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Plantas Tóxicas

de
Interesse Veterinário

Dra Sandra B dos Santos


 Introdução
 Segundo dados do Ministério da Saúde, ocorrem
cerca de 2.000 casos de intoxicações por plantas
no Brasil.

 RS10% a 14% das mortes de bovinos são


causadas pela ingestão de plantas tóxicas, pode-se
estimar que morrem, anualmente, no Estado, entre
64.000 e 90.000 bovinos.

 Prejuízos estimados por animal em US$ 12,8 a 18


milhões as perdas anuais causadas por morte de
bovinos.
 Ornamentais
 São plantas utilizadas no ambiente domiciliar, jardins
e praças para fins decorativos, pois são de fácil
cultivo e manuseio.
 Principais famílias
 Família Euphorbiaceae possui 290 gêneros e 7.500
espécies, arbóreas, arbustivas, subarbustos, e ervas
com folhas alternas simples ou compostas
estipuladas. Possuem a seiva lactescente muito
tóxica.

 Família Araceae – monofiléticas de plantas com flor,


monocotiledôneas da ordem Alismatales – com 129
gêneros e 4.000 espécies. A seiva contém oxalato
de cálcio.
COMIGO-NINGUÉM-PODE
Família: Araceae
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.
Nome popular: aninga-do-Pará.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas.
COMIGO-NINGUÉM-PODE
 SINTOMAS: a ingestão e o contato podem causar sensação de
queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua,
náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade
de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar
irritação e lesão de córnea.
TAIOBA-BRAVA
Família: Araceae
Nome Científico: Colocasia Antiquorum Schot
Nome popular: cocó, taió, tajá.
Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio
Parte tóxica: todas as partes da planta
TAIOBA-BRAVA
 SINTOMAS: ingestão e o contato podem causar sensação de
queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua,
náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de
engolir e asfixia; os contatos com os olhos podem provocar
irritação e lesão da córnea.
TINHORÃO
Família: Araceae
Nome científico: Caladium Bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio
Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio
Parte tóxica: todas as partes da planta.
TINHORÃO
 SINTOMAS: A ingestão e o contato podem causar sensação de
queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua,
náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de
engolir e asfixia; os contatos com os olhos podem provocar
irritação e lesão da córnea.
COPO-DE-LEITE
Família: Araceae
Nome Científico: Zantedeschia aethiopica Spreng
Nome popular: copo de leite
Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio
Parte tóxica: todas as partes
COPO-DE-LEITE
 SINTOMAS: em contato com mucosas pode ocorre inchaço de
lábios, boca, língua e faringe; sensação de queimação,
náuseas, vômitos, diarreias, aumento da salivação, dificuldade
de deglutição e asfixia decorrente do inchaço do sistema
digestório que impede a passagem de ar pelo sistema
respiratório. Quando em contato com os olhos, podem ocorrer
irritação, lacrimejamento, ferimentos na córnea e fotofobia
BICO-DE-PAPAGAIO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: látex irritante.
BICO-DE-PAPAGAIO
 SINTOMAS: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas,
edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação
e coceira; o contato com os olhos provoca irritação,
lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão;
a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.
COROA-DE-CRISTO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa-de-cristo.
Princípio Ativo: Toxalbumina
Parte tóxica: todas as partes da planta.
COROA-DE-CRISTO
 SINTOMAS: Muito usada para cercas-vivas, a seiva leitosa causa
lesão na pele e mucosas, edema de lábios, boca e língua, dor
em queimação; o contato com os olhos provoca irritação,
lacrimejamento, edema das pálpebras; a ingestão pode causar
náuseas, vômitos e diarréia.
MAMONA
Família: Euphorbiaceae
Nome Científico: Ricinus communis
Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo,
carrapato.
Princípio Ativo: Toxalbumina
Parte tóxica: sementes.
MAMONA
 SINTOMAS: A ingestão das sementes mastigadas causa
náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa
e ate sanguinolenta; nos casos mais graves pode
ocorrer convulsões, coma e óbito.
PINHÃO-ROXO
Família: Euphorbiaceae.
Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-
bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-
cavalo.
Princípio Ativo: Toxalbumina
Parte tóxica: folhas e frutos.
PINHÃO-ROXO
 A ingestão do fruto causa náuseas, vômitos cólicas
abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta,
dispnéia, arritmia e parada cardíaca.
AVELÓS
Família: Euphorbiaceae
Nome popular: Graveto-do-cão, dedo-do-diabo.
Nome Científico: Euphorbia tirucalli
Princípio ativo: Hidrocarbonetos terpênicos e aldeídos.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
AVELÓS
SINTOMAS: A seiva leitosa causa lesão na pele e
mucosas, edema de lábios, boca e língua, dor em
queimação; o contato com os olhos provoca irritação,
lacrimejamento, edema das pálpebras; a ingestão
pode causar náuseas, vômitos e diarréia.
SAIA-BRANCA
Família: Solanaceae.
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira,
cartucheira, zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio Ativo: Beladona
SAIA-BRANCA
 SINTOMAS: Planta alucinógena e muito disseminada no Brasil,
podendo ser encontrada em terrenos baldios. a ingestão
pode provocar taquicardia, estado de agitação, alucinação
e nos casos mais graves, pode levar à morte.
ESPIRRADEIRA
Família: Apocynaceae.
Nome Científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.
Princípio Ativo: Glicosidio cardiotóxico
Parte tóxica: todas as partes da planta
ESPIRRADEIRA
 Apesar de muito usada em projetos paisagísticos, é uma planta
altamente tóxica, a ingestão ou o contato com o látex pode
causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas,
vômitos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios
cardíacos que podem levar a morte.
CHAPEU-DE-NAPOLEÃO
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Thevetia Peruviana Schum
Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor.
Princípio Ativo: Glicosidio cardiotóxico
Parte tóxica: todas as partes da planta
CHAPEU-DE-NAPOLEÃO
 SINTOMAS: A ingestão ou o contato com o látex pode
causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas,
vômitos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios
cardíacos que podem levar a morte.
URTIGA
Família: Urticaceae.
Nome científico: Fleurya aestuans L.
Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansanção.
Parte tóxica: pêlos do caule e folhas.
Princípio ativo: histamina, acetilcolina, serotonina.
URTIGA
 SINTOMAS: o contato causa dor imediata devido
ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão
cutânea, bolhas e coceira.
 Tratamento

