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SUMÁRIO

• INTRODUÇÃO...................................................................... 02

• IMPORTÂNCIA..................................................................... 03


• RISCOS AMBIENTAIS......................................................... 03

• MAPA DE RISCOS............................................................... 04

• ACIDENTE DO TRABALHO................................................ 07

• CAUSAS DOS ACIDENTES................................................ 08

• INSPEÇÃO DE SEGURANÇA............................................. 09

• INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES.................................... 10

• EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI......... 11

• COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. 12

• NO TRABALHO RURAL- CIPATR...................................... 13

• ATRIBUIÇÕES DOS CIPEIROS.......................................... 14

• PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO........................... 16

• PRIMEIROS SOCORROS.................................................... 20

• ERGÔNOMIA....................................................................... 26

• AGROTÓXICOS................................................................... 28


INTRODUÇÃO

A legislação sobre Segurança, Higiene e Saúde do Trabalhado no


Brasil é relativamente nova. Após a edição do Decreto Lei nº 5452 de
1943, que criou a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
destacamos os seguintes fatos mais marcantes:

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso da


competência prevista no inciso II do parágrafo único do art. 87 da
Constituição Federal, e considerando a proposta de regulamentação
apresentada pelo Grupo de Trabalho Tripartite Rural, resolve:

Art. 1º - Fica aprovada, nos termos do art. 13 da Lei 5.889, de 5 de


junho de 1973, a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no
Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e
Aqüicultura, na forma do Anexo I a esta Portaria.

 Criação da Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e


Medicina do Trabalho, hoje Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho-FUNDACENTRO, instituída pela
Lei nº 5.161 de 21 de outubro de 1.966.

 Integração do Seguro de acidentes do Trabalho à Previdência


Social, através da Lei nº 5.316 de 14 de setembro de 1.967.

 Criação obrigatória dos Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho pelas empresas, através da
edição da Portaria nº 3.237 de 17 de julho de 1972.

 Port. MTE 86/05 - Port. - Portaria MINISTÉRIO DO TRABALHO E


EMPREGO nº 86 de 03.03.2005

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RISCOS AMBIENTAIS

São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos,


biológicos, ergonômicos e de acidentes/mecânicos que possam trazer
ou ocasionar danos à saúde do trabalhador nos ambientes de trabalho,
em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de
exposição ao agente.

Tais agentes são:

• RISCOS FÍSICOS

Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, frio,


calor, pressões anormais e umidade.

• RISCOS QUÍMICOS

Poeiras minerais, poeiras vegetais, poeiras alcalinas, fumos


metálicos, névoas, neblinas, gases, vapores e produtos químicos
diversos.

• RISCOS BIOLÓGICOS

Vírus, bactérias, parasitas, ricketsias, fungos e bacilos.

• RISCOS ERGONÔMICOS

Monotonia, posturas incorretas, rítmo de trabalho intenso, fadiga,


preocupação, trabalhos físicos pesados e repetitivos.

• RISCOS DE ACIDENTES / MECÂNICOS

Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção,


ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada,
eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento
inadequado, animais peçonhentos e ausência de sinalização.

MAPA DE RISCOS

 O que é o Mapa de Riscos?

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Consiste na representação gráfica dos riscos à saúde
identificados pela CIPATR, em cada um dos diversos locais
de trabalho de uma empresa.

 Objetivos do Mapa de Riscos

 reunir as informações necessárias para estabelecer o


diagnóstico da situação de segurança e saúde no
trabalho na empresa.

 possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e


divulgação de informações entre os trabalhadores, bem
como estimular sua participação nas atividades de
prevenção.

 Quem elabora o Mapa de Riscos?

É elaborado pelos membros da Comissão Interna de


Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural - CIPATR, após
ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos da
empresa, com assessoria do SESTR - Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e Saude no
Trabalho Rural, quando este existir.

 Etapas de Elaboração do Mapa de Riscos

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;


 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua
eficácia;
 Identificar os indicadores de saúde (queixas mais
freqüentes, acidentes de trabalho, doenças profissionais,
etc.);
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no
local.
 Representação gráfica do Mapa de Riscos

 Os riscos serão representados por círculos de tamanhos


e cores diferentes que devem ser apostos sobre a planta
(lay-out) do local analisado.

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 O tamanho do círculo indicará se o risco é grande, médio
ou pequeno (quanto maior for o círculo, maior o risco).

 Para cada tipo de risco os círculos serão representados


por uma cor diferente, conforme segue:

• riscos físicos: verde;


• riscos químicos: vermelho;
• riscos biológicos: marrom;
• riscos ergonômicos: amarelo;
• riscos de acidentes/mecânicos: azul.

 Alguns exemplos práticos:

• Num dado almoxarifado foi detectada a existência de


muita poeira:

Risco grande (muita poeira)


Cor Vermelha (risco químico)

• Em uma área de escritório foram encontradas algumas


cadeiras fixas, utilizadas para operação do microcom-
putador:

Risco médio (cadeiras fixas)


Cor Amarela (risco ergonômico)

• Na copa foi encontrado um botijão de gás:

Risco pequeno (gás de cozinha)


Cor Azul (risco de acidente/mecânico)

MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS


POR SETORES

Função:
Data: N.º Trabalhadores Expostos: Hora:
Perfil do Cargo:

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FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS ACIDENTES

FONTES GERADORAS
Postura Inadequada :
Animais Peçonhentos:
Risco de Corte:
Lesões no rosto ou na Visão:
Poeiras Vegetais:

POSSÍVEIS DANOS À SAÚDE (Dados Técnicos extraídos)


Postura Inadequada :
Animais Peçonhentos:
Risco de Corte:
Lesões no Rosto ou na Visão:
Poeiras Vegetais:

Avaliações Quantitativas Avaliações Qualitativas


- -
CARACTERIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

MEDIDAS PREVENTIVAS
- Controle Médico (Conforme NR 7.4)
- EPI (conforme planilha EPI por função)
- Treinamento de uso correto e conservação de EPI’S
- Treinamento dos Primeiros Socorros (Conforme NR 7.5.1)
- Treinamento sobre Prevenção e Combate à Incêndio (Conforme NR 23.1.1

ACIDENTE DO TRABALHO

CONCEITO LEGAL

A Lei nº 8.213 de 24.07.91 da Previdência Social define em seu


artigo19 que: Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

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CONCEITO PREVENCIONISTA

Uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe


ou interfere no processo normal de uma atividade ocasionando perda
de tempo e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais.

Portanto, mesmo as ocorrências que não resultam em lesões ou


danos materiais devem ser consideradas como acidentes do
trabalho.

TIPOS DE ACIDENTES

Acidentes no exercício do trabalho.

Acidentes de Trajeto: são aqueles que ocorrem no percurso da


residência para o trabalho e quando voltamos do trabalho para nossa
residência.

Doença Profissional: é aquela produzida ou desencadeada pelo


exercício do trabalho. (Ex: silicose-doença pulmonar freqüente em
mineiros de carvão).

Doença do Trabalho: é aquela adquirida ou desencadeada em função


de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacione diretamente. (Ex: tenossinovite).

CAUSAS DOS ACIDENTES

Os acidentes do trabalho decorrem basicamente de três causas


primárias:

ATOS INSEGUROS

 São atos executados de forma contrária às Normas de


Segurança (ex.: subir em cadeira para trocar uma lâmpada).

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CONDIÇÕES INSEGURAS

 São deficiências, defeitos, irregularidades técnicas do


ambiente de trabalho que podem ocasionar um acidente (ex.:
escada sem corrimão, piso escorregadio).

FATORES PESSOAIS DE INSEGURANÇA

 São as características físicas ou mentais de um indivíduo que


podem interferir no trabalho que está sendo realizado (ex.:
instabilidade emocional, falta de coordenação motora).

