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Introdução 4
Alamanda 6
Antúrio 8
Azaléia 10
Batata 11
Bico de papagaio 14
Broto de bambu 16
Copo de leite 20
Coroa de cristo 22
Costela de Adão 24
Cróton 25
Dedaleira 27
Espirradeira 32
Glicinia 38
Hera 40
Hortência 42
Jasmim manga 44
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Lírio 45
Mamona 47
Mandioca brava 49
Taioba 52
Tinhorão 53
Tomate 56
Referências 59
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Introdução
É raro encontrar alguém que não goste de plantas, cada pessoa gosta de pelo
menos uma flor, árvore, com suas cores e formatos de preferência. Algumas podem
realmente ser lindas, mas todas desta lista são tóxicas, venenosas e é bem
provável que se entrar em contato ou ingerir, pode levar à morte.
Plantas tóxicas são aquelas que produzem toxinas capazes de provocar problemas
de saúde em seres humanos e animais domésticos. Estas substâncias tóxicas
podem estar presentes em todas as partes da planta ou apenas em partes dela
(folhas, frutos, sementes, raízes).
A Fundação Oswaldo Cruz estima que cerca de duas mil pessoas ao ano são
envenenadas por plantas tóxicas no Brasil. Cerca de 60% das vítimas são crianças
com idade inferior a nove anos. De acordo com o Centro de Informações
Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC), há casos em que a ingestão de uma
pequena quantidade da planta pode levar a morte. No caso de algumas plantas, a
ingestão de apenas duas sementes pode ser fatal. Se uma criança de
aproximadamente 30 quilos comer o equivalente a cinco sementes de Mamona,
pode ter distúrbios cardíacos e vir a óbito.
Assim listamos abaixo algumas medidas que podem ser úteis para a prevenção do
envenenamento por plantas.
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Algumas medidas para evitar o envenenamento. Confira:
- Oriente-as a não utilizar plantas como brinquedos (fazer “comidinhas”, “tirar leite”);
- Não enfeite a casa ou jardim com plantas tóxicas. - Não use remédios caseiros,
feitos de plantas, sem orientação médica;
- Não faça, sem orientação médica, remédios ou chás caseiros preparados com
plantas.
Em caso de intoxicação:
Saiba algumas dicas sobre o que fazer no caso de intoxicação por plantas
venenosas:
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Alamanda
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flores são amarelas, fasciculadas, axilares e campanuladas. O fruto é do tipo
cápsula bivalve, contendo poucas sementes. Esta é uma planta bastante tóxica, é,
portanto, necessário todo cuidado para cultivá-la. Propagam-se na primavera e
verão e o método ideal é a estaquia de galho. São agrupadas em hastes florais e
sem flores quase o ano inteiro. O amarelo é predominante.
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Antúrio
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especialmente em casas onde existam crianças e animais de estimação. Toda esta
planta é tóxica quando ingerida devido à presença de oxalato de cálcio, um
composto químico que apresenta cristais capazes de perfurar os tecidos da região
do pescoço, impedindo a passagem de ar e levando até à morte por asfixia.
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Azaléia
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Batata
Fig. Notar batas saudáveis (claras) e batatas com solanina (parte esverdeada) e a
região dos brotos. Para consumir deve-se retirar a porção esverdeada assim com
a região dos brotos pois este glicoalcalóide fica retido entre a casca e o resto da
batata.
Quando você ver alguma batata verde não pense que ela está verde porque ainda
não ficou madura. Ela verde indica que não se deve comê-la, pois a batata contém
solanina, um glicoalcalóide venenoso que possui um gosto amargo que pode
causar cólicas, diarréia, arritmia cardíaca, vômitos.
