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MÓDULO 1
Introdução à
origem dos
defensivos
agrícolas
1
Você toma os devidos cuidados com os defensivos
agrícolas? Procura se informar antes de manipular
esses produtos? Nesse curso serão abordadas as
maneiras mais adequadas e seguras de manipulação.
Você conhecerá a origem, os princípios legais de sua
utilização, as formas de exposição, as informações de
segurança contidas em rótulos e bulas, quais as medidas
higiênicas mais recomendadas e os procedimentos
práticos para aplicação de defensivos agrícolas.
Programa Gestão de Riscos em Saúde
e Segurança no Trabalho Rural
SENAR, 2021
Estrutura Organizacional
Presidente do Conselho Administrativo
José Mário Schreiner
Apresentação
5
Prevenção de Acidentes com Defensivos Agrícolas NR31.7
Mas, para evitar as intoxicações, é preciso antes conhecer o que é risco, se-
gurança, toxicidade e exposição.
6
Prevenção de Acidentes com Defensivos Agrícolas NR31.7
7
Prevenção de Acidentes com Agrotóxicos NR31.7
Módulo 1
Introdução à Origem dos Defensivos Agrícolas
Seja bem-vindo ao primeiro módulo do curso Prevenção de acidentes com defensivos agrícolas
NR.31.7. Nesta etapa de estudo, você conhecerá como e quando surgiram os agrotóxicos, além de
ter noções básicas da sua classificação. Ao final deste módulo, você estará apto a entender o surgi-
mento dos produtos fitossanitários e classificar os agrotóxicos quanto a sua utilização e toxicidade.
Fonte: Shutterstock
Antes de começar, é importante destacar que usaremos o termo “agrotóxicos” sempre que esti-
vermos citando uma lei ou parte dela. Nas demais situações, usaremos sinônimos, tais como de-
fensivos agrícolas, produtos fitossanitários, pesticidas e agroquímicos, sendo os dois primeiros
os termos mais atuais.
Aula 1
Século XX:
Ocorre um aumento na utilização desses produtos e
são desenvolvidos comercialmente produtos à base
de flúor, cádmio, chumbo, mercúrio, zinco e cobre.
Esses produtos constituíam a primeira geração dos
defensivos agrícolas, e possuíam em sua maioria
metais pesados. Hoje, eles não são mais utilizados
devido à comprovação de sua alta toxicidade para o
meio ambiente, animais e seres humanos.
Década de 1940:
Durante a segunda Guerra Mundial acontece a
grande disseminação dos produtos fitossanitá-
rios, com o desenvolvimento da indústria quími-
ca, que através de processos ou alterações de
matérias-primas, conseguia sintetizar vários
produtos em escala comercial. Nesse período,
ocorreu a descoberta do extraordinário poder
inseticida do organoclorado DDT (Dicloro Difenil
Tricloroetano) que foi um marco na tecnologia de produtos para o controle de insetos.
Esse produto foi muito utilizado no controle de vetores que causavam grandes proble-
mas de saúde pública. No mesmo período foi desenvolvido também o BHC (Hexacloro-
-ciclohexano) com propriedades inseticidas e o organofosforado SHARADAM, inicial-
mente utilizado como arma de guerra. Nesse período não haviam estudos sobre os
impactos para a saúde humana e ao meio ambiente. Esses estudos somente ocorreram
nas décadas seguintes e a partir de 1970 vários produtos sintéticos foram banidos ou
tiveram seu uso restringido.
Década de 1960:
Os produtos fitossanitários passam a ser ampla-
mente difundidos como parte fundamental da
agricultura moderna. No Brasil, a introdução dos
defensivos agrícolas foi acompanhada de pacotes
tecnológicos, que se baseavam em utilização de
sementes modificadas através do melhoramento
genético e também da mecanização, além da
utilização de insumos industriais como fertilizan-
tes e controle químicos. Neste período o foco estava no aumento da produtividade e
pouco se considerava os riscos à saúde ou ao meio ambiente. Os defensivos agrícolas
estavam entre os mais importantes fatores de risco para a saúde da população, particu-
larmente para a saúde dos trabalhadores expostos e para o meio ambiente.
Estudo de caso
É importante destacar que, durante todo esse tempo, ficou claro que os produtos fitos-
sanitários podem causar diversas doenças se não forem usados de maneira correta:
dermatoses, congestionamento das vias respiratórias, ardor na garganta e nos pulmões,
tosse, rouquidão, irritação da boca e da garganta, dor no peito, náuseas, diarreia, trans-
piração anormal, dores de cabeça, fraqueza, câimbra a até câncer e sequelas neurocom-
portamentais.
Reflexão
Intoxicações
Mesmo com o surgimento e o desenvolvimento de produtos de menor toxicidade, em 2005 a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), em conjunto com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), divulgou por meio de um comunicado uma estimativa de ocorrência de 7 milhões de ca-
sos de intoxicações agudas e de longo termo e 70 mil óbitos provocados por agrotóxicos anual-
mente no mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento.
Para conseguir realizar uma prevenção eficiente, o primeiro passo é conhecer os produtos fitos-
sanitários, as formas de utilizá-los e a sua toxicidade. Esse será o assunto da nossa próxima aula,
vamos lá?
Aula 2
Fonte: Shutterstock
Inseticidas
Fungicidas
Herbicidas
Combatem ervas daninhas. Grupo com maior crescimento quanto à utilização na agricultura.
Seus principais grupos químicos são as glicinas substituídas, os derivados de ácido
fenóxiacético, os dinitrofenóis e os pentaclorofenóis.
Os agrotóxicos podem ser classificados também quanto a sua toxicidade para o ser humano e a
sua periculosidade ambiental. A classificação de periculosidade pode variar da classe I à classe
IV. Para o meio ambiente, a classificação ocorre da seguinte forma:
• Classe I – Altamente perigoso ao meio ambiente;
• Classe II – Muito perigoso ao meio ambiente;
• Classe III – Perigoso ao meio ambiente;
• Classe VI – Pouco perigoso ao meio ambiente.
Já a classificação para o ser humano é baseada no DL50, que é a dosagem letal (DL) estabelecida
em metade da população testada em laboratórios. Por meio da Resolução da Diretoria Colegia-
da - RDC Nº 294, de 29 de julho de 2019, a ANVISA reclassificou as classes toxicológicas dos agro-
tóxicos para cinco categorias mais uma: “não classificado” (seis classes no total: 5 categorias +
“não classificado”). Veja quais são essas classes abaixo:
Classe de Perigo
Oral Fatal se ingerido Fatal se ingerido Tóxico se ingerido Nocivo se ingerido Pode ser perigoso -
se ingerido
Fatal em contato Fatal em contato Tóxico em contato Nocivo em contato Pode ser perigoso em
Dérmica com a pele com a pele com a pele com a pele contato com a pele
-
Recapitulando
Chegamos ao final deste primeiro módulo. Com o conteúdo apresentado até aqui, você teve a
oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a origem histórica dos produtos fitossanitários e
sua classificação. Essas informações serão essenciais para o entendimento dos módulos a seguir,
especialmente para a aula de rotulagem. No próximo módulo você terá importantes informações
sobre os princípios legais para a utilização de defensivos agrícolas no Brasil. Agora, é a hora de
exercitar seus conhecimentos nas atividades de aprendizagem.
