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UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
UNIDADE 5
UNIDADE 6
CONCLUSÃO ...............................................................................................61
ANEXO I .....................................................................................................62
GLOSSÁRIO ...............................................................................................64
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Unidade 1
O que é Agrotóxico;
Conhecimento das Formas de Exposição;
Classificação;
INTRODUÇÃO
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OBJETIVO
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Definição
Agrotóxicos são produtos químicos sintéticos usados para matar insetos, larvas, fungos,
carrapatos sob a justificativa de controlar as doenças provocadas por esses vetores e de
regular o crescimento da vegetação, tanto no ambiente rural quanto urbano.
Exemplos de Agrotóxicos:
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Os agrotóxicos tem seu uso tanto em atividades agrícolas como não agrícolas.
As agrícolas são relacionadas ao setor de produção, seja na limpeza do terreno e preparação
do solo, na etapa de acompanhamento da lavoura, no deposito e no beneficiamento de
produtos agrícolas, nas pastagens e nas florestas plantadas.
O uso não agrícola é feito em florestas nativas ou outros ecossistemas, como lagos e açudes,
por exemplo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são registradas 20 mil mortes por ano
devido o consumo de agrotóxicos. O Brasil vem sendo o país com maior consumo destes
produtos desde 2008, decorrente do desenvolvimento do agronegócio no setor econômico,
havendo sérios problemas quanto ao uso de agrotóxicos no país: permissão de agrotóxicos
já banidos em outros países e venda ilegal de agrotóxico que já foram proibidos.
A exposição aos agrotóxicos pode causar uma série de doenças, dependendo do produto que
foi utilizado, do tempo de exposição e quantidade de produto absorvido pelo organismo.
É importante considerar:
Os principais afetados são os agricultores e trabalhadores das indústrias de agrotóxicos, que
sofrem diretamente os efeitos dos agrotóxicos durante a manipulação e aplicação.
Toda a população está suscetível a exposições múltiplas a agrotóxicos, por meio de consumo
de alimentos e água contaminados.
Gestantes, crianças e adolescentes também são considerados um grupo de risco devido às
alterações metabólicas, imunológicas ou hormonais presentes nesse ciclo de vida.
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Formas de Exposição
DEFINIÇÃO:
No trabalho:
Através da inalação, contato dérmico ou oral durante a manipulação, aplicação e preparo do
aditivo químico.
Destacam-se os trabalhadores da agricultura e pecuária, de empresas desinsetizadoras, de
transporte e comércio de agrotóxicos e de indústrias de formulação destes produtos.
Ambiental:
Através da pulverizações aéreas que ocasionam a dispersão dessas substâncias pelo meio
ambiente contaminando as áreas e atingindo a população.
Consumo de alimentos e água contaminados. Outra forma é o contato com roupas dos
trabalhadores com o agrotóxico.
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onde se faz a manipulação dos agrotóxicos (armazenamento, transporte, preparo das caldas,
aplicação, descarte e descontaminação de equipamentos e vestimentas), ou ainda os que
trabalham em áreas recém-tratadas.
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Geralmente, as intoxicações agudas com efeitos imediatos são reconhecidas sem dificuldade
em virtude do curto período entre o contato com a substância tóxica e o aparecimento dos
sinais e sintomas. Os efeitos tardios são mais difíceis de serem associados a uma exposição,
pelo tempo transcorrido ou pelo aparecimento de desordens mais sutis ou atípicas, ou ambos.
Algumas evidências científicas mostram que a exposição aos agrotóxicos pode levar a danos
à saúde muitas vezes irreversíveis, como é o caso da neuropatia tardia por sobreexposição a
organofosforados. Na literatura mundial, os agrotóxicos têm sido relacionados a diversos
efeitos à saúde. Muitos danos crônicos vêm sendo relatados, dentre os quais se destacam
patologias de pele, teratogênese, carcinogênese, desregulação endócrina, neurotoxicidade e
efeitos na reprodução humana e no sistema imunológico, entre outros.
