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UNIVERSIDADE PAULISTA

MEDICINA VETERINÁRIA

APS - TRABALHO DE PLANTAS TÓXICAS

GABRIELLE CRISTINE PEREIRA CABRAL N6057G3


ISABELA FELIZARI DE MOURA N545FE3
IZABELLE GALVÃO DE FRANÇA DOS SANTOS F2435A1
JULIA DE PAULA OLIVEIRA N585AC2
JULIANA CRISTINA RAMOS PEREIRA N584AA0
LETICIA MAZZONETTO T424895
LETICIA NODA N611448

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

2022
SUMÁRIO
Introdução 5
PLANTAS ORNAMENTAIS 6
Plantas que Causam Lesão na Orofaringe 6
Comigo-ninguém-pode - Dieffenbachia picta 6
Lírio-da-paz - Spathiphyllum wallisii 7
Costela-de-adão - Monstera deliciosa 8
Antúrio - Anthurium Andraeanum 9
Copo de leite - Z. Aethiopica 10
Tinhorão - Caladium sp 11
Plantas que Causam Lesão no
Trato Gastrointestinal 12
Mamona - Ricinus communis 12
Plantas que Causam Lesão no Cardíaco 13
Alamanda - Allamanda Cathartica 13
Azaléia - Rhododendron spp. 14
Plantas que Causam Dermatite de Contato 15
Coroa-de-cristo - Euphorbia Milii 15
Poinsétia - Euphorbia sp. 16
Plantas que Alteram o Sistema Nervoso Central 17
Manacá-de-jardim - Brunfelsia sp. 17
PLANTAS DA PECUÁRIA 18
Plantas Cianogênicas 18
Bambu - Bambusa sp. 18
Referências 19
Introdução
Ao longo do tempo de formas sutis as plantas desenvolveram mecanismos capazes
de se defenderem de fungos, bactérias, vírus e outros vegetais que competem pela
luz, água e nutrientes, além disso também se protegem de seus principais
predadores, que em sua maior parte são os insetos. As plantas possuem o que é
chamado de aleloquímicos, o que as proporciona resistência contra os insetos,
portanto é observada a intoxicação acidental nos vertebrados, ainda que muitos dos
herbívoros possuem pouca seletividade alimentar (SPINOSA, 2008).

Os aleloquímicos nos mamíferos vertebrados possuem ação tóxica, ao longo da


evolução desses animais pode observar uma maior adaptabilidade e capacidade de
um mecanismo de desintoxicação presente principalmente em veados e caprinos
que possuem uma proteína salivar que se liga ao tanino, essas espécies adquiriram
mecanismos de defesas, já que sua alimentação é basicamente a base de
gramíneas forrageiras. Porém esse processo de evolução foi encontrado apenas
nessas espécies citadas, de forma que outros animais como equinos, bovinos, cães
e gatos possuem uma barreira enzimática de proteção menor frente a essas toxinas
(SPINOSA, 2008).

Um dos impactos negativos advindo de plantas tóxicas reflete diretamente na


pecuária, levando à morte dos animais sobre aqueles que se deparam com toxinas
mais agudas, perda de performance como queda no rendimento, diminuição na
produção de leite e ovos, e além do mais a queda na reprodução. Tudo isso causa
um prejuízo econômico ao produtor. Sobretudo, existe a possibilidade de intoxicação
em humanos de forma indireta, as toxinas podem ser excretadas no leite como em
casos de intoxicação por Pteridium aquilinum, o risco maior aos humanos está
presente principalmente em crianças consumidoras desse alimento (SPINOSA,
2008).
PLANTAS ORNAMENTAIS:

Plantas que Causam Lesão na Orofaringe

Comigo-ninguém-pode - Dieffenbachia picta


Dieffenbachia picta é uma planta ornamental
muito popular nas casas domésticas. Sua
intoxicação é considerada leve a moderada,
porém é muito frequente em crianças e
pequenos animais. Os sintomas de
intoxicação começam logo após a ingestão,
eles caracterizam-se por dor, queimação e
estomatites na região bucal e da garganta,
salivação excessiva e vômito. Os sintomas
vão variar de acordo com a quantidade
ingerida, e a morte é rara (SPINOSA, 2001).