A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste módulo.
Preparado? Leias as orientações e, em seguida, responda às questões.
1. Por que devemos nos preocupar com a prevenção de acidentes com defensivos agrícolas?
Considerando os conteúdos apresentados no módulo 1, assinale a alternativa que tem o moti-
vo mais adequado para a realização da prevenção de acidentes nas condições atuais do setor
agrícola brasileiro.
a) A OIT, em conjunto com a OMS, estima que ocorrerem 7 milhões de casos de intoxica-
ções agudas e de longo termo e 70 mil óbitos provocados por agrotóxicos anualmente
no mundo.
b) Nos últimos dez anos, o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93% e o mercado
brasileiro cresceu 190%.
c) No ano de 2008, o Brasil passou os Estados Unidos e assumiu o posto de maior merca-
do mundial de agrotóxicos.
d) Não classificado.
3. Vários estudos foram realizados na tentativa de identificar os principais fatores que influen-
ciam as intoxicações. De acordo com o conteúdo apresentado no módulo 1, assinale a al-
ternativa que melhor identifica quais os fatores relativos ao indivíduo exposto foram mais
percebidos nesses estudos.
a) Produtos extremamente tóxicos para o ser humano e para o meio ambiente.
MÓDULO 2
Princípios legais
para a utilização
de defensivos
agrícolas no
Brasil
1
Você toma os devidos cuidados com os defensivos
agrícolas? Procura se informar antes de manipular
esses produtos? Nesse curso serão abordadas as
maneiras mais adequadas e seguras de manipulação.
Você conhecerá a origem, os princípios legais de sua
utilização, as formas de exposição, as informações de
segurança contidas em rótulos e bulas, quais as medidas
higiênicas mais recomendadas e os procedimentos
práticos para aplicação de defensivos agrícolas.
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Módulo 2
Princípios Legais para a Utilização de Defensivos
Agrícolas no Brasil
Bem-vindo ao segundo módulo – Princípios legais para a utilização de defensivos agrícolas no
Brasil. Nesta etapa de estudos você conhecerá os princípios legais para a utilização dos defensi-
vos agrícolas, identificando a legislação vigente e analisando os itens da Norma Regulamenta-
dora. Os conteúdos estão divididos nas seguintes aulas:
Fique atento às informações disponibilizadas durantes as aulas deste módulo, pois elas serão
essenciais para a compreensão dos módulos a seguir. Siga em frente!
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Aula 1
Constituição da
República Federativa Iguala os direitos trabalhistas e rurais.
do Brasil de 1988
Consolidação das
Leis do Trabalho Regula as relações individuais e coletivas de trabalho.
(CLT)
Para atender ao artigo 13, foram instituídas cinco NRRs, Normas Regulamentadoras Rurais, que
você conheceu no curso I. A NRR 5 tratava da segurança com produtos químicos, mas posterior-
mente foi revogada e ampliada, dando lugar à NR-31- Norma Regulamentadora de Segurança e
Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura.
NRR 5: A regulamentação das normas aconteceu através da portaria 3.067 de 12 de abril de 1988 do
Ministério do trabalho e Emprego.
Revogada: As NRRs foram revogadas pela Portaria n.º 191, de 15 de abril de 2008.
Algumas definições e competências muito utilizadas sobre agrotóxicos podem ser encontradas
na Lei nº 7802, de 11/07/1989 e no decreto n° 4.074, de janeiro de 2002 que traz a seguinte a
descrição:
I Agrotóxicos e afins:
II Adjuvante - produto utilizado em mistura com produtos formulados para melhorar a sua
aplicação.
Aula 2
Fonte: Shutterstock
31.7.1 Para fins desta norma são conside- Dois exemplos de trabalhadores que es-
rados: tão em exposição direta são o preparador
de calda e o aplicador.
a) trabalhadores em exposição direta, os
que manipulam os agrotóxicos, adju-
vantes e produtos afins, em qualquer
uma das etapas de armazenamento,
transporte, preparo, aplicação, descar-
te e descontaminação de equipamen-
tos e vestimentas.
31.7.1.1 Para fins desta NR, o transporte Isso significa que quem trabalha com o
e o armazenamento de embalagens la- manuseio de embalagens lacradas não é
cradas e não violadas são considerados classificado como profissional com exposi-
como exposição indireta. ção direta porém, deve receber instruções
específicas, podendo ser por meio dos diá-
31.7.1.2 Devem ser fornecidas instruções logos periódicos de segurança (DDS – Diá-
para os trabalhadores que transportam e logo Diário de Segurança ou DSS – Diálogo
armazenam embalagens lacradas e não Semanal de Segurança), de documentos e
violadas. treinamentos específicos e também de sina-
lizações como placas ou panfletos escritos.
31.7.1.3 As instruções podem ser forneci-
das por meio de Diálogos Diários de Se- Em caso de embalagens violadas ou não la-
gurança - DDS, panfleto escrito e outras, cradas, a exposição passa a ser direta.
desde que documentadas pelo emprega-
dor.
31.7.2 O empregador rural ou equipara- Por poder ser interpretado como ato de
do afastará as mulheres gestantes e em discriminação, não é uma boa prática
período de lactação das atividades com questionar se a empregada está ou não
exposição direta ou indireta a agrotóxi- gestante. Cabe a ela informar essa con-
cos, aditivos, adjuvantes e produtos afins, dição, sendo imediatamente afastada da
incluindo os locais de armazenamento, atividade.
imediatamente após ser informado da
gestação.
g) o uso de roupas pessoais quando da As roupas utilizadas para tal fim deverão
aplicação de agrotóxicos. ser fornecidas pelo empregador e especí-
ficas para isso.
h) a reutilização, para qualquer fim, das Após o uso por completo do produto, a
embalagens vazias de agrotóxicos, embalagem deverá ser inutilizada e feita a
aditivos, adjuvantes e produtos afins, tríplice lavagem.
incluindo as respectivas tampas, cuja
destinação final deve atender à legis-
lação vigente.
