéria
de nutrientes minerais que são transportados em profun- orgânica. Deste ponto de vista, as espécies florestais são
didade por chuvas continuadas e violentas. Os caminhos catalogadas em três grupos funcionais, sendo os extre-
da evolução conduziram a adaptações tais que a mos constituídos por espécies denominadas acidificantes
mineralomassa imprescindível ao processo produtivo se e melhoradoras. As primeiras correspondem a árvores cujo
concentra e permanece essencialmente nos próprios seres folhiço é pobre em nitrogênio e demais nutrientes e, por
vivos, ou seja fora dos horizontes pedológicos. conseguinte, com velocidade de decomposição lenta. As
outras, que produzem aportes foliares ricos em nutrientes
Mas, quando grande parte da matéria orgânica produ-
zida alcança a superfície do solo inicia-se um processo minerais e de rápida decomposição, podem por sua vez
complementar: a decomposição dos restos vegetais que melhorar a qualidade do solo. Entre ambos os extremos,
progressivamente vão liberar os nutrientes, os quais, uma terceira categoria de espécies aporta folhas mortas
absorvidos novamente pelas plantas, possibilitam reiniciar de qualidade intermediária cujo efeito benéfico ou não
um outro ciclo produtivo. Eles se acumulam, sobretudo, para a fertilidade vai depender do tipo do solo: são as
no topo do solo onde transita uma mineralomassa que é espécies indiferentes. Força é constatar que a questão da
Figura 32. Esquema sintetizando a dinâmica da decomposição da matéria orgânica em sistemas primários e
secundários de Floresta Atlântica de Tabuleiros. C/N: relação entre carbono orgânico e nitrogênio; IE: índice de
esclerofilia; AF: aportes foliares; AT: aportes totais; E: estoques orgânicos das camadas húmicas superficiais; VD:
velocidade de decomposição. O IEp das folhas mortas foi calculado segundo Kindel, 2001.
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