1- Emitente
PREVIDÊNCIA SOCIAL
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL 1- Empregador 2- Sindicato 3- Médico 4-
Segurado ou dependente
5- Autoridade pública

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO -


CAT 2- Tipo de CAT

1- Inicial 2- Reabertura 3- Comunicação de Óbito

em:

I - EMITENTE

Empregador

3- Razão Social /Nome

6- Endereço - Rua/Av.
5- CNAE
4- Tipo 1- CGC/CNPJ 2- CEI 3-

8
CPF 4-NIT

Complemento (continuação) 7-
Bairro CEP 8-UF 9- Telefone
Município

Acidentado

10- Nome

11- Nome da mãe


13- Sexo 14- Estado civil
12- Data de 15- CTPS- Nº /Série/ Data de 16- 17- Remuneração
nasc. emissão UF Mensal
1- Masc. 1- Solteiro 2-
3- Fem. Casado 3- Viúvo
4- Sep. judic. 5-
Outro
6 - Ignorado
18- Carteira de Indentidade Data de emissão Orgão Expedidor 19- 20- PIS/PASEP/NIT
UF

21- Endereço - Rua/Av/

23-
Bairro CEP 22- Município 24- Telefone
UF

25- Nome da ocupação 26- CBO


27- Filiação à Previdência 28-
Aposentado? 29-Áreas
consulte Social 1- Urbana 2-
CBO 1- Empregado 2- Tra. avulso 7- Rural
Seg. especial 1- sim 2- não
8- Médico residente

Acidente ou Doença
30- Data do 31- Hora do 32-Após quantas horas 34- Houve
acidente acidente de trabalho?
33- tipo
afastamento?
1-Típico 2- Doença
1-sim 2-não
3- Trajeto

35- Último dia 37 - Especificação do local do 38- CGC/CNPJ 39- UF


36- Local do
trabalhado acidente
acidente

40-Municipio do local do 41-Parte(s) do corpo atingida(s) 42- Agente causador


acidente

43- Descrição da situação geradora do acidente ou doença


44- Houve registro policial ? 1-
sim 2- não

45- Houve morte ? 1- sim 2- não


Testemunhas

46- Nome
47- Endereço - Rua/Av/nº/comp.

9
Bairro CEP 48- Município 49- UF Telefone

50- Nome
51- Endereço - Rua/Av/nº/comp.

Bairro CEP 52- Município 53- UF Telefone

Local e data
_______________________________________
Assinatura e carimbo do emitente

II - ATESTADO MÉDICO
Deve ser preenchido por profissional médico.
Atendimento
54- Unidade de atendimento médico 55-Data 56- Hora

57- Houve 58- Duração provável do 59- Deverá o acidentado afastar-se do trabalho
tratamento
internação durante o tratamento?
1-sim 2- não dias 1-sim 2-não

Lesão

60- Descrição e natureza da lesão

Diagnóstico
61- Diagnóstico provável 62- CID-10

63- Observações:

Local e data
_______________________________________
Assinatura e carimbo do médico com CRM

III - INSS

Notas:
65- Código da
64- Recebida em 66-Número do CAT 1- A inexatidão das declarações
Unidade
desta comunicação implicará nas
sanções previstas nos artigos. 171
e 299 do Código Penal.

67- Matricula do servidor

_______________________________________ 2- A comunicação de acidente do


Assinatura do servidor trabalho deverá ser feita até o 1°
Matricula dia útil após o acidente, sob pena
de multa, na forma prevista no art.

10
22 da Lei nº 8.213/91.

A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE É OBRIGATÓRIA, MESMO NO CASO EM QUE NÃO HAJA


AFASTAMENTO DO TRABALHO

PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO CAT

Quadro I - EMITENTE

I.1 - Informações relativas ao EMPREGADOR

Campo 1. Emitente - informar no campo demarcado o dígito que especifica o responsável pela emissão da CAT,
sendo:

1. empregador;

2. sindicato;

3. médico assistente;

4. segurado ou seus dependentes;

5. autoridade pública (subitem 1.6.1 da Parte III).


Campo 2. Tipo de CAT - informar no campo demarcado o dígito que especifica o tipo de CAT, sendo:
1. inicial - refere-se à primeira comunicação do acidente ou doença do trabalho;

2. reabertura - quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento da lesão (acidente
ou doença comunicado anteriormente ao INSS);

3. comunicação de óbito - refere-se à comunicação do óbito, em decorrência de acidente do trabalho,


ocorrido após a emissão da CAT inicial. Deverá ser anexada a cópia da Certidão de Óbito e, quando
houver, do laudo de necropsia.
Obs.: Os acidentes com morte imediata deverão ser comunicados por CAT inicial.
Campo 3. Razão Social/Nome- informar a denominação da empresa empregadora. Considera-se empresa na
forma prevista no art. 14 do Decreto nº 2.173/97):
1. a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins
lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração direta, indireta e fundacional;

2. o trabalhador autônomo e equiparado, em relação ao segurado que lhe presta serviço;

3. a cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a missão diplomática


e a repartição consular de carreiras estrangeiras;

4. o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra - de que trata a lei nº 8.630, de 25 de fevereiro
de 1.993.
Obs.: Informar o nome do acidentado, quando segurado especial.
Campo 4. Tipo e número do documento - informar o código que especifica o tipo de documento, sendo:
1. CGC/CNPJ - informar o número da matrícula no Cadastro Geral de Contribuintes - CGC ou da matrícula
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ da empresa empregadora;

2. CEI - informar o número de inscrição no Cadastro Específico do INSS - CEI, quando o empregador for
pessoa jurídica desobrigada de inscrição no CGC/CNPJ;

3. CPF - informar o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF, quando o empregador for
pessoa física;

4. NIT - informar o Número de Identificação do Trabalhador no INSS - NIT, quando for segurado especial.
Campo 5. CNAE - informar o código relativo à atividade principal do estabelecimento, em conformidade com aquela
que determina o Grau de Risco para fins de contribuição para os benefícios concedidos em razão do grau de
incidência da incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. O código CNAE (Classificação
Nacional de Atividade Econômica) encontra-se no documento de CGC ou CNPJ da empresa ou no Anexo do Decreto
nº 2.173/97.
Obs.: No caso de segurado especial, o campo poderá ficar em branco.
Campo 6. Endereço - informar o endereço completo da empresa empregadora (art. 14 do Decreto nº 2.173/97).
Informar o endereço do acidentado, quando segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser
precedido do código DDD do município.
Campo 7. Município - informar o município de localização da empresa empregadora. Informar o município de
residência do acidentado, quando segurado especial.
Campo 8. UF - informar a Unidade da Federação de localização da empresa empregadora. Informar a Unidade da
Federação de residência do acidentado, quando segurado especial.
Campo 9. Telefone - informar o telefone da empresa empregadora. Informar o telefone do acidentado, quando
segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município.

