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Contenção, Manejo de Animais


Peçonhentos
Manejo Agroflorestal............................................................................................2

Espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras)..................................................4

Sistemas agroflorestais como forma de preservação ambiental.........................9

Classificação dos sistemas agroflorestais.........................................................11

Recuperação de áreas degradadas..................................................................13

Tipos de recuperação........................................................................................14

Cultivos agrícolas e/ou criação de animais........................................................15

Código Florestal - Lei 4771/65 | Lei nº 4.771.....................................................16

Referências bibliográficas..................................................................................21

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MANEJO AGROFLORESTAL

Agrofloresta ou Sistema Agroflorestal (SAF) é um sistema que reúne as


culturas de importância agronômica em consórcio com a floresta. Um sistema
agroflorestal é um sistema de plantio de alimentos que é sustentável e ainda
faz a recuperação de uma floresta.

Na perspectiva do desenvolvimento rural sustentável as agroflorestas


constituem sistemas de uso e ocupação do solo em que plantas lenhosas
perenes (árvores, arbustos, palmeiras) das mais variadas especies, são
manejadas em consórcios com plantas herbáceas, culturas agrícolas e/ou
forrageiras e/ou em integração com animais, dentro de uma mesma unidade de
manejo, de acordo com um arranjo espacial predefinido para a cultura
implantada e temporal, ocorrendo uma alta diversidade de espécies e
interações ecológicas entre os elementos da composição do sistema,
caracterizando assim um modelo agroecologico de sistema integrado. Nesse
modelo de exploração agrícola são utilizadas culturas agrícolas e/ou pastagens
com espécies florestais. Esses últimos componentes são partes fundamentais
e devem integrar e interagir em tais sistemas de exploração, portanto, a não
ocorrência de espécies florestais não caracteriza a exploração agrícola como
agroflorestal e sim como sistemas de consorcio de culturas agrícolas
ou integração lavoura pecuária floresta (ILPF)

Sistemas agroflorestais são formas de uso ou manejo da terra, nos quais se


combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos
agrícolas e/ou criação de animais, de forma simultânea ou em sequência
temporal e que promovem benefícios econômicos e ecológicos. Os sistemas
agroflorestais ou agroflorestas apresentam como principais vantagens, frente a
agricultura convencional, a fácil recuperação da fertilidade dos solos, o
fornecimento de adubos verdes, o controle de ervas daninhas, entre outras
coisas.

Há quatro tipos de sistemas agroflorestais:

 Sistemas agrossilviculturais - combinam árvores com cultivos agrícolas


anuais;
 Sistemas agrossilvipastoris - combinam árvores com cultivos agrícolas e
animais;
 Sistemas silvipastoris - combinam árvores e pastagens (animais);
 Sistemas de enriquecimento de capoeiras com espécies de importância
econômica.

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Nos sistemas agroflorestais, associa-se a agricultura e a pecuária com árvores,
combinando produção e conservação dos recursos naturais. Além de buscar
atender às várias necessidades dos produtores rurais, como a obtenção de
alimento, extração de madeira, cultivo de plantas medicinais, os SAF’s
diversifica a produção proporcionando uma oferta mais estável de produtos ao
longo do ano. Os sistemas agroflorestais podem auxiliar na conservação dos
solos, das microbacias e áreas florestais.

A agrofloresta recupera antigas técnicas de povos tradicionais de várias partes


do mundo, unindo a elas o conhecimento científico acumulado sobre a
ecofisiologia das espécies vegetais, e sua interação com a fauna nativa. Mas,
ainda há uma grande discussão e pesquisas sobre a diversidade de espécies
que podem combinar melhor dentro de um sistema agroflorestal, dentre estas
espécies, por conta do valor econômico da madeira e o ciclo da cultura vale
destacar a utilização de eucalipto e também o consórcio com a seringueira.

No Brasil há um ambiente favorável e com condições biótica e abiótica e


econômica para os mais diversos usos da terra, desde manejos intensivos uma
maneira mais ecológica. As agroflorestas são uma maneira de minimizar
os impactos ambientais na produção agropecuária, contribuindo para o uso
sustentável dos recursos naturais.

O sistema Agroflorestal tem por sua característica o manejo integrado com


florestas naturais, e isso traz diversos benefícios com a preservação do solo
assim como ajuda na conservação da fauna e da flora, além de contribuir com
a fertilidade daquele ambiente.

A modelagem de um sistemaagroflorestal exige grande conhecimento


interdisciplinar de botânica, de solos agrícolas, de microfauna e microflora de
solos, de função ecofisiológica dos organismos que constituem os vários
extratos, de sucessão ecológica e de fitossanidade. Evidentemente que tudo
isso deve vir acompanhado de um prévio conhecimento em agronomia e
silvicultura, já que é nesses dois ramos que se baseia a agrossilvicultura.