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A espécie começou a ser cultivada por civilizações andinas há cerca de oito mil
anos e o cultivo foi aperfeiçoado pelos Incas, que utilizavam, inclusive, técnicas de
irrigação. Os espanhóis introduziram, no século XVI, a espécie na Europa, e se
tornou um alimento fundamental no continente. Entretanto a grande dependência
da batata fez com que o ataque de pragas que devastam as plantações causasse
a morte de milhões de pessoas que tinham a batata como principal alimento, tal
como aconteceu na Irlanda em 1845. Atualmente, o tubérculo é o quarto alimento
mais consumido do mundo, com milhares de variedades de diferentes cores,
sabores e tamanhos que são utilizadas em receitas no mundo todo. O maior
produtor mundial é a China, cuja produção em conjunto com a da Índia corresponde
a mais de um terço da produção mundial.
Como parte da defesa natural das plantas contra fungos e insetos, a planta possui
altos níveis de componentes tóxicos chamados glicoalcalóides (geralmente
solanina e chaconina). Geralmente esses compostos são encontrados em níveis
baixos no tubérculo, e estão localizados somente pouco abaixo da pele, assim deve
ser evitado comer a casca.
Batatas conservam-se melhor em locais escuros, secos e frescos, mas não frio
demais como em geladeiras, se armazenadas na geladeira elas também produzem
a bendita da solanina. No frio elas convertem parte de seu amido em açúcar, que
produz um açucarado peculiar e faz com que fiquem marrons ao serem fritas.
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Em fase de brotamento, isto é, quando está brotando, a batata também é tóxica. A
solanina é tóxica para o organismo humano e não é destruída por processos como
o cozimento.
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Bico de papagaio
O Bico de papagaio, também conhecido como Poinsétia, é uma planta que produz
uma seiva leitosa venenosa e, por isso, deve-se evitar entrar em contato direto ou
ingerir qualquer das suas partes. Ao entrar em contato com a pele, esse suco
branco ou transparente pode causar queimaduras e irritações (dependendo da
quantidade e da espécie da planta). A ingestão provoca intoxicação grave. Se tiver
filhos pequenos, certifique-se de que esta planta não esteja ao alcance deles. Se
isso for impossível, dê de presente para alguém sem filhos e sem animais de
estimação.
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ingestão, pode surgir excesso de saliva, dificuldade em engolir, inchaço dos lábios
e língua, enjoos e vômitos.
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Broto de bambu
Os brotos de bambu frescos, podem durar até duas semanas quando refrigerado
adequadamente e longe da luz solar ou então os brotos irão desenvolver um sabor
amargo. Recomenda-se cozinhá-los tão rapidamente quanto possível. No entanto,
antes de cozinhar brotos de bambu fresco, é altamente recomendável fervê-los
parcial ou mergulha-los em água durante uma noite, pois a maioria contem cianeto,
que é eliminado por qualquer um destes processos.
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Todos os brotos de bambus são comestíveis, mas só mesmo japoneses e chineses
para dizerem quais são os melhores, os menos amargos. Nunca experimente
pedaços crus, pois o certo é nunca o comer cru, pois os brotos contêm um princípio
tóxico cianogênico chamado taxifilina - que dá origem, por hidrólise, ao ácido
cianídrico entre outros compostos. Alguns têm mais que outros e parece que a
concentração é diretamente ao grau de amargor. Uma cocção em água por 20
minutos, no entanto, é suficiente para eliminá-lo.
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Comigo-ninguém-pode
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sintomas. O problema maior está no fato de que a planta, por causar inchaço, pode
causar asfixia. Vale destacar que, caso ocorra contato com os olhos, pode haver
irritação, lacrimejamento e inchaço. Cultivada dentro de casa, essa plantinha é tida
como amuleto contra o mau-olhado. Nos Estados Unidos, ela é conhecida como
“cana de mudo”, já que o inchaço impede a pessoa de falar até que a inflamação
melhore.
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Copo-de-leite
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histamínicos. Corticóides em casos graves. Contato ocular: Lavagem demorada
com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.
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Coroa-de-Cristo
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Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de
potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO Ingestão: Evitar
esvaziamento gástrico. Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa
(leite, óleo de oliva). Casos graves: corticóides. Contato ocular: lavagem com água
corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.
