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TREINAMENTO DE

AGROTÓXICOS, ADJUVANTES E
PRODUTOS AFINS
Cuidados na Utilização
de Agrotóxicos
ALEXANDRE PACHECO
Engenheiro Civil
Técnico em Segurança do Trabalho
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
Segundo a história a segurança e a medicina do trabalho
chegou ao Brasil por volta de 1910.
Dando seriedade ao assunto por volta de 1945, quando a
industrialização e mecanização chegou ao Brasil e, chegou
também os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho.
A principio foi instalada a comissão interna de prevenção
de acidentes a ‘’CIPA’’, com o objetivo de controlar os
incidentes e acidentes no local de trabalho, sendo que a
empresa que atingissem o numero de 100 ‘’cem’’ funcionários
era obrigada por lei a atende-la.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
LEGISLAÇÃO : SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
• A Lei 6514 de 22/12/77 altera o Capítulo V do Título II
da CLT , estabelecendo uma série de disposições
quanto a segurança e medicina do trabalho.
• A Portaria n.º 3214 / 78 , aprova as Normas
Regulamentadoras - NR do mesmo Capítulo.
• Iniciada até então com 28 normas regulamentadoras ,
• Hoje porém com 36 normas regulamentadoras
• dentre estas NRs está a - 31- que aborda assuntos sob
segurança e saúde no trabalho da agricultura, pecuária,
silvicultura, exploração florestal e aqüicultura.
• Lembrando que neste intervalo o Brasil foi o campeão
mundial em acidentes, doenças e conseqüentemente
mortes decorrentes do trabalho.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
LEGISLAÇÃO: AGROTÓXICOS

Em 2005, o Ministério do Trabalho institui a Norma


Regulamentadora, NR 31, a qual estabelece os preceitos a
serem observados na organização e no ambiente de trabalho,
em qualquer atividade da agricultura, incluindo as atividades
industriais desenvolvidas no ambiente agrário.
A NR 31 deixa claro os procedimentos e exigências a
serem atendidas com relação ao uso de agrotóxicos na
agricultura, tanto por parte do empregador como pelos
empregados.
A utilização de forma irregular de agrotóxicos, sem a
observância das normas vigentes podem haver punições de
ambas as partes.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
A lei nº 7.802 - de 11 de julho de 1989, regulamentada
pelo Decreto nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002, dispõe as
atividades realizadas com agrotóxicos no território nacional.
Desde a sua;
Fabricação de agrotóxicos
Comercialização
Aquisição / compra
Transporte
Manuseio
Segurança
Primeiros socorros
Destino final de seus resíduos e embalagens
AGROTÓXICOS,
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PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS

Equipe de fabricantes dos agrotóxicos


Engenheiro agrônomo
Engenheiro em segurança do trabalho
Médico do trabalho
Técnico em segurança do trabalho
Enfermagem do trabalho
Auditores fiscais do ministério do trabalho

AGROTÓXICOS,
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CONCEITOS GERAIS

OS ASSUNTOS ABORDADOS:
Legislação vigente
Escolha e manuseio do agrotóxicos e afins
Transporte do agrotóxicos
Armazenamento do agrotóxicos
Aplicação do agrotóxicos
Medidas de segurança no manuseio
Uso correto da vestimenta de segurança
Procedimento para lavagem da vestimenta
Higienização após a aplicação
Destino das embalagens
Primeiro socorros
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
INTRODUÇÃO

O agrotóxico é uma realidade cada vez mais


presente na vida do ser humano, nada mais se dá
sem o consumo abusivos.
Na corrida de atender as necessidades da
população que a cada dia está cada vez mais
exigente, na busca de alimentos cada vez mais
perfeitos.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
INTRODUÇÃO
Segundo informação da ANVISA - Agência Nacional de
Vigilância Sanitária.
Existem hoje, cerca de 15.000 formulações;
Para 400 tipo de agrotóxicos;
Sendo que apenas 8.000 aproximadamente encontram-se
licenciadas;
O Brasil é o maior consumidor de produtos agrotóxicos do
mundo;
Na classificação dos agrotóxicos, podemos dividí-los quanto
ao seu tipo;
Sua classe toxicológica ;
E sua composição.
AGROTÓXICOS,
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O manuseio inadequado de agrotóxicos
é assim, um dos principais responsáveis
por acidentes de trabalho no campo.
A ação das substâncias químicas no
organismo humano, pode ser lenta e
demorar anos para se manifestar.
O uso de agrotóxicos tem causado diversas vítimas fatais,
além de abortos, fetos com má-formação, suicídios, câncer,
dermatoses e outras doenças.
Segundo a OMS existem 20.000 óbitos por ano nos países
em desenvolvimento, como o Brasil, em conseqüência da
manipulação errada de pesticidas, o que provoca a inalação e
o consumo indireto destes produtos.

AGROTÓXICOS,
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Uma pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana
de Saúde – OPAS.
Em 12 países da América Latina e Caribe, mostrou que o
envenenamento por produtos químicos, principalmente o
chumbo e os pesticidas, representam 15% de todas as
doenças profissionais notificadas.
Parece pouco, entretanto, a Organização Mundial de Saúde
– OMS.
Afirma que apenas 1/6 dos acidentes são oficialmente
registrados e que 70% dos casos de intoxicação ocorrem
em países do terceiro mundo, sendo que os inseticidas
organofosforados são os responsáveis pela grande maioria
das intoxicações agudas.

AGROTÓXICOS,
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OS AGROTÓXICOS DE USO AGRÍCOLA PODEM SER
CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O SEU TIPO EM:
INSETICIDAS:
Combatem as pragas, matando-as por contato e ingestão.
Possuem ação de combate a insetos, larvas e formigas. Podem ser
divididos em quatro grupos químicos distintos:

ORGANOFASFORADOS
CARBONATOS
ORGANOCLORADOS
AGROTÓXICOS,
PIRETRÓIDES.
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Organofosforados
São compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico, do
ácido tiofosfórico ou do ácido ditiofosfórico. Ex.: Folidol,
Azodrin, Malation, Diazinon, Nuvacron, Tamaron, Rhodiatox.

Carbamatos
São derivados do ácido carbâmico. Ex.: Carbaril, Temik,
Zectram, Furadan.

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Organoclorados
São compostos à base de carbono, com radicais de cloro. São
derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou do ciclodieno.
Foram muito utilizados na agricultura, como inseticidas, porém
seu emprego tem sido progressivamente restringido ou mesmo
proibido. Ex.: Aldrin, Endrin, BHC, DDT, Endossulfan,
Heptacloro, Lindane, Mirex.

Piretróides
São compostos sintéticos que apresentam estruturas
semelhantes à piretrina, substância existente nas flores do
Chrysanthemum (Pyrethrun) cinenarialfolium. Alguns desses
compostos são: aletrina, resmetrina, decametrina, cipermetrina
e fenpropanato. Ex.: Decis, Protector, K-Otrine, SBP.
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FUNGICIDAS:
Combatem os fungos, agindo sobre eles de forma a
impedir a sua germinação, colonização ou
erradicando o patógeno dos tecidos das plantas.

HERBICIDAS:
Combatem as ervas daninhas.
Nas últimas décadas vem sendo utilizados de
maneira crescente na agricultura.

