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DIREÇÃO DEFENSIVA

1.1. Introdução
Os acidentes que acontecem no trânsito geram danos aos veículos,
cargas e lesões em pessoas.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (Atualização
2014) feito através dos dados da Policia Rodoviária Federal – PRF, o Brasil
perde com acidentes de trânsito cerca de R$ 40 bilhões por ano somando os
acidentes em rodovias federais, estradas estaduais e municipais. Rodovias
federais registram aumento de 50% no número de casos em 10 anos.

Com base nos dados estatísticos, é evidente a necessidade fundamental


da capacitação dos motoristas, para que possamos fazer um trânsito mais
seguro dirigindo defensivamente atendendo as normas e diretrizes do Código de
Trânsito Brasileiro e Legislação Complementar em Vigor.

1.2. Objetivo

Proporcionar condições para que a condução de veículos seja feita com


segurança, preservando o condutor, passageiros, pedestres, patrimônio e o meio
ambiente. É possível conduzir um veículo com menor risco de acidentes,
controlando as condições perigosas do trânsito.

1.3. O que é Direção Defensiva?

É a maneira de conduzir, que permite ao motorista reconhecer o perigo


de forma antecipada, prevendo assim o que pode acontecer à sua própria
pessoa, passageiros, seu veículo e outros que estejam trafegando na via.
Esta é a melhor maneira de conduzir um veículo e de se comportar, é
fundamental para preservação da vida no trânsito.

Maiores Riscos e Perigos


Os maiores riscos e perigos que estão relacionados ao trânsito são:
✓ O próprio condutor;
✓ O mal comportamento das pessoas;
✓ Os veículos;
✓ As vias de trânsito;
✓ O ambiente.
Na grande maioria dos acidentes, o fator humano está presente, por tanto
cabe aos condutores e pedestres ter boa disciplina, para controle dos riscos
diminuindo a probabilidade das ocorrências.
Segundo os dados levantados pela Organização Mundial de Saúde, cerca
de 90% dos acidentes de trânsito são causados por mal comportamento e falha
humana, 6% são por questões relacionadas a condições das vias de trânsito, e
apenas 4 % estão relacionadas com falhas mecânica do veículo.
Os três principais problemas dos motoristas são:
✓ Imprudência – É o mesmo que violação onde uma regra e
conscientemente violada;
✓ Negligência – É quando o motorista não possui cuidados no cumprimento
das normas;
✓ Imperícia – É por falta de habilidade necessária para condução do
veículo.
1.4. Prevenção do Veículo com Manutenção

A resolução Nº 14/98 estabelece os equipamentos obrigatórios para a


frota de veículos em circulação, são sistemas importantes para evitar situações
que possam levar a acidentes, como (velocímetro, iluminação, pneus que
ofereçam condições de segurança, espelhos retrovisores, buzina, limpador e
lavador de para-brisa e outros).
Alguns dos equipamentos são destinados a diminuir os impactos
causados em casos de acidentes, como os cintos de segurança, o “air-bag”,
manter esses equipamentos em boas condições é importante para que eles
cumpram suas funções.
Todos estes equipamentos do veículo se desgastam com o uso. O
desgaste de um componente pode prejudicar o funcionamento de outros e
comprometer a sua segurança. Isso pode ser evitado, observando a vida útil e a
durabilidade definida pelos fabricantes para os componentes.
É necessário que o condutor obtenha o hábito de fazer periodicamente a
manutenção preventiva, podendo assim manter o veículo em condições segura.
Deve também respeitar os prazos e as orientações do manual do
proprietário e, em situações que não seja de conhecimento do condutor, deve-
se usar profissionais habilitados para diagnosticar o problema. Uma boa
manutenção realizada dentro do prazo pode evitar quebras, prejuízos e até
mesmo acidentes.