O modelo agroflorestal visa compatibilizar o desenvolvimento econômico da


população rural com a conservação do meio ambiente.

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ESPÉCIES ARBÓREAS (FRUTÍFERAS E/OU MADEIREIRAS)

Árvore é um vegetal de tronco lenhoso cujos ramos só saem a certa altura do


solo. Em termos biológicos é uma planta permanentemente lenhosa de grande
porte, com raízes pivotantes, caule lenhoso do tipo tronco, que
forma ramos bem acima do nível do solo e que se estendem até o ápice da
raiz.

Muitas ordens e famílias botânicas têm árvores entre seus representantes,


portanto as árvores têm grande variedade de formas de copa, folha, flor, fruto,
estruturas reprodutivas, tipo de madeira, que são inclusive usados na
identificação da espécie.

Um pequeno grupo de árvores crescendo juntas forma um bosque, e um


ecossistema complexo formado por várias espécies de árvores e outros
vegetais é uma floresta. Muitos biótopos são caracterizados pelas árvores que
os formam, como é o caso da Mata dos Pinhais do sul do Brasil, e da floresta
tropical pluvial. Já o cerrado e as savanas do mundo todo são campos
salpicados aqui e ali por árvores xerófitas.

As árvores são formadas por raiz, caule e folhas e podem ter ou


não flores e frutos. O crescimento das árvores se da por meio das células
meristemáticas, estes se multiplicam por meio de estímulos hormonais, dentre
eles a auxina e a giberelina.

O crescimento longitudinal das plantas é de responsabilidade do meristema


primário, que surge nas extremidades das radículas e dos cotilédones,
chamado de meristema apical é formado por células iguais, com múltiplos
vacúolos envoltos nas suas paredes celulares finas e que se diferenciam
promovendo o crescimento da árvore em seu primeiro ano).

O crescimento em espessura nas plantas lenhosas (árvores) se dá devido à


ação do meristema secundário por meio dos tecidos meristemáticos
denominados câmbio e felogênio, é através destes que serão formados os
tecidos de sustentação e de condução do vegetal, bem como o súber ou casca
da árvore, renovados continuamente.

Cada espécie arbórea possui uma arquitetura específica, evidenciada quando o


indivíduo se desenvolve isolado, sem a interferência de outras árvores e sem a
influência excessiva de outros fatores externos. Porém, isso não quer dizer que
todas as árvores da mesma espécie cresceriam de forma idêntica, porém é
facilmente verificado um padrão de crescimento entre indivíduos de uma
mesma espécie. A forma específica da árvore tem relação com a atividade de

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seus gomos, algumas espécies, entretanto são de crescimento livre, não há a
formação de um gomo e seu crescimento vai de acordo com a produção de
ramos por meio do meristema, como é o caso do eucalipto. De regra geral os
gomos são importantes para o desenvolvimento da copa das árvores, em
alguns casos é a única estrutura de crescimento, em outros coexiste com
ramos de crescimento livre.

Para a classificação biológica das árvores, diversas características


físicas são utilizadas para definir o gênero ou espécie a qual pertence aquele
exemplar, caracteres como o tipo de folha, flor, fruto, casca são necessários
para esse fim.

Algumas espécies de árvores figuram entre os maiores seres vivos da


atualidade. Em relação ao tamanho as maiores espécies encontradas são
a sequoia (Sequoia sempervirens) e a sequoia-gigante (Sequoiadendron
gigantea) localizadas na costa da Califórnia. Estudos demonstram que a
necessidade por luz impulsionam as árvores localizadas em florestas a
crescerem o máximo possível devido a competição por essa fonte de energia,
entretanto a gravidade faz com que se torne difícil a distribuição de água e
nutrientes nas partes mais altas, chegando ao ponto da energia gasta para
esse transporte ser maior do que a produzida na fotossíntese, momento em
que cessam o crescimento, fatores como o clima temperado, solo rico em
nutrientes, chuvas abundantes e árvores muito próximas as outras são
condições que explicam a extraordinária altura das sequoias existentes na
Califórnia.

A medição destas alturas sempre foi objetivo de controvérsias, medições


errôneas originaram dados muitas vezes exagerados. Técnicas modernas têm
utilizado fórmulas matemáticas e diversos equipamentos como hipsômetros e
equipamentos a laser para a obtenção de dados mais precisos. Registros
antigos em que se verificaram a existência de árvores com 130 - 150 metros de
altura têm sido considerados pouco confiáveis devido a possíveis erros
humanos na medição, registros históricos de árvores caídas, por outro lado,
tem sido considerado mais fiáveis. Atualmente são consideradas como as
árvores mais altas entre as de sua espécie (considerando apenas árvores em
pé):

Sequoia (Sequoia sempervirens): 115.56 m (379.1 ft), Hyperion, Parque


Nacional de Redwood, Califórnia, Estados Unidos

Eucalipto (Eucalyptus regnans): 99,6 m (327 pé), Hobart, Tasmânia, Austrália

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Pseudotsuga menziesii (Pseudotsuga menziesii): 99,4 m (326 pé), Brummit
Creek, Coos County, Oregon, Estados Unidos