AGROTÓXICOS,
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TIPOS DE AGROTÓXICOS

CLASSE ALVO

Acaricidas Ácaros

Fungicidas Fungos

Herbicidas Ervas daninhas

Inseticidas Insetos

Nematicidas Nematóides

AGROTÓXICOS,
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CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS
O agrotóxico está classificado entre os produtos mais
perigosos, entre eles:
CLASSE PRODUTO
1 Explosivos
2 Gases inflamáveis ou não e tóxicos
3 Líquidos inflamáveis
Sólidos inflamáveis, substâncias de combustão espontânea e
4
as que em contato com água emitem gases inflamáveis
5 Oxidantes e Peróxidos orgânicos
6 Tóxicos e infectantes
7 Corrosivos
8 Substâncias perigosas diversas
AGROTÓXICOS, FONTE: www.inpev.org.br
ADJUVANTES E AFINS
CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS
RISCO SUBSIDIÁRIO – 2º algarismo
Nº SIGNIFICADO
2 Emissão de gases devido a pressão ou reação química
Inflamabilidade de líquidos (vapores) ou gases, ou líquido sujeito a
3
auto-aquecimento
Inflamabilidade de sólidos, ou sólidos sujeitos ao auto-
4
aquecimento
5 Efeito oxidante
6 Toxicidade
7 Radioatividade
8 Corrosividade
9 Risco de violenta reação espontânea

FONTE: www.inpev.org.br
AGROTÓXICOS,
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CLASSIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS
No Brasil, de acordo com o Decreto nº 98.816/90, os agrotóxicos são
classificados conforme a tabela abaixo, segundo sua classe
toxicológica:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou os efeitos tóxicos


dessas substâncias em classes devido ao seu potencial de toxidade.
Os cuidados na produção, comercialização e utilização destes
produtos aumenta de acordo com sua classe toxicológica, onde os
produtos mais tóxicos exigem um controle maior.
AGROTÓXICOS,
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O rótulo do produto é a principal forma de comunicação entre o
fabricante e os usuários. As informações constantes nele são
resultados de pesquisas e testes realizados com o produto antes de
receber a autorização para ser comercializado. Portanto, antes de
manusear qualquer agrotóxico, deve ser feita leitura criteriosa de seu
rótulo.
Leitura dos rótulos das embalagens de agrotóxicos para aplicação
da DL50 equivalente:

AGROTÓXICOS,
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DL50 e CL50
DL – Dose Letal
A dose letal de uma substância é uma medida do seu poder
mortífero.
Define-se a Dose Letal (DL50) de uma substância química como a sua
concentração capaz de matar 50% da população de animais
testados. Essa dose é medida em miligramas (mg) de substância por
cada quilograma (kg) de massa corporal do animal testado.
A dose letal depende ainda do modo de exposição ao produto
tóxico, e a medição pode ser feita por qualquer via de administração,
exceto por inalação.

CL – Concentração Letal
É a concentração de um agente num meio capaz de causar a
mortalidade em 50% da população exposta, durante um determinado
período de tempo.

AGROTÓXICOS,
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CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA
Seguindo a DL50 podemos comparar as quantidades indicadas
para aplicação com a quantidade perigosa de cada classe de
produto:
GRUPO DL50 DOSE PERIGOSA (*)

EXTREMAMENTE TÓXICO £ 5 mg/kg 1 pitada - algumas gotas

ALTAMENTE TÓXICOS 5-50 mg/kg algumas gotas -1 colher de chá

MEDIANAMENTE TÓXICOS 50-500 mg/kg 1 colher de chá - 2 colheres de sopa

POUCO TÓXICOS 500-5000 mg/kg 2 colheres de sopa- 1 copo

MUITO POUCO TÓXICOS 5000 ou + mg/kg 1 copo - litro

(*) - dose capaz de matar uma pessoa adulta

Fonte: www.geofiscal.eng.br
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CONCEITOS GERAIS

Muitos agricultores
ainda chama o agrotóxico de remédio
das plantas e não conhece o perigo que
ele representa para a sua saúde e o
meio ambiente.

AGROTÓXICOS,
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ESCOLHA E MANUSEIO DE AGROTÓXICOS

Para a aplicação dos agrotóxicos na lavoura, as


duas primeiras atividades do processo, escolha
e
manuseio, situam-se entre as que apresentam
os maiores riscos de acidentes e contaminação.

AGROTÓXICOS,
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Sabendo que quem deve
escolher o tipo de agrotóxico a
ser utilizado na lavoura é o
Engenheiro Agrônomo e não
o seu revendedor ou o próprio
agricultor, por mais
experientes que sejam.
Mesmo assim, apenas um
pequeno e seleto grupo
desses profissionais está legal
e tecnicamente habilitado a
AGROTÓXICOS,
fazer a indicação destes
ADJUVANTES E AFINS
A escolha errada e o uso de produtos com a venda proibida pelo
Ministério do Trabalho aplicará;
Na Ineficácia do produto: ou seja a ação do produto só será
realmente efetiva sobre aquela “praga” para a qual o produto foi
desenvolvido, por exemplo;
O Uso de produto mais tóxico do que o necessário;
A Formulação inadequada da mistura: utilizar produto líquido ao
invés de pó, por exemplo;
A Dosagem superior ou inferior à necessária;
O Uso inadequado das técnicas de aplicação do agrotóxico;
A Desinformação quanto ao período de carência.

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TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

O transporte de agrotóxicos por rodovias é regulamentado


por legislação específica e é fiscalizado pela polícia rodoviária.
Em todas as fases do transporte deve-se garantir com
absoluta segurança a integridade das pessoas, animais,
habitações e do meio ambiente.
O transporte de produtos perigosos exige uma sinalização
específica e deve ser realizado em veículo que deverá possuir:
a) Sinalização geral, indicativa de "TRANSPORTE DE
PRODUTOS PERIGOSOS", através de painel de segurança; e
b) Sinalização indicativa da "CLASSE DE RISCO DO
PRODUTO TRANSPORTADO", através do rótulo de risco.
Os rótulos de risco e painéis de segurança se constituem
numa sinalização da unidade de transporte de agrotóxicos.
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TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
O Painel de Segurança deve ter o número da ONU e
o número de risco do produto transportado, apostos em
caracteres negros, não menores que 65 mm, num painel
retangular de cor laranja, com altura de 300 mm e
comprimento de 400 mm, com uma borda preta de 10 mm.
No transporte de mais de um produto o painel de
segurança não deve apresentar números.
Quando for expressamente proibido o uso de água
no produto, deve ser colocada a letra X no início antes do
número de identificação de risco.

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TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Os Rótulos de Risco aplicáveis aos veículos


transportadores devem ter o tamanho padrão mínimo no
limite da moldura de 300 x 300 mm, conforme figura abaixo,
elaborada pelo INPEV:

Símbolo do
Risco

NOME
Classe
Subclasse

NÚMERO
Classe
Subclasse

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TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Ao transportar qualquer quantidade de agrotóxicos,


levar sempre as instruções para casos de acidentes,
contidas na ficha de emergência do produto.
Em caso de acidentes, devem ser tomadas medidas
para evitar possíveis vazamentos que alcancem
mananciais de águas ou que possam atingir culturas,
pessoas, animais ou instalações, etc.
Deve ser providenciado o recolhimento seguro das
porções vazadas.

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TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Se houver mistura de produtos de número de ONU


diferentes, o painel deve ser alaranjado e sem números.
Para utilitários, o tamanho do painel de segurança é 22,5
x 30 cm e o rótulo de risco, 25 x 25 cm. No transporte de
apenas um produto que tenha risco subsidiário, deverá
ser colocado nas laterais e traseira o rótulo
correspondente.