1.5. Dirigir Preventivamente

O condutor deve ser capaz de controlar o veículo de forma que não se


envolva em acidentes, mesmo diante as atitudes de Imprudência, Negligência e
Imperícia dos outros que circulam no mesmo espaço (rodovias federais, estradas
estaduais e municipais e outros), este controle também deve ser aplicado em
situações adversas como exemplo em dias de chuva, neblina, reflexos de luz
solar, tipos de carga do veículo, passageiros, pedestres e outros.

Um acidente pode ser evitado de forma direta ou indireta:


✓ Causa direta – É quando o próprio condutor comete uma falha e se envolve
em um acidente, como exemplo dirigir em alta velocidade excedendo o limite
máximo da via.
✓ Causa indiretas – Causa que não está ligada diretamente com a atitude do
condutor, por exemplo um mecânico ao fazer reparos no sistema de freios e
não recolocar o óleo em nível recomendado, no momento de uma frenagem
de emergência o sistema pode falhar.

1.6. Condições Adversas

Segundo Departamento de Trânsito (Detran), estas condições


evidenciadas no dia a dia do trânsito podem prejudicar o real desempenho no
ato de conduzir, aumentando a probabilidade de acidentes, entre elas seis são
de maior potencial tais como:

✓ Luz;

✓ Condições do tempo;

✓ Condições das vias;

✓ Trânsito;

✓ Condições do veículo e;

✓ Condutor.

1.6.1. Luz

Normalmente durante o dia tem-se a iluminação natural, proveniente do


sol, e a noite ou em tuneis mesmo durante o dia está presente a iluminação
artificial (elétrica), embora ambas podem provocar ofuscamento de visão, a falta
também pode ocasionar dificuldades de visualização gerando condições
desfavoráveis aumentando a probabilidade de acidentes.

O farol alto em sentido contrário dos outros veículos pode provocar


cegueira momentânea, é um dos principais problemas da luz. O excesso da luz
solar ocorre com maior incidência de manhã ou no final da tarde, podendo ser
controlado com a pala de proteção interna do veículo (item obrigatório conforme
resolução Nº 14/98) e/ou óculos de sol.

Faróis com defeitos no sistema de luz baixa, luz alta, desregulado ou


queimado pode dificultar a visão do condutor quanto as situações de risco como:
buracos; desvios; animais na pista; lombadas e outros.

É recomendado conduzir respeitando os limites de velocidade da via, com


os faróis sempre ligados e nunca com defeitos.

1.6.2. Condições do Tempo

Fenômenos da natureza pode dificultar muito a visão do condutor e causar


até deslizamento do veículo e/ou dificultar frenagens devido ficar escorregadio.
Dentre estes fatores podemos citar (vento, chuva, neve, granizo, fumaça, fogo,
frio, calor excessivo).

A pista com acumulo de água pode ocasionar o fenômeno da


aquaplanagem, onde o veículo ao passar sobre esta superfície com acumulo de
água, forma-se uma de onda à frente dos pneus. Embora a banda de rolagem
rompe esta onda, quando a pressão do pneu é inferior à da água se perde o
contato com o solo, provocando o deslizamento.

O melhor a fazer nestas condições de tempo é reduzir a marcha, estar


com pneus e outros requisitos em bom estado, acender as luzes, e/ou se for o
caso parar o veículo em local seguro e aguardar que as condições de tempo
melhorem.

1.6.3. Condições das Vias

As vias de trânsito (rodovias federais, estaduais e municipais), possuem


deficiências tais como: Buracos, curvas, desvio, largura da pista, desníveis e
outros.
Antes de viajar o condutor deve-se informar das condições da via do
estado de conservação, se existe acostamento ou não, quantidade de veículos
e outros. E assim se se preparar melhor para os riscos e condições adversas da
via até mesmo tomar os cuidados de antecipar a viajem caso necessário.

1.6.4. Trânsito

Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e


animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação,
parada, estacionamento e operação de carga ou descarga (CTB, 1997).

O trânsito é mais intensificado em centros urbanos, áreas escolares,


Hospitais, órgãos públicos e outros, levando em consideração os horários de
Rush (Entrada e saída de trabalhadores e escolares).

Dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço no mesmo tempo,


quando isso acontece resulta em acidente, gerando danos materiais, ambientais
e perda de vida. É neste sentido que o condutor deve fazer uma direção
defensiva, respeitando as sinalizações e regras de trânsito, pensando nos outros
que também trafegam em sua mesma via de trafego.

1.6.5. Condições do Veículo

Segundo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), um veículo em circulação


com mal estado de conservação comprometendo a segurança pode resultar em
multas e retenção do veículo para regularização.

Não é possível conduzir um veículo defeituoso com segurança,


tecnologicamente um veículo deve responder os comandos necessários, são
várias condições adversas que podem levar a um acidente, tais como:

✓ Limpadores d para-brisa com defeito;

✓ Pneus excedendo o limite da saliência TWI localizado dentro do sulco da


banda de rolagem;

✓ Freios com baixa eficiência;

✓ Iluminação queimada;

✓ Cinto de segurança com defeito;

✓ Espelhos retrovisores deficientes e outros.


A revisões preventivas e corretivas e pequenos cuidados diários podem
proporcionar mais desempenho garantindo mais segurança para o veículo.

1.6.6. Condutor

O condutor é considerado a condição adversa mais perigosa, porem pode


ser o mais fácil de ser controlado, levando em consideração o estado físico ou
mental antes de conduzir um veículo.

Embora o condutor esteja habilitado, são várias situações que se não


forem controladas podem levar a um acidente, como problemas físicos que
devem ser corrigidos e adaptados ao uso do veículo especificamente equipado,
e outros como (doenças físicas, problemas emocionais). O condutor que deve
avaliar suas próprias condições antes de conduzir um veículo, e tomar medidas
de controle para diminuir a probabilidade de ocorrer acidentes.

As condições Físicas do condutor mais comuns são:

✓ Fadiga;

✓ Dirigir sob efeitos de bebidas alcoólicas;

✓ Uso de drogas para minimizar o sono;

✓ Deficiência na visão ou audição;

✓ Problemas de perturbações (dores ou doenças).

As condições Mentais do condutor mais comuns são:

✓ Estados emocionais;

✓ Preocupações;

✓ Medo, Insegurança e Inabilidade.

O condutor ao se sentir cansado, indisposto, fadigado deve adiar a viagem


ou até mesmo procurar o médico dependendo da gravidade. E em caso de ter
ingerido bebidas alcoólicas o mais aconselhável é ficar em repouso e não dirigir
e caso necessário (procurar por alguém habilitado ou chamar o taxi).

1.7. Prevenção de acidentes por colisões de veículos

As regras de trânsito quando praticadas de maneira eficiente, contribui


significativamente na prevenção dos acidentes. Além do condutor ser
conhecedor das regras, este deve estar preparado para tomar atitudes em
situações adversas tais como:
✓ Colisão com o veículo da frente;
✓ Colisão com o veículo de trás;
✓ Colisão frontal;
✓ Colisão em marcha ré;
✓ Colisão contra objetos;
✓ Colisão com ciclistas, patinetes e demais veículos não motorizados;
✓ Colisão com motociclistas;
✓ Colisão veículos com pedestres;
✓ Colisão com animais;
✓ Colisão rotatórias ou cruzamentos.

1.7.1. Colisão com o veículo da frente

Ocorre normalmente quando o veículo da frente para bruscamente ou não


sinaliza que iria parar ou diminuir a velocidade. O condutor defensivo tem
condições de evitar esta colisão, respeitando corretamente a distância segura,
evitando dirigir muito próximo do veículo da frente. Estudos apontam que uma
distância de 2 segundos após o veículo da frente ter passado por um ponto fixo
é fundamental para evitar a possível colisão.

Segundo Código de Trânsito Brasileiro (CTB, 1997), o condutor ao deixar


de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo a infração
é grave e se aplica multa.