Lei NR-31.7
31.7.5.1 A capacitação semipresencial ou presencial prevista nesta Norma deve ser pro-
porcionada aos trabalhadores em exposição direta mediante programa, com carga horária
mínima de 20 (vinte) horas, teórica e prática, com o seguinte conteúdo mínimo: conheci-
mento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos;
a) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos, aditivos, adju-
vantes e produtos afins;
31.7.5.2 A capacitação deve ser ministrada por órgãos e serviços oficiais de extensão rural,
instituições de ensino de níveis médio e superior em ciências agrárias, Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural - SENAR, SESTR do empregador rural ou equiparado, sindicatos,
associações de produtores rurais, associação de profissionais, cooperativas de produção
agropecuária ou florestal, fabricantes dos respectivos produtos ou profissionais qualifica-
dos para este fim, desde que realizada sob a responsabilidade técnica de profissional ha-
bilitado, que se responsabilizará pela adequação do conteúdo, forma, carga horária, quali-
ficação dos instrutores e avaliação dos discentes.
g) fornecer água, sabão e toalhas para hi- Em algumas situações o equipamento não
giene pessoal; apresenta sujeira e se tem uma percepção
que ele poderia ser reutilizado no dia se-
guinte. Acontece que ele está contamina-
do e não sujo, portanto deve ser desconta-
minado sempre que utilizado.
31.7.7 O empregador rural ou equiparado Esse item é importantíssimo e deve ser ob-
deve disponibilizar a todos os trabalhado- servado com bastante atenção, pois os itens
res informações sobre o uso de agrotóxi- listados abaixo serão utilizados na compo-
cos, aditivos, adjuvantes e produtos afins sição da ordem de serviço, documento es-
no estabelecimento, abordando os seguin- sencial para a segurança do trabalhador.
tes aspectos:
Pouco Improvável de
Não Classificado
Tóxico Causar Dano Agudo
a) as embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando-se contato com o piso, e
mantendo-se as pilhas estáveis e afastadas das paredes e do teto, ou nos armários de
que trata o subitem 31.7.16 desta Norma.
b) os produtos inflamáveis devem ser mantidos em local ventilado, protegido contra cen-
telhas e outras fontes de combustão.
Recapitulando
Chegamos ao final do módulo 2. Aqui você conheceu um pouco da legislação ligada aos
produtos fitossanitários e à segurança do trabalho com esses produtos. No próximo módu-
lo você receberá informações sobre as formas de exposição aos produtos fitossanitários,
aprenderá como identificar os sinais e sintomas de intoxicação e quais os procedimentos
realizar em caso de intoxicação. Agora é a hora de exercitar os conhecimentos na atividade
de aprendizagem.
Você acaba de finalizar o módulo e, agora, realizará algumas atividades relacionadas ao conteú-
do estudado. Vamos lá? Leias as orientações e, em seguida, responda às questões.
a) Receituário Agronômico.
b) Ficha de informação de segurança de produtos químicos – FISPQ.
c) Ordem de Serviço para trabalho com produtos fitossanitários.
d) Rótulos e bulas de produtos fitossanitários.
b) O empregador deve proporcionar uma palestra para a orientação dos trabalhadores e fazer
o registro de presença, além disso deve registrar o evento através de imagens.
MÓDULO 3
Conhecendo
as formas de
exposição direta
e indireta aos
defensivos
agrícolas
Você toma os devidos cuidados com os defensivos
agrícolas? Procura se informar antes de manipular
esses produtos? Nesse curso serão abordadas as
maneiras mais adequadas e seguras de manipulação.
Você conhecerá a origem, os princípios legais de sua
utilização, as formas de exposição, as informações de
segurança contidas em rótulos e bulas, quais as medidas
higiênicas mais recomendadas e os procedimentos
práticos para aplicação de defensivos agrícolas.
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Módulo 3
Conhecendo as Formas de Exposição Direta
e Indireta aos Defensivos Agrícolas
Neste módulo você conhecerá as formas
de exposição aos produtos fitossanitários
e verá como identificar os sinais e os sinto-
mas de intoxicação mais comuns. Conhece-
rá também os tipos de exposição e quais os
procedimentos mais indicados que devem
ser realizados em caso de intoxicações.
Aula 1
Exposição direta
Fonte: Shutterstock
Exposição indireta
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
A exposição mais comum entre os trabalhadores que lidam os produtos fitossanitários é a ex-
posição direta. Veja agora como o contato pode acontecer e o que fazer quando ocorrer uma
contaminação:
Exposição dérmica
Esse meio de exposição é o mais comum, pois a exposição acontece através da pele. Assim,
comparada com as outras vias, essa é a de maior área e, portanto, a mais atingida em caso
de exposição.
A recomendação, nesse caso, é que a exposição seja reduzida o mais rápido possível. Isso
pode ser feito retirando imediatamente as roupas contaminadas e removendo o produto
com jato de água corrente. Após esse procedimento inicial, é preciso verificar as recomen-
dações de primeiros socorros do produto e, se não houver contraindicação, lavar com água
e sabão a região exposta, sempre cuidando para não causar maiores irritações.
No caso de a contaminação atingir uma grande área do corpo, o mais indicado é tomar um ba-
nho, tendo cuidado especial na limpeza do couro cabeludo, atrás das orelhas, axilas, unhas e
região genital. Não é indicado adicionar antídoto ou agente neutralizador à água de lavagem.
Exposição respiratória
Esse tipo é o que tem maior potencial de intoxicação, pois o produto entra pelo sistema
respiratório e, ao atingir os pulmões, é lançado na corrente sanguínea através dos alvéolos
pulmonares.
Exposição ocular
Esse tipo de intoxicação também ocorre de maneira muito rápida, porém, a quantidade
absorvida é menor em comparação com produtos inalados. Quando um respingo de um
produto fitossanitário atinge os olhos, ele é imediatamente absorvido e logo causa uma
irritação que pode surgir devido às substâncias presentes na formulação do produto, como
os solventes ou o próprio ingrediente ativo, que por si só é irritante.
O procedimento nesses casos é a lavagem imediata dos olhos com água corrente e limpa,
que deve ser realizada de acordo com instruções da bula, normalmente, de quinze a vintes
minutos. A água poderá ser fria ou na temperatura ambiente, mas nunca quente ou con-
tendo substâncias neutralizantes ou antídotos. O jato de lavagem deve ser suave para não
aumentar a irritação. Caso não haja água corrente para o procedimento, o socorrista deve
ficar sentado com as pernas dobradas e a pessoa contaminada apoiando as costas nas
pernas do socorrista. O socorrista deve apoiar a cabeça da pessoa contaminada sobre suas
pernas, inclinado a cabeça dela para trás e mantendo as pálpebras abertas, derramando
água lentamente com auxílio de copo. Após qualquer dessas medidas, é necessário que a
pessoa contaminada procure imediatamente o médico ou o serviço de saúde levando a em-
balagem, rótulo, bula ou receituário agronômico do produto.
Esse tipo de intoxicação em sua maioria ocorre por ingestão voluntária, sendo, então, muito
importante destacar que os produtos fitossanitários devem ficar em local restrito.
O atendimento nesses casos deve seguir as recomendações dos rótulos ou das bulas dos
produtos, principalmente quanto a necessidade ou não de provocar vômito na pessoa into-
xicada. Se a substância ingerida for cáustica ou corrosiva, poderá provocar novas queimadu-
ras ao ser regurgitada. Vários produtos fitossanitários com formulações que utilizam como
veículo solventes derivados do petróleo, têm indicações de restrição ao vômito. A aspiração
pulmonar do conteúdo gástrico pode provocar pneumonite química. Nunca provoque vô-
mito se a vítima estiver inconsciente ou em convulsão, pois poderá sufocá-la, mesmo se a
indicação for a de regurgitar a substância tóxica imediatamente.