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Classificação
A classificação dos agrotóxicos utilizada para fins de registro e reavaliação pela ANVISA é
baseada no grau de toxicidade destas substâncias.
Os agrotóxicos são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão de
controle do Ministério da Saúde, em quatro classes de perigo para a saúde.
Cada classe é representada por uma cor no rótulo e na bula do produto.
É importante conhecer a classe toxicológica do produto que irá utilizar, bem como conservar
a bula e deixa-la em local de fácil acesso
AZUL VERDE
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Alguns exemplos de pragas x tipos de agrotóxicos utilizados:
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Identifique o risco do uso dos agrotóxicos
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Veremos a seguir uma Lista de ingredientes ativos de grande consumo no Brasil com
autorização da Anvisa e uma Lista de ingredientes ativos de agrotóxicos com autorização
banida pela Anvisa:
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Lista de ingredientes ativos de agrotóxicos com autorização banida pela Anvisa:
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Unidade 2
Sintomas de Intoxicação;
Procedimentos Básicos de Primeiros Socorros;
Os efeitos da exposição aos agrotóxicos podem ser agudos (esse tipo de intoxicação é
caracterizado como de surgimento rápido após uma excessiva exposição, por curto período,
a produtos altamente tóxicos. Podem ser de forma branda, moderada ou grave, dependendo
da quantidade do agrotóxico contaminante) ou crônicos (esse tipo de intoxicação é
caracterizado como de surgimento tardio, após períodos longos - semanas, meses ou anos -
de exposição pequena ou moderada a agrotóxicos ou a múltiplas formulações ou misturas de
produtos, acarretando danos irreversíveis).
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A exposição a níveis tóxicos de agrotóxicos resulta numa variedade de sintomas que
dependem do produto usado, da dose absorvida e das condições de saúde do trabalhador
conforme descrito abaixo:
Efeitos Agudos
Através da pele
- Irritação (pele seca e rachada);
- Mudança de coloração da pele (áreas
amareladas ou avermelhadas);
- Descamação (pele escamosa ou com aspecto
de sarna).
Através da respiração
- Ardor na garganta e pulmões;
- Tosse;
- Rouquidão;
- Congestionamento das vias respiratórias.
Através da boca
- Irritação da boca e garganta;
- Dor no peito;
- Náuseas;
- Diarreia;
- Transpiração anormal;
- Dor de cabeça;
- Fraqueza e cãimbra.
Outros sintomas inespecíficos também podem ocorrer, tais como: Dor de cabeça,
transpiração anormal, fraqueza, câimbras, tremores, irritabilidade.
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Efeitos Crônicos
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Procedimentos Básicos de Primeiros Socorros
ATENÇÃO
1 - Toda embalagem de agrotóxico possui informações de
primeiros socorros no rótulo e na bula.
2 - Os fabricantes de agrotóxicos disponibilizam na bula, os
telefones de atendimento
de emergência 24h, para orientar os usuários.
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Dê banho com água corrente e vista roupas limpas no
trabalhador, levando-o imediatamente para o serviço de
saúde mais próximo. Não se esqueça de mostrar a bula ou
rótulo do produto ao médico ou enfermeira.
Ligue para o telefone de emergência do fabricante,
assim que chegar ao serviço de saúde e informe os
seguintes dados: nome e idade do trabalhador, o nome
do médico ou da enfermeira e o telefone do serviço de
saúde, para que o fabricante passe mais informações sobre
a toxicologia do produto para o profissional de saúde que
estiver fazendo o atendimento.
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Conheça os procedimentos de descontaminação da pele
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Conheça os procedimentos de descontaminação da via respiratória
RECOMENDAÇÕES RAÍZEN
Solicitar ajuda via rádio, informando o estado da vítima, o que aconteceu e o local
onde se encontra.
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Unidade 3
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Rotulagem e Sinalização;
O rótulo/bula do produto traz vários tipos de mensagens com diferentes significados. Esses
desenhos tem como objetivo transmitir, orientar e divulgar mensagens de natureza
informativa, extremamente simplificada.