Picea sitchensis (Picea sitchensis): 96,7 m (317 pé), Parque Estadual Prairie
Creek Redwoods, Califórnia, Estados unidos

Sequoia-gigante (Sequoiadendron giganteum): 94,9 m (311 pé), Redwood


Mountain Grove, Parque Nacional de Kings Canyon, Califórnia, Estados Unidos

Eucalipto-da-Tasmânia (Eucalyptus globulus): 90,7 m (298 pé), Tasmânia,


Austrália

Eucalyptus viminalis (Eucalyptus viminalis): 89,0 m (292 pé), Reserva Florestal


Evercreech, Tasmânia, Austrália

Shorea faguetiana (Shorea faguetiana)88,3 m (290 pé) Parque nacional Tawau


Hills, Sabah, Bornéu

Eucalyptus delegatensis (Eucalyptus delegatensis): 87,9 m (288 pé), Tasmânia,


Austrália

Um problema encontrado está na medição dos baobás, espécie nativa da Ilha


de Madagáscar, essas árvores armazenam grandes quantidades de água em
sua madeira, o que leva a variações nas medições de sua circunferência ao
longo do ano, entre os períodos de seca e chuva. Os baobás apesar de não
serem altos, alcançam de 5 a 25m, podem chegar a 11m de diâmetro.

Os maiores exemplares vivos em relação ao diâmetro, por espécie, são:

Cipreste de Montezuma (Taxodium mucronatum): 11,62 m (38 1 pé), Árbol del


Tule, Santa Maria del Tule, Oaxaca, México. Note que embora este diâmetro
inclua justaposição; o diâmetro real idealizado da área de sua madeira é de
9,38 m (30 8 pé).

Sequoia-gigante (Sequoiadendron giganteum): 8,85 m (29 0 pé), General


Grant, General Grant Grove, Califórnia, Estados Unidos<.

Sequoia (Sequoia sempervirens): 7,9 m (26 pé), Lost Monarch, Parque


Estadual Jedediah Smith Redwoods, Califórnia, Estados Unidos.

Eucalyptus obliqua (Eucalyptus obliqua): 6,72 m (22 0 pé)

Eucalyptus regnans (Eucalyptus regnans): 6,52 m (21 4 pé), Big Foot

Thuja plicata (Thuja plicata): 5,99 m (19 7 pé), Kalaloch Cedar, Parque
Nacional Olympic, Washington, Estados Unidos

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Picea sitchensis (Picea sitchensis): 5,39 m (17 7 pé), Quinalt Lake Spruce,
Parque Nacional Olympic, Washington, Estados Unidos

Kauri (Agathis australis): 5,33 m (17 5 pé),Te Matua Ngahere, Ilha Norte, Nova
Zelandia.

Cipreste-da-patagónia (Fitzroya cupressoides): 5,0 m (16 pé)

Um problema adicional reside nos casos em que troncos múltiplos (seja de


uma árvore individual ou várias árvores) crescem juntos. A Figueira-sagrada é
um exemplo notável desta, formando adicionais "troncos" ao cultivar raízes
adventícias abaixo dos ramos, que depois engrossam quando a raiz atinge o
solo para formar troncos novos; uma única Figueira-sagrada pode ter centenas
de troncos. O castanheiro multi-haste conhecido como Hundred Horse
Chestnut apresenta uma circunferência de 57,9 m (190 pés).

A medição do volume envolve cálculos muito complexos, principalmente se


tentarmos incluir o volume dos ramos, de modo que as medições obtidos foram
apenas feitas num pequeno número de árvores, e geralmente apenas para o
tronco. Nunca foi feita alguma tentativa para incluir o volume da raiz. Desta
forma obtêm-se o seguinte registro para espécimes viva:

Sequoia-gigante (Sequoiadendron giganteum): 1487 m³ (52,508 cu ft), General


Sherman, Califórnia, Estados Unidos

Sequoia (Sequoia sempervirens): 1203 m³ (42,500 cu ft), Lost Monarch,


Califórnia, Estados Unidos.

Cipreste de Montezuma (Taxodium mucronatum): 750 m³ (25,000 cu ft), Árbol


del Tule, Santa Maria del Tule, Oaxaca, México.