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I.2 - Informações relativas ao ACIDENTADO
Campo 10. Nome - informar o nome completo do acidentado, sem abreviaturas.
Campo 11. Nome da mãe - informar o nome completo da mãe do acidentado, sem abreviaturas.
Campo 12. Data de nascimento - informar a data completa de nascimento do acidentado, utilizando quatro
dígitos para o ano. Exemplo: 16/11/1960.
Campo 13. Sexo - informar o sexo do acidentado, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para
sexo masculino e 3 para o sexo feminino.
Campo 14. Estado civil - Informar o código que especifica o estado civil do acidentado, sendo:
1. Solteiro;

2. Casado;

3. Viúvo;

4. Separado judicialmente;

5. Outros;

6. Ignorado (quando o estado civil for desconhecido).


Campo 15. CTPS - informar o número, a série e a data de emissão da Carteira Profissional - CP ou da Carteira de
Trabalho e Previdência Social - CTPS.
Obs.: No caso de segurado empregado, é obrigatória a especificação do número da CP ou da CTPS.
Campo 16. UF - informar a Unidade da Federação de emissão da CP ou da CTPS.
Campo 17. Carteira de identidade - informar o número do documento, a data de emissão e o órgão expedidor.
Campo 18. UF - informar a Unidade da Federação de emissão da Carteira de Identidade.
Campo 19. PIS/PASEP - informar o número de inscrição no Programa de Integração Social - PIS ou no Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, conforme o caso.
Obs.: No caso de segurado especial e de médico residente, o campo poderá ficar em branco.
Campo 20. Remuneração mensal - informar a remuneração mensal do acidentado em moeda corrente na data
do acidente.
Campo 21. Endereço do acidentado - informar o endereço completo do acidentado.
Campo 22. Município - informar o município de residência do acidentado.
Campo 23. UF - informar a Unidade da Federação de residência do acidentado.
Campo 24. Telefone - informar o telefone do acidentado. O número do telefone, quando houver, deverá ser
precedido do código DDD do município.
Campo 25. Nome da ocupação - informar o nome da ocupação exercida pelo acidentado à época do acidente ou
da doença.
Campo 26. CBO - informar o código da ocupação constante no Campo 25 do Código Brasileiro de Ocupação - CBO.
Campo 27. Filiação à Previdência Social - informar no campo apropriado o tipo de filiação do segurado, sendo:
1. empregado;

2. trabalhador avulso;

7. segurado especial;

8. médico residente (conforme a Lei nº 8.138/90).


Campo 28. Aposentado? - informar "sim" exclusivamente quando tratar-se de aposentado pelo Regime Geral de
Previdência Social - RGPS.
Campo 29. Área - informar a natureza da prestação de serviço, se urbana ou rural.
I.3 - Informações relativas ao ACIDENTE OU DOENÇA
Campo 30. Data do acidente - informar a data em que o acidente ocorreu. No caso de doença, informar como
data do acidente a da conclusão do diagnóstico ou a do início da incapacidade laborativa, devendo ser consignada
aquela que ocorrer primeiro. A data deverá ser completa, utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo:
23/11/1998.
Campo 31. Hora do acidente - informar a hora da ocorrência do acidente, utilizando quatro dígitos (Exemplo:
10:45). No caso de doença, o campo deverá ficar em branco.
Campo 32. Após quantas horas de trabalho? - informar o número de horas decorridas desde o início da jornada
de trabalho até o momento do acidente. No caso de doença, o campo deverá ficar em branco.
Campo 33. Houve afastamento? - informar se houve ou não afastamento do trabalho.
Obs.: É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo acidente ou doença relacionados
ao trabalho, ainda que não haja afastamento ou incapacidade.
Campo 34. Último dia trabalhado - informar a data do último dia em que efetivamente houve trabalho do
acidentado, ainda que a jornada não tenha sido completa. Exemplo: 23/11/1998.
Obs.: Só preencher no caso de constar 1 (sim) no Campo 33.
Campo 35. Local do acidente - informar o local onde ocorreu o acidente, sendo:
1. em estabelecimento da empregadora;

2. em empresa onde a empregadora presta serviço;

3. em via pública;

4. em área rural;

5. outros.
Obs.: No caso 2, informar o nome e o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença.

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Campo 36. CGC - este campo deverá ser preenchido quando o acidente, ou doença ocupacional, ocorrer em
empresa onde a empregadora presta serviço, devendo ser informado o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o
acidente ou doença (no caso de constar no Campo 35 a opção 2.
Campo 37. Município do local do acidente - informar o nome do município onde ocorreu o acidente ou a doença
ocupacional.
Campo 38. UF - informar a Unidade da Federação onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional.
Campo 39. Especificação do local do acidente - informar de maneira clara e precisa o local onde ocorreu o
acidente (Exemplo: pátio, rampa de acesso, posto de trabalho, nome da rua, etc.).
Campo 40. Parte(s) do corpo atingida(s)
Para acidente do trabalho: deverá ser informada a parte do corpo diretamente atingida pelo agente
causador, seja externa ou internamente (vide Tabela 1);

Para doenças profissionais, do trabalho, ou equiparadas informar o órgão ou sistema lesionado (vide
Tabela 1).
Obs.: Deverá ser especificado o lado atingido (direito ou esquerdo), quando se tratar de parte do corpo
que seja bilateral.
Campo 41. Agente causador - informar o agente diretamente relacionado ao acidente, podendo ser máquina,
equipamento ou ferramenta, como uma prensa ou uma injetora de plásticos; ou produtos químicos, agentes físicos
ou biológicos como benzeno, sílica, ruído ou salmonela. Pode ainda ser consignada uma situação específica como
queda, choque elétrico, atropelamento (Tratando-se de acidente do trabalho - vide Tabela 2, de doenças
profissionais ou do trabalho - vide Tabela 3).
Campo 42. Descrição da situação geradora do acidente ou doença - descrever a situação ou a atividade de
trabalho desenvolvida pelo acidentado e por outros diretamente relacionados ao acidente. Tratando-se de acidente
de trajeto, especificar o deslocamento e informar se o percurso foi ou não alterado ou interrompido por motivos
alheios ao trabalho (vide Tabela 4). No caso de doença (vide Tabela 3), descrever a atividade de trabalho, o
ambiente ou as condições em que o trabalho era realizado.
Obs.: Evitar consignar neste campo o diagnóstico da doença ou lesão (Exemplo: indicar a exposição
continuada a níveis acentuados de benzeno em função da atividade de pintar motores com tintas
contendo solventes orgânicos, e não benzenismo).
Campo 43. Houve registro policial? - informar se houve ou não registro policial. No caso de constar 1 (SIM),
deverá ser encaminhada cópia do documento ao INSS, oportunamente.
Campo 44. Houve morte? - o campo deverá constar SIM sempre que tenha havido morte em tempo anterior ao
do preenchimento da CAT, independentemente de ter ocorrido na hora ou após o acidente.
Obs.: Quando houver morte decorrente do acidente ou doença, após a emissão da CAT inicial, a empresa
deverá emitir CAT para a comunicação de óbito. Neste caso, deverá ser anexada cópia da certidão de
óbito.
I.4 - Informações relativas às TESTEMUNHAS
Campo 45. Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que
primeiro tenha tomado ciência do fato, sem abreviaturas.
Campo 46. Endereço - informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela
que primeiro tenha tomado ciência do fato.
Campo 47. Município - informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou
daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato.
Campo 48. UF - informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente
ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato.
Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que
primeiro tenha tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do
código DDD do município.
Campo 49. Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que
primeiro tenha tomado ciência do fato, sem abreviaturas.
Campo 50. Endereço - informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela
que primeiro tenha tomado ciência do fato.
Campo 51. Município - informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou
daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato.
Campo 52. UF - informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente
ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato.
Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que
primeiro tenha tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do
código DDD do município.

Fechamento do Quadro I:

Local e data - informar o local e a data da emissão da CAT.

Assinatura e carimbo do emitente - no caso da emissão pelo próprio segurado ou por


seus dependentes, fica dispensado o carimbo, devendo ser consignado o nome legível do
emitente ao lado ou abaixo de sua assinatura.

Quadro II - ATESTADO MÉDICO


Deverá ser preenchido por profissional médico. No caso de acidente com morte, o preenchimento é dispensável,
devendo ser apresentada a certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia.
Campo 53. Unidade de atendimento médico - informar o nome do local onde foi prestado o atendimento
médico.
Campo 54. Data - informar a data do atendimento. A data deverá ser completa, utilizando-se quatro dígitos para o
ano. Exemplo: 23/11/1998.
Campo 55. Hora - Informar a hora do atendimento utilizando quatro dígitos. Exemplo: 15:10.
Campo 56. Houve internação? - informar se ocorreu internação do aidentado, devendo preencher a quadrícula no
campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não".