É importante conhecer as informações do produto que você irá utilizar, para se certificar que
todos os cuidados necessários serão tomados.
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Os pictogramas são símbolos gráficos, internacionalmente aceitos, que possuem uma
comunicação exclusivamente visual. Eles visam dar informações para proteger a saúde das
pessoas e o meio ambiente.
Instruções de uso.
Restrições estabelecidas por órgãos estaduais
e municipais.
Modo de aplicação: níveis mínimos e máximos
de calda por área (l/ha) e doses recomendadas
dos agrotóxicos por área e intervalos de
aplicação.
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Intervalo de segurança: período de reentrada (intervalo de tempo em que não é
permitido pessoas na lavoura) e de carência (intervalo de tempo entre a última
aplicação e a colheita).
Limitações de uso: fitotoxicidade para as culturas indicadas, seleção de itens do EPI
para aplicação e manuseio, informações sobre os equipamentos de aplicação a serem
usados (modo de aplicação); descrição dos procedimentos de lavagem e devolução
das embalagens vazias, destinação de produtos impróprios para uso, manejo de
resistência (uso indiscriminado) e manejo integrado.
Dados relativos à proteção humana: precauções gerais, no manuseio, preparação,
durante e após a aplicação, primeiros socorros em casos de intoxicação, antídotos
recomendados, tratamentos médicos sintomáticos de emergência, números de
telefones para casos de emergência; mecanismos de ação, absorção e excreção;
efeitos agudos, crônicos e colaterais.
Dados relativos à proteção do meio ambiente: precauções de uso e advertência quanto
aos cuidados de proteção ao meio ambiente, instruções de armazenamento do
agrotóxico, instruções em caso de acidentes com uso de agrotóxicos, destinação
adequada de resíduos e embalagens, restrições estabelecidas por órgãos
fiscalizadores, estaduais, municipais e do Distrito Federal.
Sinalização
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DESCRIÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS E PROTEÇÕES
ESPECÍFICAS
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Unidade 4
Medidas Higiênicas durante o Trabalho;
Embalagens;
O veículo a ser utilizado deve ter carroceria aberta e deve estar em perfeitas condições de
conservação e uso;
As embalagens devem estar arranjadas de forma segura na carroceria e cobertas com lona
impermeável, fixada à parte traseira do veículo;
Portar documentação adequada (Ex.: Declaração de carga, nota fiscal, conhecimento de
transporte e o manifesto de carga);
A Ficha de Emergências para produtos perigosos é de porte obrigatório para transporte;
A sinalização de carga deve ser adequada de acordo com a classe do produto ou dos
produtos a serem transportados;
O veículo deve portar um kit de emergência e EPIs;
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Procedimentos para Armazenamento de Agrotóxicos
na propriedade
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Corrija problemas, como vazamentos de produtos dentro do depósito,
providenciando material de absorção rápida para casos eventuais (areia, serragem,
cal, etc.).
Precaução:
Temperatura deve ser menor que 30˚C (30 graus Celsius).
Umidade relativa do ar deve ser de no mínimo de 55%.
Trabalhe nas horas mais frescas do dia, de preferência no amanhecer e ao
entardecer.
Não trabalhe em dias chuvosos.
Observe a velocidade do ar próximo à altura do bico para evitar a deriva,
ou seja, o deslocamento da calda para fora do alvo desejado
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Verifique o estado do equipamento de aplicação (pulverizador)
Verifique as partes que compõem o equipamento de aplicação.
Selecione o bico de acordo com a formulação e indicação do produto, garantindo
uma pulverização eficiente.
Observe constantemente o equipamento para identificar se há vazamentos.
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Preparo da Calda
A água deve ser limpa e de boa qualidade química para a preparação da calda de
pulverização.
Antes de iniciar o preparo da calda, ler atentamente o rótulo/bula do agrotóxico. O
preparo da calda exige muito cuidado, pois é o momento em que se manuseia o
produto concentrado;
Realizar o manuseio sobre contenções
Utensílios utilizados para preparo da calda não devem ser usados para outras
finalidades.