Kauri (Agathis australis): 516 m³

Thuja plicata (Thuja plicata): 500 m³ (17,650 cu ft )

Eucalipto-da-Tasmânia (Eucalyptus globulus): 368 m³ (13,000 cu ft)

Eucalipto (Eucalyptus regnans): 360 m³ (12,714 cu ft)

Pseudotsuga menziesii (Pseudotsuga menziesii): 349 m³ (12,320 cu ft)

Picea sitchensis (Picea sitchensis): 337 m³ (11,920 cu ft)

Eucalyptus obliqua (Eucalyptus obliqua): 337 m³ (11,920 cu ft)

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Eucalyptus delegatensis (Eucalyptus delegatensis): 286 m³ (10,100 cu ft), Styx
River Valley,Tasmania

A datação das árvores geralmente é obtida por meio dos anéis de crescimento,
o que pode ser visto se a árvore é cortada, ou em núcleos tomados a partir da
casca para o centro da árvore. Esta determinação é possível apenas para as
árvores que produzem anéis de crescimento, geralmente aquelas que habitam
climas sazonais, bem definidos. Árvores em regiões com climas não sazonais
crescem continuamente e por isso não têm anéis de crescimento distintos.
Essa medição também é possível para as árvores que são sólidas em seu
centro, muitas árvores tornam-se vazias com a morte de seu cerne. Para
algumas destas espécies, estimativas de idade foram feitas por meio de
extrapolamento das taxas de crescimento atuais, mas os resultados são
geralmente em grande parte especulação.

Pinus longaeva (Pinus longaeva): Matusalém 4,844 anos

Cipreste-da-patagónia (Fitzroya cupressoides): 3,622 anos

Sequoia Gigante Sequoiadendron giganteum: 3,266 anos

Cryptomeria Cryptomeria japonica: 3,000 anos

Lagarostrobos franklinii Lagarostrobos franklinii: 2,500 anos

No Brasil, mais precisamente no estado do Rio Grande do Norte temos


o Cajueiro de Pirangi que detém o recorde de maior área ocupada por uma
única árvore, aproximadamente 8500m², com cerca de 500 metros
de perímetro.

Temos ainda no País, na bacia do Rio Madeira a dicotiledônea com a maior


folha do mundo, trata-se da árvore da espécie Coccoloba, da
família Polygonaceae, possui até 2,5m de comprimento e 1,4m de largura. O
título de maior folha do mundo pertence a monocotiledônea Alocasia
macrorrhiza cujo exemplar registrou folha com 1,92 de largura e área de
superfície de 3,17 metros quadrados.

O dossel é composto pela copa das árvores e abriga um imenso número de


plantas e animais, sendo estimado que esse ambiente abrigue cerca de 18
milhões de espécies, abrigando grande parte da vida das florestas tropicais.

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SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO FORMA DE

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Os sistemas agroflorestais têm sido classificados de diferentes maneiras a


partir de seu modo organizacional: De acordo com sua estrutura espacial,
desenho no tempo, importância agronômica relativa e a função dos diferentes
componentes, objetivos da produção e características socioeconômicas
predominantes. Por exemplo, quanto à sua composição, esses sistemas
podem ser classificados como sistemas agrossilviculturais (árvores + culturas);
silvipastoris (árvores + animais); agrossilvipastoris (árvores + culturas +
animais). E ainda podem ser classificados quanto a sua função agrícola:

Sistemas agroflorestais sequenciais: são os cultivos que há uma sucessão


tanto de temporárias para anuais, temporárias para temporárias, ou perenes
para perenes, criação do sistema com manejo de floresta.

Sistema silvícola rotativo: Sistema de aproveitamento de clareiras de


capoeiras de pós pastagem com cultivos de culturas de com banana, guaraná,
mogno, jabuticaba dentre outras;

Sistema Taungya: Taungya significa cultivos de encosta, hoje o termo é usado


para identificar cultivos utilizados na fase de início até o estabelecimento do
cultivo de madeira;

Sistemas agroflorestais simultâneos: É o consórcio de culturas de cultivos


de: madeira, frutíferas, hortas, pecuária;

Sistemas complementares: cercas vivas e cortinas quebra-vento: fileiras de


árvores para delimitar uma propriedade ou gleba ou servir de proteção para
outros componentes e outros sistemas. São considerados complementares às
outras duas categorias, pois podem estar associados a sistemas sequenciais
ou simultâneos.

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A história recente nos mostra que os avanços antrópicos dos últimos séculos
foram de real significância para as mudanças sentidas pelo planeta, no que
tange principalmente a sua biodiversidade e recursos naturais.

Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) se destacam por otimizarem o potencial de


uso da terra, com isso diversificam a produção, aproveitam e reaproveitam
praticamente todos os recursos intrínsecos ao seu próprio processo, além de
haver um maior envolvimento dos agricultores com o procedimento, resultando
assim em benefícios tanto de ordem econômica, como social. (MACEDO, R. L.
G., 2000; MAY; TROVATTO, 2008)

A compensação ambiental é uma ferramenta de real significância, no que diz


respeito a uma preservação considerada mais tangível, proposta pela lei
9.985/2000, na qual o órgão licenciador determina os empreendimentos com
significativo impacto ambiental constatado nos relatórios EIA (Estudo de
Impacto Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) que deverão
realizar as medidas. As empresas possuem a obrigatoriedade de implantar ou
manter Unidades de Conservação (UCs), com percentual mínimo estipulado de
0,5% (BRASIL, 2000), do total dos custos previstos para implantação de seus
projetos, preferencialmente na região afetada.