Estudo de caso
Você sabe como agir em caso de intoxicação? Essa é uma situação muito delicada, pois
envolve a vida de outra pessoa, não é mesmo? Mas saiba que mesmo não sendo espe-
cialista da área, com o treinamento adequado e
as medidas corretas você pode fazer os primei-
ros socorros.
Reflexão
Aula 2
• Por ingestão (via oral): irritação da boca e garganta, dor no peito, náuseas, diarreia, trans-
piração anormal, dor de cabeça, fraqueza e câimbra.
Veja, no quadro a seguir, as principais ações e lesões e quais são os produtos causadores de cada
uma delas:
Inseticidas organoclorados
Lesões renais Fungicidas fenil-mercúricos
Fungicidas metoxil-etil-mercúricos
Inseticidas organofosforados
Neurite periférica
Herbicidas clorofenóxis (2,4-D e 2,4,5-T)
Inseticidas organofosforados
Ação neurotóxica retardada
Desfolhantes (DEF e merfós ou Folex)
Fungicidas mercuriais
Teratogênese
Dioxina presente no herbicida 2,4,5-T
Herbicida dinitro-orto-cresol
Herbicida trifluralina
Mutagênese
Inseticida organoclorado
Inseticida organofosforado
Tipos de intoxicações
É importante considerar que vários fatores participam da determinação desse tipo de intoxicação,
dentre eles os relativos às características químicas e toxicológicas do produto fitossanitário, os
relativos ao indivíduo exposto, às condições de exposição ou às condições gerais do trabalho.
Como a pessoa que irá manipular o produto fitossanitário não consegue alterar a toxicidade do
produto, a única maneira real de reduzir o risco é através da diminuição de sua exposição.
Na atual legislação é obrigatório que os produtos fitossanitários tenham informações sobre primei-
ros socorros em seus rótulos e bulas. Além disso, os fabricantes devem possuir telefones de emer-
gência 24 horas para orientar os usuários. Em Goiás pode ser usado o telefone 0800 646-4350
(regional de Goiás) ou 0800 722-6001 (Nacional) do CIT - Centro de Informações Toxicológicas.
• só provocar vômito se tal procedimento for indicado no rótulo. Alguns produtos podem
provocar queimaduras ao serem regurgitados;
• em caso de contato com a pele, remova roupas e sapatos contaminados e lave imediata-
mente o local com água e sabão em abundância, vestindo a pessoa exposta com roupas
limpas em seguida;
• ligar para o telefone de emergência para obter mais informações sobre a toxicidade do
produto causador da intoxicação.
Recapitulando
Chegamos ao final do terceiro módulo. Aqui você conheceu as formas de exposição aos produtos
fitossanitários, aprendeu como identificar os sinais e os sintomas de intoxicação mais comuns e
também viu os tipos de exposição e quais os procedimentos mais indicados que devem
ser realizados em caso de intoxicações. No próximo módulo você irá estudar sobre os rótulos
dos produtos e a sinalização de segurança, mas antes disso, precisa fazer as atividades de apren-
dizagem, vamos lá?
a) Intoxicação subaguda.
b) Intoxicação aguda.
c) Intoxicação crônica.
d) Intoxicação direta.
2. As atividades com defensivos agrícolas são tidas como de risco, pois há exposição direta com os
agentes químicos contidos nos defensivos agrícolas, portanto saber como proceder em casos
de emergência pode ser fundamental para se extinguir ou minimizar os efeitos de uma intoxi-
cação acidental. Qual seria o melhor procedimento para ser feito em um colega que tenha tido
uma intoxicação via oral?
a) O atendimento nesses casos deve seguir as recomendações dos rótulos ou das bulas dos pro-
dutos, principalmente quanto à necessidade ou não de provocar vomito na pessoa intoxicada.
MÓDULO 4
Estudo da
rotulagem e da
sinalização de
segurança
Você toma os devidos cuidados com os defensivos
agrícolas? Procura se informar antes de manipular
esses produtos? Nesse curso serão abordadas as
maneiras mais adequadas e seguras de manipulação.
Você conhecerá a origem, os princípios legais de sua
utilização, as formas de exposição, as informações de
segurança contidas em rótulos e bulas, quais as medidas
higiênicas mais recomendadas e os procedimentos
práticos para aplicação de defensivos agrícolas.
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Módulo 4
Estudo da rotulagem e da sinalização de segurança
Neste módulo iremos conhecer os pictogramas e as informações de segurança contidas nos ró-
tulos e nas bulas dos produtos. Vamos demonstrar onde estão localizadas essas informações e
como buscá-las rapidamente em caso de acidentes com produtos fitossanitários. Neste módulo
estudaremos as aulas a seguir:
• Aula 1: Conhecendo os pictogramas.
• Aula 2: Informações de segurança contidas em rótulos e bulas.
Fonte: Shutterstock
Aula 1
Conhecendo os pictogramas
O primeiro passo para identificar a toxicidade de um produto é observar as informações contidas
no rótulo. Sabendo identificar o posicionamento padrão dos itens no rótulo, é possível obter as
informações necessárias antes de manuseá-lo.
Para facilitar essa identificação, todos os itens de segurança possuem local e tamanho deter-
minados. O rótulo a seguir foi adaptado para que você possa entender isso melhor. Lembre-se
de que a intenção não é ler o que está escrito, mas entender a posição e a importância das
informações.
Que cor podemos perceber neste rótulo? A cor amarela, não é mesmo? E se esse rótulo possui a
cor amarela no local da faixa de classificação toxicológica, trata-se de um rótulo de um produto
MODERADAMENTE TÓXICO, conforme você já viu no módulo 1. Falando sobre classificação to-
xicológica, veja abaixo exemplos de faixas de cada uma das cores presentes nas classificações
vistas no módulo 1.
Outra informação que precisa ser identificada é a presença dos pictogramas. Eles podem ser
divididos em quatro categorias. Pictogramas de armazenagem, de informação, de atividade e de
advertência. Confira a seguir os mais utilizados nos rótulos e nas bulas encontrados no mercado:
Pictogramas de armazenagem
Pictogramas de informação
Pictogramas de atividade
Pictogramas de advertência
Aula 2
Estes pictogramas indicam que para fazer a atividade de preparo ou manuseio de formulações
líquidas a pessoa deve utilizar macacão, avental (nesse caso os dois pictogramas estão juntos),
botas, máscara com filtro, óculos, touca árabe e luvas.
Temos aqui os pictrogramas que indicam uso de macacão e de avental, botas, óculos, máscara
com filtro, touca arabe, luvas e lave as mãos. Mesmo ficando fora do retângulo, o pictograma
lave as mãos é considerado de informação.