Seguir sempre o receituário agronômico sobre as doses dos produtos.
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.
Cuidados após a aplicação dos agrotóxicos
dos agrotóxicos
As embalagens não-laváveis são as rígidas que não utilizam água como veículo de
pulverização, as flexíveis e as secundárias.
Embalagens rígidas não-laváveis (embalagens
rígidas que não utilizam água como veículo de
pulverização), exemplo: embalagens de produtos
para tratamento de sementes.
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Embalagens flexíveis são aquelas que entram em
contato direto com o produto e não podem ser
lavadas.
São normalmente feitas de material flexível, como:
sacos ou saquinhos plásticos, sacos de papel, sacos
plásticos metalizados ou mistos.
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EMBALAGENS FLEXÍVEIS
As embalagens flexíveis devem ser esvaziadas
completamente na ocasião do uso e guardadas dentro de
uma embalagem de resgate (saco plásticos padronizados)
fechada e identificada.
A embalagem de resgate deve ser adquirida no revendedor.
EMBALAGENS SECUNDÁRIAS
As embalagens secundárias podem ser utilizadas
para acondicionar as embalagens rígidas e devem
ser armazenadas separadamente das embalagens
contaminadas.
Embalagens Laváveis
dos agrotóxicos
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As embalagens laváveis, depois de esvaziadas no tanque do pulverizador, devem ser lavadas,
isto é, submetidas à tríplice lavagem ou a lavagem sobre pressão e devolvidas na unidade de
recebimento indicada na nota fiscal de compra do produto.
A destinação final correta (devolução) das embalagens laváveis rígidas vazias de agrotóxicos
contribui para a preservação da saúde humana e do meio ambiente e possibilita a economia
de produto. Além disso, se lavadas adequadamente no momento de aplicação do produto,
as embalagens vazias podem ser recicladas, isto é, transformadas em artefatos como: caixa
de bateria automotiva; caixa de passagem para fios e cabos elétricos; embalagem para óleo
lubrificante e tubo para esgoto, etc.
Tríplice Lavagem
dos agrotóxicos
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A tríplice lavagem é realizada da seguinte forma:
1. Esvazie completamente o conteúdo da
embalagem no tanque do pulverizador
2. Adicione água limpa à embalagem até 1/4
do seu volume
3. Tampe bem a embalagem e agite-a por
30 segundos
4. Despeje a água de lavagem no tanque do
pulverizador
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Como guardar as embalagens vazias até a devolução
Após o preparo, as embalagens vazias não laváveis e laváveis devem ser armazenadas em
local coberto e trancado, ao abrigo de chuva e com boa ventilação. Este local pode ser o
próprio depósito das embalagens cheias. Neste caso, as embalagens vazias devem ficar
separadas das cheias.
O produtor tem o prazo de até 1 ano (contado após a compra dos produtos) para devolver
todas as embalagens vazias junto com as tampas e rótulos na unidade de recebimento
credenciada pelo Instituto Nacional de Embalagens Vazias (inpEV), indicada na nota fiscal de
compra do produto.
No caso de ocorrer sobra de produto na embalagem, ela poderá ser devolvida até 6 meses
após o vencimento.
O comprovante de entrega das embalagens deve ser guardado por um ano para fins de
fiscalização.
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Unidade 5
Vestimentas e EPIs;
Para o caso específico de agrotóxicos, diferentes EPIs são de uso obrigatório, de acordo com
a exposição do trabalhador, nas etapas de transporte, etc.