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Campo 57. Duração provável do tratamento - informar o período provável do tratamento, mesmo que superior
a quinze dias.
Campo 58. Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o tratamento? - informar a necessidade do
afastamento do acidentado de suas atividades laborais, durante o tratamento, devendo preencher a quadrícula no
campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não".
Campo 59. Descrição e natureza da lesão - fazer relato claro e suscinto, informando a natureza, tipo da lesão
e/ou quadro clínico da doença, citando a parte do corpo atingida, sistemas ou aparelhos (vide Tabela 5).
Exemplos: a) edema, equimose e limitação dos movimentos na articulação tíbio társica direita;
b) sinais flogísticos, edema no antebraço esquerdo e dor à movimentação da flexão do punho esquerdo.
Campo 60. Diagnóstico provável - informar, objetivamente, o diagnóstico.
Exemplos: a) entorse tornozelo direito;
b) tendinite dos flexores do carpo.
Campo 61. CID - 10 - Classificar conforme a Classificação Internacional de Doenças - CID - 10.
Exemplos: a) S93.4 - entorse e distensão do tornozelo;
b) M65.9 - sinovite ou tendinite não especificada.
Campo 62. Observações - citar qualquer tipo de informação médica adicional, como condições patológicas pré-
existentes, concausas, se há compatibilidade entre o estágio evolutivo das lesões e a data do acidente declarada, se
há recomendação especial para permanência no trabalho, etc.
Obs.: Havendo recomendação especial para a permanência no trabalho, justificar.

Fechamento do Quadro II

Local e data - informar o local e a data do atendimento médico.

Assinatura e carimbo do médico com CRM - deverá ser consignada a assinatura do


médico atendente e aposto o seu carimbo com o número de registro junto ao Conselho
Regional de Medicina - CRM.

Quadro III - INSS - Campos de uso exclusivo do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS /ACIDENTÁRIOS

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS /ACIDENTÁRIOS

O segurado da previdência social tem direito a vários benefícios


quando ocorre acidente do trabalho que resultem incapacidade
temporária, permanente ou, no caso de morte acidentaria, benefícios
para os dependentes.

Auxilio-doença acidentária:
O segurado da previdência terá direito a este auxílio a partir do décimo
sexto dia seguinte ao do afastamento. O dia do acidente, bem como os
15 dias subseqüentes de afastamento, serão pagos pela empresa,
correspondente a 91% do salário de contribuição do empregado,
vigente no dia do acidente.

Aposentadoria por invalidez acidentária:


Devida ao acidentado que está definitivamente incapacitado para o
trabalho. O valor mensal da aposentadoria corresponde ao salário de
contribuição do segurado, vigente no dia do acidente.

Pensão por morte acidentária:


Devida aos dependentes do segurado falecido em decorrência de
acidente, a contar da data do óbito. O valor mensal é igual ao salário
de contribuição, vigente no dia do acidente.

14
Auxilio-acidente : Devido ao acidentado quando o mesmo não tem
mais condições de trabalhar na mesma função. O valor será de 50%
do valor da aposentadoria por invalidez acidentária.

SAT: Seguro Acidente do Trabalho


Custeio: é atendido pelas contribuições previdenciárias acargo do
segurando, da empresa e da união. O encargo das empresas (ou das
entidades) varia em função dos riscos, que são classificados em leves
(1%), médios (2%), e graves (3%), percentuais que incidem sobre o
total da folha de pagamento.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

É a vistoria que se faz nos locais de trabalho, a fim de se descobrir


riscos de acidentes:

INSPEÇÕES DE ROTINA

 São inspeções normalmente efetuadas pelos membros da


CIPA e que visam, acima de tudo, observar e evitar a criação
de riscos conhecidos, tais como: arrumações perigosas,
defeitos nos pontos vitais dos equipamentos, carpetes
descolados, utilização de extensões, benjamins (“tês”),
atitudes perigosas dos funcionários, etc.

INSPEÇÕES PERIÓDICAS

 São inspeções que se fazem a intervalos regulares,


principalmente para descobrir riscos já previstos, que podem
caracterizar-se por desgastes, esforços e outras
agressividades a que estão sujeitos móveis, máquinas, etc.

INSPEÇÕES ESPECIAIS

 São inspeções geralmente realizadas por especialistas em


Segurança do Trabalho, utilizando-se equipamentos especiais
para monitoramento de agentes físicos e/ou químicos (Ex.:
decibelímetro, termômetro, dosímetro, etc.).

15
INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES

Investigar um acidente é fazer a sua análise, após a sua ocorrência,


com o objetivo de descobrir as causas e tomar providências corretivas
para evitar a repetição de casos semelhantes.

Para se realizar uma investigação do acidente, deve-se analisar 5


(cinco) fatores:

AGENTE DA LESÃO

 É o local, o ambiente, o ato, enfim, o que possa ser o


causador da lesão.

A FONTE DA LESÃO

 É o objeto que, agindo sobre o organismo, provocou a lesão.

FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA

 Se houver.

A NATUREZA DA LESÃO

 Estabelecer como foi o contato entre a pessoa lesionada e o


objeto ou movimento que a provocou (queimadura, corte,
fratura, etc.).

A LOCALIZAÇÃO DA LESÃO

 Permite, muitas vezes, identificar a fonte da lesão e indicar,


também, certas freqüências em relação a alguns fatores de
insegu-rança.

E.P.I.

16
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo


dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira,
destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.

RELATÓRIO DE ANÁLISE DE ACIDENTE


Nome da Empresa:
CNPJ/CEI:
Hora do Acidente:
Horas Trabalhadas:
Data do Acidente:
Local do Acidente:

Pessoal Envolvido
Nome Função Parte do corpo Admissã Agente
atingida o Causador

Data da Investigação:

Equipe de Investigação
Nome Função

Conclusão da Investigação: (Falhas encontradas)

Causas prováveis do acidente:

Medidas Corretivas Propostas

17
 CABE AO EMPREGADOR

Fornecer aos empregados, gratuitamente, Equipamento de


Proteção Individual aprovado pelo Ministério do Trabalho - MTb,
adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não
ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e
danos à saúde dos empregados.

 CABE AO EMPREGADO

• Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;


• Responsabilizar-se por sua guarda, conservação e
higienização;
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne
impróprio para uso;
• Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada do
uso do E.P.I.

 OBSERVAÇÃO

Todo E.P.I. deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem


visíveis, o nome comercial da empresa fabricante ou da empresa
importadora, e o número de C.A.(*)

(*) - C.A. - Certificado de Aprovação, expedido pelo Ministério


do Trabalho e Emprego - MTE.

18
E.P.I.’s MAIS UTILIZADOS
TIPO DE PROTEÇÃO FINALIDADE EQUIPAMENTO
INDICADO

contra riscos de impacto de - óculos de segurança


PROTEÇÃO PARA A partículas, respingos de (para maçariqueiros,
FACE produtos químicos, ação de rebarbadores,
radiação calorífica ou esmerilhadores,
luminosa (infra-vermelho, soldadores, torneiros).
ultra-violeta e calor). - Máscaras e escudos
(para soldadores).
contra riscos de queda de - capacete de segurança
PROTEÇÃO PARA O objetos batidas, batidas por
CRÂNIO choque elétrico, cabelos
arrancados, etc.
contra níveis de ruído que - protetores de inserção
PROTEÇÃO ultrapassem os limites de (moldáveis ou não)
AUDITIVA tolerância. - protetores externos (tipo
concha)
contra gases ou outras - respiradores com filtros
PROTEÇÃO substâncias nocivas ao mecânicos, químicos ou
RESPIRATÓRIA organismo que tenham por com a combinação dos
veículo de contaminação dois tipos, etc.
as vias respiratórias.
contra os mais variados - aventais de napa ou
PROTEÇÃO DO tipos de agentes couro, de PVC, de lona e
TRONCO agressores. de plástico, conforme o
tipo de agente.
contra materiais cortantes, - luvas de malhas de aço,
PROTEÇÃO DOS abrasivos, escoriantes, de borracha, de neoprene
MEMBROS perfurantes, térmicos, e vinil, de couro, de
SUPERIORES elétricos, químicos, raspa, de lona e algodão,
biológicos e radiantes que Kevlar, etc.
podem provocar lesões nas
mãos ou provocar doenças
por intermédio delas.
contra impactos, - sapatos de segurança
eletricidade, metais em - perneiras
PROTEÇÃO DOS fusão, umidade, produtos - polainas
MEMBROS químicos, objetos cortantes - botas (com biqueiras de
INFERIORES ou pontiagudos, agentes aço, isolantes, etc.,
biológicos, etc. fabricados em couro,
lona, borracha, etc.