O condutor deve ter conhecimento e domínio obedecendo:

✓ Seu tempo de reação;

✓ Tempo de frenagem após acionar os freios;

✓ Tempo necessário para paralisar o veículo evitando a colisão;

✓ Obedecer a distância de segurança entre veículos;

✓ Concentrar sua atenção ao conduzir;

✓ Observar as sinalizações do veículo da frente;

✓ Observar situações adversas além do veículo da frente que possa


força-lo a parar, e outros.

1.7.2. Colisão com o veículo de trás


Normalmente as causas são devidas o condutor que está atrás, conduzir
seu veículo muito próximo do veículo da frente, não obedecendo uma distância
segura, onde nem sempre consegue desviar desta situação em casos do veículo
da frente realizar uma frenagem de emergência.

Uma boa prática de controle para evitar a colisão nesta situação é o


condutor da frente incentivar que o condutor que o segue sem distância segura
o ultrapassar, podendo mudar de faixa e sinalizando com o sinal luminoso (seta).

Segundo Código de Trânsito Brasileiro (CTB, 1997), conduzir um veículo


sem atenção e cuidados pode resultar em multas.

O condutor da frente deve sempre sinalizar suas atitudes, parar aos


poucos e dirigir com atenção e cuidados sempre olhando nos retrovisores.

1.7.3. Colisão frontal

É o tipo de acidente que tem o maior número de consequências graves


registradas, causando ferimentos fatais em condutores e passageiros.

Normalmente as causas que geram este tipo de acidente são:

✓ Ultrapassagens;

✓ Uso de bebidas alcoólicas;

✓ Excesso de velocidade;

✓ Fadiga / sono;

✓ Problemas com o veículo (pneus, mecânica);

✓ Distração e outros.

As principais medidas de controle são:

✓ Não realizar ultrapassagens perigosas;

✓ Não fazer curvas em alta velocidade ou na contramão;

✓ Manter o veículo sempre na sua mão de direção;

✓ Atenção nos cruzamentos e outros;

✓ O CTB estabelece a obrigatoriedade do equipamento suplementar de


retenção - air bag frontal para o condutor e o passageiro do banco
dianteiro. (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009).
1.7.4. Colisão em marcha ré

Segundo o Instituto de Desenvolvimento para Educação no Trânsito


(IDETRAN), é proibido conduzir o veículo por trechos longos em marcha ré.
Somente é permitido para pequenas manobras.

Os principais controles para evitar colisão em marcha ré são:

✓ Sair do veículo e verificar o local da manobra;


✓ Evitar sair de marcha ré de garagens e estacionamentos;
✓ Cuidados com objetos, crianças, animais principalmente ao sair da
garagem;
✓ Se necessário pedir auxílio a outra pessoa;
✓ Ter boa visão da parte traseira e sempre usar os retrovisores.

1.7.5. Colisão contra objetos

A colisão com objetos ocorre em rodovias e com maior frequência em


áreas urbanas na maioria das vezes contra:
✓ Postes;
✓ Veículos estacionados;
✓ Arvores;
✓ Muro;
✓ Próprio portão ou garagem do condutor e outros.
As ocorrências além dos danos materiais podem trazer consequências
graves aos ocupantes do veículo. Por tanto é necessário que o condutor esteja
sempre com o veículo em bom estado e atento as normas e sinalizações de
trânsito, e todos os ocupantes do veículo fazendo uso do cinto de segurança.

1.7.6. Colisão com ciclistas, patinetes e demais veículos não motorizados

Embora seja um meio de transporte popular se torna uma condição de


risco, principalmente quando utilizado por pessoas que ainda não possui
habilitação e conhecimento das regras de trânsito.

Controles adotados pelos condutores de veículos:

✓ Dar preferência e facilitar a passagem;


✓ Manter distância de 1,5 m;
✓ Conferir sempre os retrovisores e cuidados com os pontos cego dos
veículos;
✓ Cuidados ao abri a porta do veículo ao estacionar, ou quando estiver
parado em congestionamento, cruzamentos;
✓ Atenção com os ciclistas a noite que ainda não estão regulares quanto
aos refletivos;
✓ Anunciar a presença com leves toques na buzina e outros.