Ainda utilizando o rótulo como referência, você poderá observar que, do lado direito, temos as
precauções de uso, tratamento e primeiros socorros. Já no centro, os dados do fabricante, nome
comercial e classe do produto (inseticida, herbicida, fungicida, etc.), grupo químico, princípio
ativo e a classificação toxicológica do produto. Por fim, no lado esquerdo, encontramos as infor-
mações dos cuidados com o meio ambiente, armazenamento e transporte.
Recapitulando
Chegamos ao final deste módulo. Nesta etapa do curso você conheceu o que são pictogramas
e onde são localizadas as informações de segurança em rótulos e bulas dos produtos. Esse co-
nhecimento será fundamental não só para a conclusão deste curso, mas também para garantir
segurança em seu dia a dia no campo. Agora é hora de testar seus conhecimentos nas atividades
de aprendizagem. Até o próximo módulo!
c) Tóxico à fauna pode causar efeitos adversos por longo período ao meio ambiente aquá-
tico e mantenha trancado e fora do alcance de crianças.
a) Tóxico à fauna, pode causar efeitos adversos por longo período ao meio ambiente
aquático e cuidado veneno.
b) Tóxico à fauna e pode causar efeitos adversos por longo período ao meio ambiente
aquático.
d) Tóxico à fauna, pode causar efeitos adversos por longo período ao meio ambiente
aquático e lave as mãos.
a) Aplicação de formulações liquidas, macacão, botas, máscara com filtro, óculos, touca
árabe, luvas e lave as mãos.
b) Aplicação mecanizada, macacão, botas, máscara com filtro, óculos, touca árabe e luvas.
c) Aplicação mecanizada, macacão, botas, máscara com filtro, óculos, touca árabe, luvas e
lave as mãos.
d) Preparo de formulações líquidas, luvas, touca árabe, óculos, máscara com filtro, botas,
macacão e avental.
MÓDULO 5
Medidas
higiênicas no
trabalho com
defensivos
agrícolas
Você toma os devidos cuidados com os defensivos
agrícolas? Procura se informar antes de manipular
esses produtos? Nesse curso serão abordadas as
maneiras mais adequadas e seguras de manipulação.
Você conhecerá a origem, os princípios legais de sua
utilização, as formas de exposição, as informações de
segurança contidas em rótulos e bulas, quais as medidas
higiênicas mais recomendadas e os procedimentos
práticos para aplicação de defensivos agrícolas.
Programa Gestão de Riscos em Saúde
e Segurança no Trabalho Rural
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Módulo 5
Medidas Higiênicas no Trabalho
com Defensivos Agrícolas
Neste módulo iremos conhecer sobre as medidas higiênicas durante e após o trabalho com pro-
dutos fitossanitários ou defensivos agrícolas. Vamos indicar boas práticas que devem ser segui-
das e também demonstrar o que a legislação exige em termos de medidas higiênicas obrigató-
rias. Além disso iremos apresentar os EPIs e o modo correto de fazer a sua higienização. Nesse
módulo estudaremos as aulas a seguir:
• Aula 1: Medidas higiênicas durante e após o trabalho.
• Aula 2: Vestimentas e equipamentos de proteção individual.
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Aula 1
A adoção de sabão em pedra não é uma regra, mas sim uma recomendação, pois testes de-
monstraram que o trabalhador se higieniza melhor com esse tipo de sabão em relação ao sabão
líquido. A diminuição da absorção de resíduos de produtos que eventualmente atingiram a pele
do aplicador de produtos fitossanitários pode ser alcançada pela lavagem imediata. Uma outra
medida preventiva para os trabalhadores que aplicam produtos com pulverizador costal é a lava-
gem das mãos e dos braços cada vez que o pulverizador costal for reabastecido.
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tários após o trabalho, tomar banho com bas-
tante água e sabonete, lavando bem o couro
cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais, usar sempre vestimentas e equipamentos desconta-
minados, manter sempre a barba bem feita, unhas e cabelos bem cortados.
Para evitar intoxicações o empregador deve disponibilizar um local adequado para a guarda
da roupa de uso pessoal, fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal, garantir que ne-
nhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente de
trabalho e que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da devida
descontaminação e proibir o uso de roupas pessoais na aplicação de produtos fitossanitários.
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Quando as vestimentas estiverem sendo limpas, a pessoa deve estar protegida, utilizando pelo
menos luvas e avental impermeável. A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com sabão
neutro e em seguida, devem ser bem enxaguadas para remover todo resíduo de sabão. As ves-
timentas não devem ser esfregadas e nem ficar de molho. Também não devem ser utilizados
alvejantes, pois podem retirar a camada hidro-repelente das vestimentas e devem ser secas à
sombra para aumentar a durabilidade.
Só devem ser utilizadas máquinas de lavar ou secar, quando houver recomendações do fabri-
cante.
Os procedimentos para limpeza protetores faciais (viseira ou óculos de ampla visão) são bem
simples. Após a utilização devem ser limpos com uma mistura de água morna (43°C) e sabão
para remover as marcas de respingos.
Para a limpeza e higienização dos respiradores, a primeira coisa antes de limpar, é remover filtros
mecânicos, filtros químicos e membranas das válvulas. Após a retirada dos filtros e membranas
deve lavar o corpo do respirador com sabão ou detergente comum, ou algum produto indicado
pelo fabricante, nesse caso a água deve estar morna (no máximo a 43º C). Pode ser utilizada uma
escova sem fios metálicos para remover a sujeira. Após a limpeza inicial o respirador deve ser dei-
xado de molho, totalmente imerso, durante 2 minutos em solução de hipoclorito. Uma tampinha
de agua sanitária para um litro de agua (50 ppm de cloro). Após os dois minutos os respiradores
devem ser retirados dessa solução e enxaguados com agua morna para a retirada da solução de
imersão. Escoar a água e secar. Limpar e higienizar todas as partes retiradas do respirador, con-
forme indicação do fabricante, inspecionar as peças e substituir aquelas com defeito. Montar as
partes do respirador e recolocar os filtros e depois guardar em embalagem apropriada.
Aula 2
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O EPI é o principal aliado do trabalhador rural na segurança do trabalho, pois minimiza ou extin-
gue os riscos existentes. De acordo com a NR31, o empregador tem a obrigação de fornecer o EPI
ao funcionário, assim como deve exigir que os trabalhadores utilizem os EPIs e os dispositivos
de proteção pessoal. Cabe também ao empregador orientar o empregado sobre o uso dos EPIs
e dos dispositivos de proteção pessoal. Já o funcionário tem a responsabilidade de utilizá-los
apenas para a finalidade a que se destinam e pela sua guarda e conservação.