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As principais peças que compõe o EPI
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Respirador (máscara)
A escolha do tipo de respirador (máscara) a ser usada, depende dos seguintes fatores:
Local em que o agrotóxico será preparado que pode ser em ambiente aberto ou
fechado;
Formulação do agrotóxico, isto é, se o produto contém gases e vapores orgânicos;
Concentração, ou seja, o teor de tóxico na atmosfera.
c) Saturação de filtros:
Filtro mecânico: deve ser trocado quando o trabalhador sentir dificuldade para inalar,
isto significa que o filtro mecânico está saturado e houve entupimento;
Filtro químico de carvão ativado: substituí-lo quando o trabalhador começar a sentir
cheiro ou gosto do contaminante, o que significa que o filtro químico está saturado.
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Conheça as regras para uso dos respiradores
Luvas
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1 - Casos em que o respirador não possibilite o uso da viseira, essa poderá ser
substituída por óculos de proteção.
Boné Árabe
Jaleco e a Calça
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Botas
Para evitar a contaminação das peças do EPI e a exposição do trabalhador, deve-se seguir
uma sequência lógica para vestir e retirá-las.
1º Calça E Jaleco - A calça e o jaleco devem ser vestidos sobre a segunde pele (roupa
comum camiseta de algodão e bermuda fornecidos pela empresa para isso).
2º Botas - Calçar as botas sobre meias de algodão de cano longo, para evitar atrito com os
pés, tornozelos e canelas, tomando cuidado para deixar a calça sobre a bota para caso de
escorrimento.
6º Boné árabe - Vestir a toca com viseira na cabeça, assegurando que toda a face esteja
protegida, assim como o pescoço e a cabeça.
7º Luvas - Colocar as luvas da forma que elas fiquem para dentro das mangas do jaleco.
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ATENÇÃO!
2- A roupa comum não pode ser de uso pessoal, conforme descrito na NR31
3- As bocas da calça do EPI devem estar para fora do cano das botas, a fim de impedir o
escorrimento do produto para o interior do calçado
4- Assegure-se que as luvas ajustam perfeitamente ao tamanho das mãos. Não devem ser
muito justas para facilitar sua colocação e retirada. Não podem ser muito grandes, pois
podem atrapalhar o tato e causar acidentes, bem como permitir que caia produto dentro
dela
5- Mantenha-se sempre barbeado. Caso utilize barbas, entre em contato com sua liderança
para definir, junto a segurança, qual respirador é mais adequado
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Sequência para RETIRAR
1º Lavar as luvas com água e sabão neutro - Lavar as luvas antes de começar a retirar a
roupa hidrorepelente
6º Calça - Desamarrar o cordão da calça e deslizar pelas pernas sem serem viradas do
avesso.
7º Luvas - Retirar as luvas puxando a ponta dos dedos das duas luvas aos poucos, de forma
que elas possam ir se desprendendo simultaneamente.
8º Respirador - Retirar o respirador por último, guardar ele separado dos demais
equipamentos, dentro de um saco plástico limpo, para evitar contaminação das partes
internas e dos filtros.
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Após a retirada de todas as peças do EPI o trabalhador deve lavar as mãos e o
rosto.
Nenhum EPI deve ser levado para fora do ambiente de trabalho. As roupas devem
seguir o fluxo para higienização externa.
Diferentes EPIs, precisam de diferentes tratativas após o uso, para as atividades que
manuseiam defensivos agrícolas isso é ainda mais importante. As roupas, precisam ser
coletadas e levadas para a higienização externa, mas e os outros EPIs? Eles também
precisam de cuidados que garantam sua conservação e a segurança para o uso.
BOTAS
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LUVAS
ÓCULOS E VISEIRAS
MÁSCARAS
As máscaras devem seguir a orientação do fabricante, mas alguns cuidados são comuns a
todas elas:
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Procedimentos em relação ao trabalhador
Higienização Pessoal
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Unidade 6
Equipamentos de Aplicação
Equipamentos de Aplicação
Nossas ferramentas de trabalho não podem ter vazamentos ou entupimentos. Caso acontecer
procure seu gestor.
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Pulverização Manual
Pulverização Mecanizada
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A aplicação mecanizada só poderá ser realizada por operador devidamente habilitado,
treinado e autorizado;
Utilizar todos os EPIs previstos na AST;
Seguir os padrões de operação da Cia ex.: Instrução Técnica / Procedimento
Operacional Padrão;
Muito importante: após a pulverização, recolher as barras antes de se deslocar para
que não aja contato com redes elétricas.