Fonte: MARTINS, T.D.; GERON, V.L.M.G. 2014. PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS: CONHECER PARA PREVENIR
ACIDENTES DOMÉSTICOS Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente 5(1): p. 79-98.
 Tratamento

Fonte: MARTINS, T.D.; GERON, V.L.M.G. 2014. PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS: CONHECER PARA PREVENIR
ACIDENTES DOMÉSTICOS Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente 5(1): p. 79-98.
 Tratamento

Fonte: MARTINS, T.D.; GERON, V.L.M.G. 2014. PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS: CONHECER PARA PREVENIR
ACIDENTES DOMÉSTICOS Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente 5(1): p. 79-98.
 Plantas de Interesse
Pecuário
 É aquela que quando ingerida pelos animais
domésticos de fazenda, sob condições naturais, causa
danos à saúde ou mesmo morte.
 Importância do estudo
dessas plantas

 No Brasil são conhecidas por volta de 130 plantas que


possuem potencial tóxico e de interesse pecuário (Tokarnia
et al., 2000).

 A exposição dos animais de produção a plantas tóxicas se


dá principalmente por sua presença nas pastagens,
contaminação acidental do alimento e oferecimento
como alimento.
 Importância do estudo
dessas plantas

 Na pecuária brasileira, e de outros países, uma significativa


causa de prejuízos é a ingestão de plantas tóxicas.

 As toxinas presentes nas plantas podem influenciar


diretamente na produção animal, sendo capazes de
promover importantes prejuízos ao agronegócio.
 FATORES QUE INFLUENCIAM A
TOXIDEZ DAS PLANTAS TÓXICAS

 Algumas plantas apresentam toxidez apenas em


certas condições de administração ou em certas
épocas do ano.