Controles adotados pelos ciclistas e demais veículos não motorizados:

✓ Fazer uso de capacete adequado;


✓ Não usar fones de ouvido ou falar por celular durante o deslocamento;
✓ Trafegar por pistas exclusivas, sempre que existir;
✓ Equipar a bicicleta com refletivos;
✓ Ser defensivo, sempre certificar de que está trafegando em local com
menor risco de acidentes e de que está sendo visto e outros.

1.7.7. Colisão com motociclistas

Em áreas urbanas os motociclistas disputam o espaço no trânsito com


outros veículos, passando entre os carros, ônibus e caminhões.

Controles adotados pelos condutores de veículos:

✓ Conferir sempre os retrovisores e cuidados com os pontos cego dos


veículos;
✓ Cuidados ao abri a porta do veículo ao estacionar, ou quando estiver
parado em congestionamento, cruzamentos;
✓ Cuidados ao abri a porta e outros;

Controles adotados pelos motociclistas

✓ Usar equipamentos (capacete com viseira e jugular, luvas, botas e


roupa adequada);
✓ Manter distância segura dos veículos;
✓ Sinalizar as manobras com sinal luminoso (seta);
✓ Manter a motocicleta sempre em bom estado de conservação revisada
por profissional.

Colisão de veículos com pedestres

Em áreas urbanas é evidente o grande número de pedestres caminhando


pelas ruas e calçadas, atravessando a frente dos veículos as vezes até mesmo
fora da faixa, portadores de necessidades especiais, alcoolizados e outros. A
melhor forma é o condutor estar ciente dos riscos e conduzir defensivamente,
diminuindo a velocidade e sempre que necessário parar o veículo em locais com
acumulo de pessoas (colégio, hospitais, órgãos públicos e outros).
Segundo CTB, o condutor está sujeito a multa por infração gravíssima
caso não der preferência para os pedestres em:
✓ Faixas a ele destinada e/ou não estiver completado a travessia;
✓ Não reduzir a velocidade do veículo de forma compatível em
passeatas, aglomerações, cotejos, préstitos e desfiles e outros.
Colisão com animais
Animais na estrada são fatores de risco para os veículos, seja pela reação
imprevisível de seus movimentos ou pela atitude dos motoristas de desviar
bruscamente, para tentar evitar a colisão.
Colisão rotatórias ou cruzamentos;
Normalmente os acidentes em cruzamentos acontecem nas mudanças de
direção, para a direita ou para a esquerda, devido a disputa pela preferência,
excesso de velocidade ou por falta de controle do veículo.
O respeito pela preferência, velocidade, sinalizações são defesas para
evitar tais acidentes, alguns pontos para controlar estas condições de perigo são:
Defina seu trajeto;
Reduza a velocidade;
Sinalize suas intenções;
Respeite a preferência, placas de sinalizações entre outros.
Em vias urbanas, os cruzamentos são locais de pouca visibilidade. O
motorista que pratica a direção defensiva, quando necessário abre mão de sua
preferência em benefício da segurança, com intuito de reduzir o risco.

1.8. Ultrapassagens

Uma ultrapassagem se caracteriza quando o condutor realiza uma


manobra de passar à frente de outro veículo que circula no mesmo sentido.
Acontece em vias de duas ou mais pistas de rolamento sempre que exista
sinalização horizontal por linha divisória simples seccionada ou dupla
seccionada à esquerda.
Segundo o CTB, todo condutor antes de efetuar uma ultrapassagem
deverá:

✓ Certificar de que outro condutor que venha atrás não tenha começado
a ultrapassá-lo;

✓ Quem o precede na mesma faixa não tenha iniciado a ultrapassagem


de um terceiro;

✓ A faixa de trânsito da esquerda esteja livre o suficiente para que não


ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário.