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TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Transporte de carga fracionada de um único produto em


veículos utilitários. Em caso de produtos perigosos fracionados na
mesma unidade de transporte, esta deve portar o descrito abaixo:
a)na frente: o painel de segurança, do lado do motorista. Na
parte superior, deve haver o número de identificação de risco do
produto, e na parte inferior, o número de identificação do produto
(número da ONU), quando transportar apenas um produto;
b)na traseira: o painel de segurança, do lado do motorista,
idêntico ao colocado na frente, e o rótulo indicativo do risco do
produto, se todos os produtos pertencerem a uma mesma classe de
risco;
c)nas laterais: o painel de segurança, idêntico aos colocados
na frente e na traseira, e rótulo indicativo do risco do produto,
colocado do centro para a traseira, em local visível, conforme regra
acima.
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TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Quando um agricultor compra uma certa quantidade de


agrotóxico e vai transportá-lo para a sua fazenda, são
necessárias medidas de segurança, tais como:
É proibido o transporte de agrotóxicos dentro das
cabines de veículos automotores ou dentro de carrocerias
quando esta transportar pessoas, animais, alimentos, rações,
etc.
O transporte de agrotóxicos em grande quantidade
exige que o motorista seja profissional e tenha curso para
transporte de produtos perigosos.
Embalagens que contenham resíduos ou que estejam
vazando não devem ser transportadas.
Para pequenas quantidades de agrotóxicos, o veículo
recomendado é do tipo caminhonete, onde os produtos devem
estar cobertos por lona impermeável e presos à carroceria do
veículo.
AGROTÓXICOS,
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TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Acondicionar os agrotóxicos de forma a não


ultrapassarem o limite máximo da altura da
carroceria.
Ao transportar os agrotóxicos, deve-se levar
consigo as instruções para casos de acidentes,
contidas na ficha de emergência do produto.
Uma caixa fechada pode ser usada para separar
pequenas quantidades de produtos
fitossanitários, quando misturados com outro tipo
de carga.

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ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS PERIGOSOS

O armazenamento correto dos agrotóxicos deve ser


feito na origem (fabricante), no intermediário (comércio) e no
destino final (propriedade agrícola).
O que mais interessa neste momento é o
armazenamento da Propriedade Rural, para fins de utilização.
Neste caso, mesmo para guardar as embalagens vazias
lavadas, algumas regras básicas devem ser observadas para
garantir o armazenamento seguro.

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ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS PERIGOSOS

O site do INPEV - Instituto Nacional de Processamento de


Embalagens Vazias dá detalhes técnicos sobre a construção de
armazém para armazenamento de agrotóxicos, com vistas tanto
aos comerciantes dos produtos, como também ao próprio
agricultor. Abaixo, reproduzimos algumas orientações técnicas

O INPEV também fornece uma relação de cuidados que o agricultor


deve ter ao acondicionar as embalagens dos agrotóxicos no
Armazém, com destaque para a altura máxima das pilhas e da
necessidade de acondicionar as embalagens sobre paletes.
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ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS
PERIGOSOS

O armazém deve ter paredes e piso de alvenaria e cobertura


com telhado em boas condições, resistente e sem infiltração. Deve
possuir um pé direito de no mínimo 4 metros de altura, para
otimizar a ventilação natural.
Acesso ao depósito deve ser por dois ou mais lados, para
facilitar o acesso em casos de emergência.
Deverá possuir via de acesso adequada para a carga e
descarga dos veículos, com no mínimo 10 metros de largura,
também para a rota de fuga em casos de acidentes.
Instalações elétricas dentro das normas de segurança, com
aterramento e fiação embutida, quando necessário. Os quadros de
distribuição, interruptores e lâmpadas deverão ser instalados fora
do depósito, ou devem ser à prova de explosão, caso sejam
instalados dentro dele.
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ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS
PERIGOSOS

Deve existir um sistema de alarme contra


incêndios.
Escritórios, banheiros, cozinha e sala de café
devem ser construídos fora do depósito. Se o
escritório for dentro do armazém, este deve ter uma
saída que não passe pelo depósito.

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ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS
PERIGOSOS
Mesmo no caso do armazenamento em pequenos depósitos
ou da estocagem de pequenas quantidades de produtos
fitossanitários nas fazendas, algumas regras básicas devem ser
observadas para garantir um correto armazenamento. São elas:
É recomendado a construção de um compartimento isolado
para o armazenamento de agrotóxicos. Se os produtos forem
guardados num galpão junto com máquinas ou equipamentos, a
área deve ser isolada com tela de proteção ou parede, e mantida
fechada sob chave.
Não fazer estoque de produtos além das quantidades para uso
a curto prazo, como uma safra agrícola, por exemplo.
Todos os produtos devem ser mantidos nas embalagens
originais. Após uma remoção parcial do conteúdo, as embalagens
devem ser novamente fechadas e armazenadas no próprio
depósito.
AGROTÓXICOS,
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ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS
PERIGOSOS
Todos os produtos devem ser mantidos nas embalagens
originais. Após uma remoção parcial do conteúdo, as embalagens
devem ser novamente fechadas e armazenadas no próprio
depósito.
No caso de rompimento da embalagem, esta deve receber uma
sobre capa, preferencialmente de plástico transparente, com o
objetivo de evitar o vazamento do produto. É importante o rótulo
permanecer sempre visível ao usuário.
Não armazenar os agrotóxicos junto com alimentos ou
medicamentos de uso humano ou animal.
Não armazenar embalagens abertas, danificadas ou com
vazamento.
As embalagens devem ser armazenadas sobre paletes para
evitar o contato direto com o piso do depósito.
Não armazenar agrotóxicos em local sujeito a umidade.
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ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS PERIGOSOS

As embalagens contendo produtos líquidos devem ser


armazenadas com a tampa voltada para cima.
As embalagens devem ser dispostas de tal forma que as pilhas
fiquem afastadas no mínimo a 0,50 metro das paredes e a 1,00
metro do teto.
As embalagens devem ser dispostas de tal forma a proporcionar
melhores condições de aeração do sistema e permitir facilidade de
manuseio e/ou movimentação do conjunto.
As embalagens devem ser dispostas de tal forma, que na mesma
pilha haja somente embalagens iguais e do mesmo produto.
As embalagens de formato retangular devem ser empilhadas com
apoios cruzados, o que assegura uma alto-amarração do conjunto,
bem como uma maior resistência do mesmo.

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ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS PERIGOSOS

Deve ser efetuado um controle permanente das datas de


validade dos produtos, para evitar o vencimento. É importante
aplicar um sistema de rodízio, de tal forma que a primeira
mercadoria a entrar seja a primeira a sair.
Periodicamente (2 vezes ao ano), devem ser realizadas
vistorias no depósito, para checar suas condições de segurança.
A altura máxima de empilhamento vem especificada na
embalagem, Ficha de Informação de Segurança de Produto
Químico (FISPQ) ou cheque direto com o fabricante. Pode variar
em função da qualidade e resistência do material utilizado na
embalagem.

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MANUSEIO DO PRODUTO

Além da aplicação do agrotóxico no campo, o manuseio


do produto para a elaboração da calda é a outra
oportunidade em que o agricultor entra em contato
direto com o produto.
Um dos maiores problemas nessa fase da aplicação do
agrotóxico é o não atendimento das recomendações do
fabricante do produto quanto ao manuseio correto e
leitura da bula.
É aqui que encontramos um dos maiores problemas,
pois quando o agricultor tem dificuldades para
interpretar as orientações contidas no rótulo do produto.

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RISCOS NO MANUSEIO DO PRODUTO

A maioria dos acidentes com agrotóxicos


ocorre justamente durante o seu manuseio
no preparo da calda ou durante a
aplicação do produto no campo.
Um engano comum é pensar que o
aumento da dosagem vai resolver o problema mais rápido.
Saiba que o uso de um produto mais tóxico do que o
necessário, pode colocar em risco as pessoas, os animais, o
meio ambiente e a própria planta. Assim, prepare somente a
quantidade necessária ser feita. Nunca prepare o produto
para deixar armazenado para a próxima aplicação. Siga as
dosagens indicadas no rótulo ou as instruções de um
Técnico.
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RISCOS NO MANUSEIO DO PRODUTO

 Não uso ou uso ineficaz dos Equipamentos de Proteção


Individual;
 Mistura de produtos incompatíveis ou perigosos, pela reação
química inesperada;
 Descuido ou inabilidade do agricultor, provocando respingos
desnecessários;
 Uso das mãos sem luvas, diretamente em contato com o
produto químico;
 Uso do cigarro ou de alimentos durante o processamento da
mistura; e
 Destino inadequado dos restos, água de lavagem e
embalagens do produto.
AGROTÓXICOS,
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APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS

A aplicação de agrotóxicos é uma ciência de natureza


multidisciplinar, pois envolve as áreas da medicina, ecologia,
biologia, química, física, engenharia, sociologia, economia e
comércio.
Os métodos e procedimentos de aplicação de Agrotóxicos nos
dias de hoje não é diferente, essencialmente, da forma de
aplicação praticada há 100 anos atrás e se caracteriza,
principalmente, por um considerável desperdício de energia e de
produto químico, constituindo-se em sério risco de acidente tanto
para o trabalhador/agricultor quanto para o meio ambiente.
Visando melhorar a qualidade e a eficiência dos tratamentos e
também para reduzir o desperdício de produtos e o nível de
contaminação do ambiente, bem como melhorar a qualidade de
vida e a saúde dos trabalhadores, os equipamentos de
pulverização devem ser periodicamente calibrados e regulados.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS

A tecnologia de aplicação de agrotóxicos é o emprego de todos os


conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do
produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade necessária, de
forma econômica, com mínimo de contaminação de outras áreas.
Os agrotóxicos devem exercer a sua ação sobre um determinado
organismo que se deseja controlar. Portanto, o alvo a ser atingido é esse
organismo, seja ele uma planta daninha, um inseto, um fungo ou uma
bactéria.
Qualquer quantidade do produto químico que não atinja o alvo não
terá qualquer eficácia e estará representando uma forma de perda.
A fixação pouco exata do alvo eleva invariavelmente a perda de
grande proporções, pois o produto é então aplicado sobre partes que não
têm relação direta com o controle. Por exemplo, em média 30% do
produto aplicado visando folhas atingem o solo por ocasião da aplicação.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS

As classes de risco de toxicidade,


toxicidade caracterizadas pelas faixas coloridas e por
símbolos e frases constantes no rótulo da embalagem, indicam o grau de periculosidade
de um produto, porém não definem de forma exata quais sejam esses riscos. Os
maiores riscos de intoxicação estão relacionados ao contato do produto ou da calda
com a pele do trabalhador. A via mais rápida de absorção é pelos pulmões, daí, a
inalação constituir-se em grande fator de risco. Assim, os trabalhadores que aplicam
rotineiramente agrotóxicos devem se submeter periodicamente a exames médicos
específicos.
A utilização de agrotóxicos é influenciada por diversos fatores, dentre os quais
destacam-se o clima, o hospedeiro, o alvo biológico, o ingrediente ativo e o veículo
utilizado no produto.
É aconselhável que as pulverizações com agrotóxicos sejam realizadas nas horas
mais frescas do dia, ou seja, pela manhã e ao final da tarde, a fim de evitar a evaporação
rápida do produto aplicado.
Deve-se evitar a pulverização quando a velocidade do vento ultrapassar 3 m/s
(as folhas das árvores começam a se agitar).

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ADJUVANTES E AFINS
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
Preparar somente a quantidade de calda necessária à aplicação a
ser consumida numa mesma jornada de trabalho;
Aplicar sempre as doses recomendadas pelo fabricante ou
conforme orientação do Engenheiro Agrônomo responsável;
Evitar pulverizar nas horas quentes do dia, contra o vento e em dias
de vento forte ou chuvosos;
Não aplicar produtos próximos à fonte de água, riachos, lagos e
outras;
Não desentupir bicos, orifícios, válvulas, tubulações usando a boca;
Usar os produtos menos tóxicos para as abelhas ou outros insetos
polinizadores;
Não aplicar antes das irrigações por aspersão, pois as gotas d'água
lavam o produto das folhas, anulando o tratamento e contaminando o
solo e, conseqüentemente os cursos de água.
Guardar os produtos em embalagens bem fechadas, em locais
seguros, fora do alcance de crianças e animais domésticos e
afastados de alimentos ou ração animal. Manter o produto em sua
embalagem original e não reutilizar as embalagens vazias.
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RECOMENDAÇÕES

1 - Utilize os Equipamentos de Proteção Individual indicados no rótulo do


produto;
2 - Para abrir as embalagens, use o abridor adequado, ao em vez de improvisar
outro tipo de ferramenta;
3 - Ao misturar a calda, utilize um pedaço de madeira ou um misturador
adequado e/ou luvas impermeáveis;
4 - Mantenha o produto em sua embalagem original, evitando colocá-lo em
recipientes que não possam ser identificados facilmente pelas demais pessoas;
5 - Não reaproveite as embalagens dos produtos químicos, principalmente
como depósito de água;
6 - Siga rigorosamente o PERÍODO DE CARÊNCIA do produto;

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
RECOMENDAÇÕES
7 - Para colocar o líquido no pulverizador, use um funil adequado para evitar a
contaminação do local;
8 - Não use pulverizador com defeito ou vazamentos e não desentupa os bicos
com a boca;
9 - Não permita que pessoas fracas, idosas, crianças, gestantes, doentes ou
destreinadas, aplicarem agrotóxicos;
10 - Se ventar durante o trabalho, caminhe numa direção que faça com que o
vento carregue o produto para longe do seu corpo;
11 - Mantenha a distância, de pelo menos, 15 m dos demais trabalhadores do
local;
12 - Se durante o trabalho o produto atingir o seu corpo desprotegido, lave
imediatamente a parte atingida com água corrente e sabão. Ao terminar o
serviço, tome um belo banho e ponha para lavar as roupas e demais EPI´s.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
Dos Equipamentos para Aplicação de Agrotóxicos

Os equipamentos de aplicação de agrotóxicos devem:


a)Ser mantidos em perfeito estado de conservação e
funcionamento;
b)Inspecionados antes do início do turno de trabalho de aplicação;
c)Utilizados apenas para a finalidade indicada;
d)Operados dentro dos limites, especificações e orientações
técnicas;
e)Ser lavados sempre após o turno de trabalho e guardados em
local apropriado.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
AS EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS

DESTINAÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS:

O principal motivo para darmos a destinação final correta para as embalagens vazias
dos agrotóxicos é diminuir o risco para a saúde das pessoas e de contaminação do
meio ambiente.

Trata-se de um procedimento complexo que requer a participação efetiva de todos


os agentes envolvidos na fabricação, na comercialização, na utilização, no
licenciamento, na fiscalização e no monitoramento das atividades relacionadas ao
manuseio, ao transporte, ao armazenamento e no processamento dessas
embalagens vazias.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
AS EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS

A legislação federal disciplina a destinação final de embalagens vazias de


agrotóxicos e determina as responsabilidades para o agricultor, o revendedor, o
fabricante e também para o Governo, na questão de educação e comunicação.
O não cumprimento destas responsabilidades poderá implicar em penalidades
previstas na legislação específica e na lei de crimes ambientais, como multas e até
pena de reclusão.
A Lei nº 7.802, de 11/07/1989 dispõe sobre a pesquisa, a produção, a
embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a
utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o
registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus
componentes e afins, e dá outras providências.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
ARMAZENAMENTO DAS EMBALAGENS VAZIAS