Nome Popular: Comigo-ninguém-pode

Nome Científico: Dieffenbachia picta

Princípio Ativo Tóxico: Oxalato de cálcio

Sintomas Tóxicos: A presença de cristais


de oxalato de cálcio denominados ráfides (que possuem formato de agulha) é o
principal causador das intoxicações. Causando: irritação das mucosas, salivação
excessiva, edema de lábios, língua e palato, sensação de picada ou queimadura,
dificuldade de deglutição, dificuldade respiratória em decorrência ao edema de
glote, cólicas, náuseas, vômitos, podendo levar a morte.

Tratamento: Em casos de ingestão recente poderá ser feito lavagem gástrica,


ingestão de substância demulcentes, como por exemplo clara de ovo, e também
lavagem bucal continuamente com solução de gluconato de cálcio ou hidróxido de
alumínio. Além disso, será administrado solução isotônica de cloreto de sódio
contendo carvão ativado, hipnoanalgésicos como por exemplo butorfanol nos cães e
gatos.
Lírio-da-paz - Spathiphyllum wallisii
A Spathiphyllum wallisii é pertencente à
família Araceae, originária da Venezuela e
Colômbia. É herbácea, perene, vigorosa e
rizomatosa, podendo chegar de 30 a 40 cm de
altura. Possui folhas coriáceas, glabras,
brilhantes e muito ornamentais. Floresce
durante a primavera e o verão, apresentando
ausência total de perfume (Lorenzi, Souza,
2008).

Nome popular: Lírio-da-paz

Nome científico: Spathiphyllum wallisii

Princípio ativo tóxico: Oxalato de cálcio.

Sintomas tóxicos: Todas as partes são


tóxicas. A sua ingestão pode causar irritação
oral e de mucosas, irritação ocular, dificuldade
de engolir e até problemas respiratórios em casos mais graves. Também podem ser
sintomas da intoxicação pela Spathiphyllum wallisii alterações nas funções renal e
neurológica.

Tratamento: Não existem antídotos para a toxina da Spathiphyllum wallisii. O


tratamento é de suporte, com fluidoterapia intravenosa para estimular a filtração dos
rins, impedindo a insuficiência renal.
É importante a aplicação de protetores de mucosa gastrointestinal para impedir a
absorção das toxinas, além de medicamentos para controlar a náusea, a diarréia e a
cólica.
Costela-de-adão - Monstera deliciosa
Monstera deliciosa é uma planta
pertencente à família das
Aráceas,originária do México. É
amplamente utilizada como planta
ornamental. Possui folhas grandes,
lobuladas e perfuradas, de formato
cordiforme, sustentadas por longos
pecíolos.
Os sinais e sintomas são dependentes da
quantidade ingerida, podendo apresentar
processo inflamatório exacerbado
(SPINOSA,2011).

Nome popular: Costela-de-adão

Nome científico: Monstera deliciosa

Princípio ativo tóxico: Acreditava-se que


o princípio ativo seria o oxalato de cálcio,
porém atualmente se tem o conhecimento
de que ele não é o principal causador das estomatites e glossites, entretanto
potencializa a ação de outro princípio ativo. Sugerindo-se uma substância lipídica,
responsável pela liberação de histamina dos mastócitos.

Sintomas tóxicos: Há um processo inflamatório exacerbado, com edema intenso


da mucosa da faringe e das cordas vocais, inchaço da língua, gengiva e glote.
Podendo haver obstrução total ou parcial da faringe, causando dispnéia severa a
morte por asfixia. O animal irá apresentar meneios de cabeça ao procurar água e
excessiva salivação.

Tratamento: Uso de anti-histamínicos, associados com demulcentes (leite ou


hidróxido de alumínio) e protetores gástricos (sucralfato). E para o controle da dor
recomenda-se hipnoanalgésicos (butorfanol).
Nunca se deve administrar eméticos nesta situação.
Antúrio - Anthurium Andraeanum
O Anthurium andraeanum, é uma planta
semi-herbácea, usada muito comumente
para a ornamentação por possuir flores de
cores muito vívidas. Pertencente à família
Araceae. No entanto, se consumida, é
danosa à saúde por ser tóxica, devido a
presença do oxalato de cálcio. O oxalato
de cálcio é um composto químico que
forma cristais monoclínicos aciculares. É
encontrado em muitas plantas, quando
ingerido, pode ser fatal (TRIZOTTO,
2019).

