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NR - 31.8.8.

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prevenção de acidentes com agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins.

Instrutor: Cícero Souza


Técnico em Segurança do Trabalho
Instrutor de Cursos Gerenciais
 Modulo I
 a) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins;
 Modulo II
 b) conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros
socorros;
 Modulo III
 c) rotulagem e sinalização de segurança;
Conteúdo  Modulo IV

programático  d) medidas higiênicas durante e após o trabalho;


 Modulo V
 e) uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal;
 Modulo VI
 f) limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção
pessoal
Modulo I
CONHECIMENTO DAS FORMAS DE EXPOSIÇÃO DIRETA E
INDIRETA AOS AGROTÓXICOS, ADJUVANTES E PRODUTOS AFINS
 1977 – Foi estabelecida a Lei 6.514 regularizada pela
portaria 3.214/78

 O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) editou, foi


Conhecimento das formas
de exposição direta e aprovada pela Portaria Nº. 86 de 03.03.2005. a NR-31
indireta aos agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins
 A NR 31 determina quais são as obrigações do
empregador e do empregado..

QUEM É QUEM NA RELAÇÃO DE TRABALHO


É todo (a) trabalhador (a) que, mediante salário,
EMPREGADO presta serviços contínuos a um empregador
Conhecimento das formas
de exposição direta e rural.
indireta aos agrotóxicos, É toda pessoa ou empresa que explora
adjuvantes e produtos afins EMPREGADOR economicamente uma das atividades incluídas
na NR 31 e contrata alguém para trabalhar com
ele.
O avanço na produção agrícola, influência diretamente no
aumento da aplicação de agrotóxicos sobre as áreas de
cultivo;

Conhecimento das formas Tendo o Objetivo principal as melhorias produtivas;


de exposição direta e
indireta aos agrotóxicos, Como resultado, a maior exposição do trabalhador rural
adjuvantes e produtos afins
aos riscos químicos.
A 31.8 veio ao encontro do crescimento do uso de
agrotóxicos no setor da agricultura brasileira.

Tendo em vista a proteção geral dos trabalhadores, e


propiciar por meio treinamentos a correta utilização dos
agrotóxicos.
Conhecimento das formas
de exposição direta e
indireta aos agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins Procurando a preservação da saúde do trabalhador
rural e o meio ambiente.
AGROTÓXICOS

Os agrotóxicos são produtos químicos destinados a


controlar as pragas e as doenças que causam danos à
produção agrícola.

São também consideradas agrotóxicos as substâncias


Conhecimento das formas
de exposição direta e empregadas como desfolhantes, dessecantes,
indireta aos agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins estimulantes e inibidoras do crescimento das plantas.
ONDE É APLICADA

Em todas as atividades rurais.


 Na agricultura;
 Na pecuária;
 Na silvicultura e exploração florestal;
 Na fruticultura;
Conhecimento das formas  Na aquicultura.
de exposição direta e
indireta aos agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins
CLASSIFICAÇÃO

Os agrotóxicos são classificados de acordo com a finalidade de


uso.

USADO PARA COMBATER CLASSE DO AGROTÓXICO


ERVAS DANINHAS HERBICIDA
INSETOS INSETICIDA
FUNGOS FUNGICIDA
FORMIGAS FORMICIDA
RATOS RATICIDA
Conhecimento das formas ÁCAROS ACARICIDA
de exposição direta e PRAGAS PRAGUICIDAS
indireta aos agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins
A exposição ocorre em qualquer uma das seguintes fases:

EXPOSIÇÃO
Direta e Indireta
• Preparo da calda;
• Aplicação;
• Armazenamento;
• Transporte;
• Descarte;
• Contaminação de equipamentos e vestimentas.
Pode ser maior ou menor de acordo com os seguintes
fatores principais:

1. O tipo de formulação
EXPOSIÇÃO AO
2. A concentração da mistura
AGROTÓXICO
3. O método de aplicação utilizado

4. As condições dos equipamentos de aplicação

5. A presença de vento no momento da aplicação


6. As condições de temperatura e umidade relativa do ar

7. Observação das recomendações de higiene


8. O uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA

CLASSE I – FAIXA VERMELHA – EXTREMAMENTE TÓXICO

CLASSE II – FAIXA AMARELA–ALTAMENTE TÓXICO

CLASSE III – FAIXA AZUL – MEDIANAMENTE TÓXICO

CLASSE IV – FAIXA VERDE – POUCO TÓXICO


formas de exposição aos produtos fitossanitários.