Na diapasão, a refinada técnica dos SAFs deve ser enaltecida pela sua distinta
familiaridade com os eixos básicos do desenvolvimento sustentável, que
consiste na produção de alimentos em parceria com conservação ambiental e
biodiversidade, sem mencionar seu inerente potencial para recuperação de
áreas degradadas (MAY; TROVATTO, 2008), atenuação de eventos climáticos
(ALTIERI; NICHOLLS, 2011) e elevada capacidade de sequestro de carbono
(FROUFE et al., 2011).

A medida que a ação do homem no planeta não possui limites, no quesito


expansão e uso de recursos naturais, o desmatamento com o avanço da
agricultura aumenta uma crise generalizada colocando em risco a perpetuação
humana e a necessidade de revisar métodos considerados mais agressivos e
impactantes.

Segundo May e Trovatto (2008), para um arranjo ser considerado um Sistema


Agroflorestal (SAF) é necessário que pelo menos um componente seja
considerado florestal, seja este uma espécie nativa ou aclimata, de existência
permanente ou temporária, com componentes agrícolas e animais.

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CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS

Os sistemas agroflorestais (SAF’s), também conhecidos como


Agrossilvicultura, são definidos como a prática de combinar espécies florestais
com culturas agrícolas e/ou pecuária, procurando obter como resultado dessa
associação a racionalização e o melhor aproveitamento do uso dos recursos
naturais envolvidos no sistema de produção.

No sistema agroflorestal, o componente arbóreo não precisa necessariamente


ter o objetivo de produção, podendo também assumir a função de proteção.
Porém, é desejável que a árvore seja de uso múltiplo, assumindo estas duas
funções concomitantemente.

Tanto os cultivos agrícolas como a atividade pecuária, em uma atividade


florestal, têm por objetivo minimizar os custos de implantação e a manutenção
da floresta. Além disso, têm como propósito o retorno antecipado de parte do
investimento, o que em condições de monocultivo normalmente só deveria
ocorrer a longo prazo,com a produção de madeira.

Os sistemas agroflorestais podem ser adotados tanto por pequenos como por
médios e por grandes produtores. Normalmente, cada tipo de produtor
emprega a tecnologia mais apropriada para atingir seu objetivo. O pequeno
agricultor faz da agricultura migratória uma forma de recuperação da fertilidade
do solo, deixando crescer a vegetação secundária por determinados anos até
cortá-Ia novamente para plantar seus cultivos. Em geral, o médio produtor
utiliza árvores de valor comercial para sombreamento de culturas tolerantes
(café, cacau, etc.). O empresário florestal associa pecuária à atividade de
reflorestamento como forma de minimizar os custos de manutenção dos
povoamentos florestais.

A classificação de sistemas agroflorestais (SAF’s) mais empregada inclui: as


árvores, os cultivos e os animais, que podem ser classificados como:

Agrossilvipastoril: árvores associadas com cultivos agrícolas e atividade


pecuária. Seu correto manejo possibilita ao mesmo tempo a conservação
ambiental, o aumento da produtividade agrícola, o conforto e a maior produção
animal, além de melhor qualidade de vida, contribuindo para a fixação do
homem no campo. São exemplos: jardins domésticos com animais, método
“taungya” seguido de pastagem durante a fase de manutenção de florestas.

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Silvipastoril: árvores associadas com pecuária. Esta combinação potencializa
a produção de madeira e de proteína animal. São exemplos: Banco de proteína
(plantio de árvores em áreas de produção de proteína para corte ou pasto
direto), árvores em pastagens naturais e/ou plantadas (para regeneração
artificial ou natural de árvores em áreas de pastagens naturais ou artificiais),
pasto em áreas reflorestadas.

Sílviagrícola: árvores associadas com cultivos agrícolas anuais e/ou perenes.


São exemplos: jardins domésticos, “taungya” (plantio de espécies agrícolas nos
primeiros anos dos povoamentos florestais), alley cropping (plantio de árvores
em fileiras ou faixas e cultivo agrícola entre as fileiras ou faixas).