Nome Popular: Antúrio (Peltado


Brasileiro)

Nome Científico: Anthurium andraeanum

Princípio Ativo Tóxico: Cristais de


Oxalato de Cálcio

Sintomas Tóxicos: A presença de cristais de oxalato de cálcio denominados


ráfides (que possuem formato de agulha) é o principal causador das intoxicações.
Causando: irritação das mucosas, salivação excessiva, edema de lábios, língua e
palato, sensação de picada ou queimadura, dificuldade de deglutição, dificuldade
respiratória em decorrência ao edema de glote, cólicas, náuseas, vômitos, podendo
levar a morte.

Tratamento: Lavar as áreas em que houve contato com a planta (principalmente a


cavidade oral), além de tratamento sintomático.
Copo de leite - Z. Aethiopica

A Copo de leite (Z. aethiopica) da família


Araceae é uma planta frequentemente
usada na ornamentação, devido sua
beleza o que aumenta os casos de
intoxicações pois se tornam vegetais de
fácil acesso para crianças e animais. Após
a ingestão, esses cristais causam edema e
asfixia na garganta, podendo ocorrer por
ingestão de qualquer parte da planta
(SAKUARAGUI, 2001).

Nome Popular: Copo de Leite

Nome Científico: Zantedeschia aethiopica

Princípio Ativo Tóxico: Oxalato de Cálcio


e Saponinas

Sintomas Tóxicos:
Oxalato de Cálcio: A presença de cristais de oxalato de cálcio denominados ráfides
(que possuem formato de agulha) é o principal causador das intoxicações.
Causando: irritação das mucosas, salivação excessiva, edema de lábios, língua e
palato, sensação de picada ou queimadura, dificuldade de deglutição, dificuldade
respiratória em decorrência ao edema de glote, cólicas, náuseas, vômitos, podendo
levar a morte.

Saponinas: difícil absorção pelo trato gastrointestinal. O efeito tóxico é geralmente


iniciado pela interação com as membranas mucosas, causando alterações de
permeabilidade ou perda de enzimas ligadas à membrana.

Tratamento: De forma geral o tratamento se baseia na sintomatologia da


intoxicação que inclui o uso de demulcentes como clara de ovo, óleo de oliva e
ainda hidróxido de alumínio, antiespasmódicos, analgésico e anti-histamínico.
Também pode ser administrado corticóides para cessar o processo inflamatório. Em
intoxicações onde os olhos e a pele são acometidos, recomenda-se lavá-los com
água e soro fisiológico abundantemente.
Tinhorão - Caladium sp

A Caladium sp ou Tinhorão como é


popularmente conhecida é uma planta
ornamento semi-herbácea que apresenta
grandes folhas, rajadas e multicolorida,
com duas ou mais cores e tonalidades de
branco, verde, rosa ou vermelho. É uma
das espécies da família das Araceace
considerada mais tóxica, a intoxicação
pode ocorrer por qualquer parte da planta,
é causada pela introdução de um princípio
hipersensibilizante nos tecidos, ocorrida
pela ação dos cristais de oxalato de cálcio,
que causam irritação na mucosa logo ao
entrar em contato (SANTOS, 2020).

O ácido oxálico é um produto insolúvel, um


agente quelante que tem capacidade de se ligar de forma definitiva ao cálcio,
formando então o oxalato de cálcio, substância essa capaz de causar toxicidade. É
encontrada na Caladium sp entre outras plantas (SPINOSA, 2008).

Nome Popular: Tinhorão

Nome Científico: Caladium sp.

Princípio Ativo Tóxico: Oxalato de Cálcio

Sintomas Tóxicos: A presença de cristais de oxalato de cálcio denominados


ráfides (que possuem formato de agulha) é o principal causador das intoxicações.
Causando: irritação das mucosas, salivação excessiva, edema de lábios, língua e
palato, sensação de picada ou queimadura, dificuldade de deglutição, dificuldade
respiratória em decorrência ao edema de glote, cólicas, náuseas, vômitos, podendo
levar a morte.

Tratamento: Semelhante aos casos de intoxicação com Zantedeschi aethiopica.


Plantas que Causam Lesão no
Trato Gastrointestinal

Mamona - Ricinus communis


Ricinus communis é uma planta comum em
todo o território brasileiro e é encontrada,
em especial, em terrenos baldios, lavouras
abandonadas e matas. A planta inteira
possui partes tóxicas, principalmente nas
sementes (SPINOSA, 2001).
A mamona pertence à família
Euphorbiaceae, e pode ser considerada
uma planta ornamental, mas também da
pecuária. A planta possui aproximadamente
2,5 de altura, caule ramificado e coloração
esverdeada ou avermelhada. Os frutos são
espinhosos e as sementes são lisas,
brilhantes e negras com manchas brancas
(SPINOSA, 2001).