Medidas para o controle do condutor:

✓ Indicar com antecedência através da luz indicadora de direção (seta)


ou por gestos convencionais com braço a manobra pretendida;
✓ No momento da ultrapassagem o condutor deve afastar de outro
usuário(os) deixando uma distância lateral segura;
✓ Ao concluir a manobra, retornar a faixa de trânsito correta, fazendo
sinal luminoso (seta) ou convenciona (braço);
✓ O condutor deve ter os cuidados necessários para não colocar em
perigo ou obstruir os outros veículos que o ultrapassou.

Boa prática de ultrapassagem

Os condutores não podem ultrapassar

✓ Em locais da via onde a pintura da faixa horizontal for continua a sua


esquerda;
✓ Em lombadas, em curvas, exceto se houver duas vias ou mais no
mesmo sentido;
✓ Nos cruzamentos e entroncamentos que cruzem a sua via de trafego;
✓ Quando outro veículo já esteja a efetuar a ultrapassagem a outro
veículo, exceto se houver duas vias ou mais, no mesmo sentido.
1.9 A importância de ver e ser visto
No trânsito tudo acontece muito rapidamente e o motorista precisa estar
atento às reações e movimentos dos outros motoristas e pedestres.
Atenção especial deve ser dedicada aos pontos cegos, os pontos cegos
são áreas que escapam da visibilidade do motorista, pois os espelhos não
conseguem captar determinadas áreas ao redor do veículo.
Esta situação pode causar acidentes graves, em especial durante
ultrapassagens e conversões, uma vez que o motorista tem dificuldades para
perceber se há outro veículo ou pedestre nesse ponto.
Por melhor que estejam posicionados os retrovisores, os pontos cegos
vão sempre existir, o que exige atenção redobrada sempre.

1.10 Comportamento Seguro

O condutor antes de iniciar a condução de um veículo, deve-se fazer um


questionamento a si próprio como exemplo:

✓ Mentalmente e fisicamente se sente bem?


✓ Está em condições segura para dirigir?
✓ Está descansado, calmo e emocionalmente preparado para o trânsito?
✓ Está preparado para se defender com habilidade das condições
adversas durante o trajeto?
✓ Está sob efeito de algum medicamento ou álcool?

Estas questões podem facilitar o entendimento se está preparado ou não


para iniciar uma viagem segura durante seu trajeto, independente da distância.

Uso do Cinto de Segurança


Segundo (CTB 1997, Art. 65.), é obrigatório o uso do cinto de segurança para
condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em
situações regulamentadas pelo CONTRAN.
No momento da colisão pode ocorrer simultaneamente dois choques, o primeiro
do veículo contra o obstáculo, e o segundo dos ocupantes contra as partes
internas do veículo.
O cinto de segurança evita o segundo choque pois mantém o motorista e os
ocupantes apoiados no banco.
Entre as vantagens do uso do cinto de segurança podemos citar:
Protege contra segundo impacto no interior do veículo;
Diminui a possibilidade da perda de consciência em um acidente, principalmente
devido batidas da cabeça no interior do veículo;
Integrantes do veículo serem arremessados para fora, principalmente em
colisões e capotagens;
E outros aspectos como a firmeza em que o cinto proporciona ao motorista,
permitindo sua posição correta evitando cansaço durante a viagem.

Antecipar Risco de acidentes


É fundamental antecipar os riscos antes de chegar no local do acidente,
pensando no que pode acontecer com maior antecedência possível.
Antes de iniciar uma viajem, preveja mentalmente as condições adversas
que poderão ser encontradas no seu caminho, bem como as condições
incorretas que poderão ser praticadas por outros motoristas que não praticam a
prevenção de acidentes.
A maioria das ocorrências de acidentes no trânsito é resultado de alguma
falha do próprio motorista. A mesma falha que provoca um acidente leve pode
provocar um acidente fatal.
O motorista deve estar sempre bem preparado e em boas condições
físicas, para enfrentar as situações de riscos, e ter sempre a capacidade de
tomar a atitude correta.

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