Vantagens da utilização de SAF's:

 Aliam a produção de alimentos com a conservação do meio ambiente;


 Quando não usa venenos e químicos, não polui as águas, o solo e os
alimentos;
 Ajudam a controlar a erosão dos solos;
 Diminui a necessidade de derrubar a floresta;
 Grande eficiência na ciclagem de nutrientes;
 Ajuda a preservar a fauna e flora;
 Alta produtividade em longo prazo;
 Importante na recuperação de áreas degradadas;
 São utilizadas espécies poucos exigentes quanto a qualidade do solo,
capazes de melhorar a terra para as espécies mais exigentes;
 No consórcio de espécies, uma planta ajuda a outra a se desenvolver;
 Ao longo do tempo, a terra vai se recuperando naturalmente;
 A sucessão natural é o trabalho da própria natureza para se recuperar;
 Os SAF’s cumprem duas funções ao mesmo tempo, pois durante a
recuperação da área são produzidos alimentos e outros produtos;
 Pouco suscetível a pragas e doenças

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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

A recuperação de áreas degradadas está intimamente ligada à ciência da


restauração ecológica. Restauração ecológica é o processo de auxílio ao
restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou
destruído. Um ecossistema é considerado recuperado – e restaurado – quando
contém recursos bióticos e abióticos suficientes para continuar seu
desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais.

A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, em seu art. 2º, distingue, para seus fins,
um ecossistema “recuperado” de um “restaurado”, da seguinte forma:

Art. 2º- Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população


silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de
sua condição original;

XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população


silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original;

Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua


utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

Os objetivos dos Centros de Referência em Recuperação de Áreas


Degradadas (CRADs) estão ligados ao desenvolvimento de modelos de
recuperação de áreas degradadas em áreas demonstrativas, à definição e
documentação de procedimentos para facilitar a replicação de ações de
recuperação de áreas degradadas e à promoção de cursos de capacitação
para a formação de recursos humanos (coleta de sementes, produção de
mudas, plantio, tratos silviculturais).

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TIPOS DE RECUPERAÇÃO

Todas as estratégias têm limitações impostas pelas características ambientais


da área a ser recuperada, como, por exemplo, alta declividade do terreno,
baixa fertilidade, presença de erosão e/ou compactação do solo, dentre outros.
Para escolha da melhor opção bem como para o planejamento da recuperação
ambiental consulte um profissional especializado.

 Regeneração Natural sem manejo


 Regeneração Natural com manejo
 Plantio em Área Total
 Sistemas Agroflorestais (SAFs)

A recuperação de áreas degradadas está intimamente ligada à ciência da


restauração ecológica. Restauração ecológica é o processo de auxílio ao
restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou
destruído. Um ecossistema é considerado recuperado – e restaurado – quando
contém recursos bióticos e abióticos suficientes para continuar seu
desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais

A cima de tudo, a recuperação de áreas degradadas encontra respaldo na


Constituição Federal de 1988, em seu art. 225:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as
presentes e futuras gerações.

Para tanto, destacam-se as seguintes ações:

 Implementar novos Centros de Referência em Recuperação de Áreas


Degradadas (CRADs) nos biomas brasileiros;
 Estabelecer métodos de recuperação de áreas degradadas para os
biomas e
 Instituir plano nacional de recuperação de áreas degradadas e
restauração da paisagem.

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CULTIVOS AGRÍCOLAS E/OU CRIAÇÃO DE ANIMAIS

O sistema agroflorestal é uma atividade em crescimento, principalmente nas


áreas de agricultura familiar. Esse sistema é uma denominação coletiva para
sistemas de uso da terra e práticas agrícolas, nos quais se integram espécies
lenhosas perenes em forma deliberada com cultivos e/ou animais na mesma
unidade de manejo da terra.

Os sistemas agroflorestais possuem diversos arranjos produtivos, espaciais,


temporais, funcionais, diferentes distribuições ecológicas, aspectos sócio-
econômicos e tipos de produtos finais que podem ser obtidos. Eles podem ser
diagnosticados e sistematizados por metodologias tais como Diagnóstico e
Desenho (D & D), que permite a análise e avaliação dos seus problemas de
manejo do solo e de delineamento das soluções agroflorestais.

Os Quintais Agroflorestais, também chamados de Horto Caseiro ou Pomar


Caseiro, consistem na associação de espécies florestais, agrícolas, medicinais,
ornamentais e pequenos animais (aves e suínos, por exemplo) ao redor da
residência, com o objetivo de fornecer várias formas de bens e serviços. São
sistemas tradicionais resultantes de conhecimentos acumulados e transmitidos
através de gerações. Nesses sistemas, os principais tratos culturais são: podas
periódicas (de formação e limpeza) nos componentes arbóreos e arbustivos,
incorporação da matéria orgânica no solo (de origem vegetal e animal) e roça
(capina) para enriquecimento do quintal (plantios de frutíferas, hortas e
medicinais).

Os sistemas silvipastoris consistem de uma combinação natural ou de uma


associação deliberada de um ou de mais componentes lenhosos (arbustivos
e/ou arbóreos) dentro de uma pastagem de espécie de gramíneas e de
leguminosas herbáceas nativas ou cultivadas e sua utilização com ruminantes
e herbívoros . O Sistema Silvibananeiro é um consórcio entre bananeiras,
outras frutíferas e diversas espécies florestais com fins madeireiro e alimentício
(palmitos e canela, por exemplo), consistindo numa importante forma de
manejo que contribui significativamente no controle da sigatoka-amarela,
sigatoka-negra e de algumas outras pragas.