Nome Popular: Mamona

Nome Científico: Ricinus communis

Princípio Ativo Tóxico: Ricina e ricinina

Sintomas Tóxicos: Causam alterações no trato gastrointestinal e no sistema


nervoso central. A folha apresenta alcalóide ricinina, que causa sintomas
neuromusculares, e as sementes possuem ricina, lectina de natureza glicoproteína
que possui um grande potencial tóxico, causando sintomas gastrointestinais.
Qualquer parte da planta é tóxica, principalmente a semente. Causando: anorexia,
diarreia, fraqueza, apatia, inquietação, andar desequilibrado, tremores musculares,
sialorréia, eructação excessiva, pode haver recuperação espontânea ou evoluir para
o óbito.

Tratamento: Não existe antídoto, mas pode ser feito um tratamento de suporte para
o animal por meio de lavagem gástrica e ingestão de carvão ativado.
Plantas que Causam Lesão no Cardíaco

Alamanda - Allamanda Cathartica


Allamanda Cathartica é uma trepadeira
nativa do território brasileiro. Possui
distribuição tropical e ocorrência na África,
Ásia e Oceânia. Esta espécie apresenta-se
como uma trepadeira sublenhosa,
lactescente, de crescimento muito vigoroso
e exuberante, sendo facilmente encontrada
em jardins ou cercas-vivas. Possui caule
avermelhado, extremamente ramificado,
filotaxia verticilada, com folhas discolores,
sendo verde-brilhantes na sua face adaxial
e verde-claro na face abaxial. Suas
inflorescências, geralmente terminais, são
do tipo racemo, com poucas, mas grandes
e vistosas flores de corola amarela,
gamopétalas e infundibuliformes, podendo
ser vistas durante o ano todo.

Embora a alamanda seja extremamente


ornamental, é também bastante perigosa.
Seu látex é venenoso a ponto de impedir o
ataque de pulgões e cochonilhas. Embora
ofereça riscos tóxicos, é muito utilizada na medicina popular como purgativa e
emética; há notas etnobotânicas para seu uso contra malária, icterícia, piolhos e
picadas de serpentes; apresenta também atividade analgésica, antinematódea,
antifúngica e antitumoral (CORDEIRO, 2022).

Nome Popular: alamanda, alamanda de flor grande, alamanda amarela

Nome Científico: Allamanda Cathartica

Princípio Ativo Tóxico: toxialbuminas, presentes no látex

Sintomas Tóxicos: náuseas, vômitos, cólicas, diarréia, desidratação, dermatites e


irritações oculares.

Tratamento: é realizado um tratamento de suporte por meio de lavagem gástrica e


ingestão de carvão ativado.
Azaléia - Rhododendron spp.
A Azaleia é uma planta da família de
Rododendro. Existem mais de 1.000
espécies de rododendros e a Azaleia é a
mais conhecida e difundida. Estas plantas
contêm a substância graianotoxina que
afetam a função dos músculos esqueléticos
e cardíacos (do coração). Todas as partes
da planta são consideradas tóxicas e a
ingestão de uma quantidade
correspondente a 0,2% do peso do corpo de
um animal pode resultar em
envenenamento (VIVIAN, 2019).

Nome Popular: Azaléia

Nome Científico: Rhododendron spp.

Princípio Ativo Tóxico: Andromedotixina


(graianotoxina)

Sintomas Tóxicos: A ingestão pode causar distúrbios digestivos até seis horas
após a ingestão e alterações do débito cardíaco, diminuindo a condutividade
elétrica. Os sinais clínicos mais comuns encontrados são: salivação intensa,
vômitos, diarreia, perda de apetite, dor abdominal, arritmia cardíaca, hipotensão,
fraqueza, tremores, cegueira, convulsões, coma e morte.

Tratamento: Lavagem gástrica, carvão ativado, catárticos salinos, cálcio injetável e,


se necessário, antibióticos. Monitoração do sistema cardíaco com eletrocardiograma
e aferição da pressão arterial.
Plantas que Causam Dermatite de Contato

Coroa-de-cristo - Euphorbia Milii


A coroa-de-cristo é uma planta arbustiva,
amplamente cultivada no Brasil, tem
origem em Madagascar na África e é da
família Euphorbiaceae.
Recebe esse nome devido à sua forma
muito ramificada e recoberta por muitos
espinhos grandes. Considerada uma
espécie suculenta, é muito resistente à
seca, não exigindo muitas regras e
cuidados. Possui látex (seiva branca),
como a maioria das plantas dessa
família, que pode provocar irritações nos
olhos e na pele. No paisagismo, é muito
conhecida na composição de bordaduras
e cercas vivas, ou formando maciços em
jardins amplos; as flores podem ser
usadas na confecção de arranjos, pela
sua durabilidade (PATRO, 2013).