A exposição pode ser entendida como o simples contato do


produto fitossanitário com qualquer parte do organismo
FORMAS DE
humano.
EXPOSIÇÃO
As vias de exposição mais comuns são:
EXPOSIÇÃO DIRETA

A NR 31 define “trabalhadores em exposição direta”, os


que manipulam os produtos fitossanitários e afins, em
qualquer uma das etapas de armazenamento,
transporte, preparo, aplicação, destinação e
descontaminação de equipamentos e vestimentas.
EXPOSIÇÃO DIRETA

Ocorre quando o produto fitossanitário entra em contato


direto com a PELE, OLHOS, BOCA OU NARIZ.

Os acidentes pela exposição direta ocorrem com os


trabalhadores sem usar corretamente os EPI’s
EXPOSIÇÃO INDIRETA

A NR 31 considera “trabalhadores em exposição


indireta”, os que não manipulam diretamente os produtos
fitossanitários, adjuvantes e produtos afins, mas circulam
e desempenham suas atividades de trabalho em áreas
vizinhas aos locais onde se faz a manipulação em
qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte,
preparo, aplicação etc, e ou ainda, os que desempenham
atividades de trabalho em áreas recém-tratadas.
EXPOSIÇÃO INDIRETA

Ocorre quando as pessoas, que não estão aplicando ou


manuseando produtos fitossanitários, entram em contato
com plantas, alimentos, roupas ou qualquer outro objeto
contaminado.
O risco de intoxicação é a probabilidade de uma
substância química causar efeito tóxico.
RISCO
Toxicidade do produto DEPENDE da sua exposição.

RISCO
¿ TOXICIDADE
+¿ EXPOSIÇÃO
Alto Alto Alto

Baixo Alto Baixa

Alto Baixa Alta

Baixa Baixa Baixa


Para reduzir a exposição, o trabalhador deve manusear os
produtos:
A TOXICIDADE • Com cuidado,
• Usar equipamentos de aplicação calibrados e em bom estado
de conservação,
• Vestir os equipamentos de proteção adequados.

Quando acontece a intoxicação por produtos fitossanitários é


resultado de erros nas etapas de:

• Transporte,
• Armazenamento,
• Preparo da calda,
• Aplicação.

Se as regras de segurança forem seguidas, muitos casos de


intoxicação serão evitados.
ADJUVANTES:

São substâncias ou compostos sem propriedades


fitossanitárias, exceto a água, que são acrescidos numa
preparação de caldas de agrotóxicos e afins com a
finalidade de aumentar a eficácia, facilitar e diminuir os
riscos da aplicação.

31.8.4 É vedada a manipulação agrotóxico, adjuvantes,


nos ambientes de trabalho, em desacordo com a receita
e as indicações do rótulo e bula.
É a capacidade potencial de uma substância causar
efeito adverso à saúde.
A TOXICIDADE
A toxicidade depende basicamente da dose e da
sensibilidade do organismo exposto.

Quanto menor a dose de um produto capaz de causar


um efeito adverso, mais tóxico é o produto.

A única maneira concreta de reduzir o risco é através da


diminuição da exposição.
Modulo II
Conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e
medidas de primeiros socorros;
Sinais e Sintomas de
Intoxicação A absorção de uma substância depende da via pela qual
ela penetra no organismo.

No caso de produtos fitossanitários, a absorção dérmica


(através da pele) é a mais importante, podendo ser mais
intensa quando se utilizam formulações oleosas.

A absorção por via respiratória (pelos pulmões) é


consequência da aspiração de partículas, gases ou
vapores.
Sinais e Sintomas de
Intoxicação  Na exposição ocupacional, a contaminação oral (pela
boca) é menos frequente e só ocorre por acidente ou
descuido.

 Este tipo de contaminação é quase sempre responsável


pelas intoxicações mais graves.
Existem 02 tipos de intoxicações:

INTOXICAÇÕES  Intoxicação Aguda: Os efeitos aparecem logo após a


exposição.

 Intoxicação Crônica: Os efeitos aparecem ao longo do


tempo, semanas, meses ou anos após a exposição.