Realizar em local plano, assegurando que não ocorrerá escoamento de resíduos para
áreas de nascentes, reservas legais, APPs, mananciais de água e culturas vizinhas;
Tanque de calda pronta: Utilizar a mangueira pressurizada com água limpa;
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Bombas costais: É necessário apenas deixá-las totalmente vazias e lavar a ponta de
pulverização;
Poça de água no solo: Fazer isolamento da área e direcionar a água para a lavoura de
cana.
Incêndios
Ao chegar na frente de trabalho identifique todas as rotas para eventuais fugas em caso
de incêndio;
Ao primeiro sinal de incêndio, iniciar a evacuação imediatamente, verificando a direção
do vento e saindo pelo sentido contrário;
Nunca voltar para pegar objetos ou pertences;
Comunicar o ocorrido ao Gestor de Operações e aos outros funcionários que encontrar;
Não participar do combate ao incêndio se não estiver treinado, equipado e autorizado.
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Animais Peçonhentos
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O que devo saber sobre Aplicação e Manuseio de Agrotóxicos
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ANEXO I
OB R A / SER V IÇO CAPACETE COM JUGULAR OUTRO: UNIFORME / COLETE COM REFLETIVO FERRAMENTAS ISOLANTES
Aplicação manual de defensivos PROT. RESPIRATÓRIA C/ FILTRO OUTRO: LUVA IMPERMEÁVEL BIOMBO
CALÇADO DE SEGURANÇA C/ BICO DE AÇO OUTRO: AVENTAL IMPERMEÁVEL OUTRO: CINTO DE SEGURANÇA
CINTO DE SEGURANÇA C/ TALABARTE DUPLO OUTRO: LUVA COM RESISTÊNCIA MECÂNICA OUTRO :
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* Antes de iniciar a aplicação inspecionar a condição das perramentas, mangueiras e
bicos devem estar em perfeitas condições.
Aplicar defensivos Contato com Produtos Químicos Intoxicação * Antes de iniciarrealizar os testes de vedação da máscara.
* Utilizar segunda pele, conjunto hidro-repelente, meia, bota e luva de borracha,
óculos, máscara semi facial, com filtro para produtos químicos.
Ergonômicos Lesões, fraturas * A bomba carregada deve estar na altura do corpo, se necessário solicitar ajuda.
* Realizar a lavegem em campo, tendo atneção para que o resíduo escorra para a
Lançamentos em corpos d'água Contaminação
lavoura, onde foi progrmada a aplicalção, não deixando poças de água.
Limpeza de EPIs e ferramentas * Manter o uso dos EPIs durante a lavagem das ferramentas (bomba costal ou pulm
pur), lavando na sequencia a bota e por último a luva.
Contato com Produtos Químicos Intoxicação
* Manter pano, escova ou bucha junto com os produtos contaminados, descartando-
os nos locais para produtos contaminados.
* O deslocamento até o local do banho deve ser realizado com a segunda pele, os
demais EPIs devem ser armazenados em locais adequados, sendo que as roupas
devem ser encaminhadas para higienização externa.
* Retirar os EPIs na seguinte sequencia: 1º) Lave as luvas e retire o capuz, 2º) blusa
hidrorepelente, 3º) botas, 4º) Calça hidrorepelente, 5º) luvas e po último a máscara.
Retirada de EPIs Contato com Produtos Químicos Intoxicação
A segunda pele será retirada apenas para o banho.
* No caso de dor de cabeça intensa, enjoo, vômitos, cólicas abdominais, tontura
intensa, fraqueza, dificuldades para respirar (respiração curta e rápida), salivação e
sudorese aumentada, comunique a liderança e procure assistência médica
imediatamente, levando uma cópia das FISPQ dos produtos utilizados.