 Há outras cuja ação tóxica é de efeito cumulativo;


neste caso a ingestão de uma certa quantidade pode
não causar danos, até que um dia apareça um
animal morto por tê-la comido em doses maiores.

 Nem todas as plantas com comprovada toxicidade


experimental são consideradas tóxicas para animais
visto que muitas não são consumida pelos animais.
 FATORES QUE INFLUENCIAM A
TOXIDEZ DAS PLANTAS TÓXICAS

 As razões que levam os animais a ingerirem estas


plantas nocivas, como a falta de pastagens
adequadas.

 A escassez de alimentos, são os principais fatores


responsáveis pelas intoxicações e morte dos mesmos.
 Condições para intoxicação

 os animais selecionam as plantas disponíveis pela


palatabilidade e pelas sensações que ocorram após a
ingestão. Assim, podem evitar ingerir plantas que, apesar
de serem palatáveis, produzam efeitos adversos,
principalmente náuseas e vômitos.

 A fome é a condição mais importante para ingestão de


plantas tóxicas.
 Principais no Nordeste

Fonte: Barbosa et al. 2007. PLANTAS TÓXICAS DE INTERESSE PECUÁRIO: IMPORTÂNCIA E


FORMAS DE ESTUDO. Acta Veterinaria Brasílica, v.1, n.1, p.1-7.
 Principais no Nordeste

Fonte: Barbosa et al. 2007. PLANTAS TÓXICAS DE INTERESSE PECUÁRIO: IMPORTÂNCIA E


FORMAS DE ESTUDO. Acta Veterinaria Brasílica, v.1, n.1, p.1-7.
ERVA-DE-RATO
Família: Rubiaceae
Nome científico: Paulicorea marcgravii (erva de rato)
Nome popular: erva de rato, Café Bravo”, “Roxa”, “Roxinha”,
“Roxona” e “Vick”
Parte tóxica: folhas e furtos
Princípio ativo: ácido monofluoracético - planta seca tem 4x
vezes mais do que a planta verde.
ERVA-DE-RATO

Ampla distribuição no Brasil, alta palatabilidade e


elevada toxicidade com efeito cumulativo.
Pode ser ingerida em qualquer época do ano,
embora na seca o número de intoxicações é maior.
ERVA-DE-RATO
 SINAIS CLÍNICOS: Desequilíbrio do trem posterior (os animais
caem), tremores musculares, movimentos de pedalagem,
dispnéia, membros distendidos, taquicardia, convulsão e morte;
Os sinais aparecem em poucas horas após a ingestão da
planta (5 a 24 horas) e apresentam um quadro superagudo( o
animal pode morrer em 1 a 15 minutos).

 MORTE SÚBITA.

 TRATAMENTO: Não existe tratamento específico.


TINGUÍ
Família: Malpighiaceae
Nome científico: Mascagnia rígida, M. elegans
Nome popular: tinguí, corona, timbó, cipó-prata salsa-rosa,
Parte tóxica: folhas, flor e fruto
Princípio ativo: Glicosídio digitálico.
TINGUÍ
 Planta de boa palatabilidade, é ingerida junto com a
forragem durante todo o ano.

 Quando a planta está brotando, a toxicidade é maior e a


movimentação dos animais que ingeriram a planta
favorece a intoxicação.

 MORTE SÚBITA
ORELHA-DE-NEGO
Família: Leguminosae
Nome científico: Enterolofium contortisiliquum
Nome popular: (tambor, tamboril, orelha de negro, orelha de
macaco, Timbaúba.
Parte tóxica: fruto
Princípio ativo: as saponinas (gitogenina, digitogenina).
ORELHA-DE-NEGO

 SINTOMAS: Na intoxicação aguda há diminuição ou ausência


completa de apetite, apatia, fezes extremamente diarréicas,
sede intensa, desidratação, diminuição da freqüência
cardíaca e respiratória, corrimento nasal seroso bilateral.