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Costela-de-Adão
Possui grandes folhas furadas, que contém oxalato de cálcio, daí sua toxicidade. É
cultivada como ornamental e muito usada em locais de sombreamento. Suas flores
são claras, cor de creme, e muito odoríferas, e seu fruto é comestível. Porém,
cuidado, é uma planta da família das Aráceas, por tanto, perigosa ao ser comida.
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Cróton
O cróton é uma planta arbustiva de folhagem muito exuberante. Ele apresenta caule
de textura semi-lenhosa a lenhosa e seiva leitosa tóxica. Suas folhas são coriáceas
e brilhantes e podem ser afiladas, lobadas, ovaladas ou retorcidas, de tamanhos
variados. No entanto o que mais chama a atenção nesta planta é o colorido de suas
folhas, que se mostram mescladas de vermelho, roxo, rosa, branco, amarelo, verde
ou laranja, nas mais variadas combinações.
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muitas, e as mais conhecidas são a ‘Spirale’, a ‘Andreanum’, a ‘Majesticum’, a
‘Aureo-maculatum’, a ‘Sanderi’, a ‘Angustissimum’, a ‘Aucubifolium’, a ‘Interruptum’
e a ‘Weismannii’. A escolha da variedade vai depender do gosto do cliente e das
qualidades paisagísticas de cada uma.
O Cróton Variegado se caracteriza por ser uma planta tóxica. As suas sementes
possuem alto nível de toxicidade, enquanto que o caule, as raízes e as folhas
possuem um nível menor de toxicidade, contudo, é recomendado que sempre que
for manipular esta espécie vegetal, a pessoa faça uso de luvas, pois além de ser
tóxica a seiva emitida pela planta pode causar irritações na pele das pessoas.
Como a planta é tóxica, deve ser evitada a sua colocação em ambientes que tenha
o trânsito constante de crianças, como forma de evitar acidentes.
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Dedaleira
Sintomas: náuseas, vômitos, dor de barriga forte, diarreia, tonturas, dor de cabeça,
diminuição dos batimentos cardíacos e redução acentuada da pressão arterial.
Ingestão: dor/queimação, sialorréia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,
diarreia. Manifestações neurológicas com cefaléia, tonturas, confusão mental e
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distúrbios visuais. Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão.
Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.
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Espada-de-são-jorge
Planta perene, oriunda da África, com caule rizomatoso, com cerca de 20 cm. de
altura. Folhas curtas coriáceas espessas, dispostas em rosetas na cor verde, com
faixas irregulares transversais verde-acinzentadas. Flores pequenas e
esbranquiçadas e perfumada numa haste alongada. É uma planta herbácea
altamente tóxica, podendo matar se sua seiva entrar em contato com a corrente
sanguínea. É de origem africana e usada em cultos afro-brasileiros, chamada de
espada-de--ogum (quando inteiramente verde) ou espada-de-ossose (quando tiver
bordas amarelas).
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severas estiagens. Entretanto, todas se assemelham e geralmente nascem em um
formato rosáceo, crescendo em suas “espadas” lentamente, mas podem dividir
opiniões e crenças; veja como essa separação acontece.
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Espirradeira
Esta planta é arbustiva de porte médio, que floresce profusamente, em cores que
vão do branco ao rosa-lilás, muito usada nas calçadas e quintais, por sua beleza é
muito utilizada para ornamentação, é altamente tóxica. No entanto, aos alérgicos
esta planta é profundamente tóxica, basta passar perto para que se desencadeiem
crises de rinite ou casos de asma. Ela possui componentes conhecidos como
glicosídeos cardiotóxicos que causam intoxicação. Essa intoxicação envolve
problemas neurológicos, tais como dor de cabeça, tontura e confusão mental, e até
mesmo cardíacos, como arritmias e bradicardias. Além disso, sua ingestão pode
causar cólicas, diarreia, náusea e vômito que requerem atendimento imediato. Em
contato com os olhos, também pode desencadear problemas visuais, como
congestão conjuntival (dilatação dos vasos sanguíneos na conjuntiva). A
espirradeira é uma planta muito tóxica que pode provocar lesões muito graves com
apenas 18 gramas, colocando em risco a vida de um adulto com 80 Kg.