Nome Popular: Coroa de Cristo

Nome Científico: Euphorbia Milii

Princípio Ativo Tóxico: forbaínas (látex cáustico), fitotoxina hemoaglutinante,


esteres de forbol.

Sintomas Tóxicos: Ingestão: náuseas, vômitos e diarréia. Contato com a pele: dor,
prurido, eritema, inchaço e bolhas. Contato com os olhos: inchaço de pálpebra, irite,
ceratite, diminuição visual, conjuntivite. Nos casos mais graves podem ocorrer
lesões de córnea e cegueira temporária.

Tratamento: Administrar protetores de mucosa (leite, clara de ovos ou óleo de oliva


em pequena quantidade). Lesões de pele: cuidados higiênicos para evitar infecções
secundárias. Em lesões com coceira intensa usar solução de permanganato de
potássio e pomadas com corticóides. Anti histamínicos por via oral, se necessário.
Contato com os olhos: lavar abundantemente com água corrente ou soro fisiológico
e avaliação oftalmológica.
Poinsétia - Euphorbia sp.
A Euphorbia sp. pertence à família
Euphorbiaceae e tem origem no México.
São arbustos semi lenhosos, leitosos e
chegam a 3 metros de altura. Apresentam
folhas membranáceas, às vezes
variegadas, típicas de locais com invernos
mais acentuados, entretanto é uma planta
de clima tropical e não toleram geadas.
Muito utilizada na decoração de Natal
(Lorenzi, Souza, 2008).

Nome Popular: Poinsétia

Nome Científico: Euphorbia sp.

Princípio Ativo Tóxico: Diterpenos


(látex)

Sintomas Tóxicos: Irritação do trato


gastrointestinal, pele e mucosa. Podendo causar: náusea, cólicas abdominais,
vômito, aumento da salivação, fezes e urina com sangue, queda na temperatura
corporal, paralisia, incoordenação, eritema, queima a pele.

Tratamento: De acordo com a literatura, não há tratamento específico para


intoxicações desse grupo de plantas. Considera-se necessário realizar tratamento
de suporte, em atenção à correção de possíveis distúrbios eletrolíticos.
Plantas que Alteram o Sistema Nervoso Central

Manacá-de-jardim - Brunfelsia sp.


Brunfelsia sp. é uma espécie
pertencente à família Solanaceae
conhecida popularmente como
manacá e empregada em medicina
popular, suas folhas são empregadas
contra artrite, reumatismo, sífilis,
picadas de cobra, febre amarela, e
ainda como diurética e anti térmica
(PLOWMAN, 1977).

Nome Popular: Manacá-de-jardim

Nome Científico: Brunfelsia sp.

Princípio Ativo Tóxico: Saponinas,


alcalóides, flavonóides.
Na medicina tradicional é usada como
abortiva, purgativa, emética e
antiblenorrágica (raízes); contra artrite,
reumatismo, febres e mordedura de
cobras (folhas).

Sintomas Tóxicos: baba, vômito, diarreia (pode conter frutos e outros materiais
vegetais) e episódios de tosse ou espirro. Seguidos por agitação, dificuldade para
andar, tremores e convulsões. Alterações na pressão arterial e frequência cardíaca
também podem ocorrer. Esses sinais são geralmente vistos dentro de algumas
horas de ingestão, no entanto, em alguns casos pode ser muito mais atrasado.

Tratamento: anestesia geral, lavagem gástrica, diazepam, fenobarbitona ou


sedação propofol.
PLANTAS DA PECUÁRIA:

Plantas Cianogênicas

Bambu - Bambusa sp.


Várias plantas possuem cianeto, porém
para ser considerada do grupo das
cianogênicas, precisa conter no mínimo
10 mg de ácido cianídrico (HCN) por Kg
de planta fresca, e o Bambu se enquadra
neste grupo. É pertencente à família
Poaceae, da sub-família Bambusoideae
(SPINOSA, 2011).

Nome popular: Bambu

Nome científico: Bambusa sp.