 Estas são as regras gerais, mas dependem de outros


fatores como, por exemplo, a sensibilidade individual,
fatores genéticos etc.
 O trabalhador que apresentar sintomas de intoxicação
INTOXICAÇÕES deve ser imediatamente afastado das atividades e
transportado para atendimento médico.

 acompanhado das informações contidas nos rótulos e


bulas dos produtos fitossanitários aos quais tenha sido
exposto e contatar o (0800) de Emergência Médica do
fabricante do produto, para orientar o atendimento
médico local.
Vários fatores influem na toxicidade:

AGROTÓXICO X SAÚDE  Potencial de risco de cada substância;


DO TRABALHADOR
 Dose;

 tempo e via de exposição;

- Condições de saúde;

- Idade.
A exposição a níveis tóxicos de produtos
Principais sintomas fitossanitários resulta numa variedade de sintomas e
de intoxicação
sinais que dependem do produto usado, da dose
absorvida e das condições de saúde do indivíduo.

Contaminação por contato com a pele (via dérmica)

 Irritação (pele seca e rachada)

 Mudança de coloração da pele (áreas amareladas ou


avermelhadas)

 Descamação (pele escamosa ou com aspecto de sarna)


Contaminação por inalação (via respiratória)

 Ardor na garganta e pulmões;

 Tosse;

 Rouquidão;

 Congestionamento das vias respiratórias.


Contaminação por ingestão (via oral)

 Irritação da boca e garganta;

 Dor no peito;

 Náuseas;

 Diarréia;

 Transpiração anormal;

 Dor de cabeça;

 Fraqueza e câimbra.
Procedimentos básicos para casos de intoxicação

 Normalmente, as lavouras ficam muito afastadas dos


hospitais e o atendimento por um médico poderá demorar
bastante.

 As medidas de primeiros socorros representam o esforço


inicial para socorrer uma vítima enquanto não se dispõe de
assistência médica profissional.

 Há situações em que outras pessoas poderão identificar e


realizar as primeiras medidas de socorro numa situação de
emergência.
 Estando diante de um intoxicado, a primeira medida é
Procedimentos observar e avaliar a presença de anormalidades que
básicos para casos possam representar risco de vida imediato, como:
de intoxicação  parada ou dificuldade respiratória,
 parada circulatória,
 estado de choque,
 convulsão ou coma.

 Somente um médico, enfermeiro ou socorrista treinado


poderão intervir para manter as funções vitais.
Todo produto fitossanitário possui obrigatoriamente
Procedimentos informações sobre primeiros socorros no rótulo e na bula
básicos para casos do produto.
de intoxicação
Quanto antes a vítima for descontaminada, maior será a
sua chance de recuperação.

Procedimento é fácil e está ao alcance de todos.


Quanto antes a vitima for descontaminada, maior será a
sua chance de recuperação.
 Muitos produtos fitossanitários são prontamente
Exposição via absorvidos pela pele, quer pelo contato com roupas
contaminadas ou diretamente quando derramados sobre
dérmica
o corpo.

 Mesmo que o produto seja pouco tóxico, recomenda-se


que a exposição seja reduzida ao mínimo, o quanto
antes.

 Para tanto, retire imediatamente as roupas


contaminadas e remova o produto com jato de água
corrente.
 A seguir, verifique as recomendações de primeiros
socorros do produto.
Exposição via
dérmica  Se uma grande superfície do corpo foi contaminada, a
lavagem por ducha é mais indicada.

 Atenção especial deve ser dada ao couro cabeludo,


atrás das orelhas, axilas, unhas e região genital.

 Nenhum antídoto ou agente neutralizador deve ser


adicionado à água de lavagem.
 O respingo de um produto fitossanitário nos olhos, faz

Exposição Via Ocular com que o produto seja prontamente absorvido.

 A irritação que surge pode ser devida ao próprio


ingrediente ativo ou a outras substâncias presentes na
formulação.

 A assistência imediata nesses casos é a lavagem dos


olhos com água corrente e limpa, que deve ser realizada
de acordo com instruções constantes na bula.
 A água de lavagem poderá ser fria ou morna, mas
Exposição Via Ocular nunca quente ou contendo outras substâncias usadas
como antídoto ou neutralizantes.

 O jato de lavagem deve ser suave para não provocar


mais irritação.

 Não dispondo de jato d’água, deite a vítima de costas


com a cabeça apoiada sobre suas pernas, inclinando-
lhe a cabeça para trás e mantendo as pálpebras
abertas, derrame com auxílio de caneca, um filete de
água limpa.
Exposição Via Ocular

 Não coloque colírio ou outras substâncias.

