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Sumário

Agrotóxicos..................................................................................................................................1
Classificação.............................................................................................................................1
Contaminação..............................................................................................................................2
Referências Bibliográficas............................................................................................................3
Agrotóxicos
Segundo o Decreto Federal nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta
a Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de 1989, define o termo agrotóxico e afins como
produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos
setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas,
pastagens, proteção de florestas nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de
ambientes urbanos, hídricos e industriais. Estão incluídas as substâncias e produtos
empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de
crescimento, ou seja, produtos empregados para combate de pragas, como insetos,
larvas, fungos, carrapatos, e para controle do crescimento de vegetação (SAÚDE,
2012).

O uso dos agrotóxicos no Brasil tem forte impacto negativo do ponto de vista
ambiental e principalmente de saúde pública, por exemplo, na contaminação dos
vários meios (ar, água e solo), e com muitos casos de doenças e mortes, sendo que as
primeiras informações sobre problemas de saúde datam de 1950 (TRAPÉ, 2003).

Classificação
A Agência Nacional de Segurança Sanitária (ANVISA) classifica os agrotóxicos de
acordo com a toxicidade e conforme o grupo químico e o tipo de ação.

 Toxicidade

Figura 1: classificação da toxicidade dos agrotóxicos (RUPPENTHAL, 2013).


 Grupo químico e tipo de ação

Quadro 1: grupo químico e tipo de ação dos agrotóxicos. Fonte: Adaptado de ANVISA,
2011.

Contaminação

Atualmente o Brasil é um dos principais consumidores de agrotóxicos no mundo.


Empregados principalmente na agricultura, mas também na pecuária, na conservação de
madeira, de alimentos, na produção de flores e como domissanitários (ex: inseticidas
domésticos) (SAÚDE, 2012).

Os principais meios de contaminação podem se dar por:

 Contato com a pele


 Vias respiratórias
 Via oral

Sendo o contato pela pele, a forma de contaminação de agrotóxicos.

As pessoas mais expostas aos perigos da contaminação pelos agrotóxicos são os


trabalhadores do setor agropecuário. Há os aplicadores, preparadores de caldas e
responsáveis por depósitos, que têm contato direto com os produtos, e há também os
trabalhadores que têm contato indireto com os venenos ao realizar capinas, roçadas, colheitas
etc. Este segundo grupo é, na verdade, o de maior risco, uma vez que o intervalo de reentrada
nas lavouras não costuma ser respeitado e estes trabalhadores não usam proteção. Além
desse setor, há também trabalhadores da saúde pública, de empresas desinsetizadoras,
indústrias de formulação e síntese, transporte e comércio (LONDRES, 2011).

Os agrotóxicos podem ter vários efeitos sobre a saúde humana, dependendo da forma
e tempo de exposição e do tipo de produto por sua toxicidade específica. Os agrotóxicos que
mais causam preocupação, em termos de saúde humana, são os inseticidas organofosforados
e carbamatos, os piretróides e os organoclorados, os fungicidas ditiocarbamatos e os
herbicidas fenoxiacéticos, o glifosato e o paraquat. De acordo com o tempo de exposição,
podem determinar três tipos de intoxicação: aguda, sobreaguda e crônica (RUPPENTHAL,
2013). Testes em animais indicam que muitas dessas substâncias estão relacionadas com risco
de câncer.

Referências Bibliográficas
LONDRES, F. AGROTÓXICOS NO BRASIL um guia para ação em defesa da vida. Vasa, p. 190,
2011.
RUPPENTHAL, J. E. Toxicologia. Santa Maria - RS: Rede e-Tec Brasil, 2013.
SAÚDE, M. DA. Diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho. Revista Brasileira
de Cancerologia, v. 58, n. 2, p. 279–280, 2012.
TRAPÉ, A. Efeitos toxicológicos e registro de intoxicações por agrotóxicos. 2003.

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