O equipamento de proteção individual, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação
do Certificado de Aprovação - CA, que é um número impresso no equipamento ou em sua emba-
lagem. Esse certificado tem período de validade e é expedido pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Veja na imagem abaixo todos os itens que podem ser utilizados como EPI:
Touca Árabe
Viseira Facial
Respirador
Jaleco
Avental
Luva
Calça
Bota
Luvas
As luvas são utilizadas para proteger as mãos, que é a parte do corpo que mais risco de con-
tato com os produtos fitossanitários. Elas devem ser impermeáveis e podem ser de diversos
materiais. Podem ser de borracha nitrílica, neoprene, látex ou PVC. As de látex ou PVC podem
ser usadas para produtos sólidos ou formulações livres de solventes orgânicos. Para as formula-
ções que contenham solventes orgânicos, a indicação é que as luvas sejam de borracha nitrílica
(neoprene), pois estes materiais não reagem quimicamente com os produtos. A reação química
que ocorre é semelhante à que ocorre entre o isopor e a gasolina, quando entram em contato
reagem e o isopor derrete.
Respiradores
Para a o trabalho com produtos fitossanitários existem basicamente dois tipos de respiradores.
Os respiradores sem manutenção (chamados de descartáveis): possuem uma vida útil relativa-
mente curta e recebem a sigla PFF (Peça Facial Filtrante). Esses respiradores não são recomen-
dados para trabalhos com exposição prolongada. O outro tipo de respirador é o de baixa ma-
nutenção. Esses possuem filtros apropriados e podem ser substituídos e são normalmente mais
duráveis. Os respiradores mais utilizados nos trabalhos com produtos fitossanitários são os que
possuem filtros P2 ou P3.
Tanto os óculos quanto a viseira devem ter algumas características, tais como maior transparên-
cia possível e não distorcer as imagens, ser de boa qualidade e ter bom acabamento para evitar
cortes, ter uma esponja que atua como suporte na testa para impedir o contato com o rosto do
Esse equipamento não é fabricado para conter exposições extremamente acentuadas ou jatos
dirigidos.
Avental
Os aventais devem ser produzidos com materiais resistentes a solventes orgânicos. A função é
a de aumentar a proteção do aplicador contra respingos de produtos concentrados durante a
preparação da calda ou de eventuais vazamentos de equipamentos de aplicação costal.
Boné árabe
Tem a função de protege a cabeça e o pescoço de respingos da pulverização e também do sol. É
confeccionado em tecido de algodão tratado para tornar-se hidro-repelente.
Botas
Devem ser impermeáveis e de cor clara preferencialmente, para melhorar o conforto térmico do
trabalhador. Botinas de couro não são recomendadas, pois não são impermeáveis e encharcam
facilmente. As botas devem ser usadas com meias de algodão de cano longo e as barras da
calça devem ficar para fora dos canos das botas, para que o produto não escorra para dentro e
atinja os pés.
Os EPIs para aplicação de defensivos devem seguir a seguinte ordem de colocação e retirada:
Vestir Retirar
3 – CALÇAR AS BOTAS
3 – RETIRAR O AVENTAL
Com meias de algodão.
5 – COLOCAR O RESPIRADOR
Deve ser adequado ao produto a ser aplica- 5 – RETIRAR AS BOTAS
do. Testar sua vedação. Não há vedação se Colocar em local limpo.
o aplicador estiver com barba.
7 – RETIRAR AS LUVAS
7 – COLOCAR O BONÉ ÁRABE Puxando dedo por dedo e de maneira a não
encostar na parte contaminada.
Recapitulando
Neste módulo você teve a oportunidade de acompanhar as discussões sobre prevenção de aci-
dentes com agrotóxicos e quais as maneiras mais adequadas e seguras de manipulação desses
produtos. Conhecemos a origem dos agrotóxicos, os princípios legais de sua utilização, as for-
mas de exposição, as informações de segurança contidas em rótulos e bulas e quais as medidas
higiênicas mais recomendadas. Esperamos que os conteúdos apresentados neste módulo aju-
dem a evitar as intoxicações e suas consequências.
1. Neste módulo você obteve importantes informações sobre medidas higiênicas durante e
após o trabalho. Considerando o que você estudou, de quanto em quanto tempo devem ser
lavadas as vestimentas de proteção e em que local?
a) Os equipamentos devem ser lavados quando estiverem sujos, pois se lavados diaria-
mente retiram a camada de hidro-repelência e devem ser lavados em locais apropriados.
b) Devem ser lavadas diariamente. A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com sa-
bão neutro, as vestimentas devem ser esfregadas e ficar de molho com alvejante para
a descontaminação.
d) Devem ser lavadas de dois em dois dias para aumentar a vida útil do equipamento e
devem ser lavadas fora do ambiente de trabalho.
d) Após o trabalho, tomar banho com bastante água e sabonete, lavando bem o couro
cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais, usar sempre vestimentas e equipamentos
descontaminados, manter sempre a barba bem feita, unhas e cabelos bem cortados.
b) Luvas, óculos de segurança ou viseira facial, macacão, avental, boné árabe e botas.
MÓDULO 6
Conhecendo os
procedimentos
práticos
Você toma os devidos cuidados com os defensivos
agrícolas? Procura se informar antes de manipular
esses produtos? Nesse curso serão abordadas as
maneiras mais adequadas e seguras de manipulação.
Você conhecerá a origem, os princípios legais de sua
utilização, as formas de exposição, as informações de
segurança contidas em rótulos e bulas, quais as medidas
higiênicas mais recomendadas e os procedimentos
práticos para aplicação de defensivos agrícolas.
Programa Gestão de Riscos em Saúde
e Segurança no Trabalho Rural
SENAR, 2021
Estrutura Organizacional
Presidente do Conselho Administrativo
José Mário Schreiner
Módulo 6
Conhecendo os procedimentos práticos
Seja bem-vindo ao sexto módulo! Nesta etapa você irá conferir como se executa trabalhos com
aplicação de defensivos agrícolas na prática, desde a origem da demanda do serviço até a lava-
gem e armazenamento do Equipamento de Proteção Individual - EPI.
Aula 1
Nesta aula veremos como proceder, de maneira correta, a aplicação de defensivos agrícolas.
Iremos iniciar com as aplicações manuais que na maioria das vezes acontecem com a tradicional
bomba costal, o pulverizador, com capacidade para 20 litros. Porém, o conteúdo apresentado
poderá ser realizado em qualquer tipo de aplicação manual. Vamos começar?
capacitados, como os engenheiros agrônomos, que irão gerar uma receita agronômica contendo
a indicação do produto que será utilizado e outras informações complementares: horário propício,
cuidados a serem tomados e o método de aplicação.
Você que irá trabalhar na aplicação de defensivos agrícolas vai precisar entender um pouco
sobre o procedimento de receituário agronômico para seguirmos adiante. Vamos conhecer esse
processo? Veja no quadro abaixo quais são os passos que desencadeiam na aplicação de um
defensivo agrícola:
Bula: a bula normalmente fica junto ao rótulo do produto, colado na parte externa do recipiente.