Seus principais tratos culturais são o roço para enriquecimento da área (plantio
de bananeiras), podas periódicas (de formação e de limpeza) e incorporação
da matéria orgânica (de origem vegetal) no solo.

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CÓDIGO FLORESTAL - LEI 4771/65 | LEI Nº 4.771

Art. 1º As florestas existentes no território nacional e as demais formas de


vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de
interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de
propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta
Lei estabelecem.

I - pequena propriedade rural ou posse rural familiar: aquela explorada


mediante o trabalho pessoal do proprietário ou posseiro e de sua família,
admitida a ajuda eventual de terceiro e cuja renda bruta seja proveniente, no
mínimo, em oitenta por cento, de atividade agroflorestal ou do extrativismo,
cuja área não supere: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

II - área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arts. 2o e


3o desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o
bem-estar das populações humanas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-
67, de 2001)

III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse


rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável
dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos,
à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora
nativas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

A Lei de Proteção da Vegetação Nativa (LPVN), denominada popularmente


de Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de
maio de 2012, oriunda do Projeto de Lei nº 1.876/99), é a lei brasileira que
dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, tendo revogado o Código
Florestal Brasileiro de 1965. Desde a década de 1990, a proposta de reforma
do Código Florestal suscitou polêmica entre ruralistas e ambientalistas. O
projeto que resultou no texto atual tramitou por 12 anos na Câmara dos

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Deputados e foi elaborado pelo deputado Sérgio Carvalho
(PSDB de Rondônia). Em 2009, o deputado Zini do PCdoB foi designado
relator do projeto, tendo emitido um relatório favorável à lei em
2010.[4] A Câmara dos Deputados aprovou o projeto pela primeira vez no dia
25 de maio de 2011, encaminhando-o ao Senado Federal. No dia 6 de
dezembro de 2011, o Senado Federal aprovou por 59 votos contra 7 o projeto
de Aldo Rebelo (no Senado, o projeto adquiriu o nome de "Lei da Câmara nº 30
de 2011"). No dia 25 de abril de 2012, a Câmara aprovou uma versão alterada
da lei, ainda mais favorável aos ruralistas, que comemoraram. Em maio de
2012, a presidente Dilma Rousseff vetou 12 pontos da lei e propôs a alteração
de 32 outros artigos." Após o Congresso aprovar o "Novo Código Florestal",
ONGs, ativistas e movimentos sociais organizaram o movimento "Veta Dilma",
pedindo o veto integral ao Projeto de Lei.

Lei nº 4.771 de 15 de Setembro de 1965

Institui o novo Código Florestal .

Art. 1º As florestas existentes no território nacional e as demais formas de


vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de
interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de
propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta
Lei estabelecem.

§ 2º Para os efeitos deste Código, entende-se por: (Incluído pela Medida


Provisória nº 2.166 -67, de 2001) (Vide Decreto nº 5.975, de 2006)

II - área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arts. 2o e


3o desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o
bem-estar das populações humanas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166
-67, de 2001)

O projeto de lei 1.876/99 foi criado pelo deputado tucano Sérgio Carvalho,
então membro da bancada ruralista. A tramitação do PL demorou, contudo, 12
anos para ser concluída devido às obstruções de grupos ruralistas. Ela foi
retomada em 2009 quando a Mesa Diretora designou uma Comissão Especial
destinada a proferir parecer ao Projeto. O deputado comunista Aldo
Rebelo (PCdoB) foi responsável pela redação de um parecer sobre o projeto.
Quando o substitutivo entrou na Ordem do Dia da Câmara em março de 2011,

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o governo Dilma realizou um acordo com a bancada ruralista pela aprovação
do projeto desde que a Emenda n° 164 (uma radicalização dos ruralistas, que
permitiria redução das áreas de preservação no país ao regularizar a situação
de ocupações ilegais em áreas de preservação permanente (APPs), como
beira de rios, topos de morros e encostas que foram desmatadas ilegalmente)
fosse rechaçada. Como resultado, 410 parlamentares votaram pela aprovação
do projeto contra 63 que não aceitaram sua aprovação. Percentualmente, isso
representou um apoio de 86,5% dos parlamentares ao projeto, contra 13,3% de
opositores. A Emenda n° 164, proposta pelo PMDB para reduzir a área das
APPs, foi aprovada mais tarde, representando uma séria derrota do governo
federal. O texto aprovado na Câmara determinava:

A isenção da reserva legal para os quatro módulos (20 a 400 hectares,


dependendo do Estado). O governo queria que Aldo Rebelo isentasse apenas
módulos da agricultura familiar, mas o relator insistiu em incluir pequenas
propriedades. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a medida deixaria 15
milhões de hectares, o equivalente ao Acre, sem reflorestamento.