19
ATRIBUIÇÕES DOS CIPEIROS

Os membros da CIPATR têm as seguintes atribuições:

Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de


riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com
assessoria do SESTR (Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Saude no Trabalho Rural), onde houver.

Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução


de problemas de segurança e saúde no trabalho.

Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas


de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de
ação nos locais de trabalho.

Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de


trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer
riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.

Realizar, a cada reunião (mensal), avaliação do cumprimento das


metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco
que foram identificadas.

Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde


no trabalho.

Participar, com o SESTR, onde houver, das discussões promovidas


pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente
e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores.

Requerer ao SESTR, quando houver, ou ao empregador, a paralisação


de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à
segurança e saúde dos trabalhadores.

20
Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO (NR-7) e
PPRA (NR-9) e de outros programas relacionados à segurança e
saúde no trabalho.

Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras,


bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho,
relativas à segurança e saúde no trabalho.

Participar, em conjunto com o SESTR, onde houver, ou com o


empregador da análise das causas das doenças e acidentes de
trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados.

Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões


que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores.

Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas.

Promover, anualmente, em conjunto com o SESTR, onde houver, a


Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT.

Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas


de Prevenção da AIDS (e de combate ao tabagismo).

Assumirão a condição de membros, os candidatos mais votados.

O coordenador da CIPATR será escolhido pela representação do


empregador, no primeiro ano do mandato, e pela representação dos
trabalhadores, no segundo ano do mandato, dentre seus membros.

O mandato dos membros da CIPATR terá duração de dois anos,


permitida uma recondução.

21
Organizada a CIPATR, as atas de eleição e posse e o calendário das
reuniões devem ser mantidas no estabelecimento à disposição da
fiscalização do trabalho.

Organizada a CIPATR, as atas de eleição e posse e o calendário das


reuniões devem ser mantidas no estabelecimento à disposição da
fiscalização do trabalho.

A CIPATR não poderá ter seu número de representantes reduzido,


bem como, não poderá ser desativada pelo empregador antes do
término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do
número de empregados, exceto no caso de encerramento das
atividades do estabelecimento.

Os casos em que ocorra redução do número de empregados, por


mudanças na atividade econômica, devem ser encaminhados à
Delegacia Regional do Trabalho, que decidirá sobre a redução ou não
da quantidade de membros da CIPATR.

A CIPATR terá por atribuição:

a) acompanhar a implementação das medidas de prevenção


necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;
b) identificar as situações de riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores, nas instalações ou áreas de atividades do
estabelecimento rural, comunicando-as ao empregador para as
devidas providências;
Nº de Trab. Nº de Membros 20 a 35 36 a 70 71 a 100 101 a 500 501 a 1000 Acima de1000
Representantes dos
1 2 3 4 5 6
trabalhadores
Representantes do empregador 1 2 3 4 5 6

DOTREINAMENTO

22
5.32 - A empresa deverá promover treinamento para os membros da
CIPA, titulares e suplentes, antes da posse. (205.028-5/ I4).
5.32.1 - O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no
prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
(205.029-3/ I4).
5.32.2 - As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão
anualmente treinamento para o designado responsável pelo
cumprimento do objetivo desta NR. (205.030-7/ I4).
5.33 - O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os
seguintes itens:
a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos
riscos originados do processo produtivo; (205.031-5/ I2);
b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do
trabalho;(205.032-3/I2);
c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de
exposição aos riscos existentes na empresa; (205.033-1/ I2);
d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida-AIDS, e
medidas de prevenção; (205.034-0/ I2);
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à
segurança e saúde no trabalho; (205.035-8/ I2);
f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos
riscos; (205.036-6/ I2);
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício
das atribuições da Comissão. (205.037-4 / I2);
5.34 - O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em
no máximo oito horas diárias, e será realizado durante o expediente
normal da empresa. (205.038-2/ I2).
5.35 - O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da mpresa,
entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que
possua conhecimentos sobre os temas ministrados.
5.36 - A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado,
inclusive quanto à entidade ou profissional que o ministrará, constando
sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou
profissional que ministrará o treinamento.(205.039-0/ I2).

23
5.37 - Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens
relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério
do Trabalho e Emprego determinará a complementação ou a
realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias,
contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.

DOPROCESSO ELEITORAL

5.38- Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos


representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60
(sessenta) dias antes do término do mandato em curso. (205.040-/I4)
5.38.1- A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início
do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
(205.041-2/ I2)
5.39- O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão, dentre
seus membros, no prazo mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes
do Término do mandato em curso, a Comissão Eleitora-CE, que será a
responsável pela organização e acompanhamento do processo
eleitoral.
5.39.1- Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão
Eleitoral será constituída pela empresa.(205.042-0/ I2)
a) Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e
visualização, no prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do
término do mandato em curso; (205.043-9/ I3);
b) Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para
inscrição será de quinze dias; (205.044-7/ I3);
c) Liberdade de inscrição para todos os empregados do
estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho,
com fornecimento de comprovante; (205.045-5/ I3);
d) Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
(205.046-3/ I3);
e) Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do
término do mandato da CIPA, quando houver; (205.047-1/ I3);
f) Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os
horários de turnos e em horário que possibilite a participação da
maioria dos empregados. (205.048-0/ I3);
g) Voto secreto; (205.049-8/ I3);
h) Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com
acompanhamento de representante do empregador e dos empregados,
em número a ser definido pela comissão eleitoral; (205.050-1/ I3);
i) Faculdade de eleição por meios eletrônicos;( 205.051-0/ I3);
j) Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à
eleição, por um período mínimo de cinco anos. (205.052-8/ I3).
5.40- O processo eleitoral observará as seguintes condições:
8

24
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho
5.41- Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos
empregados na votação, não haverá a apuração dos votos e a
comissão eleitoral deverá organizar outra votação, que ocorrerá no
prazo máximo de dez dias. (205.053-6/ I2).
5.42- As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser
protocolizadas na unidade descentralizada do MTE, até trinta dias após
a data da posse dos novos membros da CIPA.
5.42.1- Compete à unidade descentralizada do Ministério do
Trabalho e Emprego, confirmadas irregularidades no processo eleitoral,
determinar a sua correção ou proceder à anulação, quando for o caso.
5.42.2- Em caso de anulação, a empresa convocará nova eleição no
prazo de cinco dias, a contar da data de ciência , garantidas as
inscrições anteriores. (205.054-4/ I4).
5.42.3- Quando a anulação se der antes da posse dos membros da
CIPA, ficará assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando
houver, até a complementação do processo eleitoral. (205.055-2/ I4).
5.43- Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os
candidatos mais votados. (205.056-0/ I4).
5.44- Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de
serviço no estabelecimento. (205.057-9/ I4).
5.45- Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata
de eleição e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando
nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes. (205.058-7/
I2).