Dica do Especialista
A armazenagem deve seguir alguns critérios, principalmente referente às edificações para tal
fim. Conforme vimos no módulo 2 deste curso, a NR31, em seu item NR31.7.3-i, traz a seguinte
informação:
No módulo 2 vimos quais são as exigências sobre as edificações para armazenamento do pro-
duto, caso necessário, volte e confira o conteúdo.
Para cada aplicação de defensivo químico sugerimos que seja feito uma OS – Ordem de Servi-
ço, também chamada de permissão de trabalho. Vamos ver o que diz a NR31 sobre a OS:
Como pudemos ver, a OS é um documento interno que deve ser emitido pelo empregador ou
equiparado e entregue ao funcionário que executará o serviço.
Dica do Especialista
Agora, vamos verificar quais são os próximos passos para a aplicação do produto.
No módulo 4, vimos quais são os pictogramas que podem conter em uma bula e no módulo 5,
vimos quais são todos os componentes de EPI que podem ser solicitados na hora da aplicação
do defensivo agrícola. Se achar necessário, volte e reveja esses conteúdos!
Preparo da calda
Nesta etapa, o aplicador irá fazer a diluição do produto químico em um recipiente com água,
que posteriormente será diluído novamente na bomba de aplicação ou então, em caso de apli-
cação com pulverizadores costais, a calda pode ser preparada dentro do próprio pulverizador,
com o auxílio de um dosador.
sagem indicada poderá ser consultada na OS, na receita agronômica ou na bula do produto,
este também é o momento onde serão adicionados os produtos adjuvantes.
Alguns produtos já vêm com ele na formulação e por isso não precisam ser adicionados na
hora da aplicação.
Adjuvantes: os adjuvantes possuem funções específicas e os mais comuns são: espalhantes adesivos,
supressores de espuma, reguladores de pH, solubilizantes, penetrantes, entre outros.
Por se tratar de doses específicas, nesta etapa o aplicador necessitará de um recipiente dosador
ou então recipiente com a medida conhecida.
Vamos ver abaixo o passo a passo de preparo de calda no próprio pulverizador costal:
Passo 2 Passo 3
Coloque água no recipiente do
Vista o EPI.
pulverizador até a metade do
Vestido, coloque
total que será preparado. Faça a
o pulverizador
Passo 1 dosagem de acordo com a
costal em cima
recomendação e, com o auxílio
de uma bancada,
Separe o produto, os de um copo graduado ou similar,
em um ambiente
equipamentos e as despeje a dosagem também na
aberto e com
ferramentas necessárias bomba. Complete a outra
disponibilidade
para o preparo da calda. metade do volume de água,
de água.
mexa com uma haste de madeira
e tampe o pulverizador costal.
Aplicação do produto
Chegou o momento da aplicação. Após o preparo da calda e o produto colocado na bomba, é
hora de realizar o serviço na área de tratamento.
Ainda com relação ao horário recomendado para aplicação dos produtos, quando ele não for
descrito na OS, receituário ou bula, pode-se prezar pela boa prática de aplicar em um horário
no qual o impacto sobre insetos benéficos seja menor.
Insetos que não são considerados pragas podem proporcionar um equilíbrio natural. Alguns
deles são até mesmo benéficos para a produção e podem agir como predadores de pragas na
cadeia alimentar.
Após o término da aplicação do produto, a área deverá ser identificada e sinalizada. A sinali-
zação serve para informar os demais trabalhadores ou terceiros sobre a aplicação do produto,
nesta identificação duas informações são primordiais: período de carência e intervalo de reen-
trada. Veja no quadro abaixo o que é cada um deles:
Tanto o período de carência quanto o intervalo de reentrada podem ser encontrados na OS, na
receita agronômica ou na bula do produto.
Estudo de caso
No 11º dia após aplicação, Augusto, outro funcionário da fazenda, mas que não trabalha
com exposição direta a defensivos agrícolas, precisou entrar na área tratada pois estava
procurando uma ferramenta que havia perdido e suspeitava ter deixado no local antes
do tratamento feito por Renato. Então, por conta própria, para não incomodar ninguém,
colocou parte dos EPIs que estavam guardados no vestiário da fazenda, faltando a más-
cara facial. Augusto entrou no local e conseguiu encontrar a ferramenta que estava pro-
curando. Tudo isso foi muito rápido, levando menos de 15 minutos até voltar para sua
atividade.
Reflexão
Aula 2
Destinação das sobras e água Após a aplicação, as possíveis sobras e a água re-
residuária do enxágue da siduária do enxágue da bomba devem ser desti-
bomba nadas à bordadura da área da tratada.
Bordadura: toda área de plantio tem uma extremidade do talhão que é considerada como bordadura.
Pode ser apenas a área mais externa do talhão, um carreador, uma área de preservação permanente,
uma rodovia ou mesmo um perímetro pertencente a um vizinho.
Assim que todas essas etapas forem realizadas, o serviço estará encerrado de forma segura e regular.
Saiba mais
Para saber mais sobre devolução de embalagens, assista a essa reportagem do jornalismo
da Band: https://www.youtube.com/watch?v=MH6GaW_6MSc
Agora vamos ver como realizar a aplicação de defensivos agrícolas de forma mecânica.
É importante ressaltar que, para aplicações mecanizadas, o trabalhador também deverá estar
capacitado para o desempenho de trabalho com máquinas e implementos agrícolas.
Momentos antes da aplicação, o trabalhador também poderá fazer um check-up rápido na má-
quina e verificar se tudo está funcionando perfeitamente.
Agora, vamos conferir o passo a passo para que esse procedimento seja realizado.
Etapas iniciais
Em caso da aplicação mecanizada, as etapas iniciais se assemelham com a aplicação manual
as etapas: 1.1 Origem da demanda do serviço,
receituário agronômico; 1.2 Armazenamento e
transporte do produto e 1.3 Procedimento in-
terno, OS – Ordem de Serviço, são as mesmas.
Em casos de tratores não cabinados ou com cabines não vedadas, o EPI se torna necessário.
Preparo da calda
O preparo da calda na aplicação mecanizada também deve ser efetuado com cautela e com o EPI
exigido corretamente vestido. A diferença é que, após o preparo da calda, ela não será colocada
em uma bomba manual, mas sim no recipiente do implemento para aplicação.
Etapas posteriores
As etapas posteriores à aplicação mecanizada como descarte das embalagens, rearmazenamen-
to do produto, retirada e limpeza do EPI (quando utilizado) também seguem os mesmos precei-
tos que vimos na aplicação manual.
Estudo de caso
Marcos trabalha com aplicação de defensivos agrícolas no sítio Rio Bonito e recebeu
uma OS para fazer uma aplicação motorizada na lavoura. Como o trator do sítio tem
cabine vedada, que atua como EPC – Equipamento de Proteção Coletiva, Marcos colo-
cou o EPI apenas para o preparo da calda. Após pre-
parar a mistura, ele retirou o EPI e deixou-o no local
onde preparou a calda para lavar e guardar após o
término do serviço. Durante a aplicação na área tra-
tada, Marcos, que é um condutor experiente de tra-
tor, percebeu um ruído que possivelmente seria um
parafuso solto. Então, sem desligar o trator, desceu
e fez o aperto do parafuso rapidamente, voltando
assim a fazer a aplicação com sucesso. A prática
realizada por Marcos está correta?
