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Erika Cristina Pereira, Giulia Pereira Imesi, Lais de Oliveira Domingos, Ana Luiza Machado.
RESUMO
As plantas tóxicas são vegetais que introduzidos no organismo são capazes de causar danos e
desequilíbrio, tendo como consequência a apresentação de sintomas de intoxicação no
animal.A intoxicação por plantas é uma das principais causas de morte súbita de grandes
animais, com ênfase em bovinos, ultrapassando em números em morte de botulismo e raiva.
Na maioria dos casos, o tratamento é ineficaz já que em poucas horas o animal chega a óbito.
O objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão de literatura com enfoque nas plantas
tóxicas que causam intoxicação - Palicourea, Manihot e Prunus -, seus princípios tóxicos e
sintomas que os animais apresentam.
INTRODUÇÃO
As plantas tóxicas são vegetais que introduzidos no organismo são capazes de causar danos e
desequilíbrio, tendo como consequência a apresentação de sintomas de intoxicação no
animal. Muitas vezes relacionado ao manejo incorreto da pastagem, a degradação da mesma é
um fator contribuinte para a infestação de plantas tóxicas. Ao ingeridas, podem resultar no
desenvolvimento de feridas e intoxicação. Essas consequências devido a ingestão de plantas
tóxicas causam perda econômica, com a morte dos animais e/ou queda na produtividade. A
ação tóxica de uma planta se deve a presença de constituintes químicos ou princípios ativos
tóxicos, como toxalbuminas, alcalóides, terpenos, entre outros. A intoxicação também
depende da quantidade da substância tóxica ingerida, da natureza dessa substância e a via de
introdução. Os principais gêneros de plantas tóxicas encontradas no Brasil são: Palicourea,
Manihot e Prunus.
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REVISÃO DE LITERATURA
Palicourea
Manihot
Planta cianogênica composta pelo ácido cianídrico que é altamente tóxico. Conhecida como
mandioca-brava, seu princípio ativo é o glicosídeo cianogênico que interfere no transporte de
O2 até as células.
A intoxicação ocorre mais em estações chuvosas pois se torna uma das poucas fontes de
alimento no momento, já que é rápida brotação. Os sinais clínicos ocorrem 10 - 15 minutos
após a ingestão e antecedem a morte súbita em razão da anóxia generalizada proporcionada
pelo glicosídeo cianogênico.Alguns dos sinais são: dispnéia, tremores musculares,
incoordenação motora, opistótono, convulsões e hiperemia intensa de mucosa, com óbito em
poucos minutos. Ingestão de altas quantidades não apresentam sinais clínicos, pois já ocorre o
óbito. A dose letal é 2 mg por kilo de peso vivo.
O tratamento consiste na administração endovenosa de solução aquosa tiossulfato de sódio a
20%.
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Prunus
Prunus sellowii
Conhecida como ‘’coração-negro’, essa planta possui uma ampla distribuição no território
brasileiro.
Seu princípio tóxico é o ácido cianogênico, que pode causar danos no organismo animal
através da formação de gás cianídrico no sistema digestivo.
Dentre os principais sintomas causados por essa planta podemos citar cólicas, tremores
musculares, taquicardia,
arritmia cardíaca, desequilíbrio, convulsões e dilatação da pupila. Na necropsia ainda foi
possível observar algumas alterações como: mucosas avermelhadas, sangue
vermelho-brilhante que coagula com dificuldade, petéquias no abomaso e intestinos, rúmen
com cheiro de amêndoas amargas e musculatura escura.
Na maioria das vezes os animais já são encontrados mortos, devido a rapidez da intoxicação
cianídrica, além de não existir tratamento específico de recuperação imediata. O tratamento
existente seria realizar uma solução aquosa de tiossulfato de sódio 20%, via endovenosa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maior parte das plantas tóxicas que causam intoxicação nos grandes animais advém do
manejo incorreto das pastagens, onde há a degradação da mesma que favorece a infestação
dessas plantas. É possível afirmar ainda, que acomete mais bovinos por não serem animais
muito seletivos quanto à sua comida, como por exemplo os equinos. Por isso, em tempos de
seca, quando não há grande disponibilidade de comida, os bovinos comem o que encontram,
no caso as plantas tóxicas. Em relação a tratamentos, não existem os de recuperação imediata,
devido à rápida evolução do quadro dos animais intoxicados. Entretanto, temos como
tratamento base a solução aquosa de tiossulfato de sódio a 20%, utilizado tanto em
intoxicações por plantas Prunus e Manihot, conhecido como um antídoto para encanamentos
por cianetos. Concluímos então, que é de extrema importância o manejo correto das
pastagens, garantia de alimento em tempos de seca e supervisão dos animais, para que caso
ocorra a ingestão de alguma das plantas, o tratamento de recuperação possa ser imediato.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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