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS


5.46- Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de
serviços, considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta
NR, o
local em que seus empregados estiverem exercendo suas atividades.
5.47- Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo
estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante deverá,
em conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir
mecanismos de integração e de participação de todos os trabalhadores
em relação às decisões das CIPAs existentes no estabelecimento.
5.48- A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo
estabelecimento, deverão implementar, de forma integrada, medidas
de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da
presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em
matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do
estabelecimento.(205.059-5/ I4)
5.49- A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as
empresas contratadas, suas CIPAs, os designados e os demais

25
trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as
informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem
como sobre as medidas de proteção adequadas.(205.060-9/ I4).
5.50- A empresa contratante adotará as providências necessárias para
acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no
seu estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho.

PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS

As instruções a seguir, têm por finalidade dar algumas noções teóricas


quanto ao emprego dos equipamentos portáteis de combate a
incêndio.

26
 FOGO

É o resultado de uma reação química decorrente da combinação


de três elementos, consituindo o chamado “Triângulo do Fogo”:

 COMBUSTÍVEL

É o elemento que serve de alimento ao fogo e pode ser:

Sólido: tecido, madeira, papel, etc.


Líquido: gasolina, álcool, éter, óleo, diesel, etc.
Gasoso: gás de cozinha, gás de rua, etc.

 OXIGÊNIO

Também chamado de comburente, é outro elemento do fogo e


está presente na natureza, é ele que dá vida às chamas.

 CALOR

É o último elemento, cabendo a ele a missão de iniciar a


combustão.

Observação: a não existência de qualquer um destes elementos não


propicia o aparecimento do fogo.

 ASPECTO LEGAL

De acordo com a Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção


Contra Incêndios, todas as empresas deverão possuir:

 Proteção contra incêndios .


 Saídas suficientes para uma rápida evacuação do prédio.
 Equipamentos suficientes para combater o fogo no seu início.

27
 Pessoas treinadas no uso correto dos equipamentos
(extintores, hidrantes, etc.).

 PREVENÇÃO

O principal objetivo da prevenção é impedir o aparecimento de um


princípio de incêndio, seja dificultando o seu desenvolvimento ou
proporcionando sua extinção.

 HIERARQUIA DE AÇÕES

Em caso de incêndio deve-se adotar os seguintes procedimentos:

 Acionar o Corpo de Bombeiro;

 Iniciar o abandono do estabelecimento;

 Combater o fogo.
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS

CLASSE MÉTODO DE EXTINÇÃO


MATERIAL
CATEGORIA TIPO DE EXTINTOR
A - (I) Material combustível comum: papel, Resfriamento: água ou extintor
madeira, tecido, etc. que ao que contenha água.
queimarem, deixam resíduos
B - (II) Líquidos inflamáveis: gasolina, Abafamento: extintores que
óleos, tintas, graxas, etc., que ao abafam ou isolam o líquido
queimarem não deixam resíduos inflamável do ar: pó químico,
espuma, CO-2
C - (III) Equipamentos elétricos energizados Extintores não condutores de
corrente elétrica, ou seja, não
contenham água: CO-2 e pó
químico seco.
D - (IV) Metais Pirofóricos: magnésio, Areia, compostos químicos
tungstênio, titânio, zircônio especiais, grafite, limalha de ferro
ou sal-gema.
QUADRO COMPARATIVO
(CARACTERÍSTICAS DOS EXTINTORES)

EXTINTOR
CATEGORIA DE
INCÊNDIO PÓ QUÍMICO ESPUMA CO2 ÁGUA
SECO
A - (I) Não; mas Não;
MADEIRA, TECIDOS, controla Sim mas Sim
PAPÉIS, ETC. inícios de controla
incêndio pequeno
s focos
28
B - (II)
ÓLEOS, GASOLINA, Sim Sim Sim Não
TINTAS,
GRAXAS,ETC.
C - (III)
EQUIPA.ELÉTRICO Sim Não Sim Não
ENERGIZADO
D - (IV) Agentes extintores: areia, compostos químicos
METAIS especiais, grafite, limalha de ferro ou sal-gema
PIROFÓRICOS
E - (V)
INCÊNDIOS Extinção Específica
NUCLEARES

(*) Espuma Mecânica

PRIMEIROS SOCORROS

Abaixo fornecemos noções básicas, simples e importantes para o


atendimento de primeiros socorros.

É bom lembrar que a vida do acidentado depende do modo e da


rapidez com que tais atendimentos são dados.

Hemorragia

Toda a vez que o sangue sair do interior das veias ou artérias


provoca hemorragia.

Características:
29
•Quando se nota que o sangue jorra ou espirra em jato sabemos
que houve lesão de artéria e o sangue é de cor vermelho vivo;
•Quando o sangue flue continuamente sem jatos, a lesão foi das
veias e sua cor é vermelho escuro azulado;
• Quando o sangue é visto sair do ferimento, dizemos tratar-se de
hemorragia externa, em caso contrário a hemorragia é
chamada interna.

Tratamento:

nas hemorragias de pequena intensidade em braços e pernas:

• eleva-se o membro ferido, fazendo compressão com


gaze ou pano limpo.

nas hemorragias abundantes:

• o procedimento deve ser rápido e seguro, iniciando


por cortar ou rasgar rapidamente as roupas para que o
ferimento fique bem exposto;
• Em seguida com gaze ou mesmo uma toalha fazer
compressão sobre a ferida;
• As hemorragias das pernas, braços e dedos podem
ser controladas por meio de garrote (gravata, lenço ou
tira de pano).

nas hemorragias nasais (epistaxes):

• desapertar as roupas e retirar gravatas;


• colocar o acidentado em posição recostada e com a
cabeça elevada;
• comprimir com o dedo indicador a asa do nariz contra
o septo nasal durante 5 a 10 minutos.

nas hemorragias de pescoço:

• comprimir o local com gaze e nunca usar garrote.

Queimaduras

As queimaduras são lesões produzidas pelo excesso de calor,


eletricidade ou produtos químicos (ácidos, bases).

30
Classificação:

Podem ser de 1º, 2º e 3º graus e são tanto mais graves quanto


mais extensas as áreas do corpo atingidas.

Tratamento:

cobrir o local queimado com gaze;


nas queimaduras extensas, procurar envolvê-las com panos,
lençois limpos ou plásticos;
se a queimadura for produzida por embebição da roupa com
ácidos ou bases, retirá-la, imediatamente, e lavar com água
corrente a superfície atingida;
nunca usar no local queimado qualquer “remédio caseiro”;
não perfurar bolhas;
encaminhar para avaliação médica.

Insolação e Intermação

Características:

A insolação é provocada pela ação direta dos raios solares;


A intermação é devida a proximidade da fonte de calor, como por
exemplo, fornos utilizados por fundidores, maquinistas, foguistas,
etc.

Tratamento:

• retirar a roupa do doente;


• colocá-lo na sombra ou ambiente fresco e arejado;
• promover hidratação, se necessário.

Desmaios

Características:

São causados por diversos motivos, tais como:


- fraqueza;
- jejum prolongado;
- posição erecta imóvel.

Tratamento:

•desapertar as roupas da vítima e colocá-la em lugar arejado;

31
•falar com a vítima no sentido de respirar fundo, abaixando
forçadamente sua cabeça para a frente, colocando-a entre as
pernas, em nível mais baixo do que os joelhos;
•pode-se também, manter a vítima deitada de costas, procurando
deixar a cabeça em nível mais baixo do que o restante do
corpo.

Ferimento dos Olhos

Características:

São causados por corpos estranhos como limalha de ferro, poeira,


insetos, esmeril, materiais ácidos, cáusticos, etc.

Tratamento:

•não tentar retirar o corpo estranho;


•nos casos de materiais acidos, ou cáusticos, lavar imediatamente
o olho atingido em água corrente;
•fazer tamponamento e encaminhar a vítima para atendimento
médico.