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enjoos, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarreia, dor de cabeça intensa,
tonturas, confusão, distúrbios visuais, diminuição dos batimentos cardíacas e
redução acentuada da pressão arterial.
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Flor do paraíso
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O tratamento é sintomático para o controle dos sinais clínicos apresentados como
vômitos e diarreia além de monitorar as possíveis arritmias.
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Folha da Fortuna (Kalanchoe)
Sua origem é africana é um gênero de planta suculenta tropical que incli mais de
125 espécies. São plantas de aspecto atrativo, muito utilizadas como ornamentais
em todo o mundo. Planta suculenta, de folhas com margens rendadas. O calanchoê
tem um significado especial, considerada a flor-da-fortuna e da felicidade é muito
presenteada entre amigos e parentes. Suas flores podem ser simples ou dobradas
de muitas cores diferentes, com grande durabilidade. As variedades de flores
dobradas são chamadas de Calandivas ou Kalandivas. Plantadas em vasos têm
sua beleza exaltada, porém podem ser plantadas no jardim formando maciços e
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bordaduras, acrescentando um colorido original. Apesar de perene, deve ser
tratada como anual por perder a beleza, salvo em algumas variedades
Devem ser cultivadas a pleno sol ou meia sombra, em solo composto de terra de
jardim e terra vegetal, bem drenável, com regas regulares. Em regiões de verão
muito quente, é interessante proteger o calanchoê do sol forte entre às 11 e às 14
horas. Tolerante ao frio. Multiplica-se facilmente por estaquia e alporquia.
Tratamento
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Glicinia
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Muito bonita, a glicínia é uma das plantas mais apreciadas para a decoração de
balcões, jardins, pérgolas e terraços.
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Hera
A hera de folha miúda, ou qualquer outra planta do gênero Ficus, muito usadas em
casa até como bonzais, são tóxicas por seu leite que contem oxalato de cálcio e
cumarinas.
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imediatamente à presença da folha na boca chorando e com salivação abundante.
O exame mostrou leve irritação na mucosa oral, sem maiores complicações. A
manifestação mais comum da toxicidade das cumarinas em mamíferos é a
fitodermatite, uma reação epidérmica caracterizada por erupções,
hiperpigmentação, eritema e formação de vesículas. As furanocumarinas podem
prejudicar a pele por contato direto com os vegetais que as contêm ou por ingestão.
A reação de fotoxicidade depende da concentração dos componentes cumarínicos
presentes no vegetal em questão e também da hipersensibilidade individual.
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Hortência
Arbusto caducifólio nativo do Japão e da China e usado desde tempo remotos pela
sua beleza ornamental, o cultivo da Hortênsia estendeu-se a partir de meados do
século XIX à quase totalidade das regiões de clima temperado.
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entanto a Hortênsia pode também ser muito tóxica quando ingerida em grandes
quantidades, ou inalada sob a forma de fumo (há quem use as hortênsias como
substituto da marijuana e as fume em charros, embora toda a planta seja tóxica, o
maior perigo está em fumar o talo e as folhas).
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Jasmim Manga
O jasmin manga é uma planta muito cultivada para fins decorativos, até porque
suas folhas e flores encantam qualquer um. É uma árvore com aspecto exótico e
suas flores perfumadas envolvem a todos. Seus caule e ramos são bastante
robustos e apresentam uma seiva leitosa e tóxica se ingerida. As folhas são
grandes, largas e brilhantes e caem no outono-inverno. A floração inicia-se no fim
do inverno e permanece pela primavera, com a sucessiva formação de flores de
diversas cores e nuances entre o branco, o amarelo, o rosa, o salmão e o vinho.
Mas ela também está na categoria das flores venenosas e tóxicas. A a planta possui
um líquido leitoso que concentra muita toxina e, se ingerida, pode causar muitos
danos à saúde.
