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TOXICOLOGIA
A toxicologia é a área de conhecimento que visa reconhecer nas substâncias sua existência,
ocorrência, movimento, mecanismo de ação, assim como as consequências da exposição do
organismo vivo. É dedicada à compreensão dos limites de exposição e de risco, além de avaliar a
probabilidade de manifestação do efeito tóxico, interagindo com as demais áreas da Agência. Um
dos grandes desafios da ciência é obter informações suficientes, relevantes e principalmente
críveis para o uso, controle e regulamentação dessas substâncias. A Anvisa coordena as ações na
área de toxicologia no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, com o objetivo de
regulamentar, analisar, controlar e fiscalizar produtos e serviços que envolvam riscos à saúde e se
caracterizem como agrotóxicos, componentes e afins e outras substâncias químicas de interesse
toxicológico. Nesse sentido, a Agência realiza a avaliação toxicológica para fins de registro dos
agrotóxicos, a reavaliação de moléculas já registradas e a elaboração de regulamentos técnicos e
monografias dos ingredientes ativos dos agrotóxicos.
As substâncias não nutritivas são aquelas que não apresentam importância nutricional. Por
exemplo, no caso do café já foram identificadas mais de 600 substâncias não nutrientes. Estas,
no entanto, são essenciais ao metabolismo da planta e conferem as qualidades organolépticas ao
fruto. Porém, pode ocorrer que dentre estas substâncias algumas apresentem caráter tóxico aos
seres vivos.
Estas ocorrências impactam negativamente o metabolismo normal do ser vivo. E isto com
o decorrer do tempo estabelecem anormalidades fisiológicas e ou anatômicas.
A história do uso de meios técnicos para controle de pragas pode ser contada desde a
época em que os romanos antigos usavam a fumaça da queima de enxofre, para controlar
pulgões que atacavam as plantações de trigo, assim como o sal para evitar as ervas daninhas.
Até 1930 os produtos utilizados para controle de organismos maléficos na agricultura eram
de base orgânica, extraídos de plantas, como o píretro do crisântemo, a nicotina do fumo, ou de
base inorgânica, como o arsênico, mercúrio e enxofre, entre outros, que não continham cadeia de
carbono em suas estruturas. Novos produtos, a partir da II Guerra Mundial, foram introduzidos
com a síntese do gás mostarda e do gás-de-nervos (organofosfatos), utilizados como armas
químicas por alemães e americanos para desfolhamento das florestas tropicais, o que auxiliava
na busca dos inimigos. Os agrotóxicos então passaram a ser sintéticos com cadeias ou anéis
mais ou menos extensos de átomos de carbono, em combinação com outros elementos
químicos, principalmente o fósforo, enxofre, nitrogênio e o cloro.
Segundo a Lei Federal nº7. 802 de 11/07/1989 (BRASIL, 1989), agrotóxicos são: Produtos e
agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de
produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na
proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos,
hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de
preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e
produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de
crescimento.
Manejo
O uso descontrolado de agrotóxicos leva a uma expansão dos riscos, fazendo com que
populações não diretamente vinculadas com a cadeia produtiva dessas substâncias também se
exponham em função da contaminação ambiental e dos alimentos, tornando a problemática do
agrotóxico uma questão ainda mais grave de saúde pública.
A mutação no DNA é a alteração genuína do processo e que pode ser induzida externa ou
internamente ao organismo. Os indutores externos são carcinógenos químicos (solventes
aromáticos; clorados; agrotóxicos), físicos (radiações ionizantes e não ionizantes; campos
eletromagnéticos) e biológicos (vírus, microorganismos). Os indutores internos podem ser entre
outros, hormonais, imunológicos e enzimáticos que promovem mutações genéticas na estrutura
do DNA. De modo geral, esses condicionantes estão presentes de forma interativa na promoção
do processo de carcinogênese.
Dentre os carcinógenos químicos estão os agrotóxicos, que podem induzir o câncer por
mecanismos variados como genotoxicidade e promoção de tumores envolvendo mediadores
hormonais; imunológicos e a produção de moléculas oxidantes (peróxidos) Para uma série de
substâncias químicas, as evidências científicas relacionadas com esses mecanismos
carcinogênicos ainda requerem maiores estudos na sua elucidação, entre elas os agrotóxicos, de
modo geral, apresentam esses desafios.
No Brasil, existe uma alta taxa de mortalidade para câncer de estômago, esôfago, laringe,
câncer oral e leucemias em agricultores expostos a agrotóxicos. Alguns autores também
descreveram o mesmo resultado nas neoplasias malignas de mama, ovário e próstata, em
amostra de grupos populacionais expostos à agrotóxicos no período de 1985 a 1990.
Alimentação de Risco
Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas,
frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, linguiças,
mortadelas, dentre outros.