 Curso crônico da doença: Apatia, anorexia, diarreia com


fezes pretas e fétidas, mucosa ocular ictérica, lesões de pele
do tipo fotossensibilização.
FEDEGOSO
Nome: Senna Ocidentallis (Cassia Occidentallis)
Família: Leguminosae
Nome vulgar: Fedegoso
Principio ativo: N-metilmorfoline e o Oximetilantraquinona
Parte tóxica: folhas, sementes e flores
FEDEGOSO
 É abundante nas pastagens ao longo de beiras de estrada,
em lavouras, em solos ricos ou bastante fertilizados.
 As intoxicações ocorrem mais na época seca;
 SINAIS CLÍNICOS: Diarréia com cólica e tenesmo em 2 a 4 dias
após a ingestão, fraqueza muscular, ataxia dos membros
posteriores e relutância em se mover. Mioglobinúria, decúbito
esternal e lateral. Os animais podem adoecer mesmo após
duas semanas de cessada a ingestão da planta.
 Causa miopatia e cardiomiopatia degenerativas em várias
espécies.
GUIZO-DE-CASCAVEL
Familia: Fabaceae
Nome Cientíico: Crotalaria retusa
Nome popular: guizo de cascavel, feijão de guizo, chocalho de
cobra,maracá de cobra, gergelim bravo.
Principio Ativo: alcaloides pirrolizidínicos.
Partes tóxicas: toda a planta.
GUIZO-DE-CASCAVEL
 SINTOMAS: hepatotóxica, anorexia, atordoamento, mal estado
geral, irritabilidade, bocejos, espasmos musculares,
incoordenação, cabeça baixa, agressividade, andar a esmo e
galope sem rumo.
SALSA-BRAVA
Familia: Convulvulaceae
Nome Científico: Ipomea carnea susp fistulosa (algodão bravo)
Ipomea asarifolia (salsa)
Nome popular: salsa, algodão bravo, mata bode
Princípio Ativo: alcaloides ergolínicos
Partes tóxicas: toda a planta
SALSA-BRAVA
 SINTOMAS: Causa uma síndrome tremorgênicas, caraterizados
por tremores musculares, inicialmente de cabeça e pescoço
que posteriormente se generalizam por todo o corpo,
culminando com perda de equilíbrio seguido de quedas
 Acomete o SNC
 80% da vegetação disponível na seca – no semiárido
SALSA-BRAVA
SAMAMBAIA
Família: Polypodeaceae
Nome : Pteridium Aquilinum
Nomes vulgares: Samambaia, samambaia-do-campo,
samambaia-das-taperas
Princípio ativo: tiaminase do tipo I fenóis, tiazol, pirimidina, ácido
cinâmico, chiquímico.
Partes tóxicas: todas as partes – toda época do ano.
SAMAMBAIA
 É uma planta que vegeta em lugares de maior altitude em solos ácidos e
arenosos, após derrubada de matas, nas beiradas de estradas e capoeiras.
 As intoxicações - animais com fome comem com fenos contaminados.
 Sinais clínicos: após ingestão os animais começam a apresentar pêlos
arrepiados, perda de peso e andar cambaleante, tristeza, indiferença,
hemorragias cutâneas e das cavidades naturais como boca e fossas nasais,
edema de garganta, aumento da temperatura corporal.
 Tipo entérico: Anorexia, depressão, enterite, fezes diarréicas de cor escura e
com coágulo de sangue, mucosas pálidas com petéquias, temperatura
elevada, hemorragias.
 Forma crônica: A principal alteração clínica é a presença de hematúria
enzoótica (sangue), mas também são freqüentes os carcinomas
epidermóides no esôfago, faringe rúmen, com tosse, dificuldade de
apreensão e deglutição dos alimentos.

 Forma crônica: Bexiga com conteúdo urinário de cor vermelha e, às vezes,


com coágulos sanguíneos. Tanto na faringe, como no esôfago e rúmen, são
observados papilomas de diversas formas, carcinomas na base da língua,
nódulos firmes na bexiga.
 Tratamento: Não há tratamento terapêutico eficaz.
SORGO
Familia: Graminae
Nome científico: Shorgum vulgare, sorgo Shorgum halepense
Nome vulgar: sorgo, capim sudão, sorgo de alepo)
Princípio ativo: compostos cianogênicos -> contém o ácido
cianídrico(HCN),formando compostos cianogênicos, geralmente
glicosídeos ou hidroxinitrilos.
SORGO
 As intoxicações ocorrem no período de rebrota (março-julho);

 SINAIS CLÍNICOS: Dispnéia, tremores musculares, excitação,


salivação, lacrimejamento, incoordenação, opistótono, decúbito,
convulsões, dilatação de pupilas.