INTERFACES
RESP.1: ASS. RESP.2: ASS. RESP.3: ASS.
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Glossário
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de
controle.
Atividades Rotineiras: atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do
processo de trabalho da empresa.
AST – Análise de Segurança da Tarefa;
Área Tratada: Área que foi submetida à aplicação de agrotóxicos e/ou afins.
Agentes patogênicos: Organismos capazes de provocar doenças infecciosas em seus hospedeiros
sempre que se encontrem em condições favoráveis.
Agrotóxicos e afins: São produtos químicos com propriedades tóxicas e que são utilizados na
agricultura para controlar pragas, doenças, ou plantas daninhas que causam danos às plantações.
Afins são produtos com características ou funções semelhantes aos agrotóxicos.
Adjuvantes: São substâncias ou compostos sem propriedades fitossanitárias, exceto a água, que
são acrescidos numa preparação de caldas de agrotóxicos e afins com a finalidade de aumentar a
eficácia, facilitar e diminuir os riscos da aplicação.
Água potável: Água destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos, que atenda ao
padrão de potabilidade estabelecido pelas normas governamentais.
Estrados: Estruturas planas inseridas acima do nível do chão formando um piso mais elevado para
pôr em destaque coisa ou objeto.
Empregador rural ou equiparado: Considera-se empregador rural, a pessoa física ou jurídica,
proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário,
diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. Equipara-se ao empregador
rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de
terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.
Ferramenta: Utensílio com finalidade operacional e que é indispensável para o desempenho de
algumas atividades do trabalho rural.
Gestor do Serviço: Responsável pelo gerenciamento do serviço.
Intervalo de reentrada: Intervalo de tempo entre a aplicação de agrotóxicos ou afins e a entrada de
pessoas na área tratada sem a necessidade de uso de EPI.
Intoxicação: Conjunto de sinais e sintomas causados pela exposição a substâncias químicas nocivas
ao organismo.
MPS: Manual de Permissão de Serviços;
NBR: Normas Brasileiras;
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NR: Norma Regulamentadora;
Operação Assistida: atividade realizada sob supervisão permanente de profissional com
conhecimentos para avaliar os riscos nas atividades e implantar medidas para controlar, minimizar
ou neutralizar tais riscos.
PS: Permissão de Serviço;
Poeira orgânica: Poeiras de origem vegetal, animal ou microbiológica.
Pulverizador autopropelido: instrumento ou máquina utilizado na agricultura no combate às pragas
da lavoura, infestação de plantas daninha e insetos. Tem como principal característica a condição
de cobrir grandes áreas, com altíssima produtividade e preciso controle da dosagem dos produtos
aplicados. Sua maior função é permitir o controle da dosagem na aplicação de defensivos ou
fertilizantes sobre determinada área.
Pulverizador tracionado: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode
realizar a operação de aplicar agrotóxicos.
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em
altura, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a
segurança e a saúde no trabalho.
Vestimenta de trabalho: Roupa adequada para a atividade desenvolvida pelo trabalhador no
manuseio de agrotóxicos, adjuvantes e afins, compatível com o uso associado ao EPI contra
agrotóxicos e que não se confunde com as roupas de uso pessoal.
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Este material foi desenvolvido com o objetivo de aplicar conceitos de segurança
nos trabalhos com Manuseio e Aplicação de Agrotóxicos, todos os conceitos
constantes neste manual são informações que vão contribuir para a realização de
uma atividade com segurança, visando sempre a preservação da integridade física
dos trabalhadores. conceitos básicos de trabalho.
Se todas as informações forem seguidas e os conceitos a serem aplicado forem
entendido, compreendido e aplicados de maneira correta o risco de ocorrência de
acidentes será minimizado e com isso estaremos contribuindo para a redução das
estatísticas de ocorrência de acidentes.
Todos os textos e imagens que constam neste material são de domínio público,
sendo citadas as fontes de onde foram retirados as informações não configurando
assim plágio, conforme descrito na Lei 9.610 de 19/02/1998.
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