 Persistindo dor ou irritação, tape os olhos com pano


limpo e encaminhe o paciente ao oftalmologista, levando
o rótulo ou a bula do produto.
Exposição via
• Ao atender uma vítima intoxicada por ingestão, a
respiratória
decisão mais importante a tomar é se o vômito deve ou
não ser provocado.

• Por isso é importante ler rótulo/bula para verificar o


procedimento a ser adotado, pois se a substância
ingerida for cáustica ou corrosiva, provocará novas
queimaduras ao ser regurgitada.
Exposição via • Formulações de produtos fitossanitários que
respiratória utilizam como veículo solventes derivados do petróleo,
normalmente tem em suas bulas, indicações de
restrição ao vômito, uma vez que esses solventes
podem ser aspirados pelos pulmões provocando
pneumonite.

• Se a indicação é de regurgitar a substância tóxica


imediatamente, nunca provoque vômito se a vítima
estiver inconsciente ou em convulsão, pois poderá
sufocá-la.
• Antes de induzir ao vômito, aumente o volume do
Exposição via conteúdo estomacal da vítima, dando-lhe um ou dois
respiratória copos de água.

• O vômito pode ser provocado por processo mecânico,


colocando um dedo ou a extremidade do cabo de uma
colher na garganta; ou químico, dando-se ao paciente:

• Durante o vômito, posicione o paciente com o tronco


ereto e inclinado para frente, evitando a entrada do
líquido nos pulmões;
• Quando o vômito não for aconselhado, procure reduzir
Exposição via a absorção do produto, neutralizando sua ação com
respiratória carvão ativado, na dosagem de até 50 gramas diluídos
num copo d’água;

• O carvão ativado poderá também ser administrado como


tratamento auxiliar após o vômito provocado.

• Não use carvão ativado ou qualquer outro medicamento


por via oral se o paciente estiver vomitando
espontaneamente.
Resumo dos De uma forma geral, podemos resumir as principais
procedimentos para medidas de primeiros socorros:
casos de intoxicação
I. Preste atendimento à pessoa de acordo com as
instruções de primeiros socorros descritas no rótulo
e/ou na bula do produto;

II. Dê banho com água corrente e vista roupas limpas na


vítima, levando-a imediatamente para o serviço de
saúde mais próximo.

III. Não esqueça de mostrar a bula ou rótulo do produto ao


médico ou enfermeira.
Modulo III
Rotulagem e sinalização de segurança.
Informações de segurança

Rotulagem e sinalização
de segurança. A regra fundamental de segurança é LER O RÓTULO e
SEGUIR AS INSTRUÇÕES DA BULA, pois ali estão
colocados os conhecimentos do fabricante a respeito do
produto, informando sobre manuseio, precauções,
primeiros socorros, destinação de embalagens,
equipamentos de proteção etc.
É dever do empregador rural ou equiparado,
disponibilizar a todos os trabalhadores informações
Informações aos sobre o uso de produtos fitossanitários no
trabalhadores estabelecimento, abordando os seguintes aspectos:
.
• Nome comercial do produto utilizado;

• Classificação toxicológica;

• Data e hora da aplicação;

• Intervalo de reentrada;

• Intervalo de segurança/período de carência;


Rotulagem e sinalização
de segurança. • Medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em
exposição direta e indireta;

• Medidas a serem adotadas em caso de intoxicação;

• É dever do trabalhador ler os rótulos e bulas dos


produtos antes de manuseá-los.
Rotulagem e sinalização
de segurança.

Os pictogramas são símbolos gráficos, internacionalmente aceitos,


que possuem uma comunicação exclusivamente visual, podendo ser
entendidos por qualquer pessoa, mesmo que não saiba ler.

Eles visam dar informações para proteger a saúde das pessoas e o


meio ambiente.
Rotulagem e sinalização
de segurança.
Restrições para entrar O empregador rural deve sinalizar as áreas tratadas,
em área recém tratadas informando o período de reentrada, que é o período após
a aplicação em que é vedada a entrada de pessoas sem
uso de EPI adequado.

A NR 31 exige que haja uma sinalização na área (consulte


a fiscalização do seu Estado).

Durante a pulverização aérea, a entrada e permanência


de qualquer pessoa na área a ser tratada é proibida.
Intervalo de segurança
ou período de carência
É o número de dias que deve ser respeitado entre a
última aplicação e a colheita.