Reflexão
Recapitulando
Chegamos ao final do módulo e também do nosso curso, parabéns! Aqui você conheceu como
proceder com a correta aplicação de defensivos agrícolas na prática cotidiana de um trabalhador
do setor.
Acompanhamos toda sistemática que envolve a aplicação de defensivos agrícolas, desde a gera-
ção da demanda, o receituário agronômico, a geração da ordem de serviço, o armazenamento, a
aplicação e, por fim, as medidas de higiene ao término da aplicação.
Vimos a importância da identificação da área tratada após cada aplicação e também boas prá-
ticas na hora da aplicação, visando minimizar os riscos de acidentes e também os impactos no
meio ambiente.
Constatamos que a aplicação mecanizada segue os mesmos passos iniciais da aplicação ma-
nual, diferenciando-se no momento da aplicação.
Por fim, sabemos que seguindo as recomendações e efetuando a aplicação de forma eficiente, os
riscos de acidentes com defensivos agrícolas são extintos ou minimizados. Por isso, essas etapas
merecem toda atenção que proporcionamos neste módulo.
Esperamos que todo conteúdo que vimos aqui seja útil na sua lida diária.
1. Nos trabalhos com uso de defensivos agrícolas há um procedimento que é realizado nas
primeiras etapas. Trata-se do processo de receituário agronômico. No surgimento da ne-
cessidade de controle de uma praga, o aplicador não deve realizar nenhum serviço sem
orientação adequada, seguir dicas de vizinhos ou recomendações feitas no passado para
controles semelhantes. Afinal, quem é o responsável por fazer esse processo de receituário
agronômico?
a) Um responsável técnico com formação em ciências agrárias, como um engenheiro
agrônomo.
d) O trabalhador que fará a aplicação do produto, visto que ele poderá escolher aquele
com uma melhor forma de aplicação.
2. Durante a lida cotidiana, certo funcionário de uma propriedade rural, com capacitação para
trabalhos com exposição direta a defensivos agrícolas, percebeu que a lavoura de milho es-
tava precisando de reaplicação de inseticida para controle de uma praga que causa sérios
danos econômicos. Então lembrou que, por mais que ele já havia feito outra aplicação há al-
guns dias, deveria buscar uma nova Ordem de Serviço antes de começar o planejamento para
a nova aplicação. Com quem ele deverá se comunicar para fazer a emissão desta OS e poder
realizar com segurança o serviço?
a) O engenheiro agrônomo.
d) Intervalo entre a compra do produto químico e a reentrada da nota fiscal para controle
sanitário.
Finalizando o Curso
No decorrer deste curso, você estudou os riscos existentes na manipulação de produtos tóxicos,
como é possível evitar acidentes dessa espécie e os procedimentos práticos para aplicação. Com
base na NR31.7, descobriu os princípios legais de utilização e quais são as medidas mais seguras
de manipulação.
Aproveite todo conhecimento adquirido para atuar de forma adequada durante o exercício diário
da sua função. Fique sempre atento também às informações presentes nas bulas e rótulos. Com
todo esse conhecimento, certamente, você estará pronto para exercer sua função com segurança.
Fonte: Shutterstock
27
Prevenção de Acidentes com Defensivos Agrícolas NR31.7
Bibliografia
ASSOCIAÇÃO Nacional de Defesa Vegetal. Manual de Segurança e Saúde/ANDEF. Campinas,
São Paulo: Linea Creativa, 2006.
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GARCIA, Eduardo. ALVES FILHO, José Prado. Aspectos de prevenção e controle de acidentes no
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IWAMI, Alcino. Et al. Manual de uso correto e seguro de produtos fitossanitários - agrotóxicos.
São Paulo: Linea Creativa, 2010.
YAMASHITA, Maria Gabriela Nunes. Análise de rótulos e bulas de agrotóxicos segundo dados
exigidos pela legislação federal de agrotóxicos e afins e de acordo com parâmetros de legibili-
dade tipográfica. Bauru: UNESP/FAAC, 2008.
28
Prevenção de Acidentes com Defensivos Agrícolas NR31.7
Módulo 1
1) A
2) B
3) B
Módulo 2
1) C
2) D
3) A
Módulo 3
1) B
2) A
Módulo 4
1) D
2) A
3) C
Módulo 5
1) C
2) D
3) C
Módulo 6
1) A
2) D
3) C
29
Prevenção de Acidentes com Defensivos Agrícolas NR31.7
Se você respondeu que a mudança teve influência direta na diminuição do impacto ambiental e
para o ser humano, você está certo. A combinação de doses menores e menos toxicidade tem in-
fluência direta na segurança dos trabalhadores e também na preservação da natureza.
Se você respondeu que a primeira medida seria afastar a pessoa da fonte de contaminação e ob-
servar a presença de anormalidades que possam representar risco de vida imediato, você está cer-
to. O contaminado pode apresentar sinais que levam à parada ou dificuldade respiratória, parada
circulatória, estado de choque, convulsões ou até mesmo ao coma. Por isso, é importantíssimo que
nas propriedades que utilizam produtos fitossanitários as pessoas envolvidas na atividade tenham
treinamento em primeiros socorros.
Se você respondeu que a atitude está errada, você acertou. O intervalo de reentrada deve ser se-
guido à risca, em hipótese alguma, outro funcionário deve adentrar a área tratada antes do término
desse intervalo, muito menos sem todos os componentes do EPI recomendados. Neste caso, o cor-
reto seria Augusto conversar com Renato, explicar a situação, e então Renato, que é quem possui a
capacitação e as orientações adequadas para o trabalho com exposição direta a defensivos agríco-
las colocaria o EPI, com os componentes adequados e adentrar a área tratada para procurar a ferra-
menta de Augusto. O possível incômodo, ou contratempo, em procurar o profissional adequado ou
então informar ao encarregado sobre a situação são irrelevantes perante os riscos de tal situação.
O recomendado é que o funcionário carregue o EPI junto à cabine do trator, mesmo que não esteja
vestindo-o, justamente para casos de emergência. Já em situações onde essa recomendação não foi
seguida e acontece um imprevisto, a primeira orientação é que o condutor analise se há a possibi-
lidade de conduzir o trator para fora da área tratada para assim fazer o reparo na máquina, se isso
não for possível, o condutor deverá sair do trator e sair da área tratada imediatamente, procuran-
do passar por um caminho onde ainda não tenha sido feito aplicação, e então vestir o EPI e voltar
para fazer o reparo no trator. Outra orientação é que sempre desligue o trator e certifique-se que
o mesmo está com os freios acionados para fazer as manutenções, pois além dos riscos químicos
proporcionados pelos defensivos, há também outros riscos presentes no trabalho com máquinas.
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