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Pteridium aquilinum

conhecido pelos nomes comuns de samambaia, feto-comum, feteira, feiteira ou feito, é


uma espécie de pteridófito pertencente à família Dennstaedtiaceae (alguns autores incluem a espécie
na família Hypolepydaceae). A espécie integra um complexo específico até recentemente considerado como
um a única espécie, o que faz dela um dos organismos vegetais de mais ampla distribuição, ocorrendo em
todos os continentes, excepto na Antárctida. Dada a sua importância como infestante em pastagens e florestas,
e o seu uso como alimento, é também o pteridófito com maior importância económica. O taxon que actualmente
permanece como P. aquilinum ocorre em todas as regiões temperadas e subtropicais do Hemisfério Norte e em
vastas áreas temperadas e subtropicais do Hemisfério Sul.

Classificação científica

Reino: Plantae
Divisão: Monilophyta
Classe: Polypodiopsida
Ordem: Polypodiales
Família: Dennstaedtiaceae
Género: Pteridium
Espécie: P. aquilinum
O género Pteridium foi inicialmente considerado como mono-específico, tendo Pteridium aquilinum como
única espécie. Ao longo das últimas décadas a espécie foi progressivamente subdividida, constituindo
actualmente um complexo específico, com limites mal definidos no qual diferentes autores reconhecem entre 7
e 11 espécies distintas.

Descrição
P. aquilinum é um pteridófito isósporeo, herbáceo, vivaz ou perene, decíduo nas regiões com inverno mais
marcado. Apresenta um rizoma subterrâneo muito desenvolvido que chega a alcançar muitos metros de
comprimento, de cor cinzenta, coberto por vilosidades escuras.
As frondes são grandes, grosseiramente triangulares, com 1 a 3 metros de comprimento. As lâminas são
tripinadas ou quatripinnadas (tetrapinadas), com pínulas ovóides e glabras na face superior, enquanto que a
face abaxial é pilosa, com tricomas densos. O pecíolo é menor ou igual ao comprimento da lâmina. Pode
apresentar uma estipa com cerca de 1 cm de diâmetro na base.
Apresenta soros reunidos em cenosoros lineares, com duplo indúsio composto por um pseudo-indúsio
membranoso composto pelo rebordo da lâmina e um indúsio verdadeiro, de cor acinzentada, situados na
face abaxial das frondes.
Os esporângios são esferoidais, com anel longitudinal, esporos com marcação trilete muito ligeira, que se
disseminam rapidamente pelo vento (forte anemocoria).

Distribuição e habitat
O complexo específico tem sub-cosmopolita, estando apenas ausente em zonas áridas e sub-áridas. A
espécie P. aquilinum ocorre em todas as regiões temperadas e subtropicais do Hemisfério Norte e em vastas
regiões temperadas e subtropicais do Hemisfério Sul, mas a sua distribuição varia em função do número de
espécies que é considerado.
Sendo uma planta extremamente adaptável, coloniza rapidamente áreas disturbadas, razão pela qual integra
numerosas sucessões ecológicas nas etapas de degradação, em especial após incêndios florestais e
queimadas de vegetação, sendo extremamente resistente aos incêndios florestais. Apresenta comportamento
invasor em diversas regiões, incluindo algumas nas quais é nativa, como é o caso da Grã-Bretanha, onde
invade terrenos dominados por urzais de Calluna vulgaris em turfeiras da região de North Yorkshire.[3]
Ocorre desde o nível do mar até aos 2000 metros de altitude, variando o limite altitudinal máximo em função
da latitude.
Prefere solos profundos e bem drenados, em especial solos arenosos em zonas frescas com substratos
acidificados por serem pobres em bases ou ligeiramente siliciosos.
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Etnobotânica e toxicidade
As plantas do género Pteridium são tradicionalmente utilizadas como alimento para humanos e para diversas
espécies de herbívoros domésticos em muitas áreas onde ocorrem. Apesar desses usos, a ingestão destas
plantas tem vindo a ser progressivamente ligada a problemas de saúde diversos, com destaque para
as doenças oncológicas do aparelho digestivo e da pele.
As plantas do género Pteridium contêm o composto carcinogénico designado por ptaquilosídeo,[4] e populações,
especialmente no Japão, que consomem os rebentos como hortaliça, apresentam algumas das mais altas taxas
conhecidas de incidência de cancro do estômago.[5]
Também o consumo de leite contaminado com o composto ptaquilosídeo em resultado da ingestão de fetos
pelas vacas ou cabras que o produzem contribuirá para a alta incidência de neoplasias gástricas humanas nas
populações dos estados andinos da Venezuela.[6]
Os esporos também foram apontados como carcinogénicos, razão pela qual algumas regiões do Reino Unido,
onde o feto é muito comum, utilizam filtros especificamente concebidos para remover os esporos
de Pteridium da água para consumo humano.
Foi sugerido que a ingestão de um suplemento alimentar rico em selénio pode prevenir, e mesmo reverter, o
efeito imunotóxico induzido pelo ptaquilosídeo do Pteridium aquilinum[7]´.
Pteridium aquilinum – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

fetos (botânica)
Os fetos são plantas vasculares que apresentam verdadeiras raízes, caules e folhas e que se reproduzem por

esporos. Constituem um grupo muito diversificado de plantas pteridófitas, usualmente incluído nas Filicophyta. A

dimensão dos fetos é muito variável, desde plantas pequenas a arbóreas.

Nos fetos, as folhas são, geralmente, designadas de frondes.

A maioria dos fetos é heterospórica, mas existem algumas espécies aquáticas homospóricas.

Os esporângios ocorrem isoladamente ou agrupados em soros, normalmente na parte inferior da estrutura foliar,

embora possam ser marginais. Os esporos são de pequena dimensão e muito numerosos.

Os gametófitos são, geralmente, de dimensão reduzida e, muito frequentemente, fotossintéticos.

A fertilização dos fetos implica, normalmente, a presença de água, que permita que o esperma produzido pelos
anterídios possa atingir os arquegónios.

A maior parte dos fetos pode reproduzir-se assexuadamente (por exemplo: rebentos formados de raízes, de

protálos).

Os fetos distribuem-se por todo o mundo, sendo mais comuns em regiões tropicais e subtropicais.

fetos (botânica) - Infopédia (infopedia.pt)

Folíolo – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

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