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Lírio
Todos os lírios são tóxicos em maior ou menor medida. Podem causar falência
renal em gatos, até mesmo quando pequenas porções são ingeridas. Donos de
gatos fazem bem em evita-las, pois, o perfume que exalam pode ser irresistível
sobretudo para gatos muito jovens. As toxinas dos lírios estão presentes inclusive
no pólen dessas flores, e por isso é preciso ter cuidado quando as levamos para
dentro de casa. Alguns lírios são tóxicos também para os cães, e este é o caso da
variedade Calla lilies. Melhor deixar os bichos longe delas.
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Lírio-da-paz
Lírio-do-vale
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Mamona
Fig. Notar dois tipos de mamona, uma verde e outra vermelha. Ao lado estão
fotografias das suas sementes.
A toxidade dessa planta está em suas sementes, que apresentam uma substância
conhecida como ricina. Apesar de não ser usada como ornamental, essa planta é
facilmente encontrada em terrenos baldios. A ingestão de suas sementes causa
sérios problemas gastrointestinais, incluindo-se náusea, vômito e diarreias
sanguinolentas. Dependendo da quantidade ingerida, pode levar a convulsões,
coma e até a morte. As mamonas são realmente assassinas; de fato, é a planta
mais venenosa do mundo, segundo o livro dos recordes Guiness. A planta é nativa
da bacia do Mediterrâneo, África oriental e Índia, mas é amplamente cultivada como
planta ornamental. A toxina chamada ricina é encontrada em toda a planta, mas
está concentrada nas sementes/grãos (da qual o óleo de mamona é feito). Uma
semente é suficiente para matar um humano em dois dias, em uma morte
agonizante e longa. Os primeiros sintomas vêm dentro de algumas horas e incluem
sensação de queimação na garganta e na boca, dor abdominal e diarréia com
sangue e vômito. O processo é imparável e a causa final da morte é desidratação.
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Estranhamente, os humanos são os mais sensíveis a essas sementes: leva 1 a 4
para matar um ser humano plenamente desenvolvido, 11 para matar um cão e 80
sementes para matar um pato.
Sintomas: a ingestão das sementes tem ação irritativa do trato gastrointestinal, dor
abdominal, náuseas, vômitos, cólicas intensas, diarréia as vezes sanguinolenta.
Hipotensão, dispnéia, arritmia, parada cardíaca. Evolução para desidratação grave,
choque, distúrbios hidroeletrolíticos, torpor, hiporreflexia, coma. Pode ocorrer
insuficiência renal. Contato: látex, pelos e espinhos: irritante de pele e mucosas.
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Mandioca Brava
De todas as plantas das Américas, certamente a única que compete com a batata
e com o milho em termos de importância na dieta indígena é a mandioca. Trata-se
de uma escolha singular: entre tantas espécies alimentícias, os ameríndios
preferiram justamente a mais venenosa. Todas as variedades de mandioca
apresentam um alto conteúdo de ácido cianídrico, que varia entre 15 e 400mg por
quilo da mandioca. Esse veneno, também conhecido como ácido prússico, possui
uma fama péssima, pois é o mesmo que foi utilizado pelos Nazistas para executar
o nefasto trabalho de aniquilar judeus nas câmaras de gás. As espécies com maior
conteúdo de veneno só podem ser consumidas após processamento prévio para
retirada do ácido. Esse processamento é bastante trabalhoso, e apenas algumas
variedades, conhecidas sob a denominação geral de mandioca-doce, podem ser
consumidas após processamentos mais simples como cozimento.
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é rica em ácido cianídrico, mas perde sua toxicidade no processo do cozimento e
torrefação. Com ela são produzidas a farinha e a tapioca. A mandioca é matéria-
prima de duas receitas típicas do Pará: com um caldo amarelo extraído da
mandioca e cozido por dias, é preparado o tucupi; com suas folhas e carne de porco
salgada se prepara a maniçoba. Se houver qualquer dúvida, o agricultor deve
enviar amostras para exame laboratorial. Dessa forma, o teor de ácido cianídrico
pode ser avaliado. E é isso que diferencia a mandioca de mesa da mandioca-brava.