Princípio ativo tóxico: Ácido cianídrico


(HCN).

Mecanismo de ação: Ao mastigar o bambu, enzimas e glicosídeos cianogênicos


são liberados de seus compartimentos celulares, com isso reagem causando
cianogênese, e formando ácido cianídrico (HCN), o que não acontece em uma
planta íntegra, pois as enzimas estão separadas dos glicosídeos cianogênicos.
O ácido cianídrico é rapidamente absorvido no trato gastrointestinal e inibe enzimas
que possuem metais. O ferro trivalente da enzima citocromo-oxidase reage com o
cianeto, formando citocromo-oxidase-CN, mantendo o ferro na forma trivalente, com
isso se paralisa o transporte de elétrons da cadeia respiratória, o sangue fica rico
em oxigênio, porém não acontece a troca gasosa nos tecidos, causando a hipóxia e
anóxia citotóxica.

Sintomas tóxicos: Sialorréia, paresia, espasmos musculares generalizados e


convulsões. As mucosas primeiramente se encontram vermelho-vivas,
posteriormente cianóticas. Apresenta polipneia e dispnéia, podendo evoluir para
uma parada respiratória. Dependendo da concentração de cianeto ingerido, o
animal pode vir a óbito minutos após o início dos sintomas.

Tratamento: Associação de tiossulfato de sódio com nitrito de sódio.


O tiossulfato se liga ao cianeto livre, formando tiocianato que é atóxico. O nitrito
induz a formação de metahemoglobina, que possui maior afinidade pelo cianeto, o
deslocando da enzima citocromo-oxidase.
Referências
"Anthurium andraeanum LINDEN, DA BELEZA DAS FLORES A TOXICIDADE
DO
OXALATO DE CALCIO". Disponível em
http://www.simposioiiqf.com.br/2019/anais/TOX-04.pdf. . Acesso em 01 de
novembro de 2022.

Barg D. G. Plantas Tóxicas - Instituto Brasileiro De Estudos Homeopáticos - São


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Cordeiro S. Z. Allamanda cathartica - L.Universidade Federal do Estado do Rio de


Janeiro. Disponível em
<http://www.unirio.br/ccbs/ibio/herbariohuni/allamanda-cathartica-l> Acesso em 01
de novembro de 2022.

“Intoxicação por plantas em cães e gatos”; Petcare. Disponível em


https://petcare.com.br/intoxicacao-por-plantas-em-caes-e-gatos/. Acesso em 25 de
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Fitotoxicologia Química de Plantas Brasileiras - São Paulo: Instituto Plantarum de
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Matos E. H. S. F.; Dossiê Técnico - Plantas Tóxicas Mais Comuns No Brasil:


Medidas Preventivas E Curativas - Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas.
Disponível em <http://www.respostatecnica.org.br/> Acesso em 01 de novembro de
2022.

Nogueira R. M. B.; Andrade S. F. Toxicologia Veterinária - São Paulo, SP. Roca,


2011.

“Plantas tóxicas - conheça as 5 plantas ornamentais que fazem mal para o seu
pet”; UpVet. Disponível em <https://www.upvet.com.br/blog/1/68/plantas_toxicas>.
Acesso em 25 de outubro de 2022.

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<http://www.uel.br/hu/portal/pages/cit/plantas-toxicas/copo-de-leite.php#:~:text=Trata
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SAKURAGUI, CM. Two new species of Philodendron (Araceae) from Brazil.
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SANTOS, V. S.. "Comigo-ninguém-pode"; Brasil Escola. Disponível em


<https://brasilescola.uol.com.br/biologia/comigo-ninguem-pode.htm>. Acesso em 23
de outubro de 2022.

SINGH, M. COWAN, S. CHILD, G. Brunfelsia spp (ontem, hoje, amanhã)


toxicidade em quatro cães. Aust Vet J. 2008 Jun;86(6):214-8. doi:
10.1111/j.1751-0813.2008.00286.x. 18498554.

SPINOSA H.; GÓRNIAK S.; PALERMO-NETO J. Toxicologia aplicada à Medicina


Veterinária - 5º edição, 2011.

SPINOSA, Helenice de Souza; GÓRNIAK, Silvana Lima; NETO, João Palermo.


Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri, SP. 1 ed. Editora Manole
Ltda, 2001.

SPINOSA, Helenice de Souza; GÓRNIAK, Silvana Lima; PALERMO NETO, João.


Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri, SP: Manole, 2008.

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