 TRATAMENTO: a maioria dos animais recupera clinicamente após


tratamento com antitóxico e troca de pasto.
MANDIOCA BRAVA

Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta ranz).
Nome popular: mandioca, maniva.
Parte tóxica: raiz e folhas.
Princípio ativo: glicosídeos cianogênicos.
MANDIOCA BRAVA
 SINTOMAS: a ingestão causa cansaço, falta de ar,
fraqueza, taquicardia, taquipnéia, acidose
metabólica, agitação, confusão mental, convulsão,
coma e morte.
CHUMBINHO
Família: Verbenaceae
Nome científico: Lantana câmara L. (Camara, Brasiliensis, Fulcata,
Glutinosa, Tiliaefolia)
Nome popular: Chumbinho, camará, cambará, margaridinha
Partes tóxicas: Brotos
Princípio ativo:Lantadene B e Lantadene A.

 Planta com ampla


distribuição geográfica
no Brasil.
 Intoxicações no inicio
das chuvas – brota
rápido.
CHUMBINHO

 SINTOMAS FASE AGUDA: ocorre entre 24-48 horas: Apatia,


anorexia, midríase, icterícia, fezes moles e com sangue, edema
de faces e membros, urina de cor escura, lacrimejamento,
sialorréia, fotossensibilização.

 SINTOMAS FASE CRÔNICA: ocorre entre 15-42 dias:


Manifestações de fotossensibilização hepatógena como
eritema, edema inflamatório das partes claras, com exsudato
seroso e face ventral da língua ulcerada; diminuição ou
parada dos movimentos do rúmen, inquietação, icterícia, urina
de coloração marrom, fezes ressecadas, nefrose, mumificação
da pele nos animais que não morrem.

 TRATAMENTO: soro glicosado, purgantes salinos, pomadas a


base de vitamina A e zinco nas lesões de pele, corticóide,
antibióticos, anti-histamínicos, rumenotomia com remoção do
conteúdo e substituição por conteúdo ruminal normal.
BRAQUIÁRIA
Nome científico: Brachiaria decubens
Nome popular: capim braquiaria
Princípio Ativo: saponinas litogênicas
SINTOMAS: causa fotosensibilização.
BARBATIMÃO
Família: Leguminosae
Nome: Stryphnodendron spp.
Nome vulgar: Barbatimão
Principio Ativo:taninos (casca) e saponinas (frutos)
Partes tóxicas: casca, folhas e frutos.
BARBATIMÃO

 As intoxicações ocorrem na seca onde os animais que estão


passando fome e comem as favas que caem no chão.

 SINAIS CLÍNICOS: Apatia, anorexia, ressecamento do focinho,


atonia ruminal, emagrecimento progressivo, sonolência,
hipotermia, tremores musculares, lacrimejamento, sialorréia,
erosões na mucosa bucal, lesões de pele, polaciúria (micções
muito freqüentes e pouco abundantes).

 TRATAMENTO: Administração de purgantes oleosos e salinos, soro


glicosado e anti-histamínico, aplicação de pomadas e
ungüentos nas lesões de pele.
PREVENÇÃO

 familiaridade com as plantas da região, incluindo as de


jardins e ornamentais presentes no interior das residências, e
do conhecimento das variações sazonais na concentração
de substâncias tóxicas;

 Evitar que os animais entrem em contato em áreas com


plantas tóxicas, especialmente na seca.
PREVENÇÃO
 Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e
animais domésticos.
 Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores
pelo nome e características.
 Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las
como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc).
 Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação
médica.
 Não coma folhas e raízes desconhecidas. Lembre-se que não há
regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das
venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da
planta.
 Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando
irritação na pele, principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em
qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças ou
lambidos por animais domésticos; quando estiver lidando com
plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta
atividade.
 Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e
guarde a planta para identificação.

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