Fibras X Gorduras
Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras
e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco
para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto, possivelmente porque, sem a ingestão de
fibras, o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos
agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. Em relação a cânceres de mama e
próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o
risco da doença.
Vários estudos epidemiológicos que sugerem a associação de dieta rica em gordura,
principalmente a saturada, com um maior risco de se desenvolver esses tipos de câncer em
regiões desenvolvidas, principalmente em países do Ocidente, onde o consumo de alimentos
ricos em gordura é alto. Já os cânceres de estômago e de esôfago ocorrem mais frequentemente
em alguns países do Oriente e em regiões pobres onde não há meios adequados de conservação
dos alimentos (geladeira), o que torna comum o uso de picles, defumados e alimentos
preservados em sal.
Atenção especial deve ser dada aos grãos e cereais. Se armazenados em locais
inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, o
qual produz a aflatoxina, substância cancerígena. Essa toxina está relacionada ao
desenvolvimento de câncer de fígado.
Prevenção
Algumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos ajudar a reduzir os riscos
de desenvolvermos câncer. A adoção de uma alimentação saudável contribui não só para a
prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades
crônicas como diabetes.
EMBALAGENS PARA ALIMENTOS
Conceitos Gerais
Funções da Embalagem
∙ Proteção
A embalagem é antes de mais nada é um recipiente que contém o produto e que deve
permitir o seu transporte, distribuição e manuseio, protegendo-o contra choques, vibrações e
compressões que ocorrem em todo o circuito.
∙ Conservação
Para isso, ela deve controlar fatores como a umidade, o oxigênio, a luz e ser uma barreira
aos micro-organismos presentes na atmosfera envolvente, impedindo o seu desenvolvimento no
produto.
A embalagem deve também ser constituída por materiais e substâncias que não migrem
para o produto, em quantidades que possam por em risco a segurança dos consumidores ou
alterar as características organolépticas do produto.
∙ Informação
∙ Conveniência ou serviço
Os aspectos da embalagem que se englobam nesta função são abertura fácil; tampas
dosadoras e possibilidade de fechamento entre utilizações; possibilidade de aquecer/cozinhar e
servir na própria embalagem; utilização em fornos micro-ondas; permitir a combinação de
produtos diferentes; como iogurte e cereais e ser adequada a diferentes ocasiões de consumo,
como em situações esportivas e em diferentes quantidades, doses individuais, etc.
As embalagens de produtos alimentícios podem ser de metal, plástico, vidro ou papel. Ainda
podem ser encontradas embalagens de madeira, têxteis e cortiça. As embalagens podem ser
classificadas como rígidas, semi-rígidas ou flexíveis.
A embalagem primária, como a lata, a garrafa ou o saco está em contato direto com o
produto e é normalmente responsável pela conservação e contenção do produto. São agrupadas
em cargas unitárias, em paletes de madeira ou plásticas, e estabilizadas com filme estirável,
termorretrátil ou com cintas.
A embalagem secundária, como é o caso das caixas de cartão ou cartolina que contém
uma ou várias embalagens primárias e é normalmente responsável pela proteção físico-mecânica
durante a distribuição.
o Possibilidade de decoração
o Não transparente
o Reutilização limitada
o Leve e resistente
o Elevada barreira
o Reciclável
∙ Plástico
o Leve
o Inquebrável
o Não reutilizável
o Reciclável
∙ Vidro
o Inerte
o Elevada barreira
o Quebrável
o Elevado peso
o Reutilizável e reciclável
∙ Papel
o Baixa barreira
o Falta de inércia
o Boa impressão
Embalagem e Ambiente
As grandes mudanças dos hábitos alimentares decorrentes das mudanças do estilo de vida
têm levado a aumento considerável na oferta de alimentos pré-preparados e conservados. Esta
evolução associada às exigências dos modernos sistemas de distribuição tem favorecido o
aparecimento de novas embalagens. Elas são resultantes da aplicação de novas tecnologias de
fabricação e processamento de materiais, do aparecimento de novos materiais ou mesmo de
novas combinações entre materiais tradicionais. As modificações nos hábitos alimentares
também explicam o progressivo aumento na quantidade de resíduos de embalagens no total dos
resíduos sólidos urbanos produzidos.
No que diz respeito à gestão dos resíduos de embalagem, existe uma hierarquização dos
métodos de gestão, denominada 3R’s da sustentabilidade: Redução na origem, Reutilização e
Reciclagem. Além disso, pode-se realizar sua incineração, com recuperação energética e, só em
último caso, a deposição em aterro.
A redução no consumo de material em sua fabricação pode ser obtida através da redução
da espessura das embalagens e/ou mudanças em seu formato, de forma a otimizá-la. O uso de
embalagens com maior capacidade e a utilização de produtos concentrados são também
maneiras de reduzir o material.