Existe uma importante diferença entre a mandioca brava e o aipim. Poucos sabem
que a mandioca é venenosa, ou melhor, a mandioca brava é bem diferente da
mandioca mansa (ou macaxeira). A mandioca venenosa contém uma substancia
chamada cianídrico e por isso não deve fazer parte do consumo familiar. Esse ácido
possui um íon que combinado com o ferro, no sangue humano e de animais
bloqueia a recepção do oxigênio, causando sufocamento. Além disso esse ácido é
capaz de destruir as células do organismo, especialmente no trato gastrointestinal.
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Tratamento: Deve ser iniciado rapidamente no hospital com remédios diretamente
na veia e lavagem do estômago (Esvaziamento gástrico). Tratamento precoce.
Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue.
Nitrito de Amila por via inalatória 30seg a cada 2min: formação de
cianometahemoglobina (atóxica). Nitrito de Sódio 3% - 10ml EV (adultos), se
necessário tratar com Azul de Metileno + Vit C. Hipossulfito de Sódio 25% - 25 a
50ml EV (adultos), 1ml/Kg (crianças).
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Taioba-brava
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planta. Em caso de contato com os olhos, o tratamento deve ser feito com lavagem
com água corrente, colírios anti-sépticos e consulta no oftalmologista.
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Tinhorão
É uma folhagem bicolorida, que se expande por rizomas e gosta da meia sombra.
Muito agradável à vista, no entanto, é altamente tóxica, pois contém oxalato de
cálcio em suas folhas e caules.
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Sialorréia, disfagia, asfixia. Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.
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Tomate
Fig. Notar imagens de tomateiro, tomates maduros bons para consumo (vermelhos)
e tomates verdes, impróprios para consumo, (ricos em alcaloides).
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dilatadas e visão turva; ansiedade; dificuldade de movimentação da língua e de
articulação de palavras, com produção excessiva de saliva; vómitos e diarreia com
tenesmo; cólicas abdominais, cólicas intestinais e possibilidade de evolução para
tumor ou de evolução para câncer do cólon ou do útero; respiração rápida e
irregular, frequentemente suprimida, geralmente curta incompleta e difícil; pulso
radial (à palpação) fraco, pouco perceptível e rápido; câimbras nos membros com
contrações espasmódicas nos dedos; rigidez generalizada, tosse, cansaço e
fadiga; pele pálida; suores frios e extremidades frias.
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Trombeteira ou saia branca ou saia roxa
Família: Solanaceae.
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Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação
das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos
mais graves pode levar a morte.
Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com
água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%. Tratamento de
suporte/sintomático. Tratar hipertermia com medidas físicas. Evitar sedativos nos
casos mais graves.
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Referências Bibliográficas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tomate
http://www.unimed.coop.br/pct/index.jsp?cd_canal=49146&cd_secao=-
1&cd_materia=36827
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batata
http://plantastoxicas-venenosas.blogspot.com/2018/06/glicinia-wisteria-sp-100-
plantas-toxicas.html#.W9MYaHtKipo.
Santos CRO et al. Plantas ornamentais tóxicas para cães e gatos presentes no
nordeste do Brasil. Portal de periódicos da Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Recife, v.7, n.1, p.11-16, 2012. Disponível em
<http://www.ead.codai.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/600>.
Acesso em 14 de dez. 2016.
Barg DG. Plantas Tóxicas. 2004. 24f. Trabalho apresentado para créditos em
Metodologia Científica no Curso de Fitoterapia no Instituto Brasileiro de Estudos
Homeopáticos. Faculdade de Ciência da Saúde de São Paulo, São Paulo. 2004.
Disponível em <http://files.fitobotanica.webnode.com.br/200000021-
15be616b85/Plantas_toxicas.pdf>. Acesso em: 14 de dez. 2016.
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