O período de carência vem escrito na bula do produto.

Este prazo é importante para garantir que o alimento


colhido não possua resíduos acima do limite máximo
permitido.
Os resíduos provenientes dos processos produtivos
Meio ambiente e
resíduos devem ser eliminados dos locais de trabalho, segundo
métodos e procedimentos adequados que não
provoquem contaminação ambiental.

A limpeza dos equipamentos de aplicação deve ser


executada de forma a não contaminar poços, rios,
córregos ou quaisquer outras coleções de água.
É vedada a reutilização de embalagens de produtos

Destino final das fitossanitários, cuja destinação final deve atender à


embalagens vazias legislação vigente (Lei Federal nº 9.974 de 06.06.2000 e
Decreto nº 4.074 de 04.01.2002).
O agricultor deve devolver todas as embalagens vazias
dos produtos na unidade de recebimento de embalagens
indicada na Nota Fiscal pelo revendedor.
O agricultor deverá preparar as embalagens, ou seja,
separar as embalagens lavadas das embalagens
contaminadas.
O agricultor que não devolver as embalagens no
Destino final das prazo de 1 (um) ano ou não prepará-las adequadamente,
embalagens vazias poderá ser multado, além de ser enquadrado na Lei de
Crimes Ambientais.

Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado


decorrido 1 (um) ano da compra, a devolução da
embalagem poderá ser feita em até 6 (seis) meses após
o término do prazo de validade.

Embalagens flexíveis não laváveis devem ser


armazenadas, transportadas e devolvidas dentro de
embalagens de resgate (saco plástico transparente
padronizado).
Modulo IV
Medidas higiênicas durante e após o trabalho
Medidas higiênicas

Contaminações podem ser evitadas com hábitos simples


Medidas higiênicas de higiene, como:
durante e após o
trabalho • Lavar bem as mãos e o rosto antes de comer, beber ou
fumar;

• Após o trabalho, tomar banho com bastante água e


sabonete, lavando bem o couro cabeludo, axilas, unhas e
regiões genitais;

• Usar sempre roupas limpas;

• Manter sempre a barba bem feita, unhas e cabelos bem


cortados.
O empregador rural ou equiparado, deve:
Medidas higiênicas • Disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa
durante e após o
de uso pessoal;
trabalho
• Fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal;
• Garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta
contaminada seja levado para fora do ambiente de trabalho;
• Garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção
seja reutilizado antes da devida descontaminação;
• Vedar o uso de roupas pessoais na aplicação de produtos
fitossanitários.
Modulo V
Uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal;
EPI são ferramentas de trabalho que visam proteger a
Equipamentos de saúde do trabalhador rural, que utiliza os Produtos
Proteção Individual –
Fitossanitários, reduzindo os riscos de intoxicações
EPI
decorrentes da exposição.

A função básica dos EPI é proteger de exposições o


organismo do produto tóxico, minimizando o risco.
As vias de exposição são:
Uso de vestimentas e
equipamentos de
proteção pessoal;
1. Fornecer EPI e vestimentas adequadas aos riscos;
Deveres do
empregador rural ou Os EPI e vestimentas de trabalho em perfeitas condições
equiparado de uso e devidamente higienizados;

Responsar-se pela descontaminação dos mesmos ao final


de cada jornada de trabalho;

Substituindo-os sempre que necessário;

Orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de


proteção;

Exigir que os trabalhadores utilizem EPI.


• Usar os EPI e seguir as regras de segurança.
Deveres do
trabalhador
• Os EPI devem possuir o número do C. A.
Equipamentos de
proteção pessoal • O uso do EPI é uma exigência da legislação trabalhista
(EPI) brasileira através de suas Normas Regulamentadoras*.

• O não cumprimento poderá acarretar ações de


responsabilidades cível e penal, além de multas ao
infratores.
Quais os principais EPI’s
Luvas
Uso de vestimentas e
equipamentos de
proteção pessoal. De modo geral, recomenda-se a aquisição das luvas de
“borracha NITRILICA ou NEOPRENE”, materiais que
podem ser utilizados com qualquer tipo de formulação.
Respiradores: chamados de máscaras, têm o objetivo de
Uso de vestimentas e
evitar a inalação de vapores orgânicos, névoas ou finas
equipamentos de
partículas tóxicas através das vias respiratórias.
proteção pessoal;

São equipamentos importantes, mas que podem ser


dispensados em algumas situações, quando não há
presença de névoas, vapores ou partículas no ar, por
exemplo:

a) aplicação tratorizada de produtos granulados


incorporados ao solo;

b) pulverização com tratores equipados com cabines


climatizadas.
• Antes do uso de qualquer tipo de respirador, o usuário
Uso de vestimentas e deve estar barbeado;
equipamentos de
proteção pessoal; • Realizar um teste de ajuste de vedação, para evitar
falha na selagem.
• Quando estiverem saturados, os filtros devem ser
substituídos ou descartados.