Os usuários/agricultores devem armazenar as embalagens nas suas


propriedades temporariamente, por no máximo um ano, a partir da
data de sua aquisição, obedecidas as condições citadas abaixo:
a)As embalagens vazias e lavadas deverão ser armazenadas com as
suas respectivas tampas e rótulos e, preferencialmente,
acondicionadas na caixa de papelão original, em local coberto, ao
abrigo de chuva e ventilado, ou no próprio depósito das embalagens
cheias;
b)Nunca armazenar as embalagens, lavadas ou não, dentro de
residências ou de alojamentos de pessoas ou animais;
c)Nunca armazenar as embalagens de agrotóxicos, cheias ou vazias,
junto com pessoas, animais, medicamentos, alimentos ou rações; e
d)Certificar-se de que as embalagens estejam adequadamente
lavadas e com o fundo perfurado, evitando e garantido assim a sua
reutilização.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
ARMAZENAMENTO DAS EMBALAGENS VAZIAS
As embalagens flexíveis primárias (que
entram em contato direto com as formulações
de agrotóxicos) como sacos ou saquinhos
plásticos, de papel, metalizados ou mistos
deverão ser acondicionadas em embalagens
padronizadas (sacos plásticos transparentes)
todas devidamente fechadas e identificadas,
que deverão ser adquiridas pelos usuários
nos canais de comercialização de
agrotóxicos.
As embalagens flexíveis secundárias, não
contaminadas, como caixas coletivas de
papelão, cartuchos de cartolina e fibrolatas,
deverão ser armazenadas separadamente das
embalagens contaminadas e poderão ser
utilizadas para o acondicionamento das
embalagens lavadas ao serem encaminhadas
AGROTÓXICOS, para as unidades de recebimento.
ADJUVANTES E AFINS
ARMAZENAMENTO DAS EMBALAGENS VAZIAS
As embalagens rígidas primárias (cujos
produtos não utilizam água como veículo de
pulverização) deverão ser acondicionadas em
caixas coletivas de papelão, todas
devidamente fechadas e identificadas. Ao
acondicionar-las, elas deverão estar
completamente esgotadas, adequadamente
tampadas e sem sinais visíveis de
contaminação externa.
Todas as embalagens não laváveis deverão ser
armazenadas em local isolado, identificado com
placas de advertência, ao abrigo dos
intempéries, com piso pavimentado, ventilado,
fechado e de acesso restrito. Poderão ser
armazenadas no próprio depósito das
embalagens cheias, desde que devidamente
identificadas e separadas das embalagens
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS lavadas.
DAS OBRIGAÇÕES QUANTO ÀS EMBALAGENS

No que diz respeito à destinação das embalagens vazias de agrotóxicos, a


Associação Nacional de Defesa Vegetal - ANDEF, trata que, é obrigação do agricultor:

Preparar as embalagens vazias para devolvê-las nas unidades de recebimento;


Armazenar na propriedade, em local apropriado, as embalagens vazias até a
data da sua devolução;
Transportar e devolver as embalagens vazias, com suas respectivas tampas e
rótulos, para a unidade de recebimento indicada na Nota Fiscal pelo canal de
distribuição, no prazo de até 1 (um) ano, contado da data de sua compra. Se, após
esse prazo, permanecer produto na embalagem, é facultada sua devolução em até 6
meses após o término do prazo de validade;
Manter em seu poder, para fins de fiscalização, os comprovantes de entrega
das embalagens vazias (um ano), a receita agronômica (dois anos) e a nota fiscal de
compra do produto.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
DAS OBRIGAÇÕES DO COMERCIANTE

Todo comerciante de agrotóxico é obrigado por lei a


disponibilizar um local de recebimento de embalagens vazias,
devidamente licenciado.
É recomendável, por questões práticas e financeiras,
pertencer ou formar associações regionais montadas para
construir e gerenciar as unidades de recebimento, atendendo,
assim, o que determina a legislação.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
DAS OBRIGAÇÕES DO COMERCIANTE
Disponibilizar e gerenciar as informações das unidades de recebimento para
a devolução de embalagens vazias pelo agricultor;
No ato da venda do produto, informar ao agricultor sobre os procedimentos
de lavagem, acondicionamento, armazenamento, transporte e devolução das
embalagens vazias;
Informar o endereço da sua unidade de recebimento de embalagens vazias
para o agricultor, fazendo constar esta informação no corpo da Nota Fiscal de
venda do produto;
Fazer constar dos receituários que emitirem, as informações sobre destino
final das embalagens;
Implementar, em colaboração com o Poder Público e empresas registrantes,
os programas educativos e mecanismos de controle e estímulo à lavagem correta
das embalagens e à devolução das embalagens vazias por parte dos usuários.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
AS EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS

PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS ANTES DA DESTINAÇÃO:


•Embalagens rígidas laváveis: efetuar a lavagem das embalagens, pelo processo da
Tríplice Lavagem ou da Lavagem sob Pressão;
•Embalagens rígidas não laváveis: mantê-las intactas, adequadamente tampadas e
sem vazamento;
•Embalagens flexíveis contaminadas: acondicioná-las em sacos plásticos
padronizados

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
LAVAGEM DAS EMBALAGENS

TRÍPLICE LAVAGEM
A Tríplice Lavagem é realizada da seguinte forma:

1.Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador;

2.Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume;

3.Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos;

4.Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador;

5.Faça esta operação 3 vezes;

6.Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
LAVAGEM DAS EMBALAGENS

LAVAGEM SOB PRESSÃO


A Lavagem sob Pressão somente pode ser realizada em pulverizadores com
acessórios adaptados para esta finalidade, da seguinte forma:

1.Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador;

2.Acione o mecanismo para liberar o jato de água;

3.Direcione o jato de água para todas as paredes internas da embalagem por 30


segundos;

4.A água de lavagem deve ser transferida para o interior do tanque do pulverizador;

5.Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
CONTAMINAÇÃO POR AGROTÓXICOS

Os agrotóxicos têm sido identificados como uma grande e


importante causa de intoxicação e morte em todo o Brasil.
Dentre os problemas relacionados ao envenenamento por
produtos agrotóxicos que acometem o trabalhador, vamos estudar
de maneira detalhada:
•Suas Generalidades;
•Causas de Intoxicação;
•A Classificação dos Produtos Agrotóxicos;
•Os Sinais e Sintomas;
•O Teste de Colinesterase;
•As Estatísticas.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
GENERALIDADES
O uso de agrotóxicos envolve muitos prós e contras. Levando-se em conta essa
problemática do uso ou não de agrotóxicos ou de alternativas para se conseguir uma
produção alimentícia em grande escala, muito voltada para os interesses econômicos, esses
interesses não levam em conta a qualidade em termos de saúde e meio ambiente do que é
produzido, apenas o lucro que é gerado por esta ação.
Quando se fala em substituir o uso de agrotóxicos por alternativas mais naturais e
ecológicas os interesses econômicos também estão à frente, pois tal mudança pode significar
a princípio uma diminuição na produção e um gasto inicial maior, principalmente no sentido
de se fazer um acompanhamento mais rigoroso de outras técnicas menos nocivas.
Acredita-se que o uso de alternativas para diminuir o uso dos agrotóxicos é algo que
precisa realmente ser colocada em prática, principalmente a agricultura orgânica, mas é um
processo lento e que precisa ser bem avaliado para não provocar problemas futuros, como é o
caso dos agrotóxicos.
Outro ponto a se destacar é que os agrotóxicos seriam bem menos agressivos se
fossem usados de maneira correta e com os cuidados e acompanhamento necessários,
levando em conta o alvo e o ambiente onde será aplicado, e seus efeitos imediatos e a longo
prazo.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
AGROTÓXICOS x ACIDENTES

Agrotóxicos ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações do país, atrás de


medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e com produtos de limpeza (saneantes). No
ano de 2007, foram registradas 6.260 casos provocados por agrotóxicos. 
Estudos em laboratório mostram o risco que algumas substâncias provocarem no
organismo, tais como, problemas hepáticos, doenças de pele, risco de câncer, problemas
hormonais, neurológicos e reprodutivos. 
Precisamos ser mais realistas com o assunto, não podemos considerar agrotóxicos como
veneno, pois eles possuem grande importância para produção agrícola no pais. O problema não
está no uso dos produtos, mas no emprego incorreto e na falta do uso dos EPI’s. 
Uma análise feita desde 2001 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, batizada de
Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, acompanha os níveis de
resíduos de agrotóxicos nos alimentos consumidos pela população. Além do abuso de
defensivos, a pesquisa revela o emprego de produtos proibidos para algumas culturas. 
Dados da última avaliação, feita em 2008, revelam, por exemplo, que 64,36% das amostras
de pimentão analisadas apresentavam uso de defensivos proibidos para a cultura, entre eles,
endossultam e acefato, que estão sendo agora reavaliados.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
TOXICIDADE, EXPOSIÇÃO E RISCO
O risco de intoxicação, relacionado ao tempo de exposição e de acordo com o índice
de toxicidade do produto pode ser definido conforme tabela abaixo:

TOXICIDADE EXPOSIÇÃO
RISCO DE INTOXICAÇÃO
(relacionada ao produto) (relacionada ao trabalhador)

BAIXA ALTA ALTO

ALTA BAIXA ALTO

BAIXA BAIXA BAIXA

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
CAUSAS DE INTOXICAÇÃO
Dentre as causas mais freqüentes de intoxicação por produtos agrotóxicos temos:
•Aplicar agrotóxicos sem dias com vento forte;
•Ter contato direto da pele com as superfícies recém tratadas;
•Esfregar a boca com braços ou mãos contaminados;
•Desentupir bicos de pulverização com a boca;
•Fumar, beber ou comer durante a aplicação ou manuseio do produto, ou com as
mãos contaminadas;
•Beber água, leite ou outro líquido em recipiente contaminado;
•Utilizar embalagens de agrotóxicos para armazenar alimentos;
•Respingos do produto no momento do preparo da calda;
•Reparar equipamentos contaminados;
•Não utilizar os EPIs obrigatórios;
•Manipular produtos agrotóxicos com a pele ferida;
•Aplicar o produto nas horas muito quentes do dia;
•Desconhecimento dos riscos da manipulação inadequada de agrotóxicos.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
CAUSAS DE INTOXICAÇÃO
Dessa forma podemos listar diversas causas importantes relacionadas
com a intoxicação por produtos agrotóxicos:

•Falta de treinamento adequado para a manipulação e aplicação dos


produtos;
•Falta do uso dos EPIs obrigatórios;
•Não utilização do Receituário Agronômico;
•Uso excessivo do produto, ou uso de produtos proibidos;
•Presença de crianças e adolescentes no local de aplicação;
•Identificação precária dos acidentes por agrotóxicos;
•Defesa de interesses corporativos de profissionais;
•Fiscalização precária pelos órgãos competentes;
•Desrespeito do tempo de carência da última aplicação;
•Propaganda enganosa (o agrotóxico é "remédio" capaz de acabar com todas
as pragas da lavoura);
•Linguagem técnica inadequada no rótulo dos produtos;
•Nível de
AGROTÓXICOS, escolaridade do agricultor.
ADJUVANTES E AFINS
INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS
Os sintomas da intoxicação por produtos agrotóxicos podem não aparecer de imediato,
portanto deve-se prestar atenção à possível ocorrência de alterações no comportamento ou na
atividade do trabalhador, para que possam ser relatados com precisão.
O agricultor intoxicado pode apresentar as seguintes alterações:
 irritação ou nervosismo;
 ansiedade e angústia;
 fala com frases desconexas;
 tremores no corpo;
 indisposição, fraqueza e mal estar, dor de cabeça, tonturas, vertigem, alterações visuais;
 salivação e sudorese aumentadas;
 náuseas, vômitos, cólicas abdominais;
 dificuldade para respirar, com dores no peito e falta de ar;
 queimaduras e alterações da pele;
 dores pelo corpo inteiro, em especial nos braços, pernas e no peito;
 irritação no nariz, garganta e olhos, provocando tosse e lágrimas;
 urina alterada, seja na quantidade ou na cor;
 convulsões ou ataques: a pessoa cai no chão, soltando saliva em grande quantidade, com
movimentos desencadeados de braços e pernas, sem entender o que está acontecendo;
 desmaios, perda de consciência até o coma.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
ENVENENAMENTO POR AGROTÓXICOS

Sinais e Sintomas do Envenenamento por Agrotóxicos


A ação dos agrotóxicos sobre a saúde humana costuma ser deletéria,
ou seja, que destrói, e muitas vezes é fatal.
Provoca desde náuseas, tonteiras, dores de cabeça ou alergias até
lesões renais e hepáticas, câncer, alterações genéticas, doença de Parkinson,
dentre outras.
Essa ação pode ser sentida logo após o contato com o produto, são os
chamados efeitos agudos, ou após
semanas e até anos, que são os efeitos
crônicos que, neste caso, muitas vezes requerem
exames sofisticados para a sua
identificação.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EXPOSIÇÃO E SINTOMAS
Os sintomas de intoxicação podem não aparecer de imediato, e deve-se
prestar atenção à possível ocorrência desses sintomas, para que possam ser
relatados e tratados com precisão.
É preciso salientar que alguns sintomas como dor de cabeça, vertigens,
falta de apetite, fraquezas, nervosismo, dificuldade para dormir, presentes em
diversas outras patologias, são as únicas manifestações da intoxicação por
agrotóxicos, razão pela qual raramente se estabelece a suspeita de intoxicação
por produtos agrotóxicos.
A presença desses sintomas em pessoas com histórico de exposição a
agrotóxicos deve conduzir à investigação diagnóstica de intoxicação.
É importante lembrar também que enfermidades podem ter outras causas,
além dos produtos envolvidos. Um tratamento equivocado pode piorar as
condições do enfermo.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
SINAIS E SINTOMAS

EXPOSIÇÃO
CONTINUADA POR LONGO
SINAIS E SINTOMAS ÚNICA OU POR CURTO PERÍODO
PERÍODO

Cefaléia, tontura, náusea, vômito,


fasciculação muscular, parestesias, Hemorragias, hipersensibilidade,
Agudos
desorientação, dificuldade teratogênese, morte fetal
respiratória, coma, morte

Lesão cerebral irreversível, tumores


malignos, atrofia testicular,
Paresia e paralisias reversíveis, ação
esterilidade masculina, alterações
neurotóxica retardada irreversível,
Crônicos neuro-comportamentais, neurites
pancitopenia, distúrbios neuro-
periféricas, dermatites de contato,
psicológicos
formação de catarata, atrofia do
nervo óptico, lesões hepáticas, etc

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EFEITOS DA AÇÃO PROLONGADA
ÓRGÃO / SISTEMA EFEITOS NO ORGANISMO
Síndrome asteno-vegetativa, polineurite, radiculite, encefalopatia, distonia
Sistema nervoso
vascular, esclerose cerebral, neurite retrobulbar, angiopatia da retina

Sistema respiratório Traqueíte crônica, pneumofibrose, enfisema pulmonar, asma brônquica

Miocardite tóxica crônica, insuficiência coronária crônica, hipertensão,


Sistema cardiovascular
hipotensão

Fígado Hepatite crônica, colecistite, insuficiência hepática

Rins Albuminúria, nictúria, alteração do clearance da uréia, nitrogênio e creatinina

Gastrite crônica, duodenite, úlcera, colite crônica (hemorrágica, espástica,


Trato gastrointestinal formações polipóides), hipersecreção e hiperacidez gástrica, prejuízo da
motricidade

Sistema hematopoético Leucopenia, eosinopenia, monocitose, alterações na hemoglobina

Pele Dermatites, eczemas

Olhos Conjuntivite, blefarite

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO E O DIAGNÓSTICO

 PRODUTOS ORGANOCLORADOS
Os sintomas de intoxicação por estes produtos podem se iniciar logo após o
contato com ele ou em até 24 horas depois.
Em casos de inalação, podem ocorrer sintomas específicos, como tosse,
rouquidão, irritação na garganta, coriza, dificuldade respiratória, hipertensão
arterial, pneumonia por irritação química ou edema pulmonar. Em casos de
intoxicação aguda, por atuarem no sistema nervoso central, impedindo o seu
funcionamento normal, podem ocorrer estimulação do sistema nervoso central e
hiper-irritabilidade, cefaléia (que não cede aos analgésicos comuns), sensação de
cansaço, mal estar, náuseas e vertigens com confusão mental passageira e
transpiração fria, redução da sensibilidade (língua, lábio, face, mãos), contrações
musculares involuntárias, perdas de apetite e peso, tremores, lesões hepáticas e
renais, crise convulsiva, coma.
A confirmação de exposição aos organoclorados poderá ser feita através de
dosagem do teor de resíduos no sangue, utilizando-se cromatografia em fase gasosa.
A simples presença de resíduos no sangue não indica intoxicação; a concentração é
que confirma o resultado.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EXPOSIÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
O cultivo de hortaliças, bem como as culturas do tomate, morango, batata e fumo
utilizam agrotóxicos conhecidos como organofosforados e ditiocarbamatos, que são
considerados por pesquisadores como os prováveis causadores das doenças neuro-
comportamentais e depressão, o que levam ao conseqüente suicídio.