Consolidação da manutenção de atividades agrícolas nas APPs (áreas de


preservação permanente) e autorização de que os Estados participem da
regularização das propriedades rurais. (Emenda n° 164)

O Novo Código Florestal envolve ao menos três pontos polêmicos tensionados


por interesses ruralistas e ambientalistas. Em primeiro lugar, os parlamentares
ruralistas, hegemônicos no Congresso, vem atuando a favor de uma redução
das faixas mínimas de preservação previstas pelas APPs (Áreas de
Preservação Permanente). Os ruralistas também desejam obter permissão
para realizar determinadas culturas em morros, o que é vedado pelas APPs. As
zonas de RL (Reserva Legal) também são foco de debate, uma vez que os
ruralistas pretendem favorecer uma redução das áreas de reserva. Por fim,
ambientalistas questionam a suspensão das multas por desmatamentos
ocorridos antes de 22 de julho de 2008 que a nova lei permite desde que o
responsável assine o PRA com o órgão ambiental.

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável,


que reúne 163 entidades, classificou como "retrocesso ambiental" a sanção do
novo Código Florestal, com doze vetos, e a edição de uma medida provisória.
Segundo as entidades, a redação final da presidente Dilma "anistia aos
desmatadores e abre brechas para novos crimes ambientais". O Instituto de
Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) afirmou que a anistia de multas e de
recomposição de áreas desmatadas está prevista em vários pontos do texto
enviado pela presidenta Dilma Rousseff, como nos artigos 4º, 6º, 11, 61, 63 e

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67. Ambientalistas também criticaram a possibilidade do reflorestamente de
APPs com flora exótica, que não faz parte dos ecossistemas mencionados na
lei. Raul Telles, coordenador adjunto do Instituto Socioambiental (ISA), afirmou
que o Brasil está retrocedendo. Segundo ele, "é a primeira vez que permitem
que essas áreas, fundamentais para a biodiversidade local, sejam recompostas
com eucalipto ou outras plantas que não são nativas. Nem a bancada ruralista
teve coragem de propor isso, mas a [presidente] Dilma [Rousseff] fez"

a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa,


tais como: prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão,
erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas,
conforme resolução do CONAMA; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67,
de 2001)

b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena


propriedade ou posse rural familiar, que não descaracterizem a cobertura
vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área; e (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.166-67, de 2001)

c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do


CONAMA; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

VI - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima,


Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo
13o S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44o W,
do Estado do Maranhão. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de
2001)

Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim


declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de
vegetação natural destinadas: Ver tópico (3433 documentos)

a) a atenuar a erosão das terras;

b) a fixar as dunas;

c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

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d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;

e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;

f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;

g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;

h) a assegurar condições de bem-estar público.

§ 2º As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao regime


de preservação permanente (letra g) pelo só efeito desta Lei.

§ 3o O órgão ambiental competente poderá autorizar a supressão eventual e


de baixo impacto ambiental, assim definido em regulamento, da vegetação em
área de preservação permanente. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67,
de 24 de agosto de 2001)

§ 4o O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da


autorização para a supressão de vegetação em área de preservação
permanente, as medidas mitigadoras e compensatórias que deverão ser
adotadas pelo empreendedor. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de
24 de agosto de 2001)

§ 5o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, ou de dunas e


mangues, de que tratam, respectivamente, as alíneas c e f do art. 2o deste
Código, somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001)

Art. 7º Qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte, mediante ato do
Poder Público, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de
porta-sementes.

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Referências Bibliográficas

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Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Agrofloresta

CI Florestas. Sistemas Agroflorestais.

Disponível em:

http://www.ciflorestas.com.br/texto.php?p=sistemas

Wikipédia, a enciclopédia livre.Árvore.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore

Âmbito Jurídico. Sistemas agroflorestais como medida de compensação


ambiental e viabilização do desenvolvimento sustentável.

Disponível em:

https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/sistemas-
agroflorestais-como-medida-de-compensacao-ambiental-e-viabilizacao-do-
desenvolvimento-sustentavel/

Fernanda Carvalho. Blog do Mata Nativa.Sistemas Agroflorestais.

Disponível em:

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Ministério do Meio Ambiente. Recuperação de Áreas Degradadas.

Disponível em:

21
https://www.mma.gov.br/destaques/item/8705-recupera%C3%A7%C3%A3o-
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Embrapa. Estratégias de recuperação.

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https://www.embrapa.br/codigo-florestal/estrategias-e-tecnicas-de-recuperacao

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Ageitec. Anália Carmem Silva de Almeida. Agroflorestas.

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JusBrasil.Presidência da Republica (extraído pelo Jusbrasil). Código Florestal -


Lei 4771/65 | Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965.

Disponível em:

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Wikipédia, a enciclopédia livre.Lei de Proteção da Vegetação Nativa.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Prote%C3%A7%C3%A3o_da_Vegeta%C3
%A7%C3%A3o_Nativa

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