• Se utilizados de forma inadequada, os respiradores


tornam-se desconfortáveis e podem transformar-se
numa verdade fonte de contaminação.

• O armazenamento deve ser em local seco e limpo, de


preferência dentro de um saco plástico.
Existem basicamente dois tipos de respiradores:
Respiradores
• Sem manutenção (chamados de descartáveis):
possuem uma vida útil relativamente curta e recebem a
sigla PFF (Peça Facial Filtrante)

• Baixa manutenção: possuem filtros especiais para


reposição, normalmente mais duráveis.

• Os respiradores mais utilizados nas aplicações de


produtos fitossanitários são os que possuem filtros P2
ou P3.
Viseira facial: protege os olhos e o rosto contra
respingos durante o manuseio e a aplicação.
Viseira facial:
• A viseira deve ter a maior transparência possível e não
distorcer as imagens.

• Ser de boa qualidade/acabamento para evitar cortes.

• O suporte deve permitir que a viseira não fique em


contato com o rosto do trabalhador e embace.

• A viseira deve proporcionar conforto ao usuário.

• Permitir o uso simultâneo do respirador, quando for


necessário.
Quando não houver a presença ou emissão de
Viseira facial: vapores, névoas ou partículas no ar, o uso da viseira com
o boné árabe pode dispensar o uso do respirador,
aumentando o conforto do trabalhador.

Existem algumas recomendações de uso de óculos de


segurança para proteção dos olhos.

A substituição dos óculos pela viseira protege não


somente os olhos do aplicador mais também o rosto.
Jaleco e calça hidro-
São apropriados para proteger o corpo dos respingos
repelentes
do produto formulado e não para conter exposições
extremamente acentuadas ou jatos dirigidos.

Há calças com reforço adicional nas pernas, que


podem ser usadas nas aplicações onde exista alta
exposição do aplicador à calda do produto (pulverização
com equipamento manual).
São vestimentas de segurança confeccionadas em
Jaleco e calça em nãotecido (tipo Tyvek/Tychem QC) a diferença entre eles
nãotecido:
se dá pelo nível de proteção que oferecem.

Além da hidro-repelência, oferecem impermeabilidade


e maior resistência mecânica a névoas e às partículas
sólidas.

O uso de roupas de algodão por baixo da vestimenta


melhora sua performance, com maior absorção do suor,
trazendo conforto ao trabalhador com relação ao calor
As vestimentas em nãotecidos tem durabilidade
limitada e não devem ser utilizadas quando danificadas.
Jaleco e calça em
nãotecido:
Não devem ser passadas a ferro;

Não são a prova ou retardantes de chamas, podem


criar eletrecidade estática;

Não devem ser usadas próximo ao calor, fogo, faíscas


ou em ambiente potencialmente inflamável ou explosivo;

As vestimentas em nãotecido devem ser descartadas


em incineradores para não causarem danos ao ambiente.
Boné árabe
Uso de vestimentas e Protege a cabeça e o pescoço de respingos da
equipamentos de pulverização e do sol.
proteção pessoal.
É confeccionado em tecido de algodão tratado para
tornar-se hidro-repelente.
Avental
Produzido com material resistente a solventes orgânicos
(PVC, bagum, tecido emborrachado aluminizado, nylon
resinado ou nãotecidos).

Aumenta a proteção do aplicador contra respingos de


produtos concentrados durante a preparação da calda ou
de eventuais vazamentos de equipamentos de aplicação
costal.
Capuz ou touca:
Uso de vestimentas e
equipamentos de
proteção pessoal. Capuz ou touca: peça integrante de jalecos ou
macacões, podendo ser tecido de algodão tratado para
tornar-se hidrorepelente ou em nãotecido. Substitui o
boné árabe na proteção do couro cabeludo e pescoço
Botas
Uso de vestimentas e
equipamentos de Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto
proteção pessoal.
e resistentes aos solventes orgânicos. Exemplo: PVC.
Ordem de vestir e retirar o EPI

Após a aplicação, normalmente a superfície externa dos


EPI está contaminada.