Relatos feitos por trabalhadores como o da foto abordam os diversos males


causados pelos agrotóxicos. As intoxicações causaram desde lesões cerebrais, problemas
de locomoção e comportamento, além de depressão profunda e sintomas de esquizofrenia,
que tem sido relatada na literatura médica como um dos desfechos de intoxicação crônica
pelos organofosforados.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO E O DIAGNÓSTICO

 PRODUTOS ORGANOFOSFORADOS / CARBAMATOS

O contato com essa classe de produto químico causa, inicialmente, suor e


salivação abundantes, lacrimejamento, debilidade, cefaléia, tontura e vertigens,
perda de apetite, dores de estômago, visão turva, tosse com expectoração clara,
possíveis casos de irritação na pele (organofosforados).

Posteriormente causa contração das pupilas e falta de reação à luz,


seguidos de náuseas, vômitos e cólicas abdominais, diarréia, dificuldade
respiratória (principalmente com os carbamatos), contraturas musculares e
cãibras, opressão torácica, confusão mental, perda de sono, redução da
freqüência cardíaca/pulso, crises convulsivas (nos casos graves), coma, parada
cardíaca (nos casos graves, é a causa freqüente de óbito).
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO E O DIAGNÓSTICO
 PRODUTOS ORGANOFOSFORADOS / CARBAMATOS
Estudos realizados por pesquisadores brasileiros mostraram que os
agrotóxicos organofosforados causam basicamente 3 tipos de seqüelas
neurológicas, após intoxicação aguda ou devido a exposição crônica:

1)Polineuropatia retardada: fraqueza progressiva e ataxia das pernas,


podendo evoluir até uma paralisia flácida; sintomas provocados pelos
agrotóxicos: Triclorphon, Triclornato, Metamidophos e Clorpyriphos.
2)Síndrome intermediária: paralisia dos músculos do pescoço, perna e
pulmão, além de diarréia intensa; ocorre de um a quatro dias após o
envenenamento e apresenta risco de morte devido a depressão respiratória
associada. Causada por: Fenthion, Dimethoate, Monocrotophos e
Metamidophos.
3) Efeitos comportamentais: insônia ou sono perturbado, ansiedade,
retardo de reações, dificuldade de concentração e uma variedade de seqüelas
psiquiátricas: apatia, irritabilidade, depressão, esquizofrenia.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO E O DIAGNÓSTICO
 PRODUTOS PIRETRÓIDES
Embora pouco tóxicos do ponto de vista agudo, são irritantes para
os olhos e mucosas, causando tanto alergias de pele (coceira intensa,
manchas) como crises de asma brônquica (dificuldade respiratória,
espirros, secreção, obstrução nasal).
Em exposições ocupacionais a altas concentrações, algumas
pessoas relatam sensação de adormecimento (formigamento) das
pálpebras e ao redor da boca (sensação semelhante à do anestésico
usado por dentistas), que desaparece espontaneamente em poucas
horas. Não existem provas laboratoriais específicas para dosar resíduos
ou efeitos de piretróides no organismo humano ou animal.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
FATOR DE RISCO

Relação
TOXICIDADE x EXPOSIÇÃO
A intoxicação pelo produto tóxico está ligada ao tempo de
exposição do trabalhador ao produto, portanto, quanto menos
tempo ficar exposto menor será o Risco de Intoxicação.

RISCO DE INTOXICAÇÃO
É a probabilidade estatística, ou a chance de acontecer a
contaminação de pessoas, animais ou do próprio meio ambiente
pela ação de um certo produto tóxico.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
VIAS DE EXPOSIÇÃO AO PRODUTO
As principais dias de penetração de produtos tóxicos no organismo do trabalhador
são:

Via Respiratória: respiração.

Intoxicação pela via Dérmica ou Cutânea: pele e pêlos, ou


através de ferimentos.

Intoxicação pela via Oral ou Digestiva: boca.


AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Para o uso dos Equipamentos de Proteção Individual, o


trabalhador deve receber treinamento específico, visando orientá-lo
para a correta utilização dos mesmos, bem como visa ensinar a
realizar a higienização e conservação adequadas das vestimentas.
Várias substâncias do grupo dos Agrotóxicos são cancerígenas
e mutagênicas, portanto, mulheres grávidas devem ser afastadas do
trabalho em áreas com aplicação de Agrotóxicos ou Produtos afins, e
não devem trabalhar nestas áreas, mesmo com o uso dos EPI’s.
Além disto, deverá ser aplicado aos trabalhadores o
Treinamento de Primeiros Socorros com substâncias químicas.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
O Kit de Equipamentos de Proteção Individual para aplicação de
defensivos agrícolas é composto por:

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

LUVAS: trata-se do equipamento mais importante, pois


protege as mãos, que são as partes do corpo com maior
possibilidade de exposição.
Existem vários tipos de luvas no mercado e a utilização deve
ser de acordo com a formulação do produto, pois o material
deve ser capaz de torná-la impermeável ao produto químico e
proteger as mãos do trabalhador.
Os defensivos contêm solventes à base de petróleo e devem
ser manipulados com luvas de NITRILA, material impermeável a
estes produtos. As Luvas de LÁTEX ou de PVC devem ser
evitadas.
As luvas devem ser de acordo com o tamanho das mãos do
trabalhador, não podendo ser muito justas ou largas, para não
atrapalhar o tato e causar acidentes.
Devem ser usadas por dentro do jaleco quando a aplicação
AGROTÓXICOS, for em alvos baixos e por fora do jaleco quando a aplicação for
ADJUVANTES E AFINS em alvos altos.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
RESPIRADOR: também chamados de máscaras, os
respiradores têm o objetivo de evitar a absorção dos vapores
e partículas tóxicas através das vias inalatórias (pulmões).
Existem basicamente dois tipos de respiradores, os
descartáveis, que possuem vida útil relativamente curta, e os
respiradores com filtros especiais para reposição, que são
normalmente mais duráveis.
Quando utilizados de forma correta, os respiradores
podem se transformar numa fonte de contaminação, pois
devem estar sempre limpos e os seus filtros jamais podem
estar saturados.

A forma correta para a


colocação do respirador
é conforme a ilustração:
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

MODELOS DE MÁSCARAS:

MÁSCARA OU RESPIRADOR
DESCARTÁVEL

MÁSCARA COM FILTRO DE


CARVÃO ATIVADO

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

VISEIRA FACIAL: feita de material transparente, em ACETATO,


tem o objetivo de proteger os olhos e o rosto do trabalhador
contra respingos, tanto no preparo da calda como na pulverização
em campo.

AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

JALECO e CALÇA: a Calça e a Camisa, ou Jaleco, que deve


ser de mangas compridas, servem para proteger os
membros inferiores e superiores do trabalhador, devendo
ser utilizados em todo tipo de aplicação.
São confeccionados, em sua maioria, em tecido de
algodão tratado com teflon (óleo fobol), tornando o tecido
hidrorrepelente.
O tratamento com teflon ajuda a evitar o molhamento e
passagem do produto para o interior da roupa, sem impedir
a troca gasoso causada pela transpiração, tornando o
equipamento mais confortável.
O tecido deve ser preferencialmente na cor clara, para
reduzir a absorção de calor, além de ser de fácil lavagem e
descontaminação, para permitir a sua reutilização.
AGROTÓXICOS,
ADJUVANTES E AFINS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

BONÉ ou TOUCA ÁRABE: é confeccionado em


tecido de algodão e recebe o tratamento com
teflon, da mesma forma que a vestimenta para
aplicação.
É hidrorrepelente e substitui o chapéu de abas
largas.

