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Curso de Especialização em Meio Ambiente e

Desenvolvimento

Restauração e conservação de ecossistemas tropicais


(Paulo Kageyama e Flávio Bertin Gandara)

Discentes: Docente:

Itapetinga-BA – 09 de Fevereiro de 2020


INTRODUÇÃO

 A mata Atlântica original cobria cem milhões de

hectares;
 Diversos pontos desse bioma são atualmente apontados

como sendo hotspots de biodiversidade – parâmetros


indicadores de prioridade para a conservação e a
preservação.

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INTRODUÇÃO

 A meta da restauração é a de reconstituir um novo

ecossistema o mais semelhante possível ao original, de modo

a criar condições de biodiversidade renovável, em que as

espécies regeneradas artificialmente tenham condições de ser

autossustentáveis.

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INTRODUÇÃO

 A conservação de ecossistemas pressupõe que as espécies que

os compõem devam ter populações geneticamente

representativas, para que as espécies não só se estabeleçam e

cresçam, mas que também tenham habilidade para seguirem

seu caminho natural de evolução.

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INTRODUÇÃO

 Dessa forma, a restauração ecológica deve criar um novo

ecossistema que permita não só o desenvolvimento das

espécies arbóreas estabelecidas, como também dos seus

organismos associados, tanto vegetais, como animais, além de

microrganismos.

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BASES TEÓRICAS DA RESTAURAÇÃO E
DA CONSERVAÇÃO
 Diversidade de espécies;

A alta diversidade de espécies nos ecossistemas, sem

dúvida, é uma das principais características das florestas

tropicais, podendo-se encontrar até cerca de 400 espécies

em um só hectare de mata.

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BASES TEÓRICAS DA RESTAURAÇÃO E
DA CONSERVAÇÃO
 Dinâmica da sucessão;

A sucessão secundária é o processo de mudanças que se

verifica nos ecossistemas após a destruição parcial da

comunidade. Pode ser em uma pequena área de floresta

nativa, devido à queda de uma árvore, ou em vários

hectares de uma cultura agrícola abandonada.

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BASES TEÓRICAS DA RESTAURAÇÃO E
DA CONSERVAÇÃO
 Interação planta-animal;

A interação entre plantas e animais em florestas tropicais

é muito intensa e determinante para a estruturação do

ecossistema, pois envolve relações fundamentais, tais

como polinização, dispersão de sementes e

herbivoria/predação.

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RESTAURAÇÃO DE FLORESTAS
TROPICAIS
 A restauração de ecossistemas degradados deve seguir o

princípio de que as espécies nativas do local são as que têm

maior probabilidade de se desenvolver plenamente,

mantendo suas características de reprodução e de regeneração

natural, em equilíbrio com seus organismos predadores

naturais.

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RESTAURAÇÃO DE FLORESTAS
TROPICAIS
 Um outro princípio fundamental é o de que, na restauração,

todos os grupos de espécies são importantes para a nova

comunidade, desde aqueles que são típicos do início da

sucessão ecológica, como as espécies que são mais comuns

em estágios serais mais avançados.

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RESTAURAÇÃO DE FLORESTAS
TROPICAIS
 A maneira pragmática de simular as condições naturais de

regeneração da muitas espécies das florestas tropicais na


restauração vem sendo agrupar essas espécies em grupos
ecológicos, baseados nas sucessões secundárias e antrópica:
 Pioneiras;

 Secundárias;

 Climácicas.

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RESTAURAÇÃO DE FLORESTAS
TROPICAIS
 Pioneiras;

Espécies arbóreas e arbustivas que recobrem rapidamente o solo


utilizam imediatamente os nutrientes da camada superficial do solo
e produzem sombra às espécies

dos estágios seguintes da sucessão.

- Pioneiras típicas;

- Pioneiras Antrópicas.

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RESTAURAÇÃO DE FLORESTAS
TROPICAIS
 Secundárias;

Espécies arbóreas do dossel ou emergentes na floresta natural,

com ciclo de vidalongo (100 anos ou mais), cujas sementes

normalmente anemocóricas não têm dormência e podem

germinar à sombra, mas o banco de plântulas necessita de

clareiras pequenas para se desenvolver.

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RESTAURAÇÃO DE FLORESTAS
TROPICAIS
 Climácicas;

Espécies arbóreas de sub-bosque, do subdossel e às vezes

atingindo o dossel, com ciclo de vida médio a longo (40 a

100 anos ou mais), cujas sementes podem germinar à

sombra e com banco de plântulas que tem a capacidade

de se desenvolver também sob o dossel da floresta.

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CONSERVAÇÃO GENÉTICA DE ESPÉCIES
ARBÓREAS
 População e tamanho efetivo;

A coleta de sementes representativas da população de uma

espécie necessita dos conceitos de tamanho efetivo de Ne,

que vem a ser a representatividade genética que um

indivíduo tem, em virtude de seu sistema reprodutivo e de

sua genealogia

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CONSERVAÇÃO GENÉTICA DE ESPÉCIES
ARBÓREAS
 Tamanho efetivo para coleta de sementes;

Para coleta de sementes de uma espécie arbórea,

assumindo-a como sendo alógama (grande maioria),

podemos adotar um tamanho efetivo adequado para a

coleta de sementes como sendo de 50.

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