Lesões nos ossos e articulações

Lesões na coluna:

- mantenha a vítima agasalhada e imóvel.


- não mexa e não deixe ninguém tocar na vítima.
- nunca vire uma pessoa com suspeita de fratura na coluna;
- observe os sinais vitais;
- o transporte tem de ser feito em maca ou padiola,
evitando-se ao máximo curvar o corpo do acidentado;
- durante o transporte em veículos, evitar balanços e
freadas bruscas para não agravar a lesão;
- quando a lesão for no pescoço, enrolar ao redor do
mesmo, sem apertar, uma camisa, toalha ou outro pano,
para imobilizá-lo.

Fraturas:

Em caso de fraturas, o primeiro socorro consiste apenas em


impedir o deslocamento das partes quebradas para se evitar
maiores danos.

32
Características:

- fraturas fechadas: quando o osso se quebrou mas a pele


não foi perfuradas;
- fraturas expostas: quando o osso está quebrado e a pele
rompida.

Providências:

nas fraturas fechadas:

• manter o membro acidentado na posição em que foi


encontrado, procurando não corrigir desvios;
• Colocar talas sustentando o membro atingido, de
forma que estas tenham comprimento suficiente para
ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura;
• qualquer material rígido pode ser empregado como tala
(tábua, papelão, vareta de metal, revista ou jornal
dobrado);
• usar panos ou material macio para acolchoar as talas,
a fim de evitar danos a pele;
• amarrar as talas com ataduras ou tiras de pano, não
muito apertadas, na extremidade da junta abaixo da
fratura e na extremidade da junta acima da fratura.

Nas fraturas expostas:

• colocar uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o


ferimento;
• fixar firmemente o curativo no lugar, utilizando-se para
isso, de uma gravata, tira de pano, etc.;
• no caso de hemorragia grave siga as instruções vistas
anteriormente;
• manter a vítima deitada;
• aplicar talas, conforme descrito para as fraturas
fechadas, sem tentar puchar o membro ou fazê-lo
voltar a sua posição natural;
• transportar a vítima para um médico ou hospital,
conforme instruções anteriores, após a fratura ter sido
imobilizada.

Luxações ou Deslocamentos:

33
• Toda vez que os ossos de uma articulação ou junta
sairem de seu lugar proceda como no caso de fraturas
fechadas.
• Colocar o braço em uma tipóia quando houver luxação
do ombro, cotovelo ou punho;
• encaminhar para atendimento médico.

Entorses:

• Tratar como se houvesse fratura fechada;


• aplicar gelo e compressas frias;
• encaminhar para atendimento médico.

Intoxicações:

Tipos:

•por ingestão;
•por inalação;
•por contaminação da pele.

Providências:

•observar evidências no local (frasco de veneno, comprimidos,


etc.);
•avaliar sinais vitais e nível de consciência;
•remover a vítima para local arejado, quando houver
contaminação do meio ambiente;
•retirar a roupa e lavar com água corrente, quando houver
contaminação da pele;
•não provocar vômitos se a vítima ingeriu gasolina, querosene,
ácidos, soda cáustica ou se ainda estiver inconsciente ou
apresentando convulsões;
•não ofereça líquidos e nem antídotos caseiros;
•encaminhar a vítima para atendimento médico.

Ressuscitação Cárdio Pulmonar - RCP

A RCP é um conjunto de medidas que devem ser seguidas no caso de


haver uma parada cardíaca e/ou respiratória até que se transporte a
vítima ao local adequado para atendimento médico.

Parada Respiratória:

34
Quando ocorre a ausência total de respiração;
A pessoa morrerá se a respiração não for imediatamente
reestabelecida.

Sinais da Parada Respiratória:

• ausência da expansão toráxica;


• ausência da saída de ar pela narina ou boca.

Providências:

• aproximar o ouvido da face da vítima para tentar


ouvir se há passagem de ar; ou
• colocar um espelho ou algum objeto de vidro à
frente da boca e narinas da vítima e se este não
ficar embaçado estará constatada a parada
respiratória;
• aplicar imediatamente 04 (quatro) insufladas de ar
e para isto:
• colocar a vítima na posição correta (deitada de
costas apoiando o seu pescoço com uma mão e
com a outra pressione a testa para baixo;
• manter a cabeça nesta posição, tampar as narinas
e assoprar vigorosamente dentro da boca da vítima
(posicionar os lábios de forma que abranja toda a
boca da vítima para que não haja escape de ar);
• em crianças, abranja com os lábios a boca e a
narina;
• entre cada insuflada de ar, retire a boca para não
dificultar o retorno do ar (expiração);

• após as 04 (quatro) primeiras insufladas continuas,


manter a respiração num ritmo de 12 (doze) a 16
(dezesseis) por minuto;
• quando a parada respiratória for causada por gases
venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio,
remover a vítima para local arejado antes de iniciar
a respiração;
• quando a parada respiratória for causada por
afogamento, retirar, se possível, a vítima da água
ou removê-la para um barco ou para um local mais
razo para iniciar a respiração;

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• quando a parada respiratória for causada por
sufocamento por saco plástico, rasgar o plástico e
iniciar imediatamente a respiração;
• quando a parada respiratória for causada por
choque elétrico, interromper ou separar a vítima da
corrente antes de iniciar a respiração.

Parada Cardíaca:

Sinais da Parada Cardíaca:

• ausência de batimentos do coração;


• ausência de pulsação (carotidea, femural ou radial);
• acentuada palidez.

Providências:

• colocar a vítima deitada de costas sobre superfície


dura;
• colocar as duas mãos sobrepostas e com os dedos
entrelaçados na metade inferior do esterno da
vítima;
• fazer a seguir uma pressão com bastante vigor,
para que o esterno baixe mais ou menos 05 (cinco)
centímetros e comprima o coração de encontro a
coluna vertebral (descomprima em seguida);
• repetir a manobra tantas vezes quantas
necessarias (cerca de 60 (sessenta) compressões
por minuto).
• em bebês fazer pressão apenas com 02 (dois)
dedos para se evitar fraturar as costelas.

Parada Cárdio-Respiratória:

Se houver ao mesmo tempo parada cárdio-respiratória, deve-


se executar massagem cardíaca associada à respiração boca
a boca, da seguinte maneira:
fazer 15 (quinze) massagens cardíacas e sem interrupção,
aplicar 02 (duas) respirações boca a boca, repetindo este
ciclo tantas vezes quantas necessárias (isto se estiver
sozinho prestando socorro);

36
fazer 05 (cinco) massagens cardíacas enquanto o segundo
socorrista aplica uma respiração boca a boca (caso estejam
em dois socorristaS);
caso necessário, continuar estes procedimentos enquanto a
vítima estiver sendo transportada para o hospital.

LEVANTAMENTO DE PESO.

SAIBA QUE...

 MUITAS VEZES UM PESO PEQUENO,


LEVANTADO DE FORMA ERRADA TAMBÉM
PODE LHE CAUSAR DORES NA COLUNA,
BRAÇOS, MÃOS E PESCOÇO.

 COISAS MUITO PESADAS OU DIFÍCEIS DE


PEGAR, DEVEMOS PRIMEIRO PLANEJAR A
FORMA DE TRANSPORTÁ-LO OU DESLOCÁ-LO.

 QUANDO FOR LEVANTAR PESO, DISTRIBUA O


ESFORÇO PARA AS PERNAS, NÃO PARA A
COLUNA.

TÉCNICAS P/ LEVANTAR PESO

 ANÁLISE O MATERIAL A SER CARREGADO.

 EVITE CARREGAR PESO ACIMA DO LIMITE.

 CERTIFIQUE-SE QUE O CAMINHO ONDE VAI


PASSAR COM O MATERIAL ESTEJA
DESOBSTRUÍDO.