Tem como finalidade a proteção do couro


cabeludo e do pescoço contra eventuais
respingos durante a manipulação e aplicação do
agrotóxico.
A maneira correta de utilização da touca ou
boné árabe é sobre a viseira facial, conforme a
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ilustração:
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

BOTAS: as botas devem ser preferencialmente de cano alto


e impermeáveis, de borracha ou couro impermeabilizado.
Sua função é a de proteger os pés do trabalhador e deve
sempre ser utilizada por dentro da calça, a fim de impedir a
entrada acidental do produto químico por conseqüência de
escorrimentos.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

AVENTAL: é produzido com material


impermeável, deve ser utilizado na parte
frontal do jaleco, adaptado ao mesmo, e
nunca sozinho. Caso a aplicação do agrotóxico
seja feita com equipamento costal, o avental
deverá ser utilizado na parte costal do jaleco,
porém, durante o preparo da calda, o mesmo
deve ser usado na parte frontal.
O seu objetivo é o de evitar que
respingos do produto concentrado ou que o
eventual derramamento venham a atingir o
trabalhador.
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Tanto na colocação das vestimentas como na sua retirada, o trabalhador
deverá seguir a ordem conforme tabela abaixo:

VESTIR RETIRAR
1 CALÇA 1 BONÉ ÁRABE

2 JALECO 2 VISEIRA FACIAL

3 BOTAS 3 AVENTAL

4 AVENTAL 4 JALECO

5 RESPIRADOR 5 BOTAS

6 VISEIRA FACIAL 6 CALÇA

7 BONÉ ÁRABE 7 LUVAS

8 LUVAS 8 RESPIRADOR
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Vamos assistir ao filme sobre os EPI’s – Equipamentos de


Proteção Individual

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

COLOCANDO O EPI

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PROCEDIMENTO APÓS APLICAÇÃO
HIGIENE APÓS A APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS

Depois do dia de trabalho de aplicação de agrotóxicos, o trabalhador


deverá tomar banho com água em abundância e sabão, para eliminar
qualquer resíduo de produto químico que por ventura esteja em
contato com a pele.
A água deve estar em temperatura ambiente, não sendo recomendada a
utilização de água morna.
Após o banho deverá vestir roupas LIMPAS.

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LAVAGENS DAS VESTIMENTAS DE APLICAÇÃO

COMO LAVAR AS ROUPAS CONTAMINADAS?


As roupas contaminadas devem ser lavadas separadamente das roupas de uso comum e
devem ser lavadas logo após o dia de trabalho. Usar luvas de borracha para manipular ou
lavar
Enxaguar as roupas contaminadas antes de lavar, para diluir o produto. Quanto mais
tempo demorar para lavar as vestimentas contaminadas mais difícil será a remoção do
produto químico.
A pré-lavagem, antes da lavagem propriamente dita, é o método mais eficaz para remover
a contaminação mais grossa da roupa. Deverá ser destinado um ou mais trabalhadores em
específico para a lavagem das roupas contaminadas.

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LAVAGENS DAS VESTIMENTAS DE APLICAÇÃO

PROCEDIMENTOS PARA LAVAR AS ROUPAS CONTAMINADAS

Esvaziar o tanque ou a máquina de lavar antes de iniciar a lavagem.


Depois de terminada a lavagem das roupas, limpar bem o tanque ou a
máquina de lavar para certificar-se de que eventuais resíduos sejam
removidos.
A lavagem das roupas deve ser feita apenas com água e sabão, não sendo
necessária a utilização de qualquer produto químico, tal como água sanitária.
A lavagem das vestimentas com água corrente e sabão será suficiente para
diluir e neutralizar os resíduos dos produtos que serão removidos da roupa.
Outros equipamentos como máscara, boné árabe e viseira devem ser limpos e
higienizados.

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ESTATÍSTICAS
Uma pesquisa realizada pela FUNDACENTRO com agricultores revelou que, com
relação ao uso de agrotóxicos:

Um trabalhador rural que não utiliza os EPIs, tem a chance de se intoxicar
aumentada em 72% com relação ao trabalhador devidamente protegido;
Os agricultores que se orientam com o vendedor na compra e no uso de
agrotóxicos, têm 73% a mais de chance de se intoxicar do que aqueles que se orientam
com o Engenheiro Agrônomo;
Para um agricultor que teve o último contato com agrotóxico há menos de 15 dias
da realização do exame de colinesterase, a chance de se intoxicar é aumentada em 43%,
se comparada àqueles que tiveram o último contato há mais de 15 dias;
A chance de intoxicação para os agricultores que citaram pelo menos um
organofosforado ou carbamato como agrotóxico principal, manuseado por eles, é 115%
maior se comparada àqueles que não citaram nenhum produto desses grupos.

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O TESTE DE COLINESTERASE

Trata-se de um valioso indicador da relação entre exposição a


agrotóxicos e problemas de saúde é o nível da enzima colinesterase no
sangue.
É uma enzima cujo papel fundamental é a regulação dos impulsos
nervosos através da degradação da acetilcolina na junção neuromuscular e
na sinapse nervosa. Existem duas categorias de colinesterases: a
acetilcolinesterase (colinesterase verdadeira) que é encontrada nos
eritrócitos, no pulmão e no tecido nervoso; e a colinesterase sérica,
sintetizada no fígado, também chamada de pseudocolinesterase.
Fonte: Diagnósticos da América

A inibição dessa enzima por meio dos compostos fosforados ou


carbamatos provoca o acúmulo de acetilcolina, e o organismo passa a
apresentar uma série de manifestações.

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O TESTE DE COLINESTERASE

Sua determinação é útil na avaliação e no acompanhamento de pacientes com


intoxicação por organofosforados (inseticidas) que inibem a colinesterase eritrocitária
e diminuem os níveis da colinesterase sérica. A colinesterase sérica está diminuída nas
doenças parenquimatosas hepáticas (hepatites virais, cirrose), na insuficiência
cardíaca congestiva, nos abscessos e neoplasias.
Os níveis baixos persistentes nos cirróticos têm sido apontados como
marcador de mau prognóstico. Valores diminuídos também são encontrados em
estados de desnutrição, infecções agudas, anemias, infarto do miocárdio e
dermatomiosite.
Diversas drogas como estrogênios, testosterona e contraceptivos orais
também podem interferir nos níveis da colinesterase sérica.

A colinesterase pode estar aumentada em pacientes obesos, em


diabéticos e na síndrome nefrótica.
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RECAPITULANDO

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PRODUTOS AGROTÓXICOS

Agrotóxicos são produtos químicos usados na lavoura, na


pecuária e mesmo no ambiente doméstico (inseticidas,
fungicidas, acaricidas, vermífugos); além de solventes, tintas,
lubrificantes, produtos para limpeza e desinfecção de
estábulos, entre outros.
Existem cerca de 15.000 formulações para 400
agrotóxicos diferentes, sendo que cerca de 8.000
formulações encontram-se licenciadas no País.

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ORIENTAÇÕES PARA O USO DE AGROTÓXICOS
Menores de 18 anos, gestantes e idosos não podem manusear
ou aplicar agrotóxicos, o que é proibido por lei nestes casos;

Devem ser respeitados os períodos de carência para colher o


produto, abater animais, liberar o leite para consumo, a entrada de
pessoas ou animais na área onde é aplicado o agrotóxico;

Observar o correto armazenamento, o transporte e as condições


de uso apropriado dos produtos agrotóxicos;

Procurar orientação sobre o correto programa de manutenção


de equipamentos de aplicação.

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LEMBRE-SE

NUNCA FUMAR, BEBER OU


COMER DURANTE A APLICAÇÃO
OU MANUSEIO DOS PRODUTOS
AGROTÓXICOS!!!
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LEMBRE-SE

Sempre que tiver dúvidas, antes de efetuar um


trabalho você deve procurar a pessoa responsável e
esclarecê-las.
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FIM
TENHAM TODOS UM BOM DIA DE
TRABALHO, TODO DIA!

A MEGA agradece sua participação.

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