Uso de vestimentas e
equipamentos de Portanto, na retirada dos EPI, é importante evitar o
proteção pessoal. contato das áreas mais atingidas com o corpo do usuário.

Antes de começar a retirar os EPI, recomenda-se que o


aplicador lave as luvas vestidas.
Uso de vestimentas e 1. calça e jaleco: a calça e o jaleco devem ser vestidos
equipamentos de sobre a roupa comum, fato que permitirá a retirada da
proteção pessoal. vestimenta em locais abertos.

Os epi podem ser usados sobre uma bermuda e camiseta


de algodão, para aumentar o conforto.

O aplicador deve vestir primeiro a calça do epi, em seguida


o jaleco, certificando-se que este fique sobre a calça e
perfeitamente ajustado.
Uso de vestimentas e
O velcro deve ser fechado com os cordões para dentro da
equipamentos de
proteção pessoal. roupa.
Caso o jaleco de seu epi possua capuz, assegure-se que
este estará devidamente vestido pois, caso contrário,
facilitará o acúmulo e retenção de produto, servindo como
um compartimento. vale ressaltar que o epi deve ser
compatível com o tamanho do aplicador.
Uso de vestimentas e 2. Botas: Impermeáveis, devem ser calçadas sobre
equipamentos de meias de algodão de cano longo, para evitar atrito com os
proteção pessoal. pés, tornozelos e canelas.

As bocas da calça do EPI sempre devem estar fora do


cano das botas, a fim de impedir o escorrimento do
produto para o interior do calçado.
3. Avental impermeável: deve ser utilizado na parte da
Uso de vestimentas e
equipamentos de frente do jaleco durante o preparo da calda e pode ser
proteção pessoal.
usado na parte de trás do jaleco durante as aplicações
com equipamento costal.

Para aplicações com equipamento costal é fundamental


que o pulverizador esteja funcionando bem e não
apresente vazamentos.
4. Respirador: deve ser colocado de forma que os dois
Uso de vestimentas e
elásticos fiquem fixados corretamente e sem dobras, um
equipamentos de
fixado na parte inferior, na altura do pescoço, sem apertar
proteção pessoal.
as orelhas.

O respirador deve encaixar perfeitamente na face do


trabalhador, não permitindo que haja abertura para a
entrada de partículas, névoas ou vapores.

Para usar o respirador, o trabalhador deve estar sempre


bem barbeado.
Uso de vestimentas e
equipamentos de
5 Viseira facial: deve ser ajustado firmemente na testa,
proteção pessoal.
mas sem apertar a cabeça do trabalhador.

A viseira deve ficar um pouco afastada do rosto para não


embaçar.

6. Boné árabe: deve ser colocado na cabeça sobre a


viseira.
O velcro do boné árabe deve ser ajustado sobre a
viseira facial, assegurando que toda a face estará
protegida, assim como o pescoço e a cabeça
7. Luvas: último equipamento a ser vestido, devem ser
Uso de vestimentas e usadas de forma a evitar o contato do produto tóxico com
equipamentos de as mãos.
proteção pessoal.
As luvas devem ser colocadas normalmente para dentro
das mangas do jaleco, com exceção de quando o
trabalhador pulveriza dirigindo o jato para alvos que estão
acima da linha do seu ombro (para o alto).

Nesse caso, as luvas devem ser usadas para fora das


mangas do jaleco.

O objetivo é evitar que o produto aplicado escorra para


dentro das luvas e atinja as mãos.
Após a aplicação, normalmente a superfície externa dos
EPI está contaminada. Portanto, na retirada dos EPI, é
Como retirar os EPI
importante evitar o contato das áreas mais atingidas com
o corpo do usuário.

Antes de começar a retirar os EPI, recomenda-se que o


aplicador lave as luvas vestidas.

Isto ajudará a reduzir os riscos de exposição acidental.


1. Boné árabe: deve-se desprender o velcro e
retirá-lo com cuidado.

Uso de vestimentas e 2. Viseira facial: deve-se desprender o velcro


equipamentos de e colocála em um local de forma a evitar
proteção pessoal. arranhões.

