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ESPICHADEIRA

Nome científico
Solanum glaucophyllum Desf.
(= S. malacoxylon)
Família
Solanáceas
Hábito
Arbusto pouco ramificado, de 0,5
a 1,8 m de altura.
Ciclo
Perene, flor e fruto quase durante
o ano todo, exceto quando o solo
estiver muito seco. A semente é
espalhada por aves, que comem
o fruto, por isto muitas vezes a
planta está próxima a cercas e
cupinzeiros.

Habitat
Restrita a solos argilosos, férteis (ricos
em cálcio), muito alagáveis. Aumenta
em áreas pisoteadas, como perto de
cochos, aguadas e porteiras.
Distribuição
Centro-Oeste e Sul do Brasil, até
Argentina. Freqüente nas sub-regiões
de Poconé, Miranda e Nabileque.

Controle
Não é eliminada com roçadeira nem fogo, pela grande capacidade de
rebrota, sendo mais eficaz arrancá-la com enxadão. Aos primeiros
sinais, retirar o gado.
Condições relacionadas à intoxicação
A intoxicação é crônica e de evolução lenta. Esta planta, que no Brasil
está quase que restrita às sub-regiões norte e sul do Pantanal Mato-
Grossense, possui um princípio ativo semelhante à vitamina D, que
aumenta a absorção de cálcio e fósforo ao nível intestinal. Este
princípio ativo permanece na folha mesmo depois de dessecada e
caída, quando é ingerida. O consumo, portanto, é maior na época
seca, pois a planta verde raramente é pastada pelo bovino.
Sinais clínicos da intoxicação
Provoca calcificação em vários órgãos, principalmente nos pulmões,
artérias, veias e tendões, comprometendo assim suas funções
normais. A deposição de cálcio nos tecidos colágenos dos tendões
causa rigidez dos membros locomotores.

O animal passa a apoiar-se nas pontas dos cascos e apresenta


curvatura dorso-lombar (parecendo porco), dando aspecto
de "espichado". O bovino tem dificuldade de locomoção, ficando a
maior parte do dia deitado.

Em consequência, apresenta emagrecimento progressivo e a morte


sobrevém por debilidade e inanição. A intoxicação ocorre
independentemente de raça, idade e sexo, porém, é mais frequente
em vacas após o primeiro parto.

Quantidade letal
Basta a ingestão de apenas 1,0 g/kg de peso vivo ao dia para
desenvolver um quadro de intoxicação.
Princípios tóxicos prováveis
1, 25-dihidroxicolecalciferol, que é a vitamina D3 ativada, ou forma
hormonal da vitamina D, um glicosídeo esteroidal.

MARIA-MOLE/FLOR-DAS-ALMAS
Nome científico
Senecio spp.
Família
Asteraceae
Existem aproximadamente 128 espécies de Senecio spp. no Brasil, embora
algumas delas sejam pouco comuns. Apesar de serem conhecidas muitas
espécies de Senecio, a mais comumente encontrada no Brasil é o Senecio
brasiliensis
Ciclo:
S. brasiliensis é perene, herbácea, muito ramificada e pode chegar a 1,6 m de
altura, As plantas de S. brasiliensis se reproduzem exclusivamente por meio de
sementes.
Habitat:
Tolera solos ácidos, no entanto, em solos corrigidos e adubados, torna-se
ainda mais vigorosa e agressiva. É encontrada preferivelmente em ambientes
ensolarados.
Distribuição:
É uma planta nativa da América do Sul, ocorrendo no Paraguai, Uruguai,
nordeste da Argentina e centro-sul do Brasil. Nos estados do sul do país, está
presente em quase todos os lugares e, nos estados da região central, prefere
locais de maior altitude.
CURIOSIDADE:
Embora possa causar toxidez, quando consumida pelos animais, essa espécie
tem sido utilizada de outras formas. É empregada na ornamentação de
cemitérios, nas áreas rurais do sul do Brasil, devido à época de florescimento
das plantas coincidir com o Dia de Finados. Além disso, suas flores são
visitadas por abelhas (Apis melífera – conhecida como Abelha Europeia),
podendo ser considerada como planta fornecedora de pólen e/ou néctar.

Princípios tóxicos:
As plantas do gênero Senecio possuem como princípios ativos tóxicos os
alcaloides pirrolizidínicos. É hepatotóxica.
OBSERVAÇÃO: a ingestão de Senecio spp. ocorre principalmente entre maio
e agosto (inverno) período em que está em brotação e quando diminui muito a
disponibilidade de pastagem.
Quantidade letal: Doses diárias de 0,6 a 5g/kg, por um período de 1 a 8
meses são necessárias para provocar o quadro de intoxicação.
Sinais Clínicos:
Ocorrem principalmente em bovinos e equinos. Em ovinos e caprinos, a
intoxicação é de menor incidência ou rara, já são mais resistentes a ação tóxica
da planta.
Bovinos: Os sinais apresentados são agressividade e falta de coordenação; os
animais aparentam constante necessidade de defecar, apesar do reto estar
vazio (tenesmo); prolapso retal, diarreia, decúbito e morte entre 24 e 72 horas.
Equinos: Nos equinos há sinais clínicos de distúrbios neurológicos como
depressão, ataxia, andar a esmo, pressão da cabeça contra objetos,
dificuldade em apreender os alimentos, disfagia e cegueira. Outros sinais
incluem inapetência, perda de peso, cólica, edema subcutâneo, icterícia e foto-
dermatite. Os principais achados histopatológicos consistiram de fibrose
hepática.
Tratamento:
Não existem tratamentos específicos, nem sintomáticos, que permitam a
recuperação dos animais com sinais clínicos de ingestão das plantas.

cicuta, cicuta-maior, cicuta-verdadeira, funchoselvagem.

CICUTA/CICUTA-MAIOR/CICUTA-VERDADEIRA/FUNCHO-
SELVAGEM:

Nome científico:
Conium maculatum
Família:
Pertencente ao género Conium da família Apiaceae.
Distribuição:
Desenvolve-se nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Sinais Clínicos:
Em bovinos os sinais envolvem lacrimejamento, salivação, dispneia, e diarreia
fétida ou, hemorrágica, além de teratogenicidade.
OBSERVAÇÃO: É responsável por causar artrogripose (malformação das
articulações), uma malformação frequente em bovinos e ovinos. Esta
malformação é explicada, uma vez que esta planta contêm alcaloides
piperidínicos e quinolizidínicos que ultrapassam a barreira placentária,
bloqueando a transmissão nas junções neuromusculares, causando a redução
dos movimentos do feto no útero e consequentemente malformações ósseas e
atrofia muscular secundária
.
https://www.beefpoint.com.br/plantas-toxicas-que-causam-lesoes-
hepatotoxicas-cronicas-em-bovinos-38971/#:~:text=Existem
%20aproximadamente%20128%20esp%C3%A9cies%20de,Brasil
%20%C3%A9%20o%20Senecio%20brasiliensis.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/169780/1/COT-83-Plantas-
Toxicas-Senecio.pdf
http://www.cana.com.br/biblioteca/informativo/DOC-20160905-WA0023.pdf
http://www.uece.br/cienciaanimal/dmdocuments/artigo5_2011.3b.pdf

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