A reciclagem pode ser orgânica, que consiste no tratamento das partes biodegradáveis da
embalagem com micro-organismos aeróbicos ou anaeróbicos e produção de resíduos orgânicos
utilizáveis. A reciclagem mecânica consiste no processamento dos resíduos das embalagens para
fabricar outras embalagens ou outros objetos. Para que a reciclagem seja eficiente, técnica e
economicamente, é indispensável que os consumidores adiram à coleta seletiva, separando
todos os materiais passíveis de reciclagem.
Símbolos para identificar os diversos tipos de materiais foram criados a fim de facilitar a
coleta e a separação. Além disso, também foram estabelecidas as latas de lixos coloridas, sendo:
A gestão dos resíduos sólidos urbanos e os resíduos de embalagem não é uma matéria
fácil. Soluções integradas, envolvendo combinação das opções referidas, tendo em conta o
balanço custo/benefício em termos ambientais e econômicos de acordo com as condições locais,
são muitas vezes defendidas por especialistas e instituições reguladoras e de proteção ambiental.
É necessário um compromisso entre a satisfação das necessidades dos consumidores,
cada vez mais exigentes, e a efetiva proteção ambiental.
ROTULAGEM NUTRICIONAL
É considerada rótulo toda inscrição que estiver apresentada na embalagem de um
alimento, seja ela legenda imagem, matéria descritiva ou gráfica, que esteja escrita, impressa,
estampada, gravada, gravada em relevo, litografada ou colada sobre a embalagem do alimento
(ANVISA Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002). Para que haja uma conformidade
com a legislação essas inscrições devem contemplar na totalidade as informações obrigatórias
regulamentadas pela legislação brasileira. Qualquer informação que estiver além da
obrigatoriedade deve obedecer aos regulamentos para informações complementares.
A rotulagem se aplica a todo alimento embalado na ausência do cliente, pronto para ser
oferecido aos consumidores, destinado ao comércio nacional ou internacional, qualquer que seja
sua origem. Portanto, as normas de rotulagem do país de consumo devem ser observadas
quando se intenciona exportar ou importar alimentos que estejam contidos em uma embalagem
pronta para ser oferecida a uma pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza alimentos.
BEBIDAS- São todos os tipos de líquidos consumidos, com ou sem a presença de outros
alimentos. São parte integrante do cardápio, e compreendem água, sucos, refrigerantes e
bebidas alcoólicas. Podem ser divididas em bebidas não alcoólicas e bebidas alcoólicas. O valor
nutritivo das bebidas é muito variável, pois possuem diferentes composições.
Bebidas Alcoólicas - Bebidas alcoólicas são produtos complexos que contém álcool etílico e
outros componentes que lhes conferem características sensoriais específicas. Possuem calorias
vazias, isto é, não apresentam nenhum valor nutritivo.
Bebidas Fermentadas; resultam da fermentação alcoólica; ex. vinho, champanhe, sidra, cerveja,
saquê.
Bebidas Alcoólicas de Misturar; aquelas que resultam de líquidos alcoólicos adicionados de água,
substâncias aromáticas.
Bebidas não Alcoólicas - Bebidas não alcoólicas são aquelas nas quais o teor de álcool etílico é
inferior a 0,5 GL.
Suco: é definido como uma bebida não fermentada, não diluída, obtida da fruta madura e sã. Ele
não pode conter substâncias estranhas à fruta, como adição de aromas e corantes artificiais,
além disso, nele poderá ser adicionado açúcar na quantidade máxima fixada para cada tipo de
suco e neste caso deverá ser denominado como adoçado.
Tipos de Sucos- Os sucos podem ser comercializados de várias formas: concentrados,
desidratados, integral, na forma de néctar, com ou sem adição de açúcar e conservantes,
congelados, liofilizados (água congelada no material passar diretamente da fase sólida para a
fase gasosa sem passar pela fase líquida) e com ou sem recuperação de aromas. A legislação
vigente, lei 8918 de 14/07/1994, garante ao consumidor reconhecer as formas de
comercialização.
● Integral: se encontra na concentração original de suco extraído da fruta, sem adição de
água e açúcar.
● Concentrado: parcialmente desidratado.
● Desidratado: produto apresentado na forma pulverizada, e com umidade relativa máxima
de 3%.
● Reconstituído: produto desidratado que é diluído até sua concentração natural. ∙ Néctar:
bebida não-fermentada, obtida da diluição em água potável da parte comestível do vegetal
ou de seu extrato.
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC ANVISA/MS n° 259, de 20 de setembro de 2002.
Regulamento técnico para rotulagem dealimentos embalados. Disponível em <https://www.anvisa.gov.br>. Acesso em 12/11/2012.
Acessado em 20/11/2012.