3. Avental: deve ser retirado desatando-se o


laço e puxando-se o velcro em seguida.
4. Jaleco: deve-se desamarrar o cordão, em
seguida curvar o tronco para baixo e puxar a
parte superior (os ombros) simultaneamente, de
maneira que o jaleco não seja virado do avesso e
a parte contaminada atinja o rosto.
Uso de vestimentas e
equipamentos de
proteção pessoal. 5. Botas: durante a pulverização,
principalmente com equipamento costal, as
botas são as partes mais atingidas pela calda.
Devem ser retiradas em local limpo, onde o
aplicador não suje os pés.
6. Calça: deve-se desamarrar o cordão e
deslizar pelas pernas do aplicador sem serem
viradas do avesso.

Uso de vestimentas e
equipamentos de
proteção pessoal. 7. Luvas: deve-se puxar a ponta dos dedos das
duas luvas aos poucos, de forma que elas
possam ir se desprendendo simultaneamente.
Não devem ser viradas ao avesso, o que
dificultaria o próximo uso e contaminaria a
parte interna.
8. Respirador: deve ser o último EPI retirado,
sendo guardado separado dos demais
equipamentos para evitar contaminação das
partes internas e dos filtros.

Uso de vestimentas e
equipamentos de
proteção pessoal.

9. Importante: após a aplicação, o trabalhador


deve tomar banho com bastante água e
sabonete, vestindo roupas LIMPAS a seguir.
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Ordem de vestir e retirar os EPI’s
QUIZ
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Ordem de vestir e retirar o EPI

VESTIR RETIRAR

1- Calça 1- Boné árabe

2- Jaleco 2- Viseira facial

Uso de vestimentas e 3- Botas 3- Avental


equipamentos de 4- Avental 4- Jaleco
proteção pessoal.
5- Respirador 5- Botas

6- Viseira facial 6- Calça

7- Boné árabe 7- Luvas

8- Luvas 8- Respirador
Modulo VI
Limpeza e manutenção das roupas, vestimentas
e equipamentos de proteção pessoal
Lavagem e manutenção
Limpeza e manutenção
das roupas, vestimentas
e equipamentos de
Os EPI devem ser lavados e guardados corretamente,
proteção pessoal
para assegurar maior vida útil.

Os EPI devem ser mantidos separados das roupas da


família.
Lavagem:
Limpeza e manutenção • Os EPI devem ser lavados separadamente da roupa
das roupas, vestimentas comum;
e equipamentos de
proteção pessoal • As vestimentas de proteção devem ser enxaguadas com
bastante água corrente para diluir e remover os resíduos
da calda de pulverização;

• A pessoa, durante a lavagem das vestimentas, deve


utilizar luvas;

• A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com sabão


neutro. Em seguida, as peças devem ser bem enxaguadas
para remover todo sabão;
Lavagem:
Limpeza e manutenção
das roupas, vestimentas • As vestimentas não devem ficar de molho e nem serem
e equipamentos de esfregadas.
proteção pessoal
• Importante: nunca use alvejantes, pois poderá retirar a
hidro-repelência das vestimentas;

• As vestimentas devem ser secas à sombra.

• Atenção: somente use máquinas de lavar ou secar,


quando houver recomendações do fabricante.
Lavagem:
Limpeza e manutenção
das roupas, vestimentas
• As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas
e equipamentos de
com água abundante após cada uso.
proteção pessoal
• É importante que a VISEIRA NÃO SEJA ESFREGADA,
pois isto poderá arranha-la, diminuindo a transparência.

• Guarde os EPI separados da roupa comum para evitar


contaminação;
Limpeza e manutenção
das roupas, vestimentas Os respiradores devem ser mantidos conforme instruções
e equipamentos de específicas que acompanham cada modelo.
proteção pessoal
Respiradores com manutenção (com filtros especiais para
respiração) devem ser higienizados e armazenados em
local limpo.

Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma


embalagem em local limpo.

Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma


embalagem limpa para diminuir o contato com o ar.
Descarte
Limpeza e manutenção
das roupas, vestimentas Descarte: A durabilidade das vestimentas devem ser
e equipamentos de informadas pelos fabricantes e checada rotineiramente pelo
proteção pessoal usuário.

Os EPI devem ser descartados quando não oferecerem os


níveis de proteção exigidos.

Antes de ser descartadas, as vestimentas devem ser


lavadas para que os resíduos do produto fitossanitário
sejam removidos, permitindo-se o descarte comum.

Atenção: antes do descarte, as vestimentas de proteção


devem ser rasgadas para evitar a reutilização.
 MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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