 COISAS PESADAS, COMPRIDAS OU DIFÍCEIS


DE PEGAR, NÃO TRANSPORTE SOZINHO,
PEÇA AJUDA SE FOR PRECISO, OU CONTE
COM AUXILIO DE UM GUINDASTE OU
CARRINHO.

 AO ABAIXAR PARA PEGAR PESO, DOBRE AS


PERNAS, USANDO-A COMO ALAVANCA E
MANTENHA AS COSTAS SEMPRE RETA.

 EVITE FAZER MOVIMENTOS ROTATÓRIOS


REPETITIVOS COM A COLUNA.
IMPORTANTE

DORES CONSTANTES NA COLUNA, OU


NAS ARTICULAÇÕES PROCURE SEU
MÉDICO.

37
AGROTÓXICOS

Agrotóxicos são produtos químicos usados na lavoura, na pecuária e


mesmo no ambiente doméstico: inseticidas, fungicidas, acaricidas,
nematicidas, herbicidas, bactericidas, vermífugos; além de solventes,
tintas, lubrificantes, produtos para limpeza e desinfecção de estábulos,
etc.

Existem cerca de 15.000 formulações para 400 agrotóxicos diferentes,


sendo que cerca de 8.000 formulações encontram-se licenciadas no
País.

(O Brasil é um dos 5 maiores consumidores de agrotóxicos do


mundo !).

Classificação dos Agrotóxicos.

Organofosforados - Os agrotóxicos organofosforados - entre os quais


se inclui o Tamaron - causam basicamente três tipos de seqüelas
neurológicas após intoxicação aguda ou devido a exposição crônica:
Polineuropatia retardada, Síndrome intermediária e Efeitos
comportamentais.

Polineuropatia retardada inclui fraqueza progressiva e ataxia das


pernas, podendo evoluir até uma paralisia flácida.
Síndrome intermediária. O sintoma principal é uma paralisia que afeta
principalmente os músculos flexores do pescoço, músculos da perna e
respiratórios. Acontece também uma diarréia intensa, com perda
severa de potássio, complicando ainda mais o quadro de
envenenamento. Há risco de morte devido a depressão respiratória
associada.

Efeitos Comportamentais. Considerados como efeitos subagudos


resultantes de intoxicação aguda, ou de exposições contínuas a baixos
níveis de agrotóxicos organofosforados.

Organoclorados – São os mais resistentes à biodegradação, podem


permanentes no solo até 30 anos; atingem o sistema nervoso central e
periférico; além de se acumular no tecido adiposo dos animais e do

38
homem. Eles atravessam também a placenta, já tendo sido
comprovado a relação dos organoclorados com modificação genéticas.
Nos casos de intoxicação por organoclorados os sintomas são: mal-
estar passageiro, dor de cabeça, náusea, vômito, insônia, perda de
peso, incompetência e até surdez.Em casos mais graves, ocorre
irritabilidade, convulsão, elevação de temperatura, dificuldade
respiratória, alergia, lesão hepáticas e até a morte.
Riscos na aplicação dos agrotóxicos.

O agricultor brasileiro ainda chama o agrotóxico de remédio das


plantas e não conhece o perigo que ele representa para a sua saúde e
o meio ambiente.
Uma pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana de Saúde -
OPAS, em 12 países da América Latina e Caribe, mostrou que o
envenenamento por produtos químicos, principalmente o chumbo e os
pesticidas, representam 15% de todas as doenças profissionais
notificadas.

O índice de 15% (mostrado acima) parece pouco, entretanto, a


Organização Mundial de Saúde - OMS afirma que apenas 1/6 dos
acidentes são oficialmente registrados e que 70% dos casos de
intoxicação ocorrem em países do 3o. Mundo, sendo que os inseticidas
organofosforados são os responsáveis por 70% das intoxicações
agudas.

O manuseio inadequado de agrotóxicos é assim, um dos principais


responsáveis por acidentes de trabalho no campo. A ação das
substâncias químicas no organismo humano, pode ser lenta e demorar
anos para se manifestar.

O uso de agrotóxicos tem causado diversas vítimas fatais, além de


abortos, fetos com má-formação, suicídios, câncer, dermatoses e
outras doenças. Segundo a OMS, há 20.000 óbitos/ano em
conseqüência da manipulação, inalação e consumo indireto de
pesticidas, nos países em desenvolvimento, como o Brasil.

O uso de agrotóxicos hoje no país se constitui num dramático quadro


de desrespeito à vida das pessoas; um verdadeiro genocídio silencioso
cometido diariamente contra as crianças, mulheres, e adultos de um
modo geral.

Um dos fatores que agrava o problema atual de aplicação de


agrotóxicos e conseqüente intoxicação dos consumidores dos produtos
por estes fornecidos é a total falta de informação técnica dos
agricultores sobre os componentes químicos presentes nos
agrotóxicos e as conseqüências do uso desses produtos à saúde

39
humana, bem como a falta de treinamento para o uso adequado dos
produtos. O descaso das autoridades e a falta de incentivos
governamentais à educação rural, bem como falhas na rotulação dos
produtos cometidas pelos fabricantes, acabam por piorar a situação,
pois não tendo a informação e orientação correta, não podemos exigir
um uso totalmente correto por parte dos agricultores. Devido a falta de
fiscalização, existe o comércio ilegal e livre desses produtos, que não
tendo origens conhecidas, não garante a qualidade do produto, o que
coloca em risco toda a cadeia desde o agricultor até o consumidor
final.

Cuidados durante o preparo e aplicação dos produtos.


Evitar a contaminação ambiental - preservar a natureza;
Utilizar equipamento de proteção individual - EPI (macacão de PVC,
luvas e botas de borracha, óculos protetores e máscara contra
eventuais vapores). Em caso de contaminação substituí-los
imediatamente.
Não trabalhar sozinho quando manusear produtos tóxicos.
Não permitir a presença de crianças e pessoas estranhas ao local de
trabalho;
Preparar o produto em local fresco e ventilado, nunca ficando a frente
do vento;
Ler atentamente e seguir as instruções e recomendações indicadas no
rótulo dos produtos;
Evitar inalação, respingo e contato com os produtos;
Não beber, comer ou fumar durante o manuseio e a aplicação dos
tratamentos;
Preparar somente a quantidade de calda necessária à aplicação a ser
consumida numa mesma jornada de trabalho;
Aplicar sempre as doses recomendadas:
Evitar pulverizar nas horas quentes do dia, contra o vento e em dias de
vento forte ou chuvosos;
Não aplicar produtos próximos à fonte de água, riachos, lagos, etc;
Não desentupir bicos, orifícios, válvulas, tubulações com a boca;
Guardar os produtos em embalagens bem fechadas, em locais
seguros, fora do alcance de crianças e animais domésticos e afastados
de alimentos ou ração animal.
Mantenha o produto em sua embalagem original;
Não reutilize embalagens vazias.
O que os agrotóxicos podem causar?
Eles se apresentam em muitos casos como efeitos crônicos sobre o
Sistema Nervoso Central, especialmente do tipo neuro-
comportamental, como insônia ou sono perturbado, ansiedade, retardo
de reações, dificuldade de concentração e ma variedade de seqüelas
psiquiátricas: apatia, irritabilidade, depressão, esquizofrenia. O grupo
prevalente de sintomas compreende perda de concentração,

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dificuldade de raciocínio e, especialmente, falhas de memória. Os
quadros de depressão também são freqüentes, conforme a
Organização Mundial de Saúde. Trabalhadores expostos aos
agrotóxicos conclui que a intoxicação resulta em substanciais
disfunções do Sistema Nervoso Central, incluindo ataxia, tremores,
vertigens, convulsões, coma, ansiedade, confusão, irritabilidade,
depressão, falhas de